07 março 2006

Querida aFundaSão:


Tenho para mim de que os consultórios sentimentais, dos quais o da Maria é o ex-libris nacional, sempre sofreram de alguma incompreensão pela maioria da populaça, auto-eleita mais inteligente que os outros. Na verdade venho aqui inaltecer os efeitos terapêuticos, ao nível da higiene psicológica, destes espaços de aconselhamento. Arrepio-me só de pensar se muitas das dúvidas colocadas pelos leitores ficassem por responder "ad-eternum" nas suas cabecinhas. Que cambada de traumatizados teriamos aí a emergir na nossa sociedade?
Valia a pena pensarmos sobre isto.

Sopa de letras da funda São



Uma prenda da Jacky para os membros e membranas da funda São.
E eu que adoro prendas... hmmm...

Para quem quiser imprimir, tem aqui a versão em pdf .

Está frio? Afunda-te no quentinho...


(sugestão da Gotinha)

Não penses que é fácil esquiar
Por onde vêem teus olhos
Tens que forçosamente travar
Na zona do entrefolhos
Ou então vais parar
Na zona da pintelheira
E quando notares vais estar
Atascado até à cremalheira
Mano 69

06 março 2006

Aparentemente só faz mal ao joelho...

Era só para dizer...

... que detesto quando as outras pessoas chegam primeiro que eu às ideias fixes.
Prontos, era só para partilhar isto convosco. As coisas com muito mais interesse seguem dentro de momentos, acima deste post.

Estou com uma vontade enorme...


fotógrafo - Dean Bertys

... de abrir aqui uma rubrica sobre os diálogos por mail ou msn entre a Mad e o Nikonman.
Hoje foi assim:

A Mad escreve:

Amor,
apetece-me sentir a tua respiração e os teus lábios no meu pescoço.
Amo-te

Nikonman responde:

Vou apanhar o helicóptero das 5 para te dar uns bafos no pescoço!!!!
Desculpa o romantismo de cariz aeronáutico! :-)
Também te amo.

Digam lá se uma pessoa pode resistir ao romantismo do termo "bafos no pescoço"?

Cria a tua própria banda desenhada...

Escolhe uma das muitas imagens disponíveis em Comic Strip Generator, coloca-lhe os teus textos e apresenta-a aqui nos comentários.
A Gotinha dá algumas sugestões de imagens (esta, outra e mais outra) e fez esta:
Eu fiz esta, na variante Famous Faces:

A Matahary usou o Custom Sign Generator e criou esta. E até dá uma sugestão: escreve a tua própria mensagem urinando à homem (controla o jacto com o rato).
A Espectacológica aproveita para salivar:

O Gabriel deu umas bicadas.
Ela à janela usou uma imagem religiosa para dar também uma bicada.
A LolaViola apanhou o diálogo entre dois anjinhos papudos:

O Mano 69 faz um convite a toda a malta.

Vade retro...


Keep Your Jesus Off My Penis

A Maria também nos dá música...

05 março 2006

Fantasia AXE


WebPark

os malefícios do spam


Quando recebeu o centésimo quinquagésimo sétimo email propondo-lhe um infalível método de alongamento do pénis, não resistiu e respondeu a todos. Apesar de um recente estudo da União Europeia lhe garantir que o tamanho do seu membro até ultrapassava ligeiramente a média ocidental, gastou uma pequena fortuna encomendando cremes, pílulas e uma parafernália de aparelhos mecânicos acompanhados dos respectivos manuais com exercícios de tracção.
Três semanas mais tarde já conseguia tocar a cabeça rósea com a língua, mas só durante alguns segundos. Um mês e meio depois passava os tempos livres dobrado no sofá, completamente viciado na dificílima arte do auto-fellatio. Quatro meses volvidos, o comprimento suplantava em cerca de vinte e três centímetros o inicial e conseguia penetrar-se no ânus com facilidade. Nessa altura já não saía de casa. Despedira-se da empresa de informática, deixara de conviver com os amigos e abandonara definitivamente toda e qualquer vida social. Passava os dias numa solidão profunda a brincar com a pila.
E foi assim que se fodeu.

E ela só voz



Na cama ele era cama dela deitada sobre as costas dele a boca colada no ouvido dele e ela era corpo e voz e calor, e ele tão coberto os braços abertos, preso sob os braços dela e ela escorrendo palavras e gestos e o que lhe faria, enrolando-o na língua antes de o enrolar na língua e descer no corpo e deixar arrepios e pele molhada e ele tão nu sentindo palavras e sexo duro na cama, ele que era cama e ela boca no ouvido e ele sonhando a boca no sexo que ela dizia e tomava nas palavras e enrolava na língua e ele, ninguém me toca como tu, e ela sem tocar, as mãos prendendo-o e ele sentindo a boca dela e o sexo duro e a cama quente e o sexo quente roçando na cama e as palavras no corpo e a pressão do orgasmo e ela orgasmo na voz.

Foto: Mariana Castro

fazer amor contigo

foto de Tommy L. Edwards


quero fazer amor contigo
olhar nos teus olhos
quando entrares dentro de mim
mergulhar na tua boca
ao sentir os teus movimentos suaves
misturar as nossas línguas
num ritmo crescendo de volúpia
gemer no teu ouvido
ao apertares os meus seios nas tuas mãos
contorcer o meu corpo
ao sentir a tua língua percorrer a minha pele
sentir o espasmo de prazer
que toma conta de nós
ficar a repousar
num abraço de corpos suados
de bocas secas, de olhos a brilhar

Imunidade


Ai São, estou fartinha de receber no telefone fixo aquelas chamadas para venderem qualquer coisa ao nome que a lista telefónica ostenta e que numa voz monocórdica, de quem está a ler a lição, nos despeja a treta de quererem fazer umas perguntinhas, de quererem ajudar a ter oportunidades únicas e mais um conjunto de tangas que mais valia colarem-me na testa o rótulo «parva sem espinhas».

Depois há os outdoors, em plena rua está bem de ver, em que um iogurte nos desafia a mostrar o umbigo mesmo no inverno, um outro que em voz colocada e macia na rádio garante que sacia mais e como não podia deixar de ser, a caixinha que mudou o mundo, para publicitar pacotes de chamadas, repete até à exaustão os anúncios de que estava toda a tarde naquilo, ou de manhã é que é bom, para já não falar da crueldade do azeite que garante que quem boa cama faz, nela assa.

Não me admira assim que tanta gente desligue os aparelhos noticiosos que possui dentro de portas ou se refugie na comunicação do MSN, onde garantidamente ninguém corre o risco de ficar surdo.

Mas preocupa-me que todas estas imagens e sons publicitários que invadem o nosso quotidiano nos tornem impotentes, ou melhor dizendo, Sãozinha, que as nossas orelhas acabem por ficar geneticamente imunes aos apelos eróticos.