16 fevereiro 2015

O que seriam as ladies sem os seus gentlemen?

«Orgânicos» - João

"Eu não quero ter um orgasmo e ejacular na tua vagina. Não quero preencher-te com o meu sémen. Isso é asséptico, é como um ensaio clínico, como se ambos fossemos anónimos num estudo de Masters and Johnson. Não. O que eu quero é que fodamos, quero vir-me na tua cona, quero inundar-te de esporra que te faça pingar, escorrer pelas pernas, pingar o chão, no momento em que te levantes. O que eu quero é que nos sujemos um do outro, que nos façamos vivos, que espalhemos o cheiro a foda onde estivermos, que os teus músculos se agitem como a força a falhar-me nos joelhos se nos comermos em pé contra uma parede. Eu não quero o sexo mecânico tapado em lençóis na escuridão puritana. Eu quero a nossa nudez partilhada e exposta, da nossa pornografia, o espaço da nossa fantasia feita real. Eu não quero que a tua vagina se lubrifique, quero que a tua cona se encharque ou fique como forma untada de manteiga antes do forno. Quero tudo visceral, orgânico, molecular. Como se o meu caralho na tua cona fosse o contínuo da existência, ar para respirar. Pareço pedir muito, mas dir-me-ias que não. Que não queres nada daquilo que eu não quero, mas queres tudo quanto eu quero. Muito."
João
Geografia das Curvas

«engolida pelo Sol» - bagaço amarelo

Hoje encontrei uma amiga que já não via há muito tempo. Talvez há uns quatro anos, pelo que me lembro. A primeira vez que olhei para ela pensei que fosse apenas uma mulher parecida, mas depois reparei que era mesmo ela e então cumprimentei-a. Acho que lhe aconteceu o mesmo relativamente a mim, porque não me disse nada na primeira vez que trocámos olhares.
Estávamos num café em Aveiro. Eu sozinho numa mesa e ela acompanhada por um homem e uma criança noutra mesa. Levantámo-nos ao mesmo tempo, depois de um lapsus facial simultâneo, e demos um abraço a meio do caminho, muito perto duma outra mesa onde duas mulheres bebiam chá e comiam torradas.
De certa forma apetecia-me contar-lhe e ouvir-lhe tudo sobre o tempo que passou por nós desde a última vez que nos vimos, mas a situação não o permitiu. Dois minutos depois do nosso abraço, o homem levantou-se e levou a criança pela mão até à porta do estabelecimento, onde ficou em pé a esperar por ela. Eram o marido e o filho que a chamavam sem chamar. Ela abanou os ombros como que desculpando-se, deu-me outro abraço e despediu-se. Disse-me que temos que falar para pôr a conversa em dia.
Não fiquei com o número dela nem ela com o meu. Acabei de o procurar e não consta da minha lista telefónica. Acho que o perdi numa das mudanças de telemóvel bruscas que fiz no passado recente. O mais provável é que se passem mais quatro anos até eu a encontrar de novo, por acaso, num café qualquer da cidade.
Não sei quando é que o tempo se tornou assim, imensamente pequeno e minuciosamente grande. Acho que fiquei alguns minutos em pé no meio do bar, a vê-la afastar-se e sair pela porta cujos vidros eram violentamente trespassados pela luz do Sol. Quando me sentei percebi que as mulheres que bebiam chá e comiam torradas cochichavam qualquer coisa sobre mim. Não sei bem o quê, mas suspeito que tinha a ver com o facto de eu ter ficado a suspirar assim que ela foi engolida pelo Sol.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Moderno Oeste

As coisas mudaram.



Capinaremos.com

15 fevereiro 2015

Diferença do movimento entre seios naturais e siliconados, vista em câmara lenta

Chamem os bombeiros!



HenriCartoon

Luís Gaspar lê «Floriram por engano as rosas bravas» de Camilo Pessanha


Oiça, vizinha: o melhor
É combinarmos o modo
De acabar com este amor
Que me toma o tempo todo.

Passo os meus dias a vê-la
Bordar ao pé da sacada.
Não me tiro da janela,
Não leio, não faço nada…

0 seu trabalho é mais brando,
Não lhe prende o pensamento,
Vai conversando, bordando,
E acirrando o meu tormento…

0 meu não: abro um artigo
De lei, mas nunca o acabo,
Pois dou de cara consigo
E mando as leis ao diabo.

Ao diabo mando as leis
Com excepção dum artigo:
0 mil e cinquenta e seis…
Quer conhecê-lo? Eu lhe digo:

«Casamento é um contrato
Perpétuo». Este adjectivo
Transmuda o mais lindo pacto
No assunto mais repulsivo.

«Perpétuo». Repare bem
Que artigo cheio de puas.
Ainda se não fosse além
Duma semana, ou de duas…

Olhe: tivesse eu mandato
De legislar e poria:
Casamento é um contrato
Duma hora – até um dia…

Mas não tenho. É pois melhor
Combinarmos algum modo
De acabar com este amor
Que me toma o tempo todo.

Camilo Pessanha
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

PI da leitura labial


Má vizinhança


Diverte-me estar a pinar e o meu vizinho gay começar a dizer da janela para parar com o barulho. É um literal momento de: Diz o roto ao nu.

Patife
@FF_Patife no Twitter

14 fevereiro 2015

«Crítica» - Porta dos Fundos

«A máscara» - por Rui Felício

Quanto mais alguém fala de si próprio, menos diz de si mesmo.
Mas por trás de uma máscara, diz tudo de si.
É assim o actor, é assim o poeta, é assim o escritor, é assim o fotógrafo de arte, é assim o pintor.
Mais do que todos, é assim o amante...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Rapazes contentes

Par de cabides em plástico com ventosa.
Oferta de Lourenço M. para a «sexão» da minha colecção do que supostamente não seria erótico…

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)


Em Moçambique não se foge ao fisco


Bom aluno, mau aluno



HenriCartoon

13 fevereiro 2015

O que perdem as pessoas que não vêem o Desafio Final 3 na TVI

O que é que a Cristiana estava a comer no programa que foi para o ar agorinha mesmo?
Será que é mesmo o que eu penso que estou a ler?!...


E é! É mesmo o que eu penso que estou a ler!

Sexta-feira 13 - esta noite é noite de Broxedo


JMSN - «The One»

Enviado por Agostinho R. na minha página no Facebook (que atingiu hoje os 2.500 gostos"):

"Aqui fica mais um belo vídeo. O músico de Detroit, JMSN com a faixa «the one».
o vídeo é um delírio visual com imagens sufocantes e fortes contrastes que trazem vida à música, com um tom decididamente sexual, correspondente à sensação de escutar a música de JMSN."

Vem...


Oferece-te aos sentidos, mantém os olhos vendados pelas pálpebras que te beijo a caminho do desejo que arde em ti.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Uma manhã como nenhuma outra» - João

"Aquele espaço estava apinhado de gente, mesmo para um dia como aquele. Vinhas com fome, não sei se apenas a fome no teu corpo ou também a fome do meu, das minhas palavras, do calor que estava em mim. Sabes que se misturam um pouco as minhas imagens daquele local. Sempre corrido, sempre cheio de gente, e tu ali por obrigação e nunca por gosto, a pequena ladeira onde te apoiavas no meu braço para não escorregar, o pedido sempre igual para começar o dia de estômago preenchido, os corredores, eu sentado ao teu lado, a segurar coisas tuas enquanto te afastavas de mim. Dias de chuva, atalhos que só tu conhecias e era quase romântico naquele contexto, o beijo trocado a um canto, um livro, um telefone que tocava, apreensão tua, apreensão minha, e uma rua tão conhecida, nós a conversar no passeio, a manhã fria como o Inverno que ainda não era, eu de pés na estrada, tu no passeio, a trocarmos palavras, a dizeres-me coisas que quando entravam em mim abriam em estilhaço, e eu que te tinha estado a animar pouco antes, sentado a teu lado, carícias no cabelo, a tua perna, a tua mão, carinho a fluir, e aquilo parecia-me tão irreal, aquela luz era tão estranha, e eu não sabia, a sério que não sabia. Talvez tu soubesses. Talvez já tivesses planeado aquilo, talvez já tivesses pensado nisso, talvez soubesses que depois daquilo, viria a travessia, que te farias ao mar, talvez já soubesses que pouco depois me atirarias artilharia pesada, que estarias contrariada, acredito que a sofrer com isso, a dizer-me coisas que sabias que fariam doer tanto e tão fundo. Talvez soubesses, também, que ainda assim e apesar disso eu estaria sempre ali, para me sentar ao teu lado, para segurar as tuas coisas enquanto tu não podias, para te amparar na ladeira escorregadia. Talvez soubesses tudo isso, mas eu não."
João
Geografia das Curvas

«Andor!»- Shut up, Cláudia!




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