09 agosto 2012

08 agosto 2012

07 agosto 2012

Antiguidade clássica 2

Eva portuguesa - «Férias»

Férias...
Um período de descanso, uma rotina, o reviver da família, um retiro, uma fuga ou uma introspecção...
Este ano precisava de tirar férias, sobretudo da Eva.
Precisava de ser apenas mulher e mãe.
Nos últimos tempos aconteceram demasiadas coisas na vida da Eva, que tornaram a sua existência exaustiva... a promessa de uma vida melhor que nunca aconteceu mas aconteceu a outra colega, a ilusão de um príncipe que mostrou ser um sapo, o medo constante de não existirem clientes, a cirurgia e consequente paragem para recuperação, as ilusões, as desilusões, os sonhos, os pesadelos... enfim, acima de tudo o cansaço de uma vida dupla, que por vezes nem é tão rentável como deveria...
Férias...
Este ano para viver em família, na paz e silêncio do nosso Alentejo.
Um tempo para entrar bem dentro da minha alma e analisar todas as vertentes do meu ser...
Descobrir de forma clara e inequívoca o que me amedronta, o que me faz feliz, analisar os meus sonhos e descobrir como evitar as desilusões.
Perceber o que fazer para tornar melhor esta vida e a convivência entre mim e a Eva.
Analisar o que devo fazer para me tornar melhor pessoa, melhor mãe, melhor profissional, melhor amante.
Separar o que me faz bem e o que me faz mal.
Distinguir quem devo manter na minha vida e de quem me devo afastar.
Férias...
Este ano uma introspecção, uma viagem ao centro de mim mesma...
Um período de análise e decisões...
O delinear de uma estratégia que me permita obter mais e melhores resultados...
Uma limpeza do que me tem feito mal, uma abertura ao bem e felicidade...
E, nisto tudo, a certeza de que a Eva e eu somos uma só pessoa. E que, como tal, a felicidade da Eva é a minha e vice versa. E quem faz bem à Eva está a fazê-lo a mim.E os homens da Eva são os meus.
Assim, a aceitação de uma verdade que é, enquanto for uma prostituta de luxo, a minha realidade: as minhas férias são também as da Eva; eu sou também a Eva.
E isto é inevitável e saudável, pois permite-me a aceitação de mim como um todo.
Permite-me analisar todos os aspectos da minha vida com a mesma visão e viver comigo própria com maior honestidade e sem receios nem medos nem preconceitos.
Sim, esta é a minha maior e melhor conclusão de uma viagem sincera e dolorosa ao meu âmago: eu sou eu num todo; a Eva também sou eu e eu também sou a Eva. E é impossível tirar férias de mim mesma. E também não quero. Porque foi a Eva que, com o seu trabalho, me proporcionou estas férias. É ela que, em último caso, me sustenta, a mim e ao meu filho.
E assim decido abraçar esta parte de mim mesma e agradecer-lhe por existir na minha vida: a Eva,que sou eu!...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Livro «Vies des dames galantes» do séc. XIX

«Vies des dames galantes par le Seigneur de Brantôme» sobre edição de 1710.
Edições Garnier et Frères, sem data (séc. XIX).
Composto por 7 discursos.
Chegadinho de fresco à minha colecção.


06 agosto 2012

Kate Upton consegue fazer tanta coisa... mas mesmo tanta...

«quase ninguém» - bagaço amarelo

O problema que temos com o nosso governo é o mesmo problema dos casais que, de facto, não o são. Falta de Amor. O nosso governo devia gostar de nós tal como nós gostamos dele (afinal de contas, por muito que espingardeemos, somos nós que o elegemos ), mas não gosta. Diz que sim, mas passa a vida na cama com outros.
O nosso governo é uma merda, e aqui já nem aceito discutir e peço aos direitosos invertebrados que me poupem ao contraditório. É uma merda. Ponto. Para além de se deitar com outros, gasta com eles o nosso dinheiro todo. Depois engasga-se para nos explicar o que fez. Primeiro promete devolver daqui a uns anos, depois diz que afinal não dá, por fim acaba a pedir ainda mais dinheiro e agredi-nos antes de tornar a sair. É um caso nítido de violência doméstica em que a vítima não é capaz de se salvar a si mesma.
A maior parte dos portugueses vota constantemente à direita por um motivo muito simples: a maior parte dos portugueses é uma cambada de mal amados que só vive bem com o mal dos outros. É a lógica do "se eu estou mal, tu pior estarás". Vai-se nivelando tudo por baixo até não haver mais por onde cair.
Ao contrário do que possa parecer, a Política e a Economia são as coisas mais simples do mundo. É por isso, por ser tão simples, que meia dúzia de gajos do mundo da finança se deitam com os do nosso governo e nos conseguem roubar descaradamente, todos os dias e todas as horas. O que é mais complexo, pelo menos para os portugueses, é o Amor. Ninguém, ou quase ninguém, sabe o que é isso por cá.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Amor na selva




Peço a todos os elefantes que estão lendo esta tira respondam também nos comentários

Capinaremos.com

05 agosto 2012

"Dormiste bem, Mari Graciolli?"


Bom dia, Mari Graciolli from Papo de Homem on Vimeo.

Em caracolafilia



Não o posso esmifrar no meio do grupo que ainda tenho um niquito de sentido das conveniências e não vou pular por cima das travessas de caracóis e com risco de derrubar as muitas canecas expostas para lhe saltar para o colo e aterrar as minhas nádegas nas suas coxas, umbigo contra umbigo, para lhe chupar aqueles lábios húmidos como se faz ao molho nas cascas e me apetece, mas torno óbvio que ando a catrapiscá-lo.

Acendo-lhe o cigarro e faço concha nas suas mãos. Com a cumplicidade espetada no sorriso chego-lhe mais um alfinete para que nada lhe falte para poder picar. Antecipo-me a pedir mais cerveja incluindo-o logo com a justificação de que importa ter a língua molhada e até lhe empurro o molho picante para o caso de querer dar um ar exótico ao petisco.

O molho que me delicia é descobrir nele alguém a quem os anos não embaciaram o brilho maroto de quem em criança partia pratos com pressão de ar ou encardia os calções a rolar pela terra. E tal como os garotos se pelam por isso, alegra-se no convívio com os amigos acreditando que o melhor que de si pode dar aos outros são as suas ideias e o seu carinho. E até os seus caracóis rebeldes são afinidade que me transporta a um tempo em que uns azulejos azuis setecentistas nas paredes e um piano na sala davam o cenário de conto de fadas ao mundo em que me sentia uma princesa.

Se recordar é viver também só sentimos falta daquilo que conhecemos pelo que se ele volta a passar o polegar pelo canto dos meus lábios para limpar a espuma, faço dele prato principal.

Churros do conhecimento



Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)