14 novembro 2004

O mesmo calor no peito


odas
de prata do casamento. O feliz casal decide festejar a data de forma diferente: repetiriam tudo o que tinham feito há 25 anos atrás. Foram à mesma igreja, almoçaram no mesmo restaurante, passearam por Sintra, foram para o mesmo hotel e pediram o jantar servido no quarto. - Lembras-te, querido? Há 25 anos comemos nus. E lá se despiram. - Meu amor - disse a mulher - sinto o mesmo calor no peito que sentia há 25 anos. - Não admira, tens as mamas dentro da sopa! (enviado pela Titas)

13 novembro 2004

O primeiro pecado de OnanistÉlico

Existem ideias muito negativas associadas a esta prática secular. Onanística, entenda-se. Claro que a religião católica, que felizmente só me educou até aos 10 anos, contribuiu para que a autoflagelação do ego fosse condenada. Num episódio bíblico (capítulo 1 do livro dos meus genes), o membro do OnanistÉlico é morto por não ter derramado esperma ao invés de respeitar a utilidade que se lhe encomendara: a primeira ejaculaSão.
Claro que não gostei muito daquela aSão. Teria querido encontrar no chão frio um aliado perfeito para a minha primeira vez. Recriminei-me pela revista que a outra mão sustentava não ter sido suficientemente inspiradora. E veio-me… à memória que o dito que corria de boca em boca pelo intervalo da escola tinha a sua razão de ser: que isto de masturbaSões são práticas pouco saudáveis.
Afundar-me-ia uma outra vez?
(com a rosa de baixo a dizer-me que só daqui a 6 dias)

E esta reflexão merece que o OrCa oda:

Onanismo nada tem com o nanismo
Curiosa esta língua portuguesa...
Pois que o primeiro do pequeno faz grandeza
E o segundo sendo assim por natureza
Parece faltar-lhe um O no metabolismo...

Faltam 6 Dias










Para NUS Banharmos
nas Ondas de Sedução
da São Rosas







Homenagem ao linguado português - 1

O Betes enviou-me um recorte da revista "Kapa" de Agosto de 1991 (ainda muitos de vocês não tinham nascido), em que apresentam algumas palavras e dão várias hipóteses de resposta. Tentem acertar, para já, no que é
Conário
a) nome da glândula pineal. Exemplo: «Estás um bocado gordo, filho. Sofres do conário?!» 
b) grande aglomeração de mulheres. Exemplo: «Desde que baixou o quilo da pescada o conário não arreda da Ribeira» 
c) homem que se deixa enganar facilmente por mulheres. Exemplo: «O Vítor casou-se. Que grande conário que o gajo nos saiu» 

Qual "tão bela como como o laranjal" de que ninguém ouviu falar... Isto sim, é um belo teste de linguado português!

A quem não pode ir ao jantar de dia 19 à Mealhada...

... o OrCa recumenda este restaurante em Põe-te de Cima (ou Ponte de Lima, não sei bem...):

12 novembro 2004

Anúncio de Amor, por AdamastoR

São anúncios como este, feito no Japão, que impelem os adolescentes para os restaurantes McDonald's, de forma descontrolada.

É de ficar com água na boca...

Recato de alma









Antes de ti despia o corpo
Mas mantinha a alma coberta
E despindo-me
Mantinha-me em recato
E dando-me não me dava inteira
Só os teus olhos me viram assim completa
Só na tua mão fui corpo e alma pela vez primeira

Pintura:


Video romântico

Quem não gostaria que lhe servissem os sapatinhos da Cinderela?...

Momento

(Só para abrir apetites para o jantar...)

O que estás a precisar neste momento
É de que alguém de ti se abeire em demasia
E num murmúrio em balbucio ao teu ouvido
Diga: “Ah, quisesses tu e o que eu faria...”
E sem sentires nada para além do som ardente
Desse instante em sobressalto que não querias
Aperceberes algo de quente e de macio
A perturbar a tua pele num arrepio
Doce torpor quase calor de puro enleio
Pelo corpo que julgavas indeciso
E te faz sentir dolente em doce anseio
A desenhar em ti a sombra de um sorriso
E a invadir quase em delírio cada poro
Para sentires desse calor o semifrio
Que se liberta já em ti e é quase seiva
Como um rio quase
Como um cio.

Noites brancas

nus.jpg


Estávamos cansados, de corpos suados, com um ar revolto e feliz.
Adormeceste primeiro, como sempre fazes. E eu fiquei acordada mais um tempo ainda, a tentar memorizar cada gota de suor que ornamentava o teu corpo. O contorno de cada músculo, o tom de cada pedaço de pele, o sorriso satisfeito.
Acabei a sonhar nos teus braços.

10 novembro 2004

Corpo vício

foto: Ernesto Timor

Inalou profundamente o fumo:
- Nem me lembro o porquê.
Foi há tão pouco tempo. Foi há tanto tempo.
Foi numa saída à noite? Numa brincadeira com amigos?
Foi por estar triste demais? Alegre demais?
Foi para mostrar coragem? Foi para arranjar coragem?
Não sei já.

Podia contar-te uma história qualquer, mas a verdade é que não sei. Não interessa.
Sei do corpo chaga aberta quando não o alimento, quando não lhe dou o que precisa para não doer.
Sei do prazer.
Sei da ausência de corpo, de emoções.
Sei do sentir-me forte quando alimento o corpo. Sei da dor quando em ressaca.

Corpo… Vício.

Família? Laços?
Cortei-os todos, ficaram para trás.
Pedi-lhes demais. Exigi demais.
Destruí, sequei tudo e todos à minha volta.
Esquemas? Roubos? Sei disso tudo. Fiz tudo.
Vendi tudo. Vendi-me.
O meu corpo é vício. É só.

Se estou arrependida?

-Arranjas-me umas moedas? Só umas moedas?
Não?
Adeus