O Narciso, Manela?!... Isso é um caso morto e enterrado!... Mas se queres tanto, eu recapitulo a história!... O que me excitava nele era a forma como manejava as palavras. Ou será que eu devia dizer manipular?... Bem, adiante!...
Também me excitava a forma como ele pronunciava Vou sugar-te os biquinhos enquanto me atarraxava os seios, como meias laranjas no espremedor da Moulinex. Ele falava o tempo todo, antecipando o que ia fazer, o que fazia, o que sentia. Dizia muitas vezes Eu adoro essas mamas ou Adoro como me chupas e me olhas nos olhos. Aquelas palavras expressas arrastadamente numa voz colocada ligavam directamente aos neurónios que me controlam a humidade interna. Por assim dizer, Manela, espremia-me os neurónios.
Posso referir-te também que me deliciava quando a sua barba fofinha roçava contra o meu pescoço ou a minha cara e sentia uma enorme cumplicidade pelo facto de ele usar boxers pretos a condizer com a minha lingerie.
Para dourar um bocadinho mais a pílula, ele pronunciava poeticamente que A intimidade é a fusão de dois corpos no sumo espremido de dois espíritos. A esta distância já vejo que o espírito estava tão espremido naquela época que só restava mesmo o corpo para fusão. É que sabes Manela, nunca naqueles dias o homem foi capaz de usar a sua língua em mim. Entendes-me Manela !?... Para eu não ter de usar o palavrão latino de cunninlingus ou o outro semelhante à nossa marca de pílulas.
Se calhar porque o sumo espremido do espírito não chegava para tamanha intimidade ou porque como na fusão das empresas nem sempre a contribuição é recíproca. Mas andante Manela e que o Narciso repouse lá eternamente, que já me bastou quando ele expirou durante o sono e me deu uma trabalheira para explicar à família repetidas vezes que não, não senhor, não fora nenhum ataque cardíaco nem indigestão, mas apenas uma simples apneia.
27 janeiro 2005
26 janeiro 2005
Sou teu
Irrompe em mim
Atrasa-me
Arrasa e rasga o tempo
Desfaz-me de mim
Numa noite
Numa hora
Sou teu
Põe-me em brasa
Verga-me
Arrasta e sorve o tempo
Desfaz-te em mim
Neste breu
Nesta aurora
A Corpos e Almas também estudou na escola do OrCa e quer oder à desgarrada:
sou tua
entra em mim
rasga o meu corpo
nesta noite sem fim
és meu
em ti acendo
o fogo do desejo
num só momento
somos, tu e eu
corpos em chama
perdidos no tempo
Cisterna da Gotinha
The Shit Hole: não recomendo a ninguém!!! Muito mau!!! Bléghhhhh...
Playmates: de 2000 até 2004
Mulheres & Balões: imperdível para quem gosta de soprar...
Mulheres a lutar: um fetiche para muitos...
Um poeta não fode, ama
Um poeta não fode, ama
Um poeta faz da página cama
Onde se deita, se contorce
Se abre e se sacia.
Um poeta toca as palavras
Como se acariciasse o corpo
E o poema cresce
E o poeta é verso
Que rola na página cama
Onde o poeta não fode, mas ama
E acaricia o corpo/verso
E o orgasmo que tem
É a poesia
E o Orca logo lhe responde:
E é assim que tanto amando
Tanta gente
Se perde de amores o poeta
Perdidamente
E se as mão perpassam pelo papel
Como quem sente
Um corpo amado e sofrido e inquieto
Ama ainda mais o poeta
O ser amado
Afinal por ser assim o amor que sente
Um amor de mais partilha
Mais completo
Um amor que é tão carnal
E sublimado
Que a carícia que a si faz
Ninguém a sente
Mas com ela acaricia toda a gente.
O AnjoÉlico também não se fica (vem-se):
Foesia
Porgasmo de sentir.
Escrito a dois, posição de verso
Prosa de gostar-te
Sofridamente nu.
. quando o rasgado papel se não me oferece
Estreito-me num sós
Publico-me por inteiro
Numa escusa ao querer-te.
25 janeiro 2005
Citações
“A sobrevivência de uma relação erótica joga-se na cabeça, não nas posições do Kamasutra.”
“Aparentemente, os homens divergem pouco nas mentiras que dizem às mulheres para as convencerem a abrir braços e pernas, se não juram amor eterno anunciam a riqueza do seu currículo...”
“Olhos nos Olhos” de Júlio Machado Vaz
Cinema Paraíso
Oh Manela, se eu recuar no tempo lembro-me daquele rapaz morenão, sempre vestido de preto, com os músculos todos no sítio, semelhante ao Gregory Peck da década de 50, que conheci na arrastada e imensa nuvem de fumo do Rock Rendez Vous.
Como mais tarde disse o Carlos Tê, nós «ouvíamos a mesma canção» e na época não perdemos o «Silvestre» e o «Sem Sombra de Pecado». Aliás, imitávamos o cinema no escurinho de quatro paredes. Lembro-me que foram muitas as vezes em que ele me pediu para imitar a Vitória Abril, descendo o meu ventre sobre a sua boca de lábios carnudos e língua sólida e ginasticada, nas tardes que passámos em quartos de pensão, daqueles com bidé à vista da cama e um pesado copo de vidro na prateleira, também de vidro grosso, sobre o lavatório.
O «Conhecimento do Inferno», «A Explicação dos Pássaros» e até a «Memória de Elefante» ficaram com as páginas bastas vezes espalmadas entre o ruidoso e usado colchão de molas e as nádegas firmes e macias dele que as minhas mãos tacteavam enquanto me baloiçava sofregamente. Lembro-me da frase habitual dele: «o meu amiguinho com 2 cérebros do tamanho de uma azeitona, sempre que tem estes pensamentos em forma de leite condensado, fica vergado».
E como sabes, Manela, o leite condensado sempre foi uma das minhas sobremesas preferidas... Quando lanchávamos em casa dos nossos pais, as tartes de leite condensado eram sempre uma cumplicidade mastigada depois dos exercícios arriscados no elevador parado entre dois andares.
Depois, Manela, como não há bem que sempre dure e mal que nunca acabe, uma estrada incluiu-o nas estatísticas da maior causa de morte em Portugal.
Como mais tarde disse o Carlos Tê, nós «ouvíamos a mesma canção» e na época não perdemos o «Silvestre» e o «Sem Sombra de Pecado». Aliás, imitávamos o cinema no escurinho de quatro paredes. Lembro-me que foram muitas as vezes em que ele me pediu para imitar a Vitória Abril, descendo o meu ventre sobre a sua boca de lábios carnudos e língua sólida e ginasticada, nas tardes que passámos em quartos de pensão, daqueles com bidé à vista da cama e um pesado copo de vidro na prateleira, também de vidro grosso, sobre o lavatório.
O «Conhecimento do Inferno», «A Explicação dos Pássaros» e até a «Memória de Elefante» ficaram com as páginas bastas vezes espalmadas entre o ruidoso e usado colchão de molas e as nádegas firmes e macias dele que as minhas mãos tacteavam enquanto me baloiçava sofregamente. Lembro-me da frase habitual dele: «o meu amiguinho com 2 cérebros do tamanho de uma azeitona, sempre que tem estes pensamentos em forma de leite condensado, fica vergado».
E como sabes, Manela, o leite condensado sempre foi uma das minhas sobremesas preferidas... Quando lanchávamos em casa dos nossos pais, as tartes de leite condensado eram sempre uma cumplicidade mastigada depois dos exercícios arriscados no elevador parado entre dois andares.
Depois, Manela, como não há bem que sempre dure e mal que nunca acabe, uma estrada incluiu-o nas estatísticas da maior causa de morte em Portugal.
24 janeiro 2005
a outra
que deslumbrante sensação
a de ver o teu prazer
no corpo de outra mulher
no meu canto fico
fascinada, excitada
ao ver-te tocá-la
ao ver-te possuí-la
o teu olhar de tesão
nos meus olhos perdido
o ar de cumplicidade
entre nós sentido
vê-la tocar o teu corpo
acariciá-lo, engoli-lo
aumenta o meu desejo
que te quero só meu
Casal de carros oficiais da Funda São
Lembram-se do carro oficial da Funda São?
Pois a Gotinha já conseguiu arranjar-lhe um parzinho:
O @lentejano apareceu e odeu:
- Minha mãe o que é aquilo
que o carro tem pendurado?
- Ó filha, é um dedo sem unha
com que teu pai me tem coçado.
Pois a Gotinha já conseguiu arranjar-lhe um parzinho:
O @lentejano apareceu e odeu:
- Minha mãe o que é aquilo
que o carro tem pendurado?
- Ó filha, é um dedo sem unha
com que teu pai me tem coçado.
23 janeiro 2005
(Alguns pecados) Luxúria
Foras vela e eu neblina
Matinal de Sol nascente
Beijaria cada onda
Por te saber gosto a mar
Viveria à tua volta
Vela branca que se afoita
E que ruma assim envolta
Só prazer de navegar
Vela solta
Eu encheria
Teu ventre de maresia
Na tensão de cada olhal
Vela presa ao mastro alto
Eu te estreito neste abraço
Mais intenso
Mais carnal
Parte intrépida ao assalto
De mim leve neblina
Que eu me faço
Por te amar.
OrCa
O OnanistÉlico teve ciúmes do Ferralho e agora também quer oder:
(Replágio)
A bela presa ao meu abraço
Parte intrépida ao assalto do mastro
Mais intenso, carnal, alto...
Leve neblina que de mim jorra, só pelo prazer de te navegar...
O que me fazes para te amar?
Matinal de Sol nascente
Beijaria cada onda
Por te saber gosto a mar
Viveria à tua volta
Vela branca que se afoita
E que ruma assim envolta
Só prazer de navegar
Vela solta
Eu encheria
Teu ventre de maresia
Na tensão de cada olhal
Vela presa ao mastro alto
Eu te estreito neste abraço
Mais intenso
Mais carnal
Parte intrépida ao assalto
De mim leve neblina
Que eu me faço
Por te amar.
OrCa
O OnanistÉlico teve ciúmes do Ferralho e agora também quer oder:
(Replágio)
A bela presa ao meu abraço
Parte intrépida ao assalto do mastro
Mais intenso, carnal, alto...
Leve neblina que de mim jorra, só pelo prazer de te navegar...
O que me fazes para te amar?
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