04 junho 2005

Matrioshka erótica

Na minha colecção tenho muitas peças interessantes.
E esta matrioshka erótica, acabadinha de receber, passou a ser uma delas:
Há uns anos atrás comprei um livro de ilustrações eróticas de Tommy Ungerer e fiquei fã. Uma das imagens que ele lá tinha era de uma matrioshka «bondage». Na altura pensei: "Se houvesse à venda comprava".
Agora encontrei-a!
Na imagem não se nota bem, mas há um miminho adicional que é a pila que a personagem ostenta na última fase.
Se tiveres interesse em comprar uma destas matrioshkas, escreve-me. Há algumas disponíveis, numa série limitada de 50. O preço, incluindo transporte até Portugal, despachos, impostos e envio para qualquer destino em Portugal são € 130.

O Hino do POQ - pelo OrCa

Funda que te quero funda, São que te quero bem
p'rò que t'havia de dar, mulher, com um POQ assim
enfim, te darei então o POQ que queres de mim:

por vezes um simples toque faz "poc" que nem se espera
aí deves contar uma que o tempo vai de poupança

se aproveitas a humidade que abriu porta à quimera
experimentando a entrada que o dia é uma criança
se não se fecha o ferrolho mas se ouve grito de fera
... aí contarás mais outra que foi dada em contradança

depois, se te contiveres até ao fim deste enredo
e fizeres uma barragem ao fluxo testicular
pois bem, dá outra sem rede, sem mãos e até sem medo
que no teu dar está a graça e a graça é o que está a dar

verás então, passo a passo, que aberta a via ao mistério
depois das três já bem dadas e que o teu ego enfatiza
a quarta, se és avisado, deves dá-la pelo contrário
pois a entrada difícil com tanto óleo desliza
o quanto que tu nem sentes ao entrar em tal sacrário
nem a estreiteza do antro nem que entalaste a camisa

certo é que, entrementes, dos gemidos que tu sentes
e dos que dás entredentes pela doce novidade
o melhor é dares a quinta enquanto a alma pressentes
que não se fica nas couves e não perde a velocidade

por fim, exausto o corpinho mas de mente ainda impante
hás-de puxar pelo bestunto e ao veres que o bacamarte
já se fez em pistolita, minhoca que era elefante,
há que apurar o engenho, há que apelar para a arte
e darás a volta ao texto para alcançares mais alguma
pois nas mãos dedos são dez e com a língua é mais uma...

Também podemos escutar os clássicos, sobre a matéria:

pela cama fora poq, poq, poq
guia o caralhinho uma coninha arfante
como vão ligeiros, ambos nesse trote
antes que arrefeça, poq, poq, poq
entra o caralhinho p'la coninha adiante...

OrCa

Soneto dedicado à Encandescente pelo Charlie

"Olá! Como sabes sou como tu um grande admirador da maior poetusa que conheço.
Tive a veleidade de lhe dedicar um soneto. Se achares bem podes publicar, se achares que não vale um caralho, deita fora.
Sauda sões, e muito afundanços ;)

Neste Universo infinito
Em expansão permanente
Cesse tudo o que foi dito
Pelos Deuses, impunemente!

Os Olimpos que abram alas
Um ser mais alto se levanta
Hera, Afrodite e até Pallas
Escutem como o Amor se canta

Jamais alguém glosou com nexo
O desejo tão ardentemente
Como este ser, um reflexo

Dum mundo que interiormente
Transborda em palavras e sexo,
o amor em chama, Encandescente

Charlie"

E o OrCa poderia lá ver oder a Encandescente sem oder também?

ter na arte de oder
tal poder
tão retumbante
leva-me a mim a dizer
que tal soneto envolvente
só o soneta um poeta
em delírio 'encandescente'

e se ela dá o mote
em cada verso que versa
faz de cada um um vate
e tudo o resto é conversa

já que em doce profusão
na fusão que se pressente
sexo e verso dão-se a mão
em cordão 'encandescente'...

OrCa

03 junho 2005

Cisterna da Gotinha


The Nude Crusade: Um fotógrafo sueco (Erik Svendsson) que quer fotografar mulheres bonitas de todo o mundo.


O cantinho das crianças: a educação não pára!


15 Japonesas: dentro duma cabine telefónica..


Adriana Lima: em vídeo.

Brincar contigo...Posso?

 Marcus Carlsson

Quero despir-te.
Para quê a roupa se me impede de ver a tua pele?
Deita-te. Assim. Nu.
Deixa-me olhar-te. Decorar-te.
Quero guardar-te nos olhos para te lembrar quando não presente.

Gosto de brincar com os teus pés.
Subir em ti, assim, em carícias lentas.
Gosto da tua pele molhada. De te cobrir de saliva e suor.

Espera.

Deixa que me demore no teu sexo. Que o olhe. Que o desperte.
Enquanto me olhas. Enquanto nos vês.
Enquanto murmuras: - Não pares meu amor.

Deixa-me suspirar. Derramar. Deleitar-me com o teu corpo.
Descobrir a que sabe o teu peito.

Gosto das tuas mãos.
De lamber e morder um a um os teus dedos.
Enquanto te amo. Enquanto me amas.
E dizer na tua boca:
- Vem comigo meu amor.

Brincar contigo...
Posso?

Dois videos sugeridos pelo Matagatas

Striptease com dedicatória
(e muita fominha)


Big Boy

Será que ninguém repara na minha inteligência?...


desabafoda da Lamatadora

02 junho 2005

Pela normalização anatómica - 3 - o POQ

A CoNA - Comissão de Normalização Anatómica continua o seu esforço para que o sexo seja cada vez menos confuso e problemático.
Ontem, a propósito de aviar Gajas (e gajos), a Mad referiu:
- Já dei seis.
Não pondo em causa o mérito, sempre me fez confuSão como se procede a esta contabilidade.
Como é que se contam as que se dão (já para não falar das inúmeras que se perdem)? Se pensares bem, é tudo menos líquido (é mais para o gosmento).
Por isso, a CoNA propõe a criação do POQ - Plano Oficial das Quecas.
Todos os membros e membranas da FundiSão assumem desde já o cargo honoris causa de TOQ - Técnicos Oficiais de Quecas.
Nomeio a Espectacológica ROQ - Revisora Oficial de Quecas.
Venham-se as vossas sugestões para o clausulado do POQ.
OrCa e Encandescente, o POQ terá obrigatoriamente cláusulas em verso, capisce ("com a piça", em italiano)?

Arre machos!

Quem for a Coimbra e passear pelo Estádio Universitário vê lá esta pérola à porta da «Secção de Cultura Física» da Associação Académica:
A estudantada sempre teve muita capacidade de retórica.

01 junho 2005

Dia Mundial da Criança.

Esta é dedicada à criança que existe dentro de cada um de nós, porque afinal, não é a idade exterior que conta, mas sim a idade do espirito. Parece que me estou a ver daqui a uns aninhos...

3 Gajas para deitar abaixo!

(oferta da Lamatadora)
Iludiu-se com os meus gestos largos, a língua solta, a atitude despudorada e descomplexada. Na primeira noite não passámos dos beijos, das mãos perdidas, dos calores, das roupas atrapalhadas no banco traseiro do seu velho Toyota branco, parado no parque de estacionamento. Na segunda noite, ambos sabendo ao que íamos, estendemos o saco-cama no canto mais escuro do recinto do Festival. Ouvíamos a música, Pixies, não sei já em que canção, ao longe, no palco principal. Fogosa eu, ardente de um desejo ainda mal controlado, fruto de ter conhecido isso do sexo com um só namorado e depois, durante 3 ou 4 meses ter ficado à deriva, consequência de um amor juvenil e mal acabado. Ele ansioso, inseguro, tanta vontade mas tanto medo a pairar sobre si. Eu, com a inicial aparente segurança, pensava: “O que vamos fazer é sexo. Nada de amor. Amor sentia eu pelo outro. Por este não pode ser mais do que sexo. Conheci-o ontem. Não deixámos de estar pedrados desde então.” O que eu não sabia era que para ele isso de foder não tinha ainda passado dos filmes emprestados pelos amigos, dos livros e revistas descobertos na arrecadação lá de casa. O que eu não sabia era que ele esperava de mim o que eu mal tinha ainda aprendido.
Já nus, suores de fibra de saco-cama, de desejo e de ansiedade, na atrapalhação de tentar enfiar em mim a sua pila que mal vi, na pouca luz de lua que nos envolvia, ele disse-me: “Tens de me dar uma ajuda. Sei como é, mas nunca fiz.”
Pois. Eu tinha acabado de perceber isso mesmo. Podia ser só falta de jeito minha, ainda arrisquei pensar. Mas não. O rapaz era virgem. E eu pouco menos do que isso.
A minha generosa mão desceu então, cega, à procura da pila virgem e pululante. Guiei-a com o jeito que então me assistia e fi-la entrar lentamente. Ele começou a balançar-se dentro de mim, de um modo brusco e mecânico que hoje, à distância, me faz sorrir quase maternalmente, e rapidamente se veio, escondendo no meu pescoço o seu rosto.
Não tornámos a ver-nos. Telefonou-me ainda durante algum tempo. Dizia-se apaixonado por mim, claro. Por mim, pouco sabia, mas nesse pouco sabia que não era paixão o que ele sentia. Seria antes qualquer coisa da casa da gratidão enleada nas malhas de um compromisso que nunca o foi.
Quando o Festival acabou e a erva e a cerveja também, deixei-me ficar na relva, escondendo o frio no mesmo saco-cama que nos albergou, vendo sair os mais apressados, olhando distraída os que, como eu, se esqueciam de ir embora e, entre um cigarro e outro, percebi que me tinha libertado de paixões e de tabus, que o meu corpo era livre. Que, mais do que isso, eu era livre. E comecei a viver.

Instrutora - Gotinha