07 março 2017

Ela que envie o CV ao Amorim

Se ao menos desse para topar o rótulo ainda se fazia um anúncio fixe ao trotil, pois a moça tem a sensualidade de uma rolha de cortiça.

Sharkinho
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Lightwave Empire - «Prazer e dor»


Lightwave Empire // Pleasure & Pain from Anders Malmberg on Vimeo.

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 80

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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Trio Kama-Sutra

Painel de madeira em relevo, da Índia, com casal e mulher.
30 x 18 x 4 cm de trabalho artesanal do "lado de lá" do mundo, na minha colecção.














A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

06 março 2017

Luís Gaspar lê «Deitado…» de Algernon Charles Swinburne

Deitado a dormir entre os afagos da noite
Vi o meu amor debruçar-se sobre o meu leito triste,
Pálida como a mais escura folha do lírio ou corola
De pele macia e escura, o pescoço nu para ser mordido,

Transparente de mais para corar, tão quente para ser branca,
Apenas de uma cor perfeita sem branco nem vermelho.
E os lábios abriram-se-lhe amorosamente e disseram
Nem sei bem o quê, excepto uma palavra Deleite.

E a face dela era toda mel na minha boca,
E o corpo dela todo pasto a meus olhos;
Os braços longos e lentos, as mãos quentes de fogo,

As ancas frementes, o cabelo a cheirar a Sul,
os pés leves luzentes, as coxas esplêndidas e dóceis
E as pálpebras fulgentes com o desejo da minha alma.

Algernon Charles Swinburne
Algernon Charles Swinburne (5 de Abril de 1837 - 10 de Abril de 1909) foi um poeta inglês da época vitoriana, conhecido pela controvérsia gerada no seu tempo pelos seus temas sadomasoquistas, lésbicos, fúnebres e anti-religiosos.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Triple Marfel e a perninha do meio

Quando, ainda há bem pouco tempo, o treinador do Futebol Clube do Porto, Nuno Espírito Santo, desenhou numa palestra um homem com três pernas...



... só eu é que reparei que ele estava a desenhar o logótipo da histórica marca de camisas Triple Marfel?!



Momento Cartoon


05 março 2017

«respostas a perguntas inexistentes (375)» - bagaço amarelo

deserto

Tomo um café logo pela manhã numa bomba de gasolina. É estranho, este prazer de sentir os primeiros aromas da Primavera misturados com o cheiro a alcatrão e a petróleo. Uma mulher bonita acabou de passar por mim, depois de pagar o seu abastecimento, e partiu num velho desportivo vermelho deixando atrás de si uma pequena nuvem de poluição. Ia em passo apressado, como se toda a vida dependesse da sua capacidade de chegar a tempo ao seu destino. Se eu pudesse dizer-lhe alguma coisa, era que a vida continuou depois dela partir. Mas não posso.
O que aconteceu então foi que um funcionário deixou cair um tabuleiro com copos e canecas de café que se desfizeram em cacos num barulho ensurdecedor. Por um momento todos os presentes olharam por breves segundos para o local da explosão e logo voltaram aos seus pensamentos e pequenas acções. Eu também. A minha pequena acção foi terminar de comer uma fatia de banitsa com abóbora e agora o meu pensamento navega pelos desertos do meu passado.
De certa forma, todos encontramos desertos nas nossas vidas, sejam eles de trabalho, de alegria, de afeto ou de outra coisa qualquer. Quase todos os meus desertos foram de Amor e deram em longas viagens pelas áridas dunas de areia que se formam em nós quando a nossa palma da mão também se sente deserta. Penso numa dessas viagens e nas fotografias que fiz. De certa forma, vim dar aqui, a este país e a esta estação de serviço.
Todos os Amores têm sabor. Podem ser doces ou amargos, verdes ou maduros, insossos ou apurados. Só lhes sentimos o sabor se soubermos fazer cada um desses desertos a que a vida nos obriga ou, pelo menos, é nisso que acredito.
A banitsa soube-me bem. Tinha abóbora, queijo branco e, claro, massa folhada.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»