04 junho 2017

«conversa 2182» - bagaço amarelo





Eu - Temos que jantar os dois um dias destes...
Ela - Se dizes um dia destes, nunca mais é. Ou dizes um dia concreto, ou nem vale a pena estares com essas coisas...
Eu - Sexta-feira, então...
Ela - Sexta não posso. Já combinei...
Eu - Sábado...
Ela - Sábado também não estou cá. Deixa-me ver a minha disponibilidade e um dia destes telefono-te.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do cemitério de Agramonte

"O cemitério de Agramonte, no Porto, alberga algumas obras de arte notáveis.
Adorei especialmente esta escultura de António Teixeira Lopes, no jazigo da família Santos-Dumont. O erotismo e a morte, sempre interligados..."
Paulo M.






Postalinho decotado


Patife à moda de Bocage

De embate em embate todo eu suo
Dou-lhes o mundo inteiro numa pinada
Quedam-se sem pensar em mais nada
Ao serem possuídas como só eu possuo


Patife
@FF_Patife no Twitter

03 junho 2017

«Desafio do Cubo Mágico» - Puro êxtase

"Estrelando Lilith Scarlett"


Gerard Dubois - «Nightmare» (pesadelo)


Via mon ami Bernard Perroud

Traços de Mestre

Lote de 10 gravuras dos anos 50, assinadas por Paul-Émile Bécat.
Paul-Émile Bécat (1885 - 1960 ) foi um pintor, ilustrador e gravador francês, especialista desde 1933 na técnica de ponta seca nas suas obras eróticas. Estas gravuras foram adquiridas conjuntamente com 8 livros do Cercle des Livres Précieux, que o vendedor disse terem "pertencido a um ceramista catalão de apelido Miró, que vivia em Taurinya (66), que morreu há uma quinzena de anos e de quem não me lembro do nome (Jean?)".




















A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

"Como... se comesses..."

Crica para veres toda a história
Uma maneira de dizer...


1 página

02 junho 2017

Richard Prince






Madrugadas...

Foto by Eugeny Kozhevnikov
Quero olhar-te de frente. Invadir-te o sono e tropeçar nas tuas carícias quentes, para no parapeito das madrugadas morrermos, lentamente... de prazer, deixando-te entrar devagar dentro do fogo.

A.Braga

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e
Fotografia.e.Algo.mais

Luís Gaspar lê «Praias» de Vasco Graça Moura

na praia lá do guincho as velas
de windsurf saltam sobre as ondas
e o meu olhar, equestre,
pula nos peitos das banhistas, enquanto
um cachorro tenta agarrar a cauda.

nos feriados tudo é insuportável
menos o sol e o mar
apesar das famílias,
e sustendo as gaivotas na mais alta
imaginação, porque hoje não vi nenhuma,

o vento traz de tudo
de antónio nobre a lorca às pandas roupas
que modelam os corpos em míticas figuras
com o seu drapejado esvoaçante,
entre dunas e lixo e vendedores de gelados.

restaria o campo, mas
«no campo não há bicas nem paperbacks»
diz uma amiga minha e tem razão,
que seria de nós, bucólicos, sem esses
indicadores da alma? dou

lume a uma italiana e enquanto
ela agradece ocorre-me que despi-la já não é
cosa mentale; faz-me lembrar o algarve, mas no verão
o algarve é a continuação
da política por outros meios, antes
a rudeza atlântica do guincho, antes
a nortada, os surfistas
na crista da onda, a areia que entra no poema,
e o regresso mais cedo, quando já não se
aguenta.

Vasco Graça Moura

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

#urbanbitch - Ruim

- Quantos gajos é que comeste no último mês?
- 3!
- 21!
- Han?
- 7 x 3 são 21.. sete macacos e tu és um! Ou uma!
- Foram 3...!
- Vezes 7... dá 21! Confere.
- Porquê vezes 7?
- Anos de cão!
- Eu não sou um cão!
- Tens razão, cadela...
- Estás a ser sexista...
- Olha a bola! Onde é que está a bola? Está aqui na minha mão? BUSCA, JESSICA!
- Não vou atrás de nenhuma bola...
- E se juntar mais uma e um caralh...
- ADEUS!

Ruim
no facebook

01 junho 2017

«A linda cabindense» - Mário Lima

Estive dois anos no mato nesta aldeia (Tando-Zinze) perdida no Maiombe. Bons e maus momentos passei por lá, mas valeu a pena. O contacto com as populações, coisas que nunca tinha visto: o batuque, danças à volta da fogueira, cabindenses muito bonitas e, em certos locais, uma beleza natural de cortar a respiração.

Um camarada meu, estava "enfeitiçado" por uma rapariga local. Era a mais linda de todas. Linhas de rosto fino, corpo esbelto, andar estonteante, cabelo longo e sedoso; uma Vénus nascida do ventre de OXUM, a mãe da água doce.

Foto: tirada no interior da floresta, junto ao rio mencionado.
Um dia ia eu a passear com ele junto ao rio quando ouvimos vozes femininas. Fomos silenciosamente pelo caniçal, e o que vimos foi tremendo, estavam várias jovens a tomar banho, conforme tinham vindo ao mundo, numa pequena queda de água.

Aquelas peles cor de ébano brilhavam e, entre elas, estava essa rapariga. O meu camarada não conseguiu conter os impulsos. Começou a correr em direção a elas, em direção à sua deusa. As botas chapinhavam naquela água límpida, soltando pequenas gotas de água refulgentes pelo sol. Eu, assistia como um espetador que vê numa tela, a essência de um filme lindo e ao mesmo tempo surreal. Um camarada meu a correr, um rio a passar, a natureza a envolver-me e aquele cenário idílico de lindas raparigas tomando banho numa cascata.

Elas mal o viram, correram para o topo da queda de água e, com aqueles sorrisos lindos, pegaram na roupa e desapareceram na vegetação.

Tempos depois fomos chamados à povoação. Alguém estava muito mal devido a um aborto mal feito. Era a linda cabindense. Foi enviada de helicóptero para a cidade de Cabinda.

Quando voltamos a vê-la, já não era a mesma. O rosto tinha perdido a beleza de outrora, lindo sim, mas não aquela beleza que a diferenciava. Perdeu ali a magia de uma mulher inatingível. Passou a ser uma mulher, igual a tantas outras.

Mário Lima