Sabes São, eu já estava naquela fase em que não apetece fazer ponta de corno de depilação nenhuma, em que o cabelo pode estar espetado ou escorrido que é igual ao petróleo, em que as roupas são todas fardas pesadas e custosas de vestir, em que até o duche matinal se assemelha a uma mangueirada de água fria nos balneários de uma prisão ou numa praxe académica.
Nem sei como consegui distinguir o sorriso dele no meio da multidão da plataforma. Tinham passado anos que as cãs dele não escondiam mas os quinze minutos da viagem dissolveram-se na troca de relatos das profissões actuais, dos tempos de lazer, dos amores e desamores que consumimos no intervalo desde o último dia que nos vimos até aquele dia.
A conjuntura de ambos nos sabermos solitários nas voltas da vida, tornou imperiosa a troca dos números dos telemóveis que no fim de semana seguinte nos juntou numa cervejaria da memória, nos vodkas das ruas calcetadas e numa cama moderna de edredão com almofadas a condizer, onde movimentos lentos despiram cada peça de roupa, sorvendo em beijo cada pedaço de pele aparecida como se fosse um oásis. E na nudez total difundida pelo halogéneo fui a pele estendida que lhe comprimiu o cóccix para lhe acoplar o módulo no mais fundo de mim e me tornei águia para segurar o torso da presa, espetando as nádegas sobre as suas coxas e deslizando uma mão titilante pela linha do escroto até à linha aduaneira do rabo, na cumplicidade retardante do momento em que os olhos rodopiam como um divertimento de feira.
Findo o primeiro round ele desfiou os meus cabelos e os pormenores da construção do novo personagem em que trabalhava e apenas lhe pedi que continuasse a falar e não parasse, saboreando as suas palavras que mais do que o seu corpo me levavam ao orgasmo. O seu corpo podia seguir em telepatia.
08 março 2006
As tuas mãos em mim - pela Miúda do Gás
Das tuas mãos em mim
conservo
o estremecer ao toque
o calor do contacto
o transbordar da ternura
e a ânsia inquieta do descobrir...
Um corpo é como um mapa,
disseram-me um dia.
Um mapa de rotas não traçadas
de percursos sempre inacabados
repleto de transcendentes encantos
ao dobrar de cada curva
ao contornar cada montanha
ao perscrutar cada gruta...
Gosto de mãos sabedoras
Ficou-me na memória
o desejo feito água na boca
colhido pelas tuas mãos mágicas...
Fevereiro / 2006
Miúda do Gás
conservo
o estremecer ao toque
o calor do contacto
o transbordar da ternura
e a ânsia inquieta do descobrir...
Um corpo é como um mapa,
disseram-me um dia.
Um mapa de rotas não traçadas
de percursos sempre inacabados
repleto de transcendentes encantos
ao dobrar de cada curva
ao contornar cada montanha
ao perscrutar cada gruta...
Gosto de mãos sabedoras
Ficou-me na memória
o desejo feito água na boca
colhido pelas tuas mãos mágicas...
Fevereiro / 2006
Miúda do Gás
07 março 2006
Querida aFundaSão:
Tenho para mim de que os consultórios sentimentais, dos quais o da Maria é o ex-libris nacional, sempre sofreram de alguma incompreensão pela maioria da populaça, auto-eleita mais inteligente que os outros. Na verdade venho aqui inaltecer os efeitos terapêuticos, ao nível da higiene psicológica, destes espaços de aconselhamento. Arrepio-me só de pensar se muitas das dúvidas colocadas pelos leitores ficassem por responder "ad-eternum" nas suas cabecinhas. Que cambada de traumatizados teriamos aí a emergir na nossa sociedade? Valia a pena pensarmos sobre isto. |
Sopa de letras da funda São
Uma prenda da Jacky para os membros e membranas da funda São.
E eu que adoro prendas... hmmm...
Para quem quiser imprimir, tem aqui a versão em pdf .
Está frio? Afunda-te no quentinho...
06 março 2006
Era só para dizer...
... que detesto quando as outras pessoas chegam primeiro que eu às ideias fixes.
Prontos, era só para partilhar isto convosco. As coisas com muito mais interesse seguem dentro de momentos, acima deste post.
Prontos, era só para partilhar isto convosco. As coisas com muito mais interesse seguem dentro de momentos, acima deste post.
Estou com uma vontade enorme...
fotógrafo - Dean Bertys
... de abrir aqui uma rubrica sobre os diálogos por mail ou msn entre a Mad e o Nikonman.
Hoje foi assim:
A Mad escreve:
Amor,
apetece-me sentir a tua respiração e os teus lábios no meu pescoço.
Amo-te
Nikonman responde:
Vou apanhar o helicóptero das 5 para te dar uns bafos no pescoço!!!!
Desculpa o romantismo de cariz aeronáutico! :-)
Também te amo.
Digam lá se uma pessoa pode resistir ao romantismo do termo "bafos no pescoço"?
Cria a tua própria banda desenhada...
Escolhe uma das muitas imagens disponíveis em Comic Strip Generator, coloca-lhe os teus textos e apresenta-a aqui nos comentários.
A Gotinha dá algumas sugestões de imagens (esta, outra e mais outra) e fez esta: Eu fiz esta, na variante Famous Faces:
A Matahary usou o Custom Sign Generator e criou esta. E até dá uma sugestão: escreve a tua própria mensagem urinando à homem (controla o jacto com o rato).
A Espectacológica aproveita para salivar:
O Gabriel deu umas bicadas.
Ela à janela usou uma imagem religiosa para dar também uma bicada.
A LolaViola apanhou o diálogo entre dois anjinhos papudos:
O Mano 69 faz um convite a toda a malta.
A Gotinha dá algumas sugestões de imagens (esta, outra e mais outra) e fez esta:
A Matahary usou o Custom Sign Generator e criou esta. E até dá uma sugestão: escreve a tua própria mensagem urinando à homem (controla o jacto com o rato).
A Espectacológica aproveita para salivar:
O Gabriel deu umas bicadas.
Ela à janela usou uma imagem religiosa para dar também uma bicada.
A LolaViola apanhou o diálogo entre dois anjinhos papudos:
O Mano 69 faz um convite a toda a malta.
05 março 2006
os malefícios do spam
Quando recebeu o centésimo quinquagésimo sétimo email propondo-lhe um infalível método de alongamento do pénis, não resistiu e respondeu a todos. Apesar de um recente estudo da União Europeia lhe garantir que o tamanho do seu membro até ultrapassava ligeiramente a média ocidental, gastou uma pequena fortuna encomendando cremes, pílulas e uma parafernália de aparelhos mecânicos acompanhados dos respectivos manuais com exercícios de tracção.
Três semanas mais tarde já conseguia tocar a cabeça rósea com a língua, mas só durante alguns segundos. Um mês e meio depois passava os tempos livres dobrado no sofá, completamente viciado na dificílima arte do auto-fellatio. Quatro meses volvidos, o comprimento suplantava em cerca de vinte e três centímetros o inicial e conseguia penetrar-se no ânus com facilidade. Nessa altura já não saía de casa. Despedira-se da empresa de informática, deixara de conviver com os amigos e abandonara definitivamente toda e qualquer vida social. Passava os dias numa solidão profunda a brincar com a pila.
E foi assim que se fodeu.
Subscrever:
Mensagens (Atom)