07 outubro 2005

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Stilletto



Swimmers

RemodelaSÃO no Blog


(via WebPark)
Vou aproveitar para comprar uns móveis novos aqui para o Blog!!

Sinto-me presa... hmmm...


Vigiada pelo Cambralenta

O Charlie não pode ver uma mulher do outro lado das grades:

"Deixa-me libertar-te dessas amarras.
Das sombras meias onde do sonho despertas
Tens nos olhos a ilusão da liberdade
Mas a nudez envolta em grades.
Vem!
Pega na minha mão e sai.
Voa por esse mundo fora
E volta livre na tua entrega
Senhora de ti e do teu querer
Quero amar-te,
mas só posso em liberdade ter-te"

06 outubro 2005

Conseguira eu

Conseguira eu dizer da carne
Do impulso primeiro
Puro, físico, carnal.
Conseguira eu dizer num poema
Corpo vibrante, latejante
Segurá-lo, tomá-lo, dá-lo
Poema e corpo nas tuas mãos.
Conseguira eu que lendo fosses poema
O sentisses, retivesses, aprendesses
E vibrante, latejante o tornasses
Poema e corpo teu.
Conseguira eu despertar o impulso
Puro, primário e primeiro
E sentisses carne lendo palavra
E sentisses corpo, poema, mulher.

Foto: Ewa Brzozowska

E logo vem o Orca com saudades:
"Há que tempos não «esgrimia» com a Encandescente...
eu direi da carne
e sentirei o corpo
eu direi o poema
e sentirei o pulso da palavra dita
e terei do corpo a vontade aflita
de um grito que vibra

e já não retenho o impulso primeiro
primário
proveito que provo de carne
de te querer mulher

conseguira eu dizer-te da carne
o quanto quisera
para te saber
um corpo que sinto
um poema-grito

e afinal mulher."


Mas o
Onanistélico não se fica atrás e pimba:
"Pudera eu conseguir-te,
carnal vontade que o instinto animal repousa no teu corpo. Do teu corpo-poema retiro o gostar de ler-nos, escrevo-me-te, em ti, com o primitivo ser, sentido-te.
Pudera ter um livro de ti."

O Charlie também se vem:
"Agradecimento à Encandescente

Encandescente, mulher poema
Mulher carne da cor do sonho.
Leio-te a alma leio-te o ser.
Leio-te como se fosse eu mulher.
E sabendo-me assim por dentro.
Mulher por mera suposição
Sou mais homem mais poema,
Mais encontro a Mulher quando amo."

O Ferralho remata:
"Gostava de te ler na flor da pele
A poesia dos sentidos exaltados
Escrita na tua carne incandescente
Por mim, poema teu,
Corpo almejado
Emudecendo dizer-te cada palavra
Declamando no teu corpo incendiado
As estrofes inscritas a desejo
Nesse poema, mulher
E corpo teu"

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O Meu Frigorífico
(Façam o favor de enviar a fotografia do vosso
frigorífico para blogotinha@hotmail.com)

Descobertas


A Gotinha descobre cada coisa...

Pela normalização anatómica - 4

A CoNA - Comissão de Normalização Anatómica continua o seu esforço para que o sexo seja cada vez menos confuso e problemático.
Hoje, a CoNA subscreve a proposta do SirHaiva: deve haver sempre uma almofadinha à mão de semear, para colocar debaixo dos joelhos.

Venham-se mais sugestões para a CoNA.

E relembra as três primeiras propostas: 1, 2 e 3.

05 outubro 2005

Dourar a pílula



O Sãozinha também já ouviste falar de que vão deixar de comparticipar os contraceptivos orais, a propósito de os disponibilizar nos hipermercados?... Como sabes, o preservativo até é o meu favorito e o melhor meio anticoncepcional do universo mas esta igualização da pílula e das camisas de vénus nas grandes superfícies parece-me uma promoção de produtos com o prazo de validade a acabar.

Imagina que até já pensei que o avançar para esta medida é uma manifestação de solidariedade para com o Padre Feytor Pinto que ao expressar publicamente concordância com o uso da borrachinha recebeu ameaças anónimas de ser denunciado ao Vaticano.

Mas depois pus-me a fazer contas que a matemática é sempre uma forma de garantir o lado científico das coisas e vá de conferir que os preservativos têm 5% de IVA enquanto que as pílulas, já com IVA incluído, ao serem vendidas com receita médica custam mais ou menos 25% do preço de mercado e São, corrige-me se eu estiver errada mas não estão a querer que o prazer pague mais de 5% de imposto e que a a pílula seja um luxo?...

Mais um anúncio que é um miminho... hmmm...

Recomeçar... - por Charlie

Tinha saído de casa fazia agora já um mês. Farta daquele homem que lhe enchera com uma vida de mentiras e traições.
Tantas vezes ele lhe fora imerecedor da entrega e dedicação! Atrás de cada escapadela tinham vindo sempre as repetidas promessas e juras que ele quebrava num voltar de costas.
Num mundo cheio de seduções e apelos ao sexo, ela soubera sempre dizer não, quando o mais fácil seria deixar-se embalar na aventura e no sonho do sim...
Tinha direito à sua felicidade. E todos os argumentos que ele utilizara passaram desta vez por ela como uma brisa fria que entra por uma greta duma janela mal fechada e que nos fazem arrepiar a alma numa noite de Inverno.
Fechou- a bem e mirou a rua húmida com o sentir do alívio duma vida nova começada no conforto da sua liberdade.
Enquanto interiormente exultava com os horizontes reconquistados, sentia-se como uma criança a quem tinha sido dado um brinquedo há muito desejado.
Tal como um bilhete de lotaria premiado com a sorte grande que sai ao mendigo e não sabe que voo tomar com as asas caídas do céu.
Despertou dos seus pensamentos interiores e ligou o portátil.
Havia três dias que encetara uma relação virtual com alguém que lhe parecia ser um anjo saído do paraíso. Tinha o discurso dum poeta, uma alma apaixonada, uma porta aberta ao sonho.
Ela não queria ligar-se a ninguém mas o seu corpo era uma saudade do amor que a roía por dentro. Sempre que falava com ele, ficava em êxtase, com os desejos à flor da pele.
Separado, como ela, desejava refazer a vida e procurava a alma gémea que lhe enchesse a existência num poema eterno. Uma diva dos seus sonhos e ícone da sua alma.
Decidiu-se! Afinal não perderia nada num encontro. Não sacrificaria nunca a sua liberdade por nenhum homem, e a vida era para ser vivida. O seu corpo pedia e a sua mente desejava.
Deu-lhe a morada da sua nova e provisória casa, um pequeno apartamento, e marcaram a hora.
Escolheu a roupa, no sofrimento da escolha que as mulheres conhecem, arranjou-se e ficou em expectativa nos poucos minutos que lhe restavam de espera.
Estudou ao espelho algumas expressões como uma adolescente nas vésperas do seu primeiro baile de liceu, sentindo como elas o frenesim das hormonas recém despertas.
O coração parou de cantar durante um segundo quando ouviu o bater à porta.
Depois acelerou e martelou com mais força nas têmporas enquanto o corpo se punha ao rubro. Olhou-se mais uma vez ao espelho apreciando a sua figura e expressão e deu um pequeno toque nas alças do vestido ligeiro de amplo decote.
Dirigiu-se à entrada e inspirou.
Sorriu!
Abriu a porta e ficou parada olhando.
Os olhos penetrando-se num despertar dum sonho.
Ela olhando para ele, e ele para ela.
O ramo de flores caiu ao chão, junto com os sorrisos, quando a porta bateu na cara do seu ex-marido...

Charlie