14 novembro 2004
Colo
Há a cumplicidade de dois corpos que se reconhecem
Aquele local secreto do teu corpo que só eu sei.
O teu colo quente e húmido
Forma perfeita do meu.
As mãos que se adivinham e encontram.
Um bailado dos corpos ao som da tua e da minha respiração.
A tua mão que marca o momento da espera.
E o ficar quietos
Calados
Os corpos juntos no cansaço depois do amor.
Desenho:
De Espanha não vêm só maus ventos...
... também vem sensualidade.
Desta vez, decidiram fazer uma homenagem (mais uma) à Gotinha, com a exposição "Agua al Desnudo", na Fundación Canal (vejam no Canal Imagem), em Madrid, até 28 de Novembro. E a entrada até é livre... hmmm...
Comentário do OnanistÉlico - "Rico canal aquele, o da isabel. A entrada é livre e bem frequentada... no seu interior acolhido pude constatar o quão custoso foi sair. Apertos nos ilhéus testemunhados pelo azul em redor e um jorro iceberguiano estampado no rosto."
O mesmo calor no peito
odas de prata do casamento. O feliz casal decide festejar a data de forma diferente: repetiriam tudo o que tinham feito há 25 anos atrás. Foram à mesma igreja, almoçaram no mesmo restaurante, passearam por Sintra, foram para o mesmo hotel e pediram o jantar servido no quarto. - Lembras-te, querido? Há 25 anos comemos nus. E lá se despiram. - Meu amor - disse a mulher - sinto o mesmo calor no peito que sentia há 25 anos. - Não admira, tens as mamas dentro da sopa! (enviado pela Titas)
13 novembro 2004
O primeiro pecado de OnanistÉlico
Existem ideias muito negativas associadas a esta prática secular. Onanística, entenda-se. Claro que a religião católica, que felizmente só me educou até aos 10 anos, contribuiu para que a autoflagelação do ego fosse condenada. Num episódio bíblico (capítulo 1 do livro dos meus genes), o membro do OnanistÉlico é morto por não ter derramado esperma ao invés de respeitar a utilidade que se lhe encomendara: a primeira ejaculaSão.
Claro que não gostei muito daquela aSão. Teria querido encontrar no chão frio um aliado perfeito para a minha primeira vez. Recriminei-me pela revista que a outra mão sustentava não ter sido suficientemente inspiradora. E veio-me… à memória que o dito que corria de boca em boca pelo intervalo da escola tinha a sua razão de ser: que isto de masturbaSões são práticas pouco saudáveis.
Afundar-me-ia uma outra vez?
(com a rosa de baixo a dizer-me que só daqui a 6 dias)
E esta reflexão merece que o OrCa oda:
Onanismo nada tem com o nanismo
Curiosa esta língua portuguesa...
Pois que o primeiro do pequeno faz grandeza
E o segundo sendo assim por natureza
Parece faltar-lhe um O no metabolismo...
Claro que não gostei muito daquela aSão. Teria querido encontrar no chão frio um aliado perfeito para a minha primeira vez. Recriminei-me pela revista que a outra mão sustentava não ter sido suficientemente inspiradora. E veio-me… à memória que o dito que corria de boca em boca pelo intervalo da escola tinha a sua razão de ser: que isto de masturbaSões são práticas pouco saudáveis.
Afundar-me-ia uma outra vez?
(com a rosa de baixo a dizer-me que só daqui a 6 dias)
E esta reflexão merece que o OrCa oda:
Onanismo nada tem com o nanismo
Curiosa esta língua portuguesa...
Pois que o primeiro do pequeno faz grandeza
E o segundo sendo assim por natureza
Parece faltar-lhe um O no metabolismo...
Homenagem ao linguado português - 1
O Betes enviou-me um recorte da revista "Kapa" de Agosto de 1991 (ainda muitos de vocês não tinham nascido), em que apresentam algumas palavras e dão várias hipóteses de resposta. Tentem acertar, para já, no que é
Conário a) nome da glândula pineal. Exemplo: «Estás um bocado gordo, filho. Sofres do conário?!»
b) grande aglomeração de mulheres. Exemplo: «Desde que baixou o quilo da pescada o conário não arreda da Ribeira»
c) homem que se deixa enganar facilmente por mulheres. Exemplo: «O Vítor casou-se. Que grande conário que o gajo nos saiu»
Qual "tão bela como como o laranjal" de que ninguém ouviu falar...
Isto sim, é um belo teste de linguado português!
A quem não pode ir ao jantar de dia 19 à Mealhada...
... o OrCa recumenda este restaurante em Põe-te de Cima (ou Ponte de Lima, não sei bem...):
12 novembro 2004
Anúncio de Amor, por AdamastoR
São anúncios como este, feito no Japão, que impelem os adolescentes para os restaurantes McDonald's, de forma descontrolada.
É de ficar com água na boca...
Recato de alma
Antes de ti despia o corpo
Mas mantinha a alma coberta
E despindo-me
Mantinha-me em recato
E dando-me não me dava inteira
Só os teus olhos me viram assim completa
Só na tua mão fui corpo e alma pela vez primeira
Pintura:
Momento
(Só para abrir apetites para o jantar...)
O que estás a precisar neste momento
É de que alguém de ti se abeire em demasia
E num murmúrio em balbucio ao teu ouvido
Diga: “Ah, quisesses tu e o que eu faria...”
E sem sentires nada para além do som ardente
Desse instante em sobressalto que não querias
Aperceberes algo de quente e de macio
A perturbar a tua pele num arrepio
Doce torpor quase calor de puro enleio
Pelo corpo que julgavas indeciso
E te faz sentir dolente em doce anseio
A desenhar em ti a sombra de um sorriso
E a invadir quase em delírio cada poro
Para sentires desse calor o semifrio
Que se liberta já em ti e é quase seiva
Como um rio quase
Como um cio.
O que estás a precisar neste momento
É de que alguém de ti se abeire em demasia
E num murmúrio em balbucio ao teu ouvido
Diga: “Ah, quisesses tu e o que eu faria...”
E sem sentires nada para além do som ardente
Desse instante em sobressalto que não querias
Aperceberes algo de quente e de macio
A perturbar a tua pele num arrepio
Doce torpor quase calor de puro enleio
Pelo corpo que julgavas indeciso
E te faz sentir dolente em doce anseio
A desenhar em ti a sombra de um sorriso
E a invadir quase em delírio cada poro
Para sentires desse calor o semifrio
Que se liberta já em ti e é quase seiva
Como um rio quase
Como um cio.
Noites brancas
Estávamos cansados, de corpos suados, com um ar revolto e feliz.
Adormeceste primeiro, como sempre fazes. E eu fiquei acordada mais um tempo ainda, a tentar memorizar cada gota de suor que ornamentava o teu corpo. O contorno de cada músculo, o tom de cada pedaço de pele, o sorriso satisfeito.
Acabei a sonhar nos teus braços.
11 novembro 2004
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