J. Longo em todo o seu esplendor
25 julho 2005
24 julho 2005
Orgia vocabular
Diria Camões à sua amada:
De vós senhora, é meu coração cativo
Em meu peito guardo vossa imagem serena.
Oh donzela de olhar distante e altivo
Meu coração por vós arde, meu corpo por vós pena.
Se um dia no meu leito vosso corpo reclinar
Quedar-me-ei admirando vossa forma e formosura.
Oh deuses! Cegue eu do outro olho se ousar profanar,
Vosso corpo, vosso encanto. Oh divina criatura!
Diria Bocage a uma ex-donzela:
Eu, Bocage não seria, se ao ver-te seminua
Não levantasse tua saia, tuas rendas e teus folhos
Não montasse e cavalgasse tuas ancas
A minha espada desembainhada, entesoada.
Eu, Bocage não seria, se ao ver-te deitada no leito
Pernas abertas a preceito, não te tirasse virgindade e honra
E se no final da peleja donzela fosses, eu, Bocage,
Arrancaria não um olho! Mas os tomates e a minha porra.
Florbela suspiraria pelo amado:
Ah vem…
Espero-te deitada só de suspirar fico cansada
Sem fôlego, trémula, sem alento.
Meu amor, vem…
Mas vem depressa
Ou quando chegares estarei dormindo a sesta
E terás perdido ao vir, ou não.
O meu desejo, o ensejo, o momento.
Ary declamaria arrebatado:
Meu amor. Meu amor.
Deitada não és certeza. És espanto.
Amar-te não é arder em fogo brando
Mas soltar corpo, grito, pensamento.
Arder em fogos brandos é para parvos
E burgueses de desejo fraco, coisa mole e verso breve.
Contigo meu cavalo solto até ao orgasmo.
E me arrebento no teu corpo
E me revejo no teu espasmo.
E Pessoa questionar-se-ia:
Penso que te amo. Mas será que te amo?
Vou fumar um cigarro na esplanada
E pensar mais um bocado.
Amo-te?
Ou como poeta sou, finjo amor e amando-te não te amo?
Não sei!
É melhor esperares deitada.
Digo-te lá mais para o fim da tarde.
Foto: Catedral
Garfiar, só me apetece - 77
11 de Março de 1874
- Não me ligue para aqui - sussurrava o Picoto. - Já lhe disse, não me ligue. Quando eu quiser eu ligo-lhe.
O Picoto sussurrava mas quer eu, quer o Oliveira o ouvíamos distintamente. O homem estava aflito.
- Ouviste? - perguntou-me o Oliveira. - Ouviste o Picoto?
- Ouvi - respondi sem lhe dar atenção, era a melhor maneira de puxar por ele.
- Já na semana passada foi a mesma coisa.
- Telefonaram-lhe?
- Quatro ou cinco vezes. É uma mulher.
- Como é que sabes?
- Olha, estive com atenção, apanhei algumas frases aqui e ali, uns tempos verbais, uns advérbios de modo, umas palavras no feminino, tás a ver?! - vangloriou-se o Oliveira. - Ah! E uma das vezes fui eu que atendi e lhe passei a chamada.
- Logo vi.
- Não era a mulher, nem ninguém da família.
- Estiveste com atenção e apanhaste umas frases e uns tempos verbais?
- Não, a gaja disse que era uma amiga e não quis dizer o nome.
- E o gajo responde-lhe sempre assim?
- Das primeira vezes que os ouvi não.
- Então...
- Uma das vezes o Picoto disse que tinha sido muito bom, que já não se lembrava que podia ser assim, que tinha sido incrível...
- É lá...
- Achas?
- Só pode ser...
- Então e a mulher?
- Calculo que não deve saber.
- Sim, é o mais certo - concordou o Oliveira. - O gajo até se anda a vestir melhor, não achas?
- Também tinha reparado. Já não parece um palhaço.
- Mmmm...
- Sim... - as reservas do Oliveira faziam todo o sentido. - Já não parece o palhaço pobre.
- O gajo é um putanheiro do pior - rotulou o Oliveira. Eu não respondi, ele insistiu. - O gajo gasta rios de dinheiro nas gajas...
- Então Picoto, isso vai? - perguntei eu, interrompendo o Oliveira e de forma a que este percebesse que o homem estava mesmo atrás dele.
- Não vai muito bem. - Disse o Picoto deixando-se cair na cadeira e suspirando profundamente. - Chatices...
- Putas - deixou fugir o Oliveira, que arremelgou muito os olhos e fez-se de todas as cores.
- O quê?! - perguntou o Picoto com ar ofendido.
- Putas - intrometi-me eu. - Estávamos a falar da Patrícia e da Carla. As gajas são umas putas, pá.
O Picoto pareceu convencido. Olhei para o Oliveira à espera de um agradecimento mas o gajo, preocupantemente, tem a sua cara de parvo n.º 2. Eu calei-me, baixei a cabeça a fingir que estava a ler e procurei (e consegui) deixar de os ver. Fiquei à espera da bojarda do Oliveira, ia rebentar a todo o momento.
- A Patrícia e a Carla?! - "Duuuhhhh" - Mas nós não estávamos a falar delas - disse o Oliveira. Eu não me mexi. - Estávamos a falar dos teus telefonemas, Picoto, o Pereira estava a dizer que são putas...
"Rosas é que não são e pães..." pensei eu sem coragem de olhar para o Picoto. O Oliveira é um bronco e continuava:
- O gajo diz que tu só queres é putas. Que és um putanheiro do pior - o Oliveira calou-se e riu-se. - Tem graça: um punheteiro do pior a dizer que o outro é um putanheiro do pior!
- Ouve lá, ó Oliveira! - Não aguentei, o cabrão estava a gozar. - Que merda de conversa é essa...
O Oliveira ria-se às gargalhadas.
- Aonde é que está o Picoto? - perguntei eu, avistando-o na outra ponta da repartição a falar com o Antunes. O Oliveira continuava a gargalhar. - Ó seu cabrão, quando é que o gajo se foi embora?!
- Logo - disse o Oliveira entre risos escarninhos [linda palavra, hã?!] - a seguir a tu falares.
- Bardamerda, ó Oliveira, vai levar nas ilhargas!
- Não me ligue para aqui - sussurrava o Picoto. - Já lhe disse, não me ligue. Quando eu quiser eu ligo-lhe.
O Picoto sussurrava mas quer eu, quer o Oliveira o ouvíamos distintamente. O homem estava aflito.
- Ouviste? - perguntou-me o Oliveira. - Ouviste o Picoto?
- Ouvi - respondi sem lhe dar atenção, era a melhor maneira de puxar por ele.
- Já na semana passada foi a mesma coisa.
- Telefonaram-lhe?
- Quatro ou cinco vezes. É uma mulher.
- Como é que sabes?
- Olha, estive com atenção, apanhei algumas frases aqui e ali, uns tempos verbais, uns advérbios de modo, umas palavras no feminino, tás a ver?! - vangloriou-se o Oliveira. - Ah! E uma das vezes fui eu que atendi e lhe passei a chamada.
- Logo vi.
- Não era a mulher, nem ninguém da família.
- Estiveste com atenção e apanhaste umas frases e uns tempos verbais?
- Não, a gaja disse que era uma amiga e não quis dizer o nome.
- E o gajo responde-lhe sempre assim?
- Das primeira vezes que os ouvi não.
- Então...
- Uma das vezes o Picoto disse que tinha sido muito bom, que já não se lembrava que podia ser assim, que tinha sido incrível...
- É lá...
- Achas?
- Só pode ser...
- Então e a mulher?
- Calculo que não deve saber.
- Sim, é o mais certo - concordou o Oliveira. - O gajo até se anda a vestir melhor, não achas?
- Também tinha reparado. Já não parece um palhaço.
- Mmmm...
- Sim... - as reservas do Oliveira faziam todo o sentido. - Já não parece o palhaço pobre.
- O gajo é um putanheiro do pior - rotulou o Oliveira. Eu não respondi, ele insistiu. - O gajo gasta rios de dinheiro nas gajas...
- Então Picoto, isso vai? - perguntei eu, interrompendo o Oliveira e de forma a que este percebesse que o homem estava mesmo atrás dele.
- Não vai muito bem. - Disse o Picoto deixando-se cair na cadeira e suspirando profundamente. - Chatices...
- Putas - deixou fugir o Oliveira, que arremelgou muito os olhos e fez-se de todas as cores.
- O quê?! - perguntou o Picoto com ar ofendido.
- Putas - intrometi-me eu. - Estávamos a falar da Patrícia e da Carla. As gajas são umas putas, pá.
O Picoto pareceu convencido. Olhei para o Oliveira à espera de um agradecimento mas o gajo, preocupantemente, tem a sua cara de parvo n.º 2. Eu calei-me, baixei a cabeça a fingir que estava a ler e procurei (e consegui) deixar de os ver. Fiquei à espera da bojarda do Oliveira, ia rebentar a todo o momento.
- A Patrícia e a Carla?! - "Duuuhhhh" - Mas nós não estávamos a falar delas - disse o Oliveira. Eu não me mexi. - Estávamos a falar dos teus telefonemas, Picoto, o Pereira estava a dizer que são putas...
"Rosas é que não são e pães..." pensei eu sem coragem de olhar para o Picoto. O Oliveira é um bronco e continuava:
- O gajo diz que tu só queres é putas. Que és um putanheiro do pior - o Oliveira calou-se e riu-se. - Tem graça: um punheteiro do pior a dizer que o outro é um putanheiro do pior!
- Ouve lá, ó Oliveira! - Não aguentei, o cabrão estava a gozar. - Que merda de conversa é essa...
O Oliveira ria-se às gargalhadas.
- Aonde é que está o Picoto? - perguntei eu, avistando-o na outra ponta da repartição a falar com o Antunes. O Oliveira continuava a gargalhar. - Ó seu cabrão, quando é que o gajo se foi embora?!
- Logo - disse o Oliveira entre risos escarninhos [linda palavra, hã?!] - a seguir a tu falares.
- Bardamerda, ó Oliveira, vai levar nas ilhargas!
Garfanho
O que eles inventam...
O Charlie ode este Jorge:
que ideias e que artes
Pôs a tola lá no chão
segurou-se com as mãos
Presenteou-a com as partes.
Meteu de lado um letreiro
Mostrou-se tão bem pintado
Mas esqueceu-se do primeiro
repetiu o tom ligeiro
Teria de vir disfarçado
Se viesse com uma dose
de renovar a imaginação
Daria força ao bigode
Um chapéu não esconde
O tal nariz em tesão.
Agora meio pendurado
numa cena já bem vista
não abre de todo à mulher
nem meia vontade sequer
de desviar-se da revista
23 julho 2005
Isto sim, é engate - video
Carlinhos, o machista gay
(video)
O Charlie ode o video:
no ofício está à altura
Já passei por tal vespeiro
E não há quem os ature
É passar lá ao pé deles
É ouvi-los a propor
Deixe-me pegar nas peles
Venha ao cu se faz favor
E um gajo que não liga
que cada um é o que é
Mas todo dia a formiga
a morder chateia o pé
E assim num urinol
estava eu em mijanceira
Entrou um armado em trol
levou mijo da mangueira
- Ai, que grande porcalhão -
saiu-lhe da boca torta
- E agora, ó garanhão,
como é que eu saio à porta?
Sais tão bem, tu, ó c'um raio
disse-lhe logo a sorrir
Vestes a calça ao contrário
Abres o fecho de abrir
Assim ficas em descanso
não chateias quem só quer
mijar num suave remanso
sem ajuda dum qualquer
E tu de cu ao relento
vais ver que tão bem te safas
há por aí muito preto
por meia tuta o abafas
O Mano 69 prefere oder o cartaz:
"Mas de que é que falamos quando falamos de violência machista?
- Será violência inqualificável, dar umas palmadas na bunda?
- Será violência incomensurável, cuspir no grelo?
- Será violência descomunal, apresentar à parceira uma transviatura (um caralho desta altura)?
- Será violência sem perdão, adormecer sem dar uma à cão? (seguindo a velha máxima «uma que não se dá nunca mais se volta a dar»)
- Será violência psicológica, dar uma oftalmológica? (até rima)
- Será violência física, morder, arranhar, gritar, grunhir, arfar e no fim fazer as pazes de papo para o ar e um cigarro nos queixos?
- Será violência ginasticada, dizer câmbio de posição à parceira?
- Etc., etc., etc."
Inauguração da primeira Central Mundial de Energia Fálica
Foi inaugurada hoje em Coelheiras, por sua Exª o Presidente da Câmara de Tavira Engenheiro Macário Correia, a primeira Central Mundial de Energia Fálica.
O governo foi obrigado a recorrer a medidas extremas para fazer face à situação grave de seca que assola o país, principalmente a sul.
Nesta central a energia é produzida por um novo tipo de turbina : A Turbina Vertical Fálica (TVF).
As hélices são propulsionadas pela força penetrante do esperma não dependendo por isso quer da existência de água, quer da existência de vento.
Todas as Ligas de Defesa do Ambiente se mostraram já entusiasmadas com este novo tipo de Central de Energia, que consideram: amiga do homem.
O Ex.º Sr. Presidente da Câmara mandou distribuir pelo concelho folhetos explicativos sobre o funcionamento da Central. Nele, é também solicitada a colaboração de todos os cidadãos do sexo masculino para a dádiva da matéria-prima, contendo também indicações de como e onde se deverão dirigir para dar o esperma.
Sendo este um período de férias, o pedido é feito a nível nacional.
O Governo recomenda a todos os cidadãos do sexo masculino que se dirigem ao Sul do país em gozo de férias, para se absterem de desperdiçar fluido fálico nas duas semanas anteriores à dádiva.
Nos aeroportos serão também distribuídos folhetos explicativos em várias línguas.
A nova central fálica chamar-se-á “Central Falomacário” em homenagem ao Ex.º Sr. Presidente da Câmara de Tavira, reconhecido ambientalista.
O Sr. Presidente foi o primeiro dador de esperma e quando saiu da sala de recolha da matéria-prima sorria satisfeito.
22 julho 2005
Razões de uma ausência.
Desde que descobri uma forma inovadora de reciclar frascos de plástico, dando-lhes outra utilidade depois de vazios, que ando muito ocupado. Ocupado demais até para blogar. Sei que me vão perdoar pelo abandono a que vos condenei mas valores mais altos levantaram-se. Quer dizer, não são assim tão altos... mas o tamanho não importa, desde que se saiba o que fazer com... os valores. Bom, entretanto deixo aqui uma sugestão para as meninas usarem na praia.
Fiquem bem.
Fiquem bem.
A compra mais recente para a minha colecção...
... foi feita por encomenda.
Baseia-se no artesãonato alentejano de pintura em pratos de barro, com desenhos adaptados por mim:
Se queres ver os pratos ampliados, crica aqui:O alentejano e a ovelha
O alentejano e a mula
O alentejano entretido
O alentejano e a ceifeira
Baseia-se no artesãonato alentejano de pintura em pratos de barro, com desenhos adaptados por mim:
Se queres ver os pratos ampliados, crica aqui:
O alentejano e a mula
O alentejano entretido
O alentejano e a ceifeira
Dança do ventre
Tal qual como nos westerns, ele ostentava a barba por fazer numa cara tisnada do sol. Uns olhos penetrantes, azulados como a água. As formas proporcionadas e simétricas de modo que São, só te posso dizer que era tão lindo que até doía!...
Bastas vezes eu assumia o papel de moura encantada e encostava o meu ventre ao dele, escutando o som das suas frases, tocadas palavra a palavra. Todas as imperfeições da carne, desde o sinal escuro e inestético à meia dúzia de pêlos no peito se dissolviam na ânsia de o sentir a medrar dentro de mim. E apertá-lo, porra!... Deixar a minha vagina pulsar nele compulsivamente até àquela parte em que o fazia involuntariamente por uns segundos e esmorecia.
Um dia, na casa caiada da planície despovoada, de filete azulinho nas janelas, chegou-se a mim e beijou-me tão fundamente que juro que pensei estar a engoli-lo esófago abaixo como se fora um pastel de nata triturado em saliva. Depois, com os braços esticados e as mãos atachadas nos meus ombros, envolto no dramatismo de Humphrey Bogart em Casablanca, desferiu um Toma conta disto! e abalou.
Da costa vicentina saiu o seu barco direitinho aos reinos algarvios. O bimotor de outro aventureiro voou para o topo da costa africana e voltou carregadinho de matéria prensada, ensacada em sarapilheira. Só que a polícia não dorme Sãozinha e foi logo acordá-los depois de transferirem a carga para o barco e antes de largar ferro.
Bastas vezes eu assumia o papel de moura encantada e encostava o meu ventre ao dele, escutando o som das suas frases, tocadas palavra a palavra. Todas as imperfeições da carne, desde o sinal escuro e inestético à meia dúzia de pêlos no peito se dissolviam na ânsia de o sentir a medrar dentro de mim. E apertá-lo, porra!... Deixar a minha vagina pulsar nele compulsivamente até àquela parte em que o fazia involuntariamente por uns segundos e esmorecia.
Um dia, na casa caiada da planície despovoada, de filete azulinho nas janelas, chegou-se a mim e beijou-me tão fundamente que juro que pensei estar a engoli-lo esófago abaixo como se fora um pastel de nata triturado em saliva. Depois, com os braços esticados e as mãos atachadas nos meus ombros, envolto no dramatismo de Humphrey Bogart em Casablanca, desferiu um Toma conta disto! e abalou.
Da costa vicentina saiu o seu barco direitinho aos reinos algarvios. O bimotor de outro aventureiro voou para o topo da costa africana e voltou carregadinho de matéria prensada, ensacada em sarapilheira. Só que a polícia não dorme Sãozinha e foi logo acordá-los depois de transferirem a carga para o barco e antes de largar ferro.
21 julho 2005
A racha da polémica
E, de facto, é demasiado rachada.
O Nikonman questionou: "Rachada?! Em que sentido?". Norte-Sul, é evidente!
O OrCa desempata odes, "a propósito da extensa e abrangente fenda divisada no posterior da donzela e dos dias difíceis que vamos vivendo como se p(h)ode, com IVA a 21%:
que delícia de cachopas
perturbadas sem motivo
ao ver um tal ás de copas
na volta tal rachadela
como o Suez tem canal
mais não é do que ter ela
aberto uma sucursal
pois que a vida está difícil
p'ra encaixar as merdas todas
rachada assim é mais fácil
de levar todas as fodas
talvez ela bem acerte
ao abrir assim o pinto
cá por mim por mais que aperte
mais enrabado me sinto..."
O Vizinho ficou tão impressionado que também ode:
Incrédulo, boquiaberto
Sofreu-me o nariz impacto
Por querer ver mais de perto
Qual sonho, qual carapuça
Aquilo não é miragem
Dentro daquela chamuça
Já se fez muita viagem
Que trincheira tão comprida
Que exagero de bordedo
Mesmo sendo homem da vida
Reconheço, tive medo!
No que a Mad foi reparar. Até o Axpegix ode:
O que foi, não sei explicar
Sei que as bordas estão inchadas
Parece que vai rebentar!
Mas isso não é problema
O inchaço vai passar
Só espero que isto tudo
Não me impeça de lá entrar!
Até já estou com fomeca
De pensar em tal jantar
E mesmo com carne a mais
Não sei se irá sobrar...
Mas não é por acaso que o OrCa é The Big Ode:
de ter o último dito
mas não encontro razão
para tanto ar aflito
a borda é algo de instável
inche e encolha ou aumente
'inda hoje solo arável
amanhã vai na corrente
e com a seca que lavra
- seio-o e eu, sabe-lo tu -
te digo numa palavra:
vai aquele borda ao cu...
Arte Vaginal
Li um post sobre arte no Bosque da Robina e acho que fica a matar aqui na Funda São. Não concordam?!
"A artista agradece e explica como é que faz as suas "obras de arte". Se julgavas que pintar com os pés ou com a boca era um acto de génio... Mata lá a tua curiosidade, aqui"
"A artista agradece e explica como é que faz as suas "obras de arte". Se julgavas que pintar com os pés ou com a boca era um acto de génio... Mata lá a tua curiosidade, aqui"
As décadas do Amor, por moStrenGo adamastoR
Ainda que rigoroso - austero até, noutras matérias - o meu pai nunca teve em relação ao sexo uma atitude de falso-moralismo ou castração. Apreciador de Russ Meyer, sempre me respondeu com clareza às perguntas difíceis da puberdade [tudo o que não consegui deduzir das Ginas e das gabarolices dos colegas do liceu] e nunca me vedou o acesso a todo o tipo de informação sobre essa matéria tão importante.
Não é por isso surpresa que, em vez de regalar os olhos com filmes leves como Emanuelle, eu tivesse acesso a coisas como Atrás da Porta Verde e Garganta Funda, para regalo de todos meus amigos.
Só me faltou arranjar um destes belos posters, para encher de manchas.
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