21 setembro 2005

Video publicitário


Para os obcecados pelo desporto

(enviado por Carlos Ferreira)

Procura-se Legenda

Anukis: Boundage Fashion
Bruno: Desata-me
Charlie: Tudo o que vem à rede é fixe
Isso Agora: Quando acabar contigo vais ficar como este vestido: às fatias!
ZSmart: Sou grande Zebra
Espectacológica: Qualquer farrapo me fica bem!
Vohmito: Farrapinho de mulher
Mfc: Uma zebra tresmalhada!
Axpegix: A traça é lixada!!

Torradinha

Cá estou de volta, Sãozinha, com esta corzinha de bolacha torrada, tão bem aceite por todos como rótulo de beleza física da região demarcada do bem estar e da felicidade, apesar de me palpitar que as minhas celulazitas mortas, tostadinhas ao sol, não estarão de acordo.

Mas que se lixe!... Gostei de exibir no local de trabalho esta bandeira de descanso como se ainda trouxesse a toalha ao ombro. E de responder que sim, que a praia este ano estava cheia de bikinis. Daqueles que copiam os modelos da década de 60 com a caixa de peito armada e o calçãozinho subido. E também com aqueles que revivem os anos 80, com o pedacinho de tecido que tapa os seios enfiado num fiozinho deslizante graças ao qual, se dermos uma corridinha, faz logo saltar uma mama para fora. E mais que sim, que toda a gente usa duas cores no bikini, uma para o soutien e outra para a string enchendo o areal de cores como a arquitectura do Tomás Taveira por esse país fora.

E quais corpos danone, quais quinze dias kellog’s ou quais vinte passos das dietas miraculosas de verão que todas as banhinhas de homens e mulheres se mostravam pela beira-mar para não perder uns dias de bronzeado e improvisando a queima de calorias nas voltas insistentes da língua sobre um gelado.

Nem sei Sãozinha porque não me comove a areia a arranhar-me os interstícios dos dedos dos pés, o sol que começa por lamber-nos suavemente para depois nos dar palmadas nas zonas mais expostas, as ondinhas ordenamente umas atrás das outras em carreirinha, os pôres do sol que anunciam a néon a noite e o voltar para o carro a exalar um bafo quente. Porque é que nem sequer acho erótico tanta carne exposta em fios de cores e flores e prefiro uma profunda troca de bactérias com um gajo, mesmo que seja perto de um contentor de lixo?...

20 setembro 2005

Verdes são os campos...



Quem não gosta deles ou os corta ou os pinta.
Haja imaginação...

Diz-lho sem flores

(sugestão da Gotinha)

Diário do Garfanho - 151

Respeito
- Vai?
- Com quem?
- Connosco.
- Todos?
- Sim, com os 5.
- Só se for um de cada vez.
- Um? Só um?
- Sim.
- Só um?
- Sim, só um de cada vez.
- Quanto é que leva?
- Pelos 5?
- Sim, havia de ser por quantos?
- 125 euros.
- 125?
- Sim, 25 cada um.
- Não!
- Não, o quê?
- 125 é muito. Um de cada vez?
- Mas vocês querem o quê? Dois?
- Todos!
- Todos?! Todos a fazer o quê?
- A foder! Diz que é a foder!
- Ouve lá, ó menino, 5 a foder o quê?
- A ela! Diz-lhe que é a ela!
- Oiça lá, pergunte ao seu amigo como é que ele arranja isso.
- Diz-lhe que eu faço um desenho. Diz-lhe! Os 5, os 5!
- Nem desenho, nem meio desenho. Vá, para despachar, qu’isto de me ‘tarem aqui a empatar não ‘tá com nada, 125, dois de cada vez.
- E eu? E eu?
- O menino faz um desenho.
- 100!
- 100 o quê?
- Sem nada! Diz-lhe que é sem nada!
- 100 euros, os 5. Ele vai no fim.
- O caralho é que vou! Vai tu!
- Tu nem querias vir!
- Claro, foda-se, isto é a degradação total...
- Então, por isso mesmo, vais no fim: não há nada mais degradante que isso.
- Vai-te foder!
- Desculpem lá, os senhores. Desculpem interrompê-los. Mas, afinal, querem alguma coisa?
- Mand’á lixar.
- Eu ouvi, ó seu badameco, se vêm p’r’ aqui gozar...
- Diz-lhe que isso queria eu. Isso queria eu, ó sua puta! Isso queria eu!
- Cala-te, caralho.
- Cala-te tu e vamos mas é embora!
- 100 os 4, com ele não vou.
- 80.
- 80?! 80 o quê?
- Os 4, 80.
- E eu?
- Tu não vais. Não ouviste a senhora? Contigo não quer nada!
- A senhora? Qual senhora? Agora já é senhora?!
- Está bem. 80, os 4.
- E é onde?
- É ali, numa pensão.
- Mas que merda de conversa é esta? E eu?!
- É longe?
- 3 minutos.
- A pé?
- Sim.
- Levem-na, caralho! Porque é que não a levam? Levem-na!
- É para ali?
- É.
- Quer boleia? Podemos levá-la!
- Levá-la?! Vocês 'tão doidos?! Ao colo de quem?
- Não têm lugar...
- Temos...
- Onde, caralho, temos lugar onde?
- Ele não vai.
- Se é assim, agradeço.
- Quem é que não vai? Quem é que não vai?!

Garfiar, só me apetece

Sinto-me arrepiadinha... hmmm...


Apanhada pelo Cambralenta

19 setembro 2005

Ou isso, ou isso...


Um tipo está na fila da caixa no supermercado quando repara numa louraça que lhe faz sinais com a mão e lhe lança um sorriso daqueles. Ele deixa por momentos o carrinho das compras na fila, dirige-se à louraça e diz-lhe suavemente:
- Desculpe, será que não nos conhecemos?
Ela responde-lhe, sempre com aquele sorriso:
- Pode ser que eu esteja enganada, mas penso que o senhor é o pai de uma das minhas crianças ...
O tipo põe-se imediatamente a vasculhar na memória e pensa na única vez em que foi infiel à esposa, perguntando de imediato à louraça:
- Ena pá, c'um caraças, não me diga que você é aquela stripper que eu comi sobre uma mesa de bilhar, diante de todos os meus amigos, numa noite bem bebida, enquanto uma das suas amigas me flagelou o tempo todo com uns nabos molhados e me enfiou um pepino pelo cu acima?
- Bem, não - responde ela - eu sou a nova professora do seu filho.

Enchido panado à moda do Nikonman


Esta segunda-feira,
no Pingo Salgado

as tuas mãos

foto de Gianfranco Cappuccini


as tuas mãos na minha pele
fortes, arrebatadoras
exploram, curiosas
os mistérios do meu corpo
abrem caminhos
com a firmeza dos teus dedos
perdem-se em carícias
com a suavidade de uma brisa
prendem-me a ti
com a certeza do desejo

Campanha contra a SIDA

Cobertores com amostras de ADN

Quem tem ido aos Encontrões da funda São conhece já de ginjeira os mundialmente famosos cobertores do porta-bagagens do carro do Jorge Costa.
Tentámos averiguar se haveria mais adeptos da Prevenção Fodoviária Portuguesa (tenho que anotar esta, que saiu bem). O Charlie falou à nossa repórter de interiores:
charlie: Há cobertores que ficam perfeitamente de pé sem auxilio de mais nada que não seja a carga de ADN que as embebe. Lembro-me de um desses que tinha em Paço d'Arcos, no porta-bagagens de um dois cavalos.
São Rosas: Falas com nostalgia do teu velho cobertor erecto.
charlie: Como tu me compreendes, São. Quando se começa a vida numa arte, ela morre com a gente. Eu não me importava nada de entregar a alma ao criador como a minha velha manta.
São Rosas: É mesmo. Esse cobertor viveu e morreu a proteger buracos.
charlie: E era assim de cor parda. Um pedaço de manta rodeado de obras de arte abstractas por todo o lado. Quando lhe pegava, parecia uma tábua.
São Rosas: De que cor era?
charlie: Posso descrevê-la? Então era assim. Em tempos deve ter tido uma cor qualquer. Quando vendi o carro, estava a forrar um buraco no chão debaixo do lugar do pendura. Vocações que ficam até quando parece que já não tem préstimo.
São Rosas: Que pena não a teres guardado. Isso merecia ser exposto como obra de arte.
charlie: Se ainda a tivesse, era já a seguir o concurso de mantas tesas... hehehehehe...
São Rosas:
Ainda estás apaixonado pelo cobertor?
charlie: São Rosas, Isso foram coisas que já lá vão. Eu vivo uma relação perfeita com a minha namorada, há 26 anos em eterna lua de mel. Mas que a manta parecia um pau, lá isso parecia...
São Rosas: Charlie, dá-me a impressão que vamos ter que fazer um concurso de erecção de cobertores entre ti e o Jorge Costa (e mais q'haja).

18 setembro 2005