30 julho 2005

Não sei se já vos tinha dito que adoro publicidade...


Ouch!
Tentem adivinhar o que é promovido neste anúncio, antes da parte final.

Recomendo-vos este livro

A Fenda já tinha pubicado (*) antes o «Manual de Civilidade para Meninas» de Pierre Louÿs.
Mas agora lançou uma reedição com ilustrações deliciosas de Pedro Proença.
É uma caricatura malandreca dos livros de moral para crianças, feita por Pierre Louÿs em 1926.
Um exemplo das recomendações às meninas:
"NO QUARTO
No caso de vos surpreenderem completamente nua, tapai pudicamente com uma mão o rosto e com outra a cona; não façais porém um gesto de mofa com a primeira e não vos masturbeis com a segunda."
Se todas as meninas tivessem uma educação assim, o mundo seria bem melhor...

(*) não, não é gralha: 'publicar' é quando o livro não é nada erótico

Sempre no gozo !



Até logo, vizinhos!
Vou pra casa.

29 julho 2005

Patroa fora...


O orgasmo dos monitores

O Orca também ode sexo tecnológico:
certo dia um monitor
apaixonou-se pelas ondas
que lhe vinham em rigor
mesmo de frente nas trombas

a causa desse fulgor
era uma tv de plasma
e era tanto o ardor
que deixava a malta pasma

enfim os dois lá se uniram
na confusão da cablagem
e dizem aqueles que o viram
que deu orgasmo de imagem

por fim cansada a tv
pede intervalo ao parceiro
nem pensar que ele é três-dê
só fica bem ao terceiro

Vêm-se aí os festivais de verão!


Lambidela do Jotakapa

O Charlie pensa higienicamente:
Diz lá tu, ó Maria
O que tens aí fechado?
É uma rata, está vazia
Vê lá se me pões tia
em ponto de rebuçado.

Então o gajo afundou
de queixo bem encaixado
o nariz nada cheirou
a lingua é que provou
o bacalhau demolhado

Mas era dia de verão
e mesmo sem nada ver
lá subiu o tal cheirão
de peixe em podridão
ao nariz sem o querer

Levantou-se enfadado
todo ele em confusão
com cara de chateado
Eu devo estar marado
Fiquei logo sem tesão

Oiçam bem vós, ó moçoilas
esta coisa que vos digo:
se querem ter um amigo
que vos faça umas papoilas
lavem-se logo do umbigo
- façam como eu vos digo -
até à cova da ti'Caçoila

A freira

Ia uma freira a caminho do convento quando uma loira lhe oferece boleia. A freira entra no carro e começa a reparar no seu luxuoso interior:
- Mas que belo carro a senhora tem! Deve ter trabalhado muito arduamente para o conseguir comprar.
- Olhe, irmã, por acaso não foi bem assim. Foi um industrial com quem dormi durante uns tempos, que mo ofereceu.
Entretanto, a freira olha para o banco de trás onde estava pousado um casaco de vison e exclama:
- Oh! O seu casaco de peles é lindo! Deve ter custado uma fortuna.
- Não me custou muito pois bastou-me passar umas quantas noites com um futebolista.
Após ouvir isto, a freira manteve-se calada durante o resto da viagem.
Ao chegar ao convento, foi para os seus aposentos tomar um banho revigorante.
Estava a freira na banheira quando ouve alguém a bater à porta.
- Quem é?
- É o padre Afonso.
- Vai à merda, mais os teus rebuçados de mentol!

(enviada pelo Padrinho)

28 julho 2005

A Cisterna da Gotinha


Testículos tamanho XXXL...: dá para ver o vídeo.


Já conhecem bem a
Maria Júlia??!: não??! Então vão lá conhecer a Miss Mundo!


Joanna: come a papa, Joanna come a papa... e quem quer comer a Joanna??!


Qual a tua cor favorita?!: se for amarelo isto interessa-te!


Nikki Ziering: uma loira da Califórnia.


Pénis: algumas informações curiosas... por exemplo... um homem irá ejacular em média 7200 vezes durante a sua vida.

Dão-se alvíssaras...

... (seja lá o que isso for) a quem me souber explicar...

... o que é isto?!
Charada proposta pelo Dupont
Alguns palpites... e palpitações:
Matahary - "Se não fosse o bigode, diria que vinha de Júpiter ou algo do género"
Carl Marx - "Este gajo é aquele bombeiro fanfarrão que estava sempre a beber umas bejecas e a mandar bocas com o gordo e o psiquiatra naquela série de TV «Cheers aquele bar»! Agora o que o gajo está a fazer... cá para mim está em testes de compressão de basófia"
São Rosas - "José Castelo Branco antes das plásticas?!..."
Espectacologica - "Eu acho que está a estudar algum plano tecnológico! Pode ser sexual, ou não... esperem para ver se ele mete a língua de fora!"
Charlie -
"Com tanto coiso enfiado
o trombil num colosso.
Tem aspecto amalucado
com um tubo bem ligado,
miolos ao intestino grosso"
Inha - "A tirar carne do coiso para acrescentar nas marufas?"
Gotinha - "Palpita-me que seja mais um tarado do sexo virtual..."
Tiko Woods - "Trata-se de um elemento do comando Ninja que foi destacado para a ilha da Madeira. A foto recorda o momento em que lhe foi implantada no cerebelo a foto e os dados biomédicos do «Terror das Ilhas» - vulgo Alberto João. A missão tem como finalidade o rapto do «Terror das ilhas» e o seu transporte para a Formosa a fim de ser utilizado como arma final no confronto entre a Formosa e R.P. da China"
João - "E o microfone será para quê?!"

Por outro lado

Lembro-me tão bem São que o primeiro medo que tive foi que ele deixasse de desejar o meu corpo, de me tocar, já que eu própria me imaginava disforme e horrenda, com uma barrigona monstruosa que o afastaria de mim, ao contrário de todas as histórias que enaltecem as maravilhas da maternidade.
Buliam-me na cabeça as conversas ouvidas sobre aqueles que se amendrontavam com a eventual possibilidade de magoar o feto, não fosse a redoma de músculos e líquidos quebrar ou quiçá, o membro eréctil tocar, por artes mágicas, qualquer pedacinho da futura criancinha. Ou os casos de outros que amuavam por se sentirem trocados e que me perdoe o Pessoa, já não serem o menino de sua mãe.
Em razões de sobrevivência mais básica, inquietava-me também a posição de dormir já que nunca antes conseguira adormecer sem estar de barriga para baixo, espalmada contra o colchão.
E qual não foi o meu espanto ao descobrir no segundo trimestre que tinha de trocar os soutiens por outros, dois números acima e que essa nova conjuntura era um bónus sem recurso a cremes ou silicones que o entusiasmava de orelha a orelha. Por outro lado, tal como me habituei a dormir de lado, essa passou a ser posição do menu dos favoritos, pela envolvência de me sentir completamente abraçada pelos seus braços e pernas, com a vantagem adicional de a ele permitir, nesses tempos, ter nas mãos os seios dos seus sonhos e a mim, facilitar alguns movimentos sem sentir em demasia o peso da pança. Para além das alegrias breves, inauditamente, se multiplicarem. Afinal São, os primeiros humanos também não se olhavam nos olhos nessas alturas e a espécie sobreviveu, não é?...
Mas o mais divertido, como o ramalhete rubro do Cesário, foi levá-lo para o bloco de partos. Como motivação fundamental disse-lhe que a oxitocina que nos dão naqueles frasquinhos para meter nariz adentro, para potenciar mais contracções e maior rapidez na expulsão do bébé, podia ser naturalmente trocada por carícias nos mamilos.

Negociação feita pelo
Engenheiro Que Nunca Mais Pagou As Quotas Da Ordem

27 julho 2005

Ainda mais sobre Vibradores.

Espelho, espelho meu...

Aqui ficam as cenas que foram cortadas da versão inicial desse clássico de Fantasia "A Branca de Neve e os 7 anões". Penso que a sociedade não estaria preparada, na altura, para esta versão embora faça muito mais sentido, seja mais realista. Afinal razão tinha o espelho quando respondia à pergunta "[...] existe alguém mais belo do que eu?", "Sim. A Branca de Neve. É bem boa!"

Garfiar, só me apetece - 118

Bigmouth Strikes Again

23.45. O telemóvel toca e vibra: Chico. "O meu ex-cunhado, essa besta." Atendo.

-'Tá Pereira?
- Sim.
- É pá tens de me fazer um favor - ele não fala, metralha as palavras, não há vírgulas, nem pontos finais.
- Boa noite - respondo eu, só para o irritar.
- Só se for para ti foda-se
- Que favor?
- Diz que era para ti a gaja queria falar contigo e tu deste o meu número para a despachar pedes desculpa mas foi só o número que te lembraste és uma besta é o desespero ficaste à rasca é brasileira
- Eu?!
- Sim tu
E desligou.

23.48. O telemóvel toca e vibra: Ana. "A minha ex-cunhada, essa vítima(?)" Atendo.

- Está, Pereira? Estás bom?
- Ana? Há muito tempo...
- Sim e desculpa lá estar a ligar-te a esta hora...
- Não faz mal. Passa-se alguma coisa?
- É o Chico.
"Não é sempre?"
- Então, aconteceu-lhe alguma coisa? - pergunto.
- Não... - ela cala-se um momento e reformula a frase: - Ainda não - volta a calar-se e recomeça, irritada. - Ouve lá, tu conheces alguma Mirene?
- Mirene?
- Sim, conheces?
- Porquê? - tento dar credibilidade à coisa. Já estou arrependido de dar, mais uma vez, cobertura à bestinha mas se não o fizesse ainda ficava pior.
- Conheces ou não?
- Conheço, mas porquê?
- É venezuelana?
Hesito, as venezuelanas são um espectáculo, não desfazendo nas brasileiras. Acho que preferia que a Mirene fosse venezuelana, era mais exótico.
- Venezuelana? Não sei... Acho que era brasileira. Se é venezuelana não tinha sotaque. Acho que é brasileira.
- Tu deste-lhe o número do Francisco? - Ela gostou da primeira resposta, está mais calma. O Francisco está safo e eu, mais uma vez, não só minto como passo por tarado e totó.
- Mas porquê? - Já agora quero saber a história.
- Porquê?! - A irritação agora já é comigo. - Porque a tua amiga Mirene ligou-te...
- A Mirene ligou-me?
- Ligou-te.
- Queria falar comigo?
- Queria, disse que estava com saudades do "quêridinho."
- Estava?
- Tu deste-lhe o número do telemóvel do Francisco? - insiste ela.
- Ó Ana - hesito - um gajo entusiasma-se... Sabes como é...
- Não, não sei.
- É pá, olha, foi para me safar - "cabrão da besta, só ele para me meter nisto." - Ela é muito simpática, sabes? É persuasiva... - ouvi um ligeiro mas concordante "hmmm." "Ah queres?" - Olha, desculpa falar assim, mas ela é um docinho e não lhe conseguia dizer não a nada. Tive medo, fiquei à rasca e só me lembrei do número do Francisco... Mas ela ligou-me? Disse o quê?
- Olha, disse - e imitou o sotaque e o tom de voz sensual da Mirene. A tragédia passou a farsa. - "Alô, queria falar com o "quêridinho." - Volta o português de Portugal. - E eu perguntei-lhe "Que queridinho?" e ela "O Zézinho."
- Mas eu não sou Zézinho. - disse eu.
- Isso sei eu - responde a Ana secamente - e agora, ela também.
- Mas como soubeste que era eu?
- Porque ela andou ali no Zézinho, Zézinho para a esquerda, Zézinho para a direita e, após muita insistência, lembrei-me de ti e disse se ela nunca ouvira o nome Pereira.
- E ela?
- Pereirinha. Disse que tu uma vez tinhas dito que te chamavas José Pereira e que ela até te chamou Pereirinha mas que agora te chamava sempre Zézinho.
- Ela disse Pereirinha?
- Disse, Pereirinha, disse Pereirinha.
- E depois?
- Ah! Quando soubemos que eras tu, eu disse-lhe que o Pereirinha não estava e ela ficou muito desapontada, suspirou, deve ter feito beicinho e disse "O Zézinho não está?"
- E tu?
- Eu perguntei-lhe se era mesmo com o Zé Pereirinha que ela queria falar porque o telemóvel não era do Pereirinha...
- E ela?
- Ela ficou mais desapontada ainda, Pereirinha. - O "Pereirinha" tinha bico afiado e gume comprido. - Coitada da moça, ela queria falar contigo.
- Comigo? - deixei escapar.
- Não te faças esquisito, Pereirinha. - Mais uma facada. - A tua mãe no outro dia disse-me que tinhas uma brasileira lá em casa.
- Então e a Mirene disse mais alguma coisa?
- Perguntou se eu tinha o teu número e eu dei-lhe - mais um tiro: mais um submarino ao fundo. - Ah! E ainda lhe disse que tu tens cara de bom rapaz mas que és um grande malandro, para ela se pôr a pau contigo e ter muito cuidado.
- Olha... - "um gajo tem de gramar cada uma." - Obrigadinho, ó Ana.
- Desculpa mas foi o que me saiu.
- Tudo bem... O Francisco 'tá aí ao pé?
- 'Tá, vou passar. Até amanhã - ela riu-se. - Adeus, ó Pereirinha.

Garfanho