05 fevereiro 2023

Luís Gaspar lê «Amor como em casa», poema de Manuel António Pina


Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.

Manuel António Pina
Manuel António Pina (Sabugal, 18 de Novembro de 1943 – Porto, 19 de Outubro de 2012) foi um jornalista e escritor português, galardoado em 2011 com o Prémio Camões..

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

04 fevereiro 2023

L´interdictionnaire - lexique humoristique de l´amour et du sexe

Pequeno livro de Jean-Jacques Thibaud, edição First, França, 2022.
Um sextraordinário pequeno dicionário de 400 palavras! Quando duas palavras se juntam, elas dão origem a uma nova palavra. Por exemplo, sentimento + mentiroso = sentimentiroso: um homem cujo nariz se alonga tanto quanto seu sexo quando fala de amor.
Mais um dicionário erótico na minha coleção.

03 fevereiro 2023

02 fevereiro 2023

Malandrices desenhadas

Lote de 8 calendários de bolso (de 1986 a 1998) com desenhos humorísticos. No verso, publicidade a diversas empresas.
Doação de Jorge Correia para a coleção.



31 janeiro 2023

Mulher nua, demónio e anjo

Bengala com pega em prata e haste em madeira. A pega em prata é trabalhada com muito detalhe. Tem um monograma numa moldura oval.
Não tem punção de prata mas o vendedor informou que foi feito um teste com pedra de toque.
Mais uma bengala a juntar-se a muitas outras na minha coleção.











30 janeiro 2023

Vamos para a letra "F"

F... letra linda, com muitas entradas no DiciOrdinário ilusTarado, que iremos explorar a partir da próxima semana:


Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

28 janeiro 2023

27 janeiro 2023

«Um dia no rio» - Rui Felício


Ninguém se lembrava de tanto calor como o daquela semana de Agosto de 1953. No Bairro, as persianas de madeira estavam todas fechadas. Só as abriam de noite para deixar correr uma aragem que refrescasse as casas.
Mesmo assim, o ar nocturno era quente, abafado…
No quintal do clube do Bairro, naquela noite passava um filme da II Guerra Mundial. 
Talvez influenciadas pelas atrocidades da guerra, as mulheres mais piedosas, abraçavam as suas crianças que também viam o filme, concluindo em voz sussurrada que este calor infernal era um castigo de Deus para os horríveis pecados que a humanidade cometia.
Um rancho de casais já tinha combinado ir na manhã seguinte passar o dia ao rio para fugir à canícula. Cestos de verga a abarrotar de croquetes, bolos de bacalhau, pataniscas, pão, torresmos, tachos, fogareiros a petróleo, talheres, toalhas de mesa, garrafas de vinho, bilhas de barro com água e gasosa para os miúdos já estavam preparados De manhã seria só pegar e arrancar…
A criançada fez o percurso em alegre galhofada e os pais ajoujados ao peso da traquitana que levavam , subiram o Alto de São João e iniciaram a descida para a Portela.
Descarregaram a tralha junto a um dos pilares da ponte, aproveitando a sombra do mesmo e as mulheres começaram logo a preparar o necessário para mas tarde assarem as sardinhas compradas de véspera às peixeiras da Figueira que vinham ao Bairro vendê-las.
“Sardinha da areia! Três dez tostões…”, apregoavam…
Os homens, de fato de banho, deitados na água rasa, nadavam, chapinhavam, riam…
Os miúdos completamente nus corriam na areia, brincavam ao agarra, e em louca algaraviada atiravam-se para a água. Todos sabiam nadar. Tinham aprendido na piscina do estádio…
- Vamos brincar ao submarino? perguntou um dos rapazes ao grupo que o rodeava.
- Vamos! Gritaram todos…
O primeiro deitou-se de costas na água. Os braços estendidos ao longo do corpo, só com os pés a bater foi deslizando em direcção à margem.
Um por um, os outros foram fazendo o mesmo e depois repetiram da margem para o areal com risos e palmas dos que já tinham regressado. 
A irmãzita de um dos rapazes, chegou-se a ele e perguntou-lhe:
- Mano, as meninas não podem brincar a esse jogo?
O rapaz empertigou-se como um oficial alemão e foi peremptório:
- Não, vocês não podem!
- Mas as meninas também querem… - insistiu  a miúda, a fazer beicinho.
- Não, já disse!
- Porquê?
- Ora… vocês não têm periscópio…

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido



26 janeiro 2023

Mulheres sem frio

Lote de 6 calendários de bolso (de 1992 a 1995) com fotos de mulheres nuas ou com pouca roupa. No verso, publicidade a diversas empresas.
Doação de Jorge Correia para a coleção.



25 janeiro 2023

Postalinho bem prensado

"A SACMI é um fabricante italiano de máquinas para diversas indústrias. Este modelo de prensa, para cerâmica de revestimento, parece ter sido desenvolvido nas Caldas da Rainha..."
Paulo M.






24 janeiro 2023

O interruptor de David

Peça de resina em relevo norte-americana que serve de espelho de interruptor elétrico, com a estátua de David, de Miguel Ângelo. O interruptor fica estrategicamente colocado.
Mais uma malandrice na minha coleção.