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21 fevereiro 2006
20 fevereiro 2006
o poema do dia seguinte
abri a manhã devagarinho
já espantei os passageiros da noite
já sonhei tantas melodias surdas
e enchi-me de loucas cores absurdas
pintei cores e aromas
sonhados no branco do espelho
fui buscá-los a um poema passado
desenhado a ouro e a vermelho
amanhã visto-me de beijos vagabundos
e saio à rua
celebrando mais um dia.
LolaViola
O Dom OrCa pede autorização à LolaViola para uma interferência: "digo daqui o que o poema dela me sugeriu, imaginando alguém ainda encostado, discretamente, à parede fronteiriça daquela casa, ao dealbar do dia...
o poema da noite anterior
nem a noite me soltava
nem a manhã me trazia outro sabor
além de ti
apenas a luz difusa desse quarto a desvanecer-se
na bruma matinal dos meus sentidos
sei-me verso perdido de um teu poema
e espero do dia que desperta
que a noite caia depressa
onde me enleie
vagabundo
no acaso dos teus braços".
Ao Charlie também lhe apeteceu oder:
"Ser vagabundo dos sentidos
Em noites de fins sem sentido
chega à janela uma luz difusa
Do sol que chega
em corpo de vazio perdido
Saio sim, abraço o sol
Que só amo durante o café bebido
A noite é curta e só amo a luz
que encontro nos olhos fechados
dos teus lábios fugidos"
A LolaViola acha que "somos todos vagabundos... ilhas encantadas". E o Alcaide ode-a com um soneto:
"Vagabundo dos sentidos pela rua
com saudade pára frente à janela
que o sabia feliz por vê-la a ela
e vê-la assim serena, toda nua.
E sabia uma vida... noite sua...
que desse amor ali... visão singela
vinha o calor do sonho... ser tão bela
como do corpo a distância, assim crua!
E os sentidos vagabundos voaram,
Esse o mal dos sentidos escondidos,
Quando a janela fechou... e sonharam
Que noutro dia ali, olhos perdidos
Trariam a visão do amor que ansiaram
Uma noite, amor, um corpo. Consentidos!"
já espantei os passageiros da noite
já sonhei tantas melodias surdas
e enchi-me de loucas cores absurdas
pintei cores e aromas
sonhados no branco do espelho
fui buscá-los a um poema passado
desenhado a ouro e a vermelho
amanhã visto-me de beijos vagabundos
e saio à rua
celebrando mais um dia.
LolaViola
O Dom OrCa pede autorização à LolaViola para uma interferência: "digo daqui o que o poema dela me sugeriu, imaginando alguém ainda encostado, discretamente, à parede fronteiriça daquela casa, ao dealbar do dia...
o poema da noite anterior
nem a noite me soltava
nem a manhã me trazia outro sabor
além de ti
apenas a luz difusa desse quarto a desvanecer-se
na bruma matinal dos meus sentidos
sei-me verso perdido de um teu poema
e espero do dia que desperta
que a noite caia depressa
onde me enleie
vagabundo
no acaso dos teus braços".
Ao Charlie também lhe apeteceu oder:
"Ser vagabundo dos sentidos
Em noites de fins sem sentido
chega à janela uma luz difusa
Do sol que chega
em corpo de vazio perdido
Saio sim, abraço o sol
Que só amo durante o café bebido
A noite é curta e só amo a luz
que encontro nos olhos fechados
dos teus lábios fugidos"
A LolaViola acha que "somos todos vagabundos... ilhas encantadas". E o Alcaide ode-a com um soneto:
"Vagabundo dos sentidos pela rua
com saudade pára frente à janela
que o sabia feliz por vê-la a ela
e vê-la assim serena, toda nua.
E sabia uma vida... noite sua...
que desse amor ali... visão singela
vinha o calor do sonho... ser tão bela
como do corpo a distância, assim crua!
E os sentidos vagabundos voaram,
Esse o mal dos sentidos escondidos,
Quando a janela fechou... e sonharam
Que noutro dia ali, olhos perdidos
Trariam a visão do amor que ansiaram
Uma noite, amor, um corpo. Consentidos!"
Notas soltas de 5 euros.
Não vos tomo mais de 5 minutos do vosso tempo.
. Contribuições singelas para uma possível futura guerra santa de representações gráficas e blasfemas do divino. Mais achas para a fogueira. Ecstasies.
. Não percebo bem o que se passa aqui, mas gosto da forma como se passa.
. Sugestões para uma verdadeira revitalização das indústrias do sector Vidraceiro Nacional. Re-pensar a Retoma Económica.
. Contribuições singelas para uma possível futura guerra santa de representações gráficas e blasfemas do divino. Mais achas para a fogueira. Ecstasies.
. Não percebo bem o que se passa aqui, mas gosto da forma como se passa.
. Sugestões para uma verdadeira revitalização das indústrias do sector Vidraceiro Nacional. Re-pensar a Retoma Económica.
Miolo e côdea - Take II
Há uns anos atrás passei pelo IRC e foi nesse chat que o conheci, tanto quanto as palavras o permitem. Estranhamente, sabia escrever sem erros ortográficos e passámos a encontrar-nos na mesa do costume, a aviar como pão para a boca o desejo de companhia e de carinho que lhe fervilhava nas teclas ao ponto de rapidamente relatar que dezasseis anos de uma relação não tinham sido bastante para a parceira alguma vez entender a oralidade do sexo como mais do que um fugaz preliminar, sem nunca ter engolido a sua espuma, aquela que deve orgulhar todo o que a possui.
Qualquer conversa sobre essa questão era imediatamente descartada como coisa de somenos e esta era uma memória inconfessável junto dos amigos, cara a cara, não o fossem julgar menos padeiro por isso e eu sempre dava o conforto de cestinho com paninho para se deixarem as côdeas.
Na contínua partilha de tantas migalhas avançou para relatar o bolor da vigilância sobre as contas conjuntas que outra não lhe era permitida e em qualquer telefonema recebido, das constantes homilias nas raras frases que trocavam e quando havia visitas, sobre o seu falhanço profissional que depois de despedido por remodelação da empresa apenas se agarrara ao que encontrara sem ambição nenhuma, de ter sido encafuado num beliche do quarto do filho para a dona da casa paga em prestações iguais pelos dois usufruir da cama de casal e o convidar a sair aos fins-de-semana com o rebento adolescente se não queria que suspiros verdadeiramente lascivos lhe incomodassem os ouvidos.
Sãozinha,nem o pai natal nem o totoloto, dariam aquele homem a chave para rodar na porta da sua vida e como nunca, senti que não tinha mãos para amassar aquela farinha.
Qualquer conversa sobre essa questão era imediatamente descartada como coisa de somenos e esta era uma memória inconfessável junto dos amigos, cara a cara, não o fossem julgar menos padeiro por isso e eu sempre dava o conforto de cestinho com paninho para se deixarem as côdeas.
Na contínua partilha de tantas migalhas avançou para relatar o bolor da vigilância sobre as contas conjuntas que outra não lhe era permitida e em qualquer telefonema recebido, das constantes homilias nas raras frases que trocavam e quando havia visitas, sobre o seu falhanço profissional que depois de despedido por remodelação da empresa apenas se agarrara ao que encontrara sem ambição nenhuma, de ter sido encafuado num beliche do quarto do filho para a dona da casa paga em prestações iguais pelos dois usufruir da cama de casal e o convidar a sair aos fins-de-semana com o rebento adolescente se não queria que suspiros verdadeiramente lascivos lhe incomodassem os ouvidos.
Sãozinha,nem o pai natal nem o totoloto, dariam aquele homem a chave para rodar na porta da sua vida e como nunca, senti que não tinha mãos para amassar aquela farinha.
Quem quer levar tautau no bumbum?
A malta que organiza a Gathering Party avisa que a 9ª edição é já no próximo dia 13 de Maio (se esta data foi marcada por acaso... é milagre).
Será na Rua Voz (ou Gritos?) do Operário, poucas portas antes do nº 69, do outro lado da rua.
Se alguém quiser ir lá e contar, prometo que darei uma chicotada psicológica.
19 fevereiro 2006
Da espera
Meu querido
Quero que venhas depressa e chegues cansado de subir escadas, porque a pressa é tanta que o elevador é lento e não suportas esperas e corres e sobes e abres a porta e vens até mim, e eu dormindo sem saber que vinhas, sem ver a roupa que despes e deixas no chão, sem ver o teu corpo nu escorrendo pressa, sem ver os teus olhos que me procuram no escuro, sem ver a tua boca quando me murmuras nem as tuas mãos quando me destapam de lençóis e sono e sonhos que não tu, e como uma sombra mais escura que a noite como um contorno de um corpo que sei deitaste no meu e eu tão indefesa e eu tão surpresa de te ver ali, e só ouço de ti aquilo que respiras e o que a tua língua diz dentro do meu ouvido tão dentro a tua língua que me dá palavras que me molha o rosto quando as respiras, e as tuas mãos… ai as tuas mãos… que me apertam os ombros que me marcam o corpo e eu tão indefesa o rosto molhado com as tuas palavras e o que respiras, e as tuas pernas húmidas de escadas húmidas de pressa e urgência de mim que afastam as minhas procurando espaço, e a tua mão que me larga o ombro e te agarra o sexo e procura o meu, e eu…
Meu querido, ai como eu te espero.
Foto: José Gama
Dois homens - por Vilani Vilá
(crica aqui para ampliares)
Explica-nos a autora: "Desta vez são dois homens, pois estou numa de homossexualidade («Brokeback Mountain» é sem duvida um filme inspirador)".
A Vilani Vilá faz trabalhos por encomenda. Tens os detalhes aqui.
Fornicação
É o pecado, que comprometem duas pessoas de diferente sexo, não estando ligadas nem por parentesco, nem por voto, nem por Matrimónio: Copula carnalis soluti cum soluta. Quando este pecado se compromete com uma pessoa virgem, chama-se Estupro, e é mais grave por estas razões. 1.ª Rouba-se a uma donzela a sua virgindade, e o seu pejo (pudor), ou aquela vergonha do pecado, que se lhe faz perder. 2.ª Porque se lhe tira a sua honra, e se lhe faz um prejuízo à sua reputação, e á dos seus parentes, o que se lhe não pode restituir senão casando com ela. (…)A fornicação em geral é pecado gravíssimo. A Escritura declara, que ela priva do Reino dos Céus aqueles, que o cometem (…) O Direito Canónico põe este pecado no número dos crimes (…).
DICIONARIO TEOLOGICO / Trad. Prospero ab Aquila e José do Espirito Santo Monte. Lisboa: Na Regia Offic. Typografica, 1795. - 2 vol ; p. 141-142
O Animal dos Marretas admira-se: "mas... acabei de receber o registo criminal e lá não consta nada! É o que dá não haver cruzamento de dados entre o estado laico e o reyno dos céus. Tá mal". Então não sabes as diferenças, Animal? No reyno dos céus fornica o demo, enquanto no estado laico fodem-se os contribuintes!
DICIONARIO TEOLOGICO / Trad. Prospero ab Aquila e José do Espirito Santo Monte. Lisboa: Na Regia Offic. Typografica, 1795. - 2 vol ; p. 141-142
O Animal dos Marretas admira-se: "mas... acabei de receber o registo criminal e lá não consta nada! É o que dá não haver cruzamento de dados entre o estado laico e o reyno dos céus. Tá mal". Então não sabes as diferenças, Animal? No reyno dos céus fornica o demo, enquanto no estado laico fodem-se os contribuintes!
Constrói um video promocional à tua maneira
A Old Spice promove um seu produto com um video, permitindo que faças tu uma montagem personalizada do mesmo. Depois de arrastares as sequências de filme, os excertos de música e as batidas para as respectivas linhas em baixo, basta fazeres «preview» para apreciares o resultado:
«If she's hot, its sexy.
If you're hot... you stink»
Eça é que é Eça...
«If she's hot, its sexy.
If you're hot... you stink»
Eça é que é Eça...
CISTERNA da Gotinha
Dolgova Elena - erotismo.
A Mecânica do mês.
Klingel - Lubrificante íntimo e Wonderbra numa publicidade só para inteligentes.(sugestões da MataHary)
Meus amigos, enfiar um lápis no pénis para prolongar a erecção não é, repito, NÃO É, uma boa ideia!
Karima Adebibe é a nova Lara Croft.
Jogo: Goalpoker Penalty Strip
A Mecânica do mês.
Klingel - Lubrificante íntimo e Wonderbra numa publicidade só para inteligentes.(sugestões da MataHary)
Meus amigos, enfiar um lápis no pénis para prolongar a erecção não é, repito, NÃO É, uma boa ideia!
Karima Adebibe é a nova Lara Croft.
Jogo: Goalpoker Penalty Strip
Ode o Dom OrCa ao lubrificante...
para untar partes boas que eu penetro
pois assim mesmo em arame eu faço ninho
e em postura de oração eu vade retro..."
e ao rapaz do lápis enfiado na pila:
um mancebo introduziu adentro pénis
- oh ingénua parvoeira de criança -
a dureza firme e hirta de um lápis...
pénis-lápis, lápis-pénis, má-cagança
p'ra fazer assim o amor durar feliz
acabou no hospital a contradança
num desenho feito a pénis que não quis!"
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