21 julho 2005

Arte Vaginal

Li um post sobre arte no Bosque da Robina e acho que fica a matar aqui na Funda São. Não concordam?!
"A artista agradece e explica como é que faz as suas "obras de arte". Se julgavas que pintar com os pés ou com a boca era um acto de génio... Mata lá a tua curiosidade,
aqui"



As décadas do Amor, por moStrenGo adamastoR

Ainda que rigoroso - austero até, noutras matérias - o meu pai nunca teve em relação ao sexo uma atitude de falso-moralismo ou castração. Apreciador de Russ Meyer, sempre me respondeu com clareza às perguntas difíceis da puberdade [tudo o que não consegui deduzir das Ginas e das gabarolices dos colegas do liceu] e nunca me vedou o acesso a todo o tipo de informação sobre essa matéria tão importante.

Não é por isso surpresa que, em vez de regalar os olhos com filmes leves como Emanuelle, eu tivesse acesso a coisas como Atrás da Porta Verde e Garganta Funda, para regalo de todos meus amigos.

Só me faltou arranjar um destes belos posters, para encher de manchas.


O Dupont (do blog Vilacondense) ensina-me

20 julho 2005

Overdose



O poeta evacuou o poema.
Consumiu ao almoço Ary e Pessoa
Florbela, Sophia e Eugénio
Gomes Ferreira e Jorge de Sena
E as palavras ficaram pesadas
Excessivas, demasiadas
Enroladas no estômago
Perturbando poeta, dia e digestão.
O poeta ficou prostrado
Com a overdose de poesia.
Só por volta das seis
Evacuou poetas e poemas
E livre de palavras
Descansou.

Foto:Victor Ivanovski

O OrCa ode à Encandescente e restante "família", circulando quadrangular por uma refeição diferente, tipo sopa dos pobres, rimando...

quando se come um poeta
daqueles que muito apetecem
há que morder letra a letra
pois só assim acontecem

e depois regá-lo bem
com casta pura e sonhada
dando-o sem olhar a quem
que a poesia é bem dada

e enquanto se mastiga
com volúpia algum poema
há que sentir-lhe a cantiga
para que nos valha a pena

pois quem não gostar não coma
e quem não comer jejue
que nada tem mais aroma
do que o poema insinue

por fim um arroto breve
a contragosto soltado
dirá que o poeta é leve
quem o comeu consolado

FodoGrafia do Dia



(via Farinha Amparo)

Adivinha São

A lapiseira saiu à noite com 2 lápis: o lápis rico e o lápis pobre.
Passado um tempo descobriu-se que estava grávida.
Quem foi o culpado? O lápis rico ou o lápis pobre?

Vê aqui a solu São.

(o Vizinho achou que era o rico porque o lápis pobre já nem dá para afiar...)

Este blog não é uma democracia, mas...

Garfiar, só me apetece - 17

31 de Novembro

Ainda estou para perceber porque fui jantar com a gaja.
Conversas lamechas e saudades de tudo e de nada.
Estava a jantar e só via era a empregada do balcão: fazia-me lembrar uma brasileira do Sexxy.
Não ouvi metade das conversas mas fui concordando com tudo, principalmente, com as metades que não ouvi.
Tenho de voltar ao restaurante e sentar-me ao balcão. Que luxo.

Garfanho

Há oficiais da marinha com mais sorte que o capitão Iglo


Comandante Padrinho

19 julho 2005

Cisterna da Gotinha

Miúdas para todos os gostos e feitios...


Lutas de Lésbicas: a vencedora tem um prémio bem original...


Tatuagens: como remover...


Publicidade: bem feita... e a moçoila também não é nada má!!


Quem nunca teve fantasias com
Gémeas que atire o primeiro comentário!!!

Pesadelo de uma tarde de verão



Era uma cozinha branca com as panelas penduradas em pregos na parede. No centro impunha-se uma ampla mesa de madeira maciça para o repasto. Chegámos afogueados, com os sacos plásticos carregadinhos de cenouras, pepinos, beringelas, tomates, limões, laranjas, pêssegos, nêsperas, morangos e depositámo-los ali naquelas tábuas a soltar aromas.
Os trinta e tal graus lá de fora eram felizmente filtrados pelas grossas paredes e pelo algodão das nossas t-shirts. Aquelas mãos enormes sentaram-me na banca de alimentação, esticando os dedos das nádegas aos joelhos, vagarosamente, a afastar o pareo e libertando os meus braços para se estenderem até ao cordelito que brotava dos calções e desafogar aqueles músculos. E naquele bailado de mãos e línguas, desfaleci até atingir a posição de frango em expositor, com a ligeira diferença de que apertei tenazmente tudo o que se atravessava nas minhas coxas.
E íamos ritmadamente balançando na pauta dele até que decidi imprimir outra cadência, que eu não estava ali para ver encher chouriços e apesar do pronto acompanhamento dele, um ligeiro desacerto de sincronismos fez com que o meu alvo ficasse mais acima do que o previsto e o projéctil fosse embater na madeira maciça.
Oh Sãozinha e perante a memória daquele guincho dorido peço-te orientação: achas que se eu tomar uns drunfuzinhos aprendo a não me mexer e a ficar quietinha?

Sólida



Impunha-lhe olhar e corpo. Exigia-lhe corpo e olhar.
O corpo dele indefeso. O corpo dela que o prendia.
As mãos que o percorriam. O olhar que o penetrava. A língua que lhe falava na língua.

E escorria sólida no corpo dele.

Mordeu-lhe um ombro com força quando ele se moveu.
Agarrou a mão que lhe acariciava as costas. Prendeu-a na sua.
Com a outra mão fechou-lhe os olhos:
- Não te movas. Não me olhes. Sente-te.

E escorria sólida no corpo dele.

Nos braços dele abriu os braços. Foi abraço nos braços.
Mordeu-lhe lábios e língua. Roubou-lhe ar e gemidos. Sorveu-lhe saliva e sabor.
Foi beijo. Boca na boca.

E escorria sólida no corpo dele.

Abriu-lhe as pernas com as pernas.
O peito colado ao peito. As ancas coladas às ancas. O sexo colado ao sexo.
Sólida.
Movendo-se. Movendo-o. Tomando-o. Ocupando coxas e sexo.

E escorreu líquida no corpo dele.

Líquida como a saliva que nele deixava rasto.
Beijo corpo que o percorria. Beijo língua que o envolvia.
E a mão aberta no peito dele que lhe dizia:
- Não te movas. Não me olhes. Sente-te.

E escorreu líquida no corpo dele.

Contornou o desejo sólido nas coxas dele. Evitou o desejo sólido do sexo dele.
Foi beijo e boca nas pernas. Nos músculos tensos. Nos joelhos que antes abrira com os seus.

A mão soltou o peito que prendia. A boca soltou o corpo que tremia.
Parou.
Sólida ante o corpo dele.

E no espaço que abrira entre as pernas dele, sentou-se.
Olhou o desejo entre as coxas dele. O sexo que a esperava.
O corpo dele que esperava que escorresse líquida nas coxas dele.

Ele abriu os olhos. A surpresa no olhar. A pergunta no olhar. A ansiedade no corpo.
- Pede, disse-lhe ela.

Foto: Doug Lester

O Blog do Vale descobriu onde eu moro

O aj.matos, do Blog do Vale, diz que descobriu onde mora a São Rosas:
Ao abrigo da Lei de Imprensa (Lei n.º 2/99, de 13/1) a São Rosas exerce o direito de resposta:
- Mora é o caralho!