29 agosto 2005
Pornografia na maternidade
No berçário, o menininho assedia a menininha:
- Olá, vens sempre aqui?
- Só quando eu nasço!
- Eu também! - e pouco depois:
- Eu sou um menino!
- Como é que sabes?
- Espera só que a enfermeira saia que eu já te mostro.
Assim que a enfermeira sai:
- Pronto, ela já saiu - diz a menina. - Agora mostra-me como descobriste que és um menino!
O menino levanta o lençol e diz:
- Olha aqui para baixo...
- Estou a olhar. O que é que tem?
- Estás a ver o meu sapatinho? É azul!
(enviado por Lamatadora)
- Olá, vens sempre aqui?
- Só quando eu nasço!
- Eu também! - e pouco depois:
- Eu sou um menino!
- Como é que sabes?
- Espera só que a enfermeira saia que eu já te mostro.
Assim que a enfermeira sai:
- Pronto, ela já saiu - diz a menina. - Agora mostra-me como descobriste que és um menino!
O menino levanta o lençol e diz:
- Olha aqui para baixo...
- Estou a olhar. O que é que tem?
- Estás a ver o meu sapatinho? É azul!
(enviado por Lamatadora)
28 agosto 2005
Posters de filmes pornográficos dos anos 70
O Dupont do blog Vilacondense sugere uma visita a estes
posters deliciosos de filmes classificados como "S" nos anos 70, em Espanha
(sim, sim, a menina do primeiro poster é a Cicciolina antes de fazer de gruta no presépio do Vaticano)
Cada poster está disponível em vários tamanhos.
Como bónus da editora, se te vieres aqui encontras mais
posters ingleses da mesma época.
posters deliciosos de filmes classificados como "S" nos anos 70, em Espanha
(sim, sim, a menina do primeiro poster é a Cicciolina antes de fazer de gruta no presépio do Vaticano)
Cada poster está disponível em vários tamanhos.
Como bónus da editora, se te vieres aqui encontras mais
posters ingleses da mesma época.
Comentários ao apito do Jude Law
Leste o post do AdamastoR sobre o pirilau do Jude Law?
Se não leste os comentários desse post, recomendo-os (aliás, os comentários da funda São são (até pareço gaga) um autêntico blog-in-blog.
Aqui fica um excerto do que a malta reflectiu sobre o... assuntinho:
Didas - "Discutir o tamanho das pilas é tão inútil como discutir o tamanho dos apartamentos. Se um gajo me diz que comprou um apartamento pequeno demais, provavelmente tem é demasiada mobília (portanto inútil). Se diz que comprou um apartamento grande demais é porque não tem o que lá pôr dentro. Tenho dito."
Dupont - "Hey, Jude (extractos...)And any time you feel the pain, hey, Jude, refrain
Don't carry the world upon your shoulders
Well don't you know that its a fool who plays it cool
By making his world a little colder
So let it out and let it in, hey, Jude, begin
You're waiting for someone to perform with
And don't you know that it's just you, hey, Jude,
You'll do, the movement you need is on your shoulder" Isso Agora... - "Ai aquilo é pequeno?! "
Rosa Púrpura - "Isso das cócegas é coisa que me faz muita impressão, sim senhora. Quanto ao tamanho, bem, o meu primeiro impulso é dizer que importa. Depois lá me vem à memória aquele deus que dá as tais nozes a quem não tem dentes (dispensam-se piadas bregas sobre a falta dos mesmos) e lembro-me de quem tem tamanho mas não tem engenho. Afinal, mantendo os manuais de teologia ao alcance da mão, não haverá virtude no mediano? Até porque todos sabemos que bom sexo vai além da coisa mecânica."
Matahary - "Eu nem vou comentar o apêndice do piqueno...
Quando vão à fruta (comprá-la, leia-se), não gostam de a olhar, de a apalpar, de a cheirar, de a saborear?! Pois eu, só vendo com estes dois olhinhos, não emito opiniões. Precisaria de usar outros meios de avaliação. E sou pela avaliação contínua - só assim é que sei que não me sai fruta podre."
.rebuçado - "Mais vale pequena e trabalhadora do que grande e preguiçosa... "
São Rosas - "E ainda mais vale grande e trabalhadora do que pequena e preguiçosa..."
FDP - "Pelos vistos quem por aqui passa só os vê tesos. Para vossa informaSão um caralho sem teSão não é indicador do tamanho que atinge em erecSão. Há coisas verdadeiramente prodigiosas nessa matéria. O material que o forma é um tecido esponjoso elástico e, em muitos casos, retráctil. Não é um osso, é mais uma espécie de pneumático"
São Rosas - "As coisas que aprendo contigo!"
Espectacológica - "Quanto ao tamanho, comigo costumam ficar maiores que o que costumam ser. Um caralho, para ser um bom caralho, depende do desempenho de quem o carrega. O tamanho penso que não interessa para nada, a não ser na hora da dilatação... pois que se for muito grande até pode assustar:" Sharkinho - "Acho que está mal julgarem o todo pela parte. Até porque o FDP tem razão: aquilo é esponjoso elástico e se o rapaz quisesse podia ter pendurado um contrapeso para o esticar até aos joelhos (basta ver os contactos dele com a malta dos efeitos especiais de Hollywood) e impressionar os paparazzi. Além disso sou sensível ao assunto das dimensões desde que descobri que a minha pila veste o preservativo Control XL (manifestamente abaixo, portanto, do meu tamanho nas camisolas com mangas)..."
São Rosas - "XL quer dizer Very Important Person"
OrCa - "Odinha
ninguém sabe por onde ir
por onde fique
no deslumbre do tamanho peniano
há quem cuide ser o pequeno de rir
mas que o enorme
é engano
que depressa tem chilique
cá por mim julgo bem mais avisado
como em tudo
ser importante o contexto
e medir bem o pedaço ou o bocado
que se fazem conteúdo e continente
sendo tal até por vezes bom pretexto
de por trás se encher
o que não se enche à frente
quanto ao mais
e também como convém
atendendo à estreiteza dos canais
há os casos em que o pequeno
é demais
e o grande na largueza que o contém
se perder nalgum mar fundo e ameno
onde por maior que seja
é bem pequeno
e que assim fique ciente meio mundo
de que tudo é relativo ou inconstante
onde um cume p’ra bater bem lá no fundo
sendo anão querendo à força ser gigante
se aperceba que a profundeza abissal
tem de fundo um palmo apenas e afinal
nestas coisas manda a vida e a cautela
apurar do conteúdo ao continente
pois que em vez de um enorme e mole manguela
mais nos valha um desempenho rijo e quente."
Se não leste os comentários desse post, recomendo-os (aliás, os comentários da funda São são (até pareço gaga) um autêntico blog-in-blog.
Aqui fica um excerto do que a malta reflectiu sobre o... assuntinho:
Didas - "Discutir o tamanho das pilas é tão inútil como discutir o tamanho dos apartamentos. Se um gajo me diz que comprou um apartamento pequeno demais, provavelmente tem é demasiada mobília (portanto inútil). Se diz que comprou um apartamento grande demais é porque não tem o que lá pôr dentro. Tenho dito."
Dupont - "Hey, Jude (extractos...)
Don't carry the world upon your shoulders
Well don't you know that its a fool who plays it cool
By making his world a little colder
So let it out and let it in, hey, Jude, begin
You're waiting for someone to perform with
And don't you know that it's just you, hey, Jude,
You'll do, the movement you need is on your shoulder"
Rosa Púrpura - "Isso das cócegas é coisa que me faz muita impressão, sim senhora. Quanto ao tamanho, bem, o meu primeiro impulso é dizer que importa. Depois lá me vem à memória aquele deus que dá as tais nozes a quem não tem dentes (dispensam-se piadas bregas sobre a falta dos mesmos) e lembro-me de quem tem tamanho mas não tem engenho. Afinal, mantendo os manuais de teologia ao alcance da mão, não haverá virtude no mediano? Até porque todos sabemos que bom sexo vai além da coisa mecânica."
Matahary - "Eu nem vou comentar o apêndice do piqueno...
Quando vão à fruta (comprá-la, leia-se), não gostam de a olhar, de a apalpar, de a cheirar, de a saborear?! Pois eu, só vendo com estes dois olhinhos, não emito opiniões. Precisaria de usar outros meios de avaliação. E sou pela avaliação contínua - só assim é que sei que não me sai fruta podre."
.rebuçado - "Mais vale pequena e trabalhadora do que grande e preguiçosa... "
São Rosas - "E ainda mais vale grande e trabalhadora do que pequena e preguiçosa..."
FDP - "Pelos vistos quem por aqui passa só os vê tesos. Para vossa informaSão um caralho sem teSão não é indicador do tamanho que atinge em erecSão. Há coisas verdadeiramente prodigiosas nessa matéria. O material que o forma é um tecido esponjoso elástico e, em muitos casos, retráctil. Não é um osso, é mais uma espécie de pneumático"
São Rosas - "As coisas que aprendo contigo!"
Espectacológica - "Quanto ao tamanho, comigo costumam ficar maiores que o que costumam ser. Um caralho, para ser um bom caralho, depende do desempenho de quem o carrega. O tamanho penso que não interessa para nada, a não ser na hora da dilatação... pois que se for muito grande até pode assustar:"
São Rosas - "XL quer dizer Very Important Person"
OrCa - "Odinha
por onde fique
no deslumbre do tamanho peniano
há quem cuide ser o pequeno de rir
mas que o enorme
é engano
que depressa tem chilique
cá por mim julgo bem mais avisado
como em tudo
ser importante o contexto
e medir bem o pedaço ou o bocado
que se fazem conteúdo e continente
sendo tal até por vezes bom pretexto
de por trás se encher
o que não se enche à frente
quanto ao mais
e também como convém
atendendo à estreiteza dos canais
há os casos em que o pequeno
é demais
e o grande na largueza que o contém
se perder nalgum mar fundo e ameno
onde por maior que seja
é bem pequeno
e que assim fique ciente meio mundo
de que tudo é relativo ou inconstante
onde um cume p’ra bater bem lá no fundo
sendo anão querendo à força ser gigante
se aperceba que a profundeza abissal
tem de fundo um palmo apenas e afinal
nestas coisas manda a vida e a cautela
apurar do conteúdo ao continente
pois que em vez de um enorme e mole manguela
mais nos valha um desempenho rijo e quente."
27 agosto 2005
Garfiar, só me apetece - 115
MATA - §18
Armando Lenhador sentou-se.
O chulo educado sentou-se numa outra cadeira à volta da mesma mesa.
O índio escanzelado manteve-se em pé uns momentos fazendo ruídos intestinais, agitou furiosamente as mãos atrás das costas fazendo circular o ar que aí se acumulava perigosamente e, depois, sentou-se noutra cadeira da mesma mesa.
O motorista sentou-se noutra cadeira da mesma mesa.
A décima terceira puta saltou para cima da mesa, gritou “Table dancing - literal” e começou a dançar em cima da mesa.
O chulo educado olhou para os outros homens mas ninguém olhou para ele.
– Não viemos cá para isto – disse o chulo.
O índio escanzelado riu-se e encolheu os ombros.
– O que podia ser melhor que isto? – perguntou o motorista sem tirar os olhos da décima terceira puta.
– A décima segunda puta – gracejou o índio escanzelado. Os outros riram-se e atiraram, sem qualquer critério, outros números de putas. A décima terceira puta sentindo-se ofendida parou de dançar.
Um curioso numa mesa próxima ficou suspenso da atitude da “table-dancer” e chamou a D. Ermelinda, prometendo-lhe copos de plástico se a “table-dancer” se mantivesse a dançar e copos de vidro se ela viesse dançar para a mesa dele.
A D. Ermelinda que tinha grande necessidade de copos de vidro na taberna, não hesitou e saltou para cima da mesa do curioso.
O curioso ficou estupefacto, tal como todos os restantes frequentadores da tasca, mas, sensível como era, preferiu ver o triste espectáculo, a dizer à D. Ermelinda que quem ele queria a dançar na sua mesa não era ela, mas ela – a outra.
Armando Lenhador agarrou no telemóvel do motorista, distraído com a D. Ermelinda, e ligou a um colega para passar palavra: daí em diante, a taberna iria ter copos de vidro lavados, além de copos de plástico encardidos. A notícia espalhou-se na mata como fogo em lenha seca e a alegria foi imensa.
D. Ermelinda, pensando nos copos de vidro, esquecia-se de si, do seu corpo, da sua vergonha (caso a tivesse) e da precariedade de um corpo de cerca de 100 quilos a mover-se, sem nexo, numa mesa de três pés.
– A velha tem carteira profissional? – perguntou a décima terceira puta ao chulo.
– Pergunta-lhe antes se tem seguro de vida – respondeu o chulo concentrado nos movimentos pseudo-sensuais da D. Ermelinda.
O índio escanzelado chorava e, disfarçadamente, peidava-se, tinha sido assim, num assomo de ganância e loucura, que a sua mãezinha tinha ido desta para melhor – “se é que é melhor estar empalhada em casa há duas décadas.”
O curioso via o empenho, o denodo, a audácia, o arrojo, o desprezo pela vida que a velha demonstrava e, suando, pensava na quantidade de copos de vidro que ela esperaria receber.
– A D. Ermelinda rebola-se como poucas – comentou o motorista.
– É por uma boa causa – disse Armando Lenhador, cansado de beber por copos de plástico cheios de verdete.
O chulo via a velha e fazia contas de cabeça.
– O turismo sexual sénior é um mercado a explorar – disse o chulo à décima terceira puta, sentada em cima da mesa.
– Sim, é um nicho de mercado com potencialidades – concordou a décima terceira puta, consultora da “Flor do Entulho – Prestação de Serviços Essenciais, Lda.” para a área da prospectiva e desenvolvimento. – É até um produto que facilmente se podia internacionalizar: velhos reformados dos países desenvolvidos passavam-se com isto.
A D. Ermelinda cansada, pensava em terminar o show, já devia ter ganho umas boas resmas de copos, e fez sinal ao velho índio, que se mantivera atrás do balcão.
– Senhoras e senhores – gritou o índio, fazendo que todos olhassem para ele, enquanto a D. Ermelinda se esparramava de pernas abertas sobre a mesa para o grande final. – Como dizia Horácio, esse grande poeta: “PAUPERTAS IMPULIT AUDAX”.
A D. Ermelinda, que de latim nada percebia, limitou-se a erguer e abrir os braços e gritar:
– TCHARAM! – e virando-se para o curioso: – Que venham os copos.
Os frequentadores do café, todos sem excepção, levantaram-se num pulo e bateram palmas com fervor religioso.
– “Paupertas impulit audax!” – entoavam todos, com excepção do curioso e da D. Ermelinda, pouco dados a locuções latinas. – “Paupertas impulit audax!”
– “Non nova, sed nove” – disse o chulo para os companheiros de mesa, que concordaram com acenos de cabeça sabedores.
– Minha senhora, mil copos – disse o curioso, sensível ao esforço da velha. – Mil copos é o que eu lhe darei e mais não dou porque não tenho.
A D. Ermelinda, ajudada pelo índio pai, tentava descolar as partes íntimas do tampo da mesa e nem sorriu; a sucção e as frases enigmáticas proferidas irritavam-na.
– O que é que tu disseste? – perguntou a velha ao índio, que manejava uma espátula com cuidado.
– “A pobreza audaciosa me impeliu” – respondeu o índio, sorrindo. – Um velhíssimo brocardo latino de Horácio, que parece ter sido escrita há mais de dois mil anos para esta situação em concreto. O poeta Horácio era um sábio, um visionário.
– E o chulo? – perguntou secamente a D. Ermelinda, a quem causava náuseas o conhecimento. Qualquer conhecimento.
– “Não coisas novas mas de uma nova maneira” – respondeu o índio, manejando a espátula sem cuidado, gostava da velha mas tinha nojo da sua tacanhez e ignorância.
Garfanho, daqui
O chulo educado sentou-se numa outra cadeira à volta da mesma mesa.
O índio escanzelado manteve-se em pé uns momentos fazendo ruídos intestinais, agitou furiosamente as mãos atrás das costas fazendo circular o ar que aí se acumulava perigosamente e, depois, sentou-se noutra cadeira da mesma mesa.
O motorista sentou-se noutra cadeira da mesma mesa.
A décima terceira puta saltou para cima da mesa, gritou “Table dancing - literal” e começou a dançar em cima da mesa.
O chulo educado olhou para os outros homens mas ninguém olhou para ele.
– Não viemos cá para isto – disse o chulo.
O índio escanzelado riu-se e encolheu os ombros.
– O que podia ser melhor que isto? – perguntou o motorista sem tirar os olhos da décima terceira puta.
– A décima segunda puta – gracejou o índio escanzelado. Os outros riram-se e atiraram, sem qualquer critério, outros números de putas. A décima terceira puta sentindo-se ofendida parou de dançar.
Um curioso numa mesa próxima ficou suspenso da atitude da “table-dancer” e chamou a D. Ermelinda, prometendo-lhe copos de plástico se a “table-dancer” se mantivesse a dançar e copos de vidro se ela viesse dançar para a mesa dele.
A D. Ermelinda que tinha grande necessidade de copos de vidro na taberna, não hesitou e saltou para cima da mesa do curioso.
O curioso ficou estupefacto, tal como todos os restantes frequentadores da tasca, mas, sensível como era, preferiu ver o triste espectáculo, a dizer à D. Ermelinda que quem ele queria a dançar na sua mesa não era ela, mas ela – a outra.
Armando Lenhador agarrou no telemóvel do motorista, distraído com a D. Ermelinda, e ligou a um colega para passar palavra: daí em diante, a taberna iria ter copos de vidro lavados, além de copos de plástico encardidos. A notícia espalhou-se na mata como fogo em lenha seca e a alegria foi imensa.
D. Ermelinda, pensando nos copos de vidro, esquecia-se de si, do seu corpo, da sua vergonha (caso a tivesse) e da precariedade de um corpo de cerca de 100 quilos a mover-se, sem nexo, numa mesa de três pés.
– A velha tem carteira profissional? – perguntou a décima terceira puta ao chulo.
– Pergunta-lhe antes se tem seguro de vida – respondeu o chulo concentrado nos movimentos pseudo-sensuais da D. Ermelinda.
O índio escanzelado chorava e, disfarçadamente, peidava-se, tinha sido assim, num assomo de ganância e loucura, que a sua mãezinha tinha ido desta para melhor – “se é que é melhor estar empalhada em casa há duas décadas.”
O curioso via o empenho, o denodo, a audácia, o arrojo, o desprezo pela vida que a velha demonstrava e, suando, pensava na quantidade de copos de vidro que ela esperaria receber.
– A D. Ermelinda rebola-se como poucas – comentou o motorista.
– É por uma boa causa – disse Armando Lenhador, cansado de beber por copos de plástico cheios de verdete.
O chulo via a velha e fazia contas de cabeça.
– O turismo sexual sénior é um mercado a explorar – disse o chulo à décima terceira puta, sentada em cima da mesa.
– Sim, é um nicho de mercado com potencialidades – concordou a décima terceira puta, consultora da “Flor do Entulho – Prestação de Serviços Essenciais, Lda.” para a área da prospectiva e desenvolvimento. – É até um produto que facilmente se podia internacionalizar: velhos reformados dos países desenvolvidos passavam-se com isto.
A D. Ermelinda cansada, pensava em terminar o show, já devia ter ganho umas boas resmas de copos, e fez sinal ao velho índio, que se mantivera atrás do balcão.
– Senhoras e senhores – gritou o índio, fazendo que todos olhassem para ele, enquanto a D. Ermelinda se esparramava de pernas abertas sobre a mesa para o grande final. – Como dizia Horácio, esse grande poeta: “PAUPERTAS IMPULIT AUDAX”.
A D. Ermelinda, que de latim nada percebia, limitou-se a erguer e abrir os braços e gritar:
– TCHARAM! – e virando-se para o curioso: – Que venham os copos.
Os frequentadores do café, todos sem excepção, levantaram-se num pulo e bateram palmas com fervor religioso.
– “Paupertas impulit audax!” – entoavam todos, com excepção do curioso e da D. Ermelinda, pouco dados a locuções latinas. – “Paupertas impulit audax!”
– “Non nova, sed nove” – disse o chulo para os companheiros de mesa, que concordaram com acenos de cabeça sabedores.
– Minha senhora, mil copos – disse o curioso, sensível ao esforço da velha. – Mil copos é o que eu lhe darei e mais não dou porque não tenho.
A D. Ermelinda, ajudada pelo índio pai, tentava descolar as partes íntimas do tampo da mesa e nem sorriu; a sucção e as frases enigmáticas proferidas irritavam-na.
– O que é que tu disseste? – perguntou a velha ao índio, que manejava uma espátula com cuidado.
– “A pobreza audaciosa me impeliu” – respondeu o índio, sorrindo. – Um velhíssimo brocardo latino de Horácio, que parece ter sido escrita há mais de dois mil anos para esta situação em concreto. O poeta Horácio era um sábio, um visionário.
– E o chulo? – perguntou secamente a D. Ermelinda, a quem causava náuseas o conhecimento. Qualquer conhecimento.
– “Não coisas novas mas de uma nova maneira” – respondeu o índio, manejando a espátula sem cuidado, gostava da velha mas tinha nojo da sua tacanhez e ignorância.
Garfanho, daqui
26 agosto 2005
Carta secreta de Soror Mariana ao cavaleiro de Chamilly
Escreveu Soror Mariana na sua cela:
Ah ignaro e ignoto amor que me atormentas
E de pecados e luxúria meu catre enfeitas
Senhor! Tocar teu apetrecho…
Será que posso? Será que deixas?
É este desejo de ter vosso apetrecho nos meus dedos
Que me aquece as mãos e as noites
Sem vós tão frias.
Resposta do cavaleiro de Chamilly:
Toca meu apetrecho. Toca que eu deixo.
Senhora de teus dedos flui magia
E meu apetrecho rejubila de alegria
Quando o tocas qual trompa divina, celestial.
Ah! Fora eu Camões e dava-te mais que um canto
Oferecia-te uma casa. Mais! Uma moradia.
Imagina-nos meu amor, no nosso canto
Tocando música todo o santo dia
Tuas mãos de fada e meu apetrecho
Em desbragada e completa sinfonia.
Foto: Rafal Bednarz
Ah ignaro e ignoto amor que me atormentas
E de pecados e luxúria meu catre enfeitas
Senhor! Tocar teu apetrecho…
Será que posso? Será que deixas?
É este desejo de ter vosso apetrecho nos meus dedos
Que me aquece as mãos e as noites
Sem vós tão frias.
Resposta do cavaleiro de Chamilly:
Toca meu apetrecho. Toca que eu deixo.
Senhora de teus dedos flui magia
E meu apetrecho rejubila de alegria
Quando o tocas qual trompa divina, celestial.
Ah! Fora eu Camões e dava-te mais que um canto
Oferecia-te uma casa. Mais! Uma moradia.
Imagina-nos meu amor, no nosso canto
Tocando música todo o santo dia
Tuas mãos de fada e meu apetrecho
Em desbragada e completa sinfonia.
Foto: Rafal Bednarz
Quem dá um título a esta Imagem?!
Maquie: Cinto de CUstidade
Pedro Sousa: Aqui não entras tu!!
Jorge: Para no cu não entrar maleita, Pego na cueca de folheta.
São Rosas: Ao menos que fosse: Para não entrar malapata, Uso estas cuecas de lata.
Papagaio: Companheiro fora trancas na porta.
Dupont: "Plano de Contenção de Desperdícios do Governo PS"
CrazyPet: Se olharem bem, a folheta tem um vibrador agregado... colocado estrategicamente. Aquilo não é um resguardo... serve para segurar o dito vibrador no local correcto!
Agora... falo!
Caros vizinhos, será que nós aqui na Funda São temos a resposta a esta questão?
Existirá mesmo uma "cultura fálica" ?
Existirá mesmo uma "cultura fálica" ?
Pelo direito à mão direita!
Um estudante de doutoramento em Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro pode ir para a prisão 2 a 4 anos por utilizar sem autorização a conta de e-mail de uma sua professora.
O estudante terá mandado desse endereço da professora mensagens e imagens lúbricas para outros professores.
E, além da prisão, poderá ter vedada a defesa da sua tese (cujo tema imagino ser «reacção química que transforma uma prof-foda numa auto-foda»).
Coitadito do Robson Pacheco Pereira [este apelido soa-me familiar]. Se fores para a prisão podes usar o meu e-mail, rapaz. Desde que mandes uma cópia de tudo também para mim.
Julgam que inventei?! Nem piçar. It's true.
Aliás, a ficha dele até está na net.
O estudante terá mandado desse endereço da professora mensagens e imagens lúbricas para outros professores.
E, além da prisão, poderá ter vedada a defesa da sua tese (cujo tema imagino ser «reacção química que transforma uma prof-foda numa auto-foda»).
Coitadito do Robson Pacheco Pereira [este apelido soa-me familiar]. Se fores para a prisão podes usar o meu e-mail, rapaz. Desde que mandes uma cópia de tudo também para mim.
Julgam que inventei?! Nem piçar. It's true.
Aliás, a ficha dele até está na net.
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