05 dezembro 2005

E com este frio... - video


Apanhados das Naked News

Descobertos pela Matahary

Mensagens recebidas de alguém que não foi a Beja

"Porquê de um mail?!
Porquê não, pensei eu...
O raio da mulher é endiabrada... parece carregar toda a malícia do mundo no corpo... gosta de provocar até ao limite... limite esse que desconhece... que desenha com a ponta da língua num corpo sedento de prazer... a imaginação, essa, desponta ao milésimo de segundo... brota como uma fonte... fonte que jorra água que, descendo por esse corpo, contorna cada curva, cada espaço de luxúria...
Não sei se devo mandar o mail...
Mas porque não?
Acho que já consegui expressar a minha curiosidade...
Um sorriso meu para si :)
Sorriso teu"


Agradeci o sorriso e recebi a resposta:
"Oh São, continuo curiosa... a vida tem destas coisas... e já sei que a curiosidade matou o bichano, bem sei...
Estou curiosa com o ser ou não ser da São... as duas faces da mulher que provoca... ousa... arrisca...
Esse templo de desejo andante... esse altar ao que de melhor pode dar uma queca... eheheh"


Nunca na vida - nunca mesmo - pensei vir a ser - juro - a musa inspiradora de alguém! Muito menos um altar. Nem uma santa, quanto mais o altar...

Flagrante!


Apanhados por Lamatadora

04 dezembro 2005

CISTERNA da Gotinha

Sexual Song: uma canção para acompanhar o ritmo...
Live Nude Cats: erotismo felino.

Verónica: vídeo escaldante!!
Falos de todas as cores, formas e feitios...

Inventam tudo... até preservativos líquidos!!
É preciso ter ambiSÃO: sugestão do filho adolescente "entusasmado" da Madr.

O
Boticário descobriu que o sexo oral pode provocar cancro da boca...
O Jotakapa aconselha que
fique amigo dela pois promove a saúde sexual das mulheres (e homens).

Viagem na ponte para o arco-íris - por LolaViola

Todas as viagens têm um destino. Nesse dia não sabia qual o teu, nem o meu.
Sentei-me na viagem que não teria estória, não tivesse eu vestido a minha mini-saia preta, não fora o teu carro confortável, não fosse o sol ameaçado a espaços com nuvens negras que desabavam sobre a nossa viagem, não fora o desejo no teu olhar, não fora a carícia na cintura que me fizeras minutos antes.
Esta viagem teria um destino. Nunca sabemos o nosso quando embarcamos na aventura dos corpos que se adivinham, nem das vontades que não se sonham.
Conduzes devagar, como eu gosto quando tiro o relógio.
Eu falo muito, como tu gostas quando usas os teus silêncios.
Conduzes com uma mão, enquanto a outra redescobre as minhas coxas, falas do péssimo tempo, enquanto eu levanto a mini-saia que só vesti para que ma despisses, tocas-me ao de leve no sexo, enquanto eu te digo que este é o meu tempo preferido, metes determinadamente a mão dentro da minha lingerie sofisticada em que não repararás, enquanto eu fecho os olhos e oiço-me respirar ao som da chuva.
Conduzes devagar e eu deixo-me conduzir, enquanto acaricias o meu sexo húmido, sem palavras, ou com todas as palavras que me dizes, quando eu uso os meus silêncios.
Pedes-me que me venha ali, pedes-me para parar o carro, pedes-me...
Peço-te que não pares, nem o carro, nem a carícia, nem a chuva, nem a tua mão que escorrega dentro de mim, nem os raios de sol que teimam em romper, nem o tesão que me dás.
Dos nossos orgasmos, ficarão mais tarde, as manchas nos lençóis da tua cama.
Desta viagem, ficou no meu olhar o arco-íris quando finalmente abri os olhos.
Chegara ao destino.

LolaViola (imaginando a nossa viagem a Beja)
Levemente Erótico

O meu amor dorme



E depois dos beijos e depois dos abraços
Depois das carícias e depois do amor
Depois de enrolarem na cama paixão e lençóis
Depois de pintarem as paredes de desejo e gemidos
Depois de cobrirem o chão de pele e suor
Ela disse-lhe do mundo e das coisas que via
Nas mãos depositou-lhe mundo e cansaço
E no peito dele adormeceu tranquila
O mundo parado esperando o acordar.
E sonhou no peito e no sonho sabia
Os braços que a apertavam muralhas de aço
Muros que a isolavam e a protegiam
Muros que ele erguia para que nada a acordasse.
E a vida parou porque ele a queria
Longe do mundo, livre de cansaços
E não dormiu a noite para que ela dormisse
E não se permitiu descanso para que ela descansasse.
- O meu amor dorme, disse ele ao mundo,
Não a perturbarás, está nos meus braços.

Foto: ëssëncë

03 dezembro 2005

Volta ao 4º Encontra-a-Funda pelos blogs

Para quem precisa de visita guiada:
O OrCa anteviu o Encontro como quem odia.
O Nikonman escreveu em estilo saramaguento, em duas partes: um e dois.
A Mad concordou que foi tão bom...
A Jacky escreveu sobre as Cu-riosidades do Encontro da Funda.
A Gotinha ficou com a língua congelada.
Aqui, o OrCa odeu a caminho da alcoforada. Depois, falámos uma, duas, três, quatro vezes...
O SirHaiva ficou logo com Sãodades mas continua a sua cruzada pelas mulheres (cruzada porque tenta cruzar-se com elas): "À parte das dúvidas existenciais que nos incomodam no dia-a-dia sempre teremos fotografias de gajas nuas. Nada melhor para nos lembrar como é bom usufruir dessa dádiva que é estar vivo. Tudo o resto resolve-se". A vida continua...
Tivemos direito a uma leitura cabalística.
O Jorge Costa pensa no futuro (enquanto consome os sacos de plástico que ganhou em Beja).
Ah! Já me esquecia: lê a minha primeira entrevista, feita pelo Nikonman.

queria

foto de Alexey Naumov


queria não ter de te dizer nada
queria apenas que chegasses o teu corpo ao meu
e que nele me refugiasse
queria desvendá-lo sem precisar de palavras
com a boca, com as mãos
com a minha pele quente da tua
queria percorrer o teu corpo
em busca de sabores por descobrir
e de prazeres por inventar
queria sentir-te em mim, louco, sem limites
perdido no teu prazer e no meu
queria por fim repousar
num abraço adormecido
de corpos saciados
e de almas em acalmia

Corpos e Almas

O Mano 69 gostou tanto que também queria... à sua maneira:
"eu também queria
gostava mesmo que tu te lavasses
pelo menos uma vez na vida
pois o cheiro do teu corpo
enrolado no meu
é pior que um jumento
quando se encontra a zurrar
mas vou acreditar
que tu não te vais laxar
e do cu brotar
algo que eu não quero nem pensar..."

Erotismos II

(tpc para o fds)

redondo de prazer sinto o teu seio
aflorado mal pluma com desejo
e os lábios mal tocando são enleio
onde mal se atreve o toque do meu beijo

mas depois sôfrega assim quase se esmaga
a tua carne contra mim dura e macia
e a boca já não beija - morde e traga
o teu seio que o desejo consumia.

O que esconderá ela??!


(via Sasisa)

02 dezembro 2005

Grafismos Pornos do Futuro.

O que é demais cansa. Quando estamos cansados do que é demais, procuramos inovar, re-inventar. Após a explanação desta teoria completamente original, acabadinha de inventar por mim, vem esta a propósito de pornografia. Digo eu que a massificação de conteúdos pornográficos, pela internet, a facilidade, às vezes até indesejada, sem querer, com que nos deparamos com filmes da "queca" poderá originar que, num futuro próximo, procuremos exemplos mais... experimentalistas.


A mim podem chamar-me retrógado, velho do restelo, e afins. Mas prefiro os velhinhos filmes. São mais... não sei... fixes.

Os arrepios em Beja das leituras de Gisela Cañamero

Que bela leitura da 3ª carta da Soror Mariana de Alcoforado nos ofereceu a Gisela Cañamero em frente à janela do convento, actual Museu de Beja (obrigada, José Carlos Oliveira, curador do museu). E que arrepio sentimos com as «Novas Cartas Portuguesas», das 3 Marias...

fodografia do OrCa
Sugiro que leiam os nossos comentários de agradecimento no blog da Gisela Cañamero «Cigarra na paisagem».
E que pena eu tive de não ter podido levar comigo o portfolio de Milo Manara «Les Lettres Portugaises», que faz parte da minha colecção:

Romeu e Julieta



Acto único.Cena única
Personagens: Julieta, Romeu e o burro
Local: Uma varanda no Alentejo

Na varanda debruçada
A noite escura e fria
Julieta o horizonte perscrutava
Seu amado aguardava
O coração em agonia
E com voz aflita soluçante
Questionava estrelas e céu:
- Ai mê Deus que tá tão escuro
Tou tã ralada, tã aflita
Digam-me por favori
Adôndi anda o mê amori
Adôndi está o mê Romeu?

Como que respondendo ao suspiro
Ao apelo, ao chamamento
Ao longe ouvem-se uns cascos
Romeu surge no caminho
Devagar, devagarinho
Montado no seu jumento.

- Ai Romeu, omê de Deus,
Adôndi andaste tu metido?
Eu práqui ralada, aflita, já pensando no piori
Que tinhas caído do burro
Que tavas todo partido
Que tinhas ido contra um chaparro
E que já tinhas morrido.

Romeu, Romeu?
Nã m’arrespondes? Nã me ouves? Tu tás surdo?
Pára a mula, olha o muro
Ainda partes os cornos
Os teus e os da porra do burro.

Romeu acorda sobressaltado
Com os gritos de sua donzela
In extremis trava o burro
Por pouco não vai contra o muro
Que circunda a janela.

- Ai melhêri a culpa é tua
Vinha sonhando contigo
Com tês bêjos, tês abraços
E o burro tã devagar anda
E me deu um tal cansaço
Qu’ adormeci um cadito.

- Ai Romeu, Romeu…
Se nã fosse o tê jêtinho
Quando nas beiças me bêjas
Nã te esperava nunca mais
Nã te queria pra namorado
E ajuntava era o mê monte
C’u monte do moço do lado.
Tou aqui enregelada
Qu’a janela toda aberta
Desce do burro. Despacha-te!
Que nã temos a nõte toda
Vamos é dari uma queca.

(Desce o pano lentamente enquanto devagar devagarinho Romeu sobe à varanda e com Julieta entra nos aposentos. Fecham-se as portadas…)