31 janeiro 2017

Aquele tubo de escape...

Apaixonei-me apenas pela sua beleza e estou a pagar um preço alto por isso.

Um carro também pode dar lições de vida a um gajo.


Sharkinho
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Caralhos fodam esta sociedade hipócrita!

Esclarecimento de Valter Hugo Mãe sobre a polémica das duas frases retiradas de uma sua obra e queimadas na fogueira da santa inquisição dos media e das redes sociais:

Ver o meu romance, "o nosso reino", reduzido a duas frases, e por duas frases julgado, é sintomático do tempo de sentenças sumárias em que vivemos. Opinar passou a ser uma espécie de chelique imediato em que a maioria dos opinantes não sabe o que está em causa; não sabe, por isso, o que está a dizer. "o nosso reino" é a narrativa de uma criança de oito anos, de profunda candura, que ausculta a figura de deus numa tristeza grande pelos infortúnios da vida. Entre os assuntos que magoam esta criança estão as terríveis palavras que lhe dizem sobre a tia e, mais tarde, sobre um tio que chega de França. Essas duas passagens, no cômputo do livro inteiro, estão como punhais no peito puro da criança, e quem lê o livro não se choca com as palavras, choca-se com a tristeza e o desamparo de que se fala. Nos meus livros é-me comum abordar o abandono a que somos votados. Sou, desde sempre, impressionado pela solidão e "o nosso reino" é um retrato de uma solidão espiritual a partir do vulnerável ponto de vista infantil. Lamento que quem discuta acerca do desconforto de alguns pais, de jovens de 14 anos, com "o nosso reino", pareça ter-se esquivado a ler o livro e a perguntar se o choque provocado vem da sua efectiva leitura ou das duas frases que se autonomizaram sem contexto, parecendo sugerir que a obra é um exercício de perversão. Não sou professor, fui aluno e tive 13 e 14 anos, como é bom de ver. Não me compete ajuizar da adequação de um livro a uma determinada idade escolar. Mas sei que o escândalo normalmente está na competência, ou falta dela, com que se abordam os assuntos. E sei que ter 13 e 14 anos não é uma deficiência, é um tempo natural de descobertas e de maravilha. Acho muito bem que os pais que considerem os seus filhos imaturos para lerem determinadas obras os orientem noutras leituras. Como acho muito bem que os pais que reconheçam maturidade aos seus filhos os acompanhem em leituras desafiantes, no sentido de verdadeiramente esperar algo dos jovens que não seja apenas fútil e sempre adiado. Sou a favor de não se tratar os jovens como estúpidos. Falta-lhes informação, mas a grandeza e a complexidade humanas estão plenamente contidas em alguém de 14 anos de idade. Importa saber se queremos fazer de conta que existem crianças com essa idade ou se preferimos atentar no esplendor do aparecimento de um ser mais pleno, perto de estar inteiro. Seja como for, o que me compete dizer é que o meu livro não é um torpe discurso. É, muito ao contrário, uma exposição enorme de ternura. Para não o perceber basta não ler. * "a santidade era uma coisa para todos os dias, mas era difícil. porque a vontade de me manter santo não me assistia da mesma forma, alguns conseguiam destruir-me por dentro a esperança de os salvar." in "o nosso reino"

As frases em causa são estas:

“e a tua tia sabes de que tem cara, de puta, sabes o que é, uma mulher tão porca que fode com todos os homens e mesmo que tenha racha para foder deixa que lhe ponha a pila no cu”
“fazem amor pelo cu porque não têm racha, enfiam coisas no cu percebes... maricas é meter coisas no cu... nem querem saber de terem uma pila”

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 75

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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«69 picante»

Garrafas grande (66 cl) e pequena (33 cl) de cerveja artesanal com gravura erótica antiga nos rótulos.
Oferta de Lourenço M. para a colecção.














A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

29 janeiro 2017

«respostas a perguntas inexistentes (359)» - bagaço amarelo

Assim que saíste

Reparo nas paredes. Só o faço quando me sinto só. Quando não me sinto, mesmo que o esteja nunca reparo nelas.
Tu entraste e disseste-me olá ainda do lado de fora da porta, demoraste alguns segundos a mais do que o normal a limpar os sapatos no tapete da entrada e esperaste por mim com o longo casaco preto vestido. Eu tinha ido à casa de banho deitar algum cotão na sanita, com a perfeita consciência de que estava a subtrair provas do meu crime masculino que é preocupar-me mais com a organização dos discos de música do que com a sujidade que se acumula pelos cantos da casa.
Por isso é que tinha as mãos molhadas, ainda com resquícios do sabonete líquido, quando te vi. Dei-te dois beijos na face enquanto as sacudia como se os meus braços fossem as asas de um pássaro que quer levantar voo.
Estavas com uma mão numa das paredes da entrada. Percebi que, assim que te fosses embora, ia sentir a solidão de não te ter quando olhasse para ela. Para a parede, digo.

- Casa comigo só hoje, mas como se fosse para sempre! - pensei, mas não te disse, antes de sorrir.
- Tens planos para jantar? - Respondeste tu ao meu pedido inexistente.

Nessa noite quis Amar-te com a energia duma preguiça. Tu olhavas para mim no escuro e o meu braço demorava uma eternidade a aterrar na tua pele deserta. Era assim, num movimento tão longo quanto iminente, que eu perdia o medo de estar entre quatro paredes brancas, tão brancas como esta da entrada, para onde acabei de olhar assim que saíste.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI do mar enrola na areia


Mário netas

Crica para veres toda a história
O punho de feltro


1 página

28 janeiro 2017

«The nature of love» (a natureza do amor) - Radioballet


THE NATURE OF LOVE dance performance by Radioballet from Thomas Grabka on Vimeo.

Baralho de cartas com segredo

À luz normal, aparentam ser cartas com gravuras simples e verso branco. Colocando-as à frente de uma luz forte, em contraluz, aparecem gravuras eróticas, todas elas diferentes umas das outras. As cartas com figuras (damas, valetes e reis) são especialmente bem conseguidas.
É uma reprodução relativamente recente de um baralho de cartas originalmente produzido na Holanda no século XVIII.
É igual a um baralho que eu já tinha na colecção... mas uma maravilha destas nunca é demais.






A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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Esta vai dar estrilho...


Era católica. Percebi isso pelos consecutivos e estridentes apelos desnecessários a Deus enquanto a comia à canzana.

Patife
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