19 outubro 2005

Cisterna da Gotinha


Strip Down - puzzle para adultos

Arte -
Galleria de fotografias eróticas

Falling Dildos: um jogo catita.

Loirinha: anjo da guarda.

Rabos e mais rabos até ao infinito...

Top das Melhores desculpas se... forem apanhados a ver pornografia.


Teste de concentração: para homens!

P.S.-> Hoje a fotografia escolhida é para as meninas aguçarem o dentinho....

A consulta na biblioteca - por Charlie

Com o corpo bem encostado ao meu, sentimo-nos mutuamente os corações a palpitar dentro de um mundo de desejos que nos consumiam em segundos galopantes, impossíveis de prolongar mais tempo, tanto nos pesava a espera.
Olhei para ela, que tinha os olhos fechados para o seu interior, numa entrega completa, irreflectida, sem pensar nem em futuros nem consequências. A única ideia dela era ter-me e eu ardia também no inferno dos fogos eternos por ela.
Tinha-a conhecido apenas dois dias antes num espaço onde não pensava sequer encontrar uma mulher, quanto mais esta que agora me estava nos braços, ardente e desejosa.
Quem vai a uma biblioteca leva na ideia a consulta de livros, documentos e listas de títulos e outras coisas que fazem parte do mundo das traças e dos óculos na ponta dos narizes a enquadrar olheiras distantes.
Estava nas filas de estantes relativa ao tema que procurava e vi-a como uma miragem num deserto.
Tinha um corpo fabuloso e exalava um aroma a jardim. Toda ela era um sol brilhando no meio de lombadas escuras por anos de provectidade.
Aproximei-me dela. Estava a consultar um título na capa dum livro.
Disse-lhe simplesmente: "Há dias de sorte. Quase sem procurar encontro o mais belo poema de todos os tempos".
Voltou-se de surpresa e encarou-me. Durante um instante olhou para as minhas mãos vazias e fitou-me nos olhos. Não se riu. Deu dois passos afastando-se e depois parou. Rodou o corpo e veio ter comigo: "Eu sou um poema?"
Respondi-lhe mergulhando nos seus olhos claros: "És mais que um poema, és a coisa mais linda que já vi passar"
Riu-se: "Vinicius."
Não esperei mais. Peguei-lhe nas mãos e beijei-as.
"Queres vir beber um café comigo?" perguntei-lhe enquanto lhe segurava as mãos junto ao meu peito. Aproximei-me mais dela e senti-lhe o coração a palpitar nos lábios os olhos mistos de surpresa e emoção da aventura.
Aproximei-me mais e toquei-lhe nos lábios com os meus. Afastei-me e olhei para ela. De faces rubras e a boca em desejo. Repetimos o beijo e abraçámo-nos, sentindo como nos fundíamos numa só vontade.
Combinámos encontrar-nos no dia seguinte. Trocámos números de telemóvel.
Toda a tarde voando mensagens e desejos ficando com o coração em angústias esperando pelos dois toques da resposta.
Agora aqui estávamos. Despimo-nos em fúria e entregámo-nos como loucos e como loucos nos amámos. A cada penetração entrávamos num ponto cada vez mais alto do nosso Paraíso. Mordia e lambia-lhe todo o corpo. As mãos dela arranhavam-me. Fera em cio dona do seu macho. Querendo-o todo para si e para sempre. As nossas línguas em chama incendiando cada vez mais as nossas almas, ardendo nos fogos da carne.
Atingimos o cume, saltámos para o voo perfeito em êxtases divinais.
Aterrámos em nós de corpos suados e satisfeitos.
Beijámo-nos em despedida.
Depois deixámo-nos.
Sem um até amanhá.
Sem um olhar para trás.
Nunca mais a vi.
Ela foi ter com o marido, eu com a minha mulher.

Charlie

18 outubro 2005

O mesmo céu



Martelou ruas e paralelepípedos sob um céu azul sujo, nuvens esfarrapadas.
Uma das nuvens, cama de algodão, lembrou-lhe lençóis amarrotados. Corpos enrolados.
Pensou se ele veria o mesmo céu. A mesma nuvem.
A mesma cama. Os mesmos corpos.

O corpo dela sobre o dele. As palavras molhadas ao ouvido. A fome nos olhos:
- Quero devorar-te, dizia com olhos e palavras.
O queixo encostado ao rosto dele. Subindo e descendo no rosto dele.
Depois a boca na boca. A boca nos olhos.
A boca na testa, e ele a esquecer pensamentos guardados por detrás da testa, sob os cabelos, sob a boca.

E ela a dizer:
- Quero devorar-te.
E ela a abrir as pernas. A prender o corpo dele entre as pernas. As mãos a apertarem-lhe os ombros. Os dentes nos mamilos.
E ele a contorcer-se sob o corpo, carne, nuvem.
E ele preso.
E ela abrindo-lhe as pernas. Agarrando-lhe as nádegas. Levantando-lhe as ancas.

- Quero devorar-te.
E a boca nas coxas. E ele voando num céu limpo, paraíso sem nuvens. Pássaro solto.
E ele na boca dela. E o grito impossível na boca dele.
...
Pensou se ele veria o mesmo céu. A mesma nuvem.


Foto: ëssëncë

Puberdade - o filme

Com o patrocínio da Gotinha... e com som

As letrinhas malandrecas vieram-se de novo!


Bem hajas, ABCDário!

Não penses tanto!...


A Gotinha avisa