09 dezembro 2005

Tu
Sabes-me a muito,
Só de te ver respirar.
E estás ali, incendiada,
Por mim, dizes.
Eu sei.
Desejo-te, desenfreado.
Tenho-te a pele aberta, inteira,
E não me chega.
Demoro-me, atraso-nos,
Sôfrego.
Dás-te tanto.
Mas sabes-me a menos,
Sempre.
Dentro de ti e não me sacio,
Ainda, nem depois.
Eu, é que sei.
Fazes-me doer de bom.
Mas dói.
Nesta vertigem contigo,
Sabes-me a coisas…
Que nem eu sei, sabes?
E tenho fome, ainda.
Não te tenho toda, depois,
Se te tenho já,
Nem agora.
Goza comigo, anda.
E depois?
Depois, tens-me.
Ainda te quero.
Não, não te vistas,
Que me afastas,
E por causa de depois.
Depois não te tenho
Tenho menos de ti, ainda,
Do quanto te queria ter
Antes de ser agora.
E mesmo depois disso,
Agora, mesmo agora


foto: anna-simonja

Jogo - Ponha aqui o seu parzinho...


Cool

Neste jogo, descoberto pela Gotinha, deves tentar escolher o par que está na posição adequada para quem aparece sobre a cama. Cada resposta certa são 100 pontos e errada -100.

Erotismos III

de que me falas
quando a doce seda das tuas coxas
perturba a minha mão agreste?

que me segredas
quando o teu ventre macio
acolhe a minha carícia ímpia?

porque não gritas
quando os meus dedos urgentes
encerram o teu seio em ânsias?

ah
mas quanta eloquência
na humidade ardente e muda do teu beijo!

Adoro publicidade (e leite...)


(tentativa da Gotinha)

08 dezembro 2005

Rendição



Tomou-o.
Simplesmente...
Tomou-o.
Deitou-o na cama
Prendeu-o nas pernas
Prendeu-o nos braços
Prendeu-o nos olhos
Prendeu-o na boca.
Sentou-se no corpo
Sentou-se no sexo
Mordeu-lhe as palavras
Fechou-lhe o olhar.
Agarrou-lhe as nádegas
Encerrou-o no corpo
Enterrou-o no corpo
Parou-o
Antes do prazer.
E prolongou o tempo
E atrasou o tempo
E foi ternura o momento
Em que rendida o tomou
Em que rendida se deu.

Foto:Eric Kellerman

Técnicas argumentativas

Ele há pessoas assim. Capazes de, com argumentos inteligentes e racionais, levar as pessoas a fazerem-lhes as vontades. A São Rosas é uma dessas pessoas.
Convenceu-me, com a sua capacidade dialogante, a ser colaboradora deste antro.


PS: Agora aturem-me!

Fotografia de Helmut Newton

A Maria ode a fodografia em jeito de boas vindas à LolaViola:
Estavas tu, bela Inês, posta em descanso,
De trela posta, rabo alçado em sala fria,
À espera do teu dono, em tão doce remanso,
Que nem deste pela Lola, nem pela fodografia!

Assim posta, sossegada, vais pensando:
"Que frisson, que delícia, que sensação -
Pudera eu virar-me, sem ser a mando,
E mostrar onde fica a minha FundaSão!"
O OrCa - quem diria - também a ode:
LolaViola sê benvinda
de viola ou violoncelo
entra à vontade que ainda
há espaço para metê-lo

... falo eu do teu empenho
da arte em trazer o belo
'inda que tal desempenho
não agrade sempre ao Nelo

fica então a confraria
da São tão mais confortada
já um contava outro odia
faltava a foto agrafada

perdoa lá o dislate
versalhante em pé-quebrado
contributo em tal quilate
deve ser melhor tratado

mas - olha - faço o que posso
no improviso sonolento
sê benvinda!... e largo o osso
para alguém com mais talento!
O Ferralho aproveitou a deixa:
ter na Lola acrescentada
de Viola bem afundada
a produção melhorada
desejando que a postante
nas letras, fodogramas e dislates
se vergue, afunde e prazerosa se amanhe
nos mesmos usados deleites
dos afundidos restantes

Conselho da Gotinha

Aproveitem o feriado e o bom tempo para fazer um churrasco!
(vídeo não aconselhável aos homens mais sensíveis!!!)

Lembram-se cada coisa...

A Virgin Mobile criou uma campanha... de força:

Super Buff!

Conheçam a Miss Superbuff e as meninas Flo e Jo.

As Causas Justas - OrCa

por ele
só passavam causas justas
era uma segunda pele
aquilo das causas justas

para onde se virasse
revirasse ou mordesse
lá estavam as causas justas

e tão justas eram elas
que tudo fazia nexo

colavam-se-lhe então à pele
e de tão justas que eram
a ele
até se lhe via o sexo.

OrCa


Este poema faz parte integrante do livro do Jorge Castro «Contra a Corrente», que recomendo. Instruções para encomenda aqui.

Ouro sobre azul


"Nesta foto, se estivesse o mar como fundo,
ficava ouro sobre azul!"
Matahary

07 dezembro 2005

CISTERNA da Gotinha

Esta menina é, de certeza, do Sporting

As meninas na festa da Piscina.

Tantas.. deve gastar um dinheirão em soutiens.

Puzzle da Playboy

Loja de artigos Japoneses: tanta coisa estranha...

Daniel Bauer: fotografia erótica.

Milla Jovovich na Maxim/Glamour.

Mulher grita de alegria

Às vezes fico sem saber a razão pela qual me enviam certas mensagens.
Como esta, por exemplo:
"Foto de Eduardo Muñoz/Reuters - Una mujer grita de alegría mientras trasporta una bolsa con judías procedentes del Programa contra el Hambre en el Mundo de las Naciones Unidas en Citi Soleil, Haiti"

Despida - por Anukis

- Porque estás triste? Não te dei já o sumo de laranja que querias? - diz-lhe ele, um pouco impaciente.
Ela fitou-o, desconhecendo-o. Quem era aquele? Porque estava nua à frente daquele estranho? Tinha-se despido de si mesmo. Tinha ficado sem alma, tudo por amor, tudo por ele. E agora? Agora, nada restava.
Apaixonara-se por ele loucamente. Estava possuída. A voz dele exercia total poder sobre ela. Ele dava o comando e nem era preciso fazer «enter»: ela já lhe obedecera.
Ele gostava dela assim. Com ela, foi apurando os jogos de sedução. Já não se contentava com o sexo tradicional. Ele era um eterno insatisfeito. Alugava filmes XXX e reproduzia depois com ela as cenas que o excitavam. No princípio, tinha sido fácil. Nunca lhe dizia que não. Mas agora, estava a resistir à sua última ideia, à última prova. Já não lhe bastava a escravidão, queria transformá-la num simples objecto, descaracterizado, desalmado...
Cheia de reservas mentais, acedeu finalmente. Dirigiram-se a um bar parecido com tantos outros bares, se não fosse a sala secreta. Entraram. Não era a noite do swing, mas sim uma homenagem a Baco. A luz era ténue e só se viam corpos em movimentos rítmicos desenfreados, ao som dos batuques próprios dum bacanal. Batida alienante. Ela despiu-se de si mesma. Saiu do seu corpo e ficou do lado de fora. Estava anestesiada. Não sentiu nada quando o seu corpo foi agarrado por mãos estranhas, lambido por línguas desconhecidas, penetrado por sexos e coisas. Ficou a ver insensível. Objecto com olhos fora de órbita.
Levou-a a casa. Despiu-a mesma na entrada. Possuiu-a contra a parede. Êxtase total. Superara a última prova. No fim, foi à cozinha. Perguntou-lhe se queria beber algo. Ela ouviu-se responder um sumo de laranja, laranja, anja, anjo... Estava longe, muito longe, desde que entrara naquela sala.
Quem era aquele? Porque estava nua à frente daquele estranho? Tinha-se despido de si mesmo. Tinha ficado sem alma, tudo por amor, tudo por ele. E agora? Agora, nada restava. Queria apenas esquecer. Nunca mais voltar a vê-lo...

Anukis