Funda que te quero funda, São que te quero bem
p'rò que t'havia de dar, mulher, com um POQ assim
enfim, te darei então o POQ que queres de mim:
por vezes um simples toque faz "poc" que nem se espera
aí deves contar uma que o tempo vai de poupança
se aproveitas a humidade que abriu porta à quimera
experimentando a entrada que o dia é uma criança
se não se fecha o ferrolho mas se ouve grito de fera
... aí contarás mais outra que foi dada em contradança
depois, se te contiveres até ao fim deste enredo
e fizeres uma barragem ao fluxo testicular
pois bem, dá outra sem rede, sem mãos e até sem medo
que no teu dar está a graça e a graça é o que está a dar
verás então, passo a passo, que aberta a via ao mistério
depois das três já bem dadas e que o teu ego enfatiza
a quarta, se és avisado, deves dá-la pelo contrário
pois a entrada difícil com tanto óleo desliza
o quanto que tu nem sentes ao entrar em tal sacrário
nem a estreiteza do antro nem que entalaste a camisa
certo é que, entrementes, dos gemidos que tu sentes
e dos que dás entredentes pela doce novidade
o melhor é dares a quinta enquanto a alma pressentes
que não se fica nas couves e não perde a velocidade
por fim, exausto o corpinho mas de mente ainda impante
hás-de puxar pelo bestunto e ao veres que o bacamarte
já se fez em pistolita, minhoca que era elefante,
há que apurar o engenho, há que apelar para a arte
e darás a volta ao texto para alcançares mais alguma
pois nas mãos dedos são dez e com a língua é mais uma...
Também podemos escutar os clássicos, sobre a matéria:
pela cama fora poq, poq, poq
guia o caralhinho uma coninha arfante
como vão ligeiros, ambos nesse trote
antes que arrefeça, poq, poq, poq
entra o caralhinho p'la coninha adiante...
OrCa