Vamos lá saindo
por esses campos fora
que a manhã vem vindo
dos lados da aurora.
Esta música tem várias interpretações e há quem diga "dos lábios da aurora" mas como não conheço a senhora não sei a que lábios se referem.
12 dezembro 2005
Chamada erótica
Uma executiva de topo de um instituto público, recém nomeada, faz a sua primeira viagem em trabalho fora de Lisboa.
À noite, sentiu-se sozinha e com uma sensação de liberdade que nunca tinha sentido antes.
Decidiu telefonar para uma «empresa de acompanhantes» que estava publicitada no quarto do hotel.
Localizou, sem dificuldade, uma que oferecia serviço masculino. Com o folheto nas mãos, molhadas de suor pela expectativa, discou o número indicado.
- Boa noite! - atendeu uma voz masculina marcadamente sensual.
- Boa noite. Eu preciso de uma massagem... Não, espera! Na realidade o que eu quero é sexo! Uma grande e duradoura sessão de sexo, mas tem de ser agora!... Estou a falar a sério! Quero que dure a noite inteira! Estou disposta a fazer de tudo, participar em todas as fantasias que vocês inventarem. Traz tudo o que tiveres de acessórios, algemas, chicotes, dildos, pomadas... quero ficar a noite inteira a fazer de tudo! Vamos começar por espalhar mel pelo corpo um do outro. Depois vamos lamber-nos mutuamente... ou tens alguma ideia mais quente? O que achas?...
- Bem, na verdade parece-me fantástico... mas... para chamadas externas a senhora precisa discar o zero primeiro...
(enviado por R. Andrez e traduzido do brasilês por São Rosas)
À noite, sentiu-se sozinha e com uma sensação de liberdade que nunca tinha sentido antes.
Decidiu telefonar para uma «empresa de acompanhantes» que estava publicitada no quarto do hotel.
Localizou, sem dificuldade, uma que oferecia serviço masculino. Com o folheto nas mãos, molhadas de suor pela expectativa, discou o número indicado.
- Boa noite! - atendeu uma voz masculina marcadamente sensual.
- Boa noite. Eu preciso de uma massagem... Não, espera! Na realidade o que eu quero é sexo! Uma grande e duradoura sessão de sexo, mas tem de ser agora!... Estou a falar a sério! Quero que dure a noite inteira! Estou disposta a fazer de tudo, participar em todas as fantasias que vocês inventarem. Traz tudo o que tiveres de acessórios, algemas, chicotes, dildos, pomadas... quero ficar a noite inteira a fazer de tudo! Vamos começar por espalhar mel pelo corpo um do outro. Depois vamos lamber-nos mutuamente... ou tens alguma ideia mais quente? O que achas?...
- Bem, na verdade parece-me fantástico... mas... para chamadas externas a senhora precisa discar o zero primeiro...
(enviado por R. Andrez e traduzido do brasilês por São Rosas)
Amor... didela* - diálogo de surdos-mudos entre Charlie e Corpos e Almas
A Corpos e Almas ofereceu-nos um pouco de espírito natalício:
O Charlie odeu-a:Obrigado Corpos e Almas
Como tu me entendes
A falta que sinto dum Natal à maneira.
Onde os flocos ardentes
de neve quente
Cobrem de calor
a alma da gente
Num corpo perdido
Em mulher bebedeira
A Corpos e Almas deu uma tampa natalícia:Ó Charlie
a falta que eu sinto
de um calor à maneira
mas perto de ti
só se acenderes a lareira
*reconheçam que está um título bem esgalhado
O Charlie odeu-a:
Como tu me entendes
A falta que sinto dum Natal à maneira.
Onde os flocos ardentes
de neve quente
Cobrem de calor
a alma da gente
Num corpo perdido
Em mulher bebedeira
A Corpos e Almas deu uma tampa natalícia:
a falta que eu sinto
de um calor à maneira
mas perto de ti
só se acenderes a lareira
*reconheçam que está um título bem esgalhado
"Postugal"
Para todos os que ainda acham que as mulheres portuguesas são velhas gordas e com bigode...
Lindas Tugas
Lindas Tugas
11 dezembro 2005
Fantasia desodorizante
Queres aderir ao LynxJet Mile High Club? As hospedeiras dão-te as boas vindas...
Poetas da nossa (en)terra - por Mano 69
Mal cazado
Tanto louco a lamentar-se
Por não ter Felicidade!
Da minha levem metade,
E verão que hão de fartar-se!
Se me visse livre d´ella,
Cantava cem ladainhas!
Não lhe dar o mal das vinhas,
Ou das batatas a mella!...
Farta da cabeça aos pés,
Era a dicta d´um nabbabo!
E mais bruta do que o diabo,
Chegava bem... para dez!
in ALMEIDA, A. Alves de (1902) Proza Rimada ou Rimas Populares: Brancas e vermelhas
Louzan: Typ. De J. Ribeiro dos Santos. Pág. 160
Elucidário:
Ladainha - oração
Mal da vinhas - míldio (fungo)
Mela das batatas - doença que impede de crescer.
Nababo - homem nobre e rico na Índia.
Mano 69
Tanto louco a lamentar-se
Por não ter Felicidade!
Da minha levem metade,
E verão que hão de fartar-se!
Se me visse livre d´ella,
Cantava cem ladainhas!
Não lhe dar o mal das vinhas,
Ou das batatas a mella!...
Farta da cabeça aos pés,
Era a dicta d´um nabbabo!
E mais bruta do que o diabo,
Chegava bem... para dez!
in ALMEIDA, A. Alves de (1902) Proza Rimada ou Rimas Populares: Brancas e vermelhas
Louzan: Typ. De J. Ribeiro dos Santos. Pág. 160
Elucidário:
Ladainha - oração
Mal da vinhas - míldio (fungo)
Mela das batatas - doença que impede de crescer.
Nababo - homem nobre e rico na Índia.
Mano 69
10 dezembro 2005
Amanhã é Domingo
Domingo.
Dia de Família.
Dia de ir às compras em centros comerciais.
Dia de sufocar no meio da multidão.
Dia de filas intermináveis para estacionar nos parques subterrâneos.
Dias de partilhar elevadores com mais de 30 pessoas mal encaradas.
Dias de ir ao cinema e aturar o cheiro das pipocas e os risos idiotas dos adolescentes.
Dias de desejar ser diferente…
Domingo. Dia absurdo…. Ou não.
Ainda há outros cenários.
Dia de Família.
Dia de ir às compras em centros comerciais.
Dia de sufocar no meio da multidão.
Dia de filas intermináveis para estacionar nos parques subterrâneos.
Dias de partilhar elevadores com mais de 30 pessoas mal encaradas.
Dias de ir ao cinema e aturar o cheiro das pipocas e os risos idiotas dos adolescentes.
Dias de desejar ser diferente…
Domingo. Dia absurdo…. Ou não.
Ainda há outros cenários.
Fotografia de David Mendelsohn
Megalítico
Não me esqueço deste verão, Sãozinha. Avancei para o megalítico Alentejo no intuito de refrescar entre os duches ao ar livre e os três palcos repletos de Oásis, Humanos, Da Weasel, Ben Harper ou Korn.
Foi fácil conseguir comunicar com um dos indígenas de longos cabelos pretos de azeviche, t-shirt enrolada em chapéu e as inevitáveis jeans, chegadinho directamente de Braga. Ainda se encontram umas sombras na planície de S. Teotónio sob as árvores que restam e ele colou-me bem a uma, para descer ao fresquinho da minha mini-saia rosa e se dedicar à pintura rupestre feita a dedos e tingidelas de língua. Ergui-lhe os cabelos até a minha boca debicar a dele e numa dança tribal de corpos encostados rodei para ele as nádegas enquanto esticava os braços em linha recta para me apoiar na casca da árvore. As suas mãos baixaram-me a cintura até 3 palmos do chão para permitir o acasalamento de cócoras à homo erectus visualizando as entradas e saídas do seu orgulho macho. Torci a cara para lhe absorver a língua e forçar meia volta que o sentasse para, de olhos nos olhos, lhe captar os esgares que os meus músculos sugadores lhe imprimiam cadenciadamente. Descaí a cabeça, a aninhá-la no seu ombro, para daí partir para a definição milimétrica, com a língua feita régua, da distância do seu pescoço até àquele ponto que faz a fronteira dos testículos para as nádegas e depois de devidamente preservado em saliva, recolhi o seu menir no interior de mim, joelhos no chão e seios saltitantes na frente do seu nariz, tal como as primeiras fêmeas sapiens na procura de aumentar os pontos de contacto da pele. Alguns minutos depois, com a noção de tempo que é possivel ter nessas alturas, ele tomou a posição dos portugueses ao chegarem ao Brasil e estendido sobre mim, no abraço das minhas pernas no seu dorso, foi navegando nos meus sons guturais, até a espuma das ondas indicar que arribáramos a bom porto.
Agora sabes, São, tenho é de arranjar uma maneira para não me voltar a esquecer das joelheiras sempre que resolver fazer trabalho de campo.
Foi fácil conseguir comunicar com um dos indígenas de longos cabelos pretos de azeviche, t-shirt enrolada em chapéu e as inevitáveis jeans, chegadinho directamente de Braga. Ainda se encontram umas sombras na planície de S. Teotónio sob as árvores que restam e ele colou-me bem a uma, para descer ao fresquinho da minha mini-saia rosa e se dedicar à pintura rupestre feita a dedos e tingidelas de língua. Ergui-lhe os cabelos até a minha boca debicar a dele e numa dança tribal de corpos encostados rodei para ele as nádegas enquanto esticava os braços em linha recta para me apoiar na casca da árvore. As suas mãos baixaram-me a cintura até 3 palmos do chão para permitir o acasalamento de cócoras à homo erectus visualizando as entradas e saídas do seu orgulho macho. Torci a cara para lhe absorver a língua e forçar meia volta que o sentasse para, de olhos nos olhos, lhe captar os esgares que os meus músculos sugadores lhe imprimiam cadenciadamente. Descaí a cabeça, a aninhá-la no seu ombro, para daí partir para a definição milimétrica, com a língua feita régua, da distância do seu pescoço até àquele ponto que faz a fronteira dos testículos para as nádegas e depois de devidamente preservado em saliva, recolhi o seu menir no interior de mim, joelhos no chão e seios saltitantes na frente do seu nariz, tal como as primeiras fêmeas sapiens na procura de aumentar os pontos de contacto da pele. Alguns minutos depois, com a noção de tempo que é possivel ter nessas alturas, ele tomou a posição dos portugueses ao chegarem ao Brasil e estendido sobre mim, no abraço das minhas pernas no seu dorso, foi navegando nos meus sons guturais, até a espuma das ondas indicar que arribáramos a bom porto.
Agora sabes, São, tenho é de arranjar uma maneira para não me voltar a esquecer das joelheiras sempre que resolver fazer trabalho de campo.
Idealista - por Anukis
Ele andava encantado com ela. Tinha-a descoberto numa pesquisa do google. Foi parar ao seu blog sem qualquer esperança de encontrar o que procurava. Melhor ainda, descobriu-a, ela, a eleita do seu coração.
Ele gostava de tudo o que ela gostava. Tinha uma sensibilidade e um sentido estético quase perfeitos. E as estórias que ela inventava? Eram feitas para ele! Deixou-lhe uns comentários aos quais ela respondia sempre. Mandou-lhe uns emails com poesias e imagens as quais ele sabia que ela iria gostar. Acrescentaram-se no messenger. Habituou-se à presença dela, quase sempre disponível.
Ela era ainda melhor do que imaginava e afinal vivia aqui tão pertinho. Quando se encontrariam para dar livre curso à paixão? Ela evitava o assunto. Ele insistia. Ela deixou de aparecer tanto e a ficar cada vez menos tempo. Porque seria? O que teria ele dito para ela se afastar? A sua musa estava a escapar-se no sonho virtual que se queria real.
Não insistiu. Desligou o pc. E finalmente deitou-se já muito tardiamente à beira daquela estranha que dormia na cama dele, que o tinha dado como adquirido e que já nem se importava de o perder naquelas janelas de chats e de msn desde que estivesse dentro de casa ainda...
Anukis
Ele gostava de tudo o que ela gostava. Tinha uma sensibilidade e um sentido estético quase perfeitos. E as estórias que ela inventava? Eram feitas para ele! Deixou-lhe uns comentários aos quais ela respondia sempre. Mandou-lhe uns emails com poesias e imagens as quais ele sabia que ela iria gostar. Acrescentaram-se no messenger. Habituou-se à presença dela, quase sempre disponível.
Ela era ainda melhor do que imaginava e afinal vivia aqui tão pertinho. Quando se encontrariam para dar livre curso à paixão? Ela evitava o assunto. Ele insistia. Ela deixou de aparecer tanto e a ficar cada vez menos tempo. Porque seria? O que teria ele dito para ela se afastar? A sua musa estava a escapar-se no sonho virtual que se queria real.
Não insistiu. Desligou o pc. E finalmente deitou-se já muito tardiamente à beira daquela estranha que dormia na cama dele, que o tinha dado como adquirido e que já nem se importava de o perder naquelas janelas de chats e de msn desde que estivesse dentro de casa ainda...
Anukis
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