17 abril 2005

Nítido


Oh São, foi como voltar à adolescência!... A nítida frescura da pele dele e o sorriso genuíno que imprimia na cara incentivavam-me a rebolar pela humidade dos relvados da noite de Belém, preparada previamente de saia e isenta de cuecas, para o reconhecer explodindo em mim, na pressa de não sermos apanhados.
Era a brincadeira contínua do duche quente em que nos ensaboávamos para ele remexer em todas as direcções geodésicas da minha cavidade, defendendo que assim ficaria bem lavadinha enquanto engolia as gotinhas de água que me escorriam dos mamilos, para não se perder nada, obviamente. Eu afiançava-lhe que precisava do duche mais próximo para me matar a sede e engolia-o como bebida isotónica, com a água a salpicar-me os cabelos enquanto lhe sopesava as recargas que depois serviam de fio dental.
Era a pressa de responder a mais um sms que marcava encontro num sítio recôndito da cidade, para onde partia aos pulos, dançando em sapatos voadores, mesmo que fosse o escurinho do cinema, onde os beijos lânguidos e as mãos desassogadas e continuamente espalmadas na carne, por entre fechos e tecidos e lãs, impediam de apreciar condignamente a obra do realizador.
Mas, oh São, eu não estava preparada para encarar as coisas de forma séria como quando ele se ofereceu para fazer uma vasectomia.

Tomai e bebei: este é o meu prazer derramado por vós


(enviado por Roxy)
(título da Maria Árvore)

15 abril 2005

Pela primeira vez na vida comprei um jornal desportivo!

70 cêntimos. Só por causa da primeira página!

ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! etc.
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A cópula

de Manuel Bandeira

Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
colhões e membro, um membro enorme e tungescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente,
não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
e fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona a dentro o mangalho até o cabo.

A Rainha de Copas - Matt Ridley

Aconselho este livro científico (cujo subtítulo é «o sexo e a evolução da natureza humana») publicado em Portugal pela Gradiva.
Uma análise profunda da sexualidade como tema central da nossa evolução.
Deliciem-se com esta citação de Charles Darwin que Matt Ridley usa para ilustrar a questão do perfeccionismo sexual:
«Se todas as mulheres se tornassem tão belas como a Vénus de Medici, durante um certo tempo ficaríamos encantados, mas depressa desejaríamos a variedade e, logo que tivéssemos obtido a variedade, desejaríamos ver certas características das nossas mulheres um pouco exageradas para além do padrão então existente.»
Porque será que isto me fez lembrar a Campanha por Beleza Real, que eu a-do-ro?!

Graças ao sofá


Não sei se a culpa não foi do sofá, São! Eu apenas o ouvi a desfiar os seus problemas no sofá fronteiro, ao ritmo de cervejas mornas e cruzei e descruzei as pernas vezes sem conta, dando-lhe alento em palavras feitas tremoços.
E ele São, veio direito a mim e desabou a beijar-me o pescoço, a deixar escorregar as mãos pelo meu peito e pelos intervalos das minhas calças. Perante o meu espanto mudo, abriu-me o fecho e resvalou a sua mão direita do monte para o interior dos lábios até o seu indicador chocar com as minhas nádegas. Ergueu o queixo para me indagar com os olhos se tinha aval para continuar, sinal a que retorqui com um longo beijo de línguas. E vai daí, ele afundou-se em espirais no meu botão de sintonia, pulou dos grandes para os pequenos como linha de cerzir, enquanto as minhas mãos o despenteavam atabalhoadamente. Aprimorou-se a passear a língua monte acima, monte abaixo, com o rigor de uma toalhita enquanto a sua mão esquerda me espremia as nádegas para o indicador e médio direitos se enfileirarem vulva adentro. Voltou para tragar o meu clitóris, em pedacinhos pequenos e tanto petiscou que me contorci, abraçando a sua nuca com os meus joelhos. Peguei-lhe a cabeça com ambas as mãos e debruei-lhe os lábios e o céu da boca com beijos.
Foi aí São que ele me agradeceu e eu ainda zonza, nem queria acreditar nos meus ouvidos. Apenas lhe dei a minha atenção. Oh São, há necessidade de pagar a amizade?...

A Maria Árvore depois da aventura do sofá


(o F. Monteiro não a consegue desencaixar)

14 abril 2005

Sucção de Amor, por AdamastoR


[Tony Ward]

Alvíssaras a quem descobrir...

(com música de fundo)


Os palpites foram:
Jorge Costa - gel.
Mad - Fá Gel de Banho.
Gotinha - creme de corpo YVES ROCHER [esta miúda é uma comercial nata]
São Rosas e Quimera - farinha misturada com água, como antes se colavam os cromos de futebol nas cadernetas.
SirHaiva - farinha com água e muito fermento, para 'levantar' o 'bolo'.
Edmilson - é goma.
Obeijo - só lambendo!
Nikonman - produto de uma saraivada peniana.
SirHaiva - Podia ser, podia. Mas neste caso em particular não estou envolvido. Não me lembro nada da senhora nem de a ter contemplado com uma das minhas 'Saraivadas Penianas'... mas sei lá, já foram tantas. (cof, cof, cof)...

Enda uí nariz:
Dupont do Vilacondense - é pão, são:

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Urgência

Foto:J_J_ANDRE

Quero despir-te
Tirar-te a roupa
Penetrar-te o corpo.
Quero amar-te
Com a raiva de quem sabe
Com a raiva que conheces
Com a raiva que sentes
Quando em raiva me dou.
Quero ver-te fechar os olhos
Para reter o prazer
E pressionar-te
Arrancar-to
Encurralar-te
Fechar-te em mim e no prazer.
Quero tudo
O corpo, a alma
Tirar-te a roupa e a calma
Até gemeres
Até tremeres
Até dizeres: Ainda não.
E eu exigir: Já!