A semana foi tão cansativa...
Foto de Filip Naudts
17 março 2006
16 março 2006
Apetites
Chukcha
Até o OrCa ode como um vegetariano:
é suposto boca do corpo chamar-se
a essas partes entre as pernas logo abaixo
têm só lábios - dentes é raro achar-se
a não ser que os perca por lá algum macho
é de fomes feita e é comida essa boca
de mil formas que descrever nem me atrevo
e qual trevo se em três folhas se retoca
faz-se a toca que me toca se a descrevo
estranhar então porquê que a boca tal
abocanhe então tal sandes com verdura?
pois por tanto ser comida afinal
é natural que também coma a criatura!
Há momentos em que temos de falar a sério...
... e demonstrar a nossa solidariedade.
Ora tomem*!
O Senhor Sepultura pede-nos para divulgamos o seguinte apelo:
"Três pobres raparigas, irmãs, que nasceram sem bracinhos.
Apelamos à tua boa vontade para que contribuas para esta causa.
Vê foto. Divulga esta mensagem por todos os teus amigos, para que também eles contribuam".
*lá atenção
Ora tomem*!
O Senhor Sepultura pede-nos para divulgamos o seguinte apelo:
"Três pobres raparigas, irmãs, que nasceram sem bracinhos.
Apelamos à tua boa vontade para que contribuas para esta causa.
Vê foto. Divulga esta mensagem por todos os teus amigos, para que também eles contribuam".
*lá atenção
Porque os beijos também são eróticos... - por Domina
(crica na imagem para a aumentar)
Domina - blog EroticSunshine69
O Charlie ilustra por palavras:
E dos cabelos em torrentes descendentes
Caem os olhares.
Gota a gota,
mordiscando os lábios.
Na antevisão do gozo de um beijo
a_miúda_do_gás ilustra assim:
Beijos canibais
mordidos
lambidos
sugados
devorados
doces
quentes
ardentes
Delicia-me o teu beijo salgado
se nele me reencontro...
É o paladar do nosso desejo
É o lacre de duas vontades...
15 março 2006
Noites de Lua Cheia
Anjos nesta noite
Esta noite antes de fechares os olhos, abre a janela.
desenlaça o lençol branco que tem a fragrância do teu desejo
despe-te das roupas que usas nos dias de todos os dias
deita-te nu na virgindade da tua oferta
espera por mim como se esta fosse a tua primeira noite de amor
espera por ti como se esta fosse a minha primeira noite de amor.
eu serei a tua fantasia magicamente perfeita
usarei os dedos macios e os meus seios cor de rosa
usarei a seda da minha pele para te seduzir
usarei a nudez da minha alma para te encontrar
o meu sorriso entrará no teu sonho
o meu corpo será o teu deleite
beberei o teu suor tão doce
depois do teu gemido final
saberás assim, do meu sabor por descobrir
e seremos anjos, tu e eu, esta noite.
in Levemente Erótico
Esta noite antes de fechares os olhos, abre a janela.
desenlaça o lençol branco que tem a fragrância do teu desejo
despe-te das roupas que usas nos dias de todos os dias
deita-te nu na virgindade da tua oferta
espera por mim como se esta fosse a tua primeira noite de amor
espera por ti como se esta fosse a minha primeira noite de amor.
eu serei a tua fantasia magicamente perfeita
usarei os dedos macios e os meus seios cor de rosa
usarei a seda da minha pele para te seduzir
usarei a nudez da minha alma para te encontrar
o meu sorriso entrará no teu sonho
o meu corpo será o teu deleite
beberei o teu suor tão doce
depois do teu gemido final
saberás assim, do meu sabor por descobrir
e seremos anjos, tu e eu, esta noite.
in Levemente Erótico
Fotografia de Pedro Guimarães
CISTERNA da Gotinha
Arte de Karin Frank. |
A fé move a informática
Quem quer saber o que vai ser o futuro das tecnologias peregrina necessaria e anualmente à CeBIT, na Alemanha.
É o que fazem o Engenheiro Que Não Paga as Quotas da Ordem e a sua equipa.
Desta vez, trouxeram-me a novidade do milénio. E eu, como sou altruísta - forma eufemística de dizer que sou uma língua (e lábios) de trapos - morria se não vos contasse:A informática também é uma questão de fé.
Aja Kona!
É o que fazem o Engenheiro Que Não Paga as Quotas da Ordem e a sua equipa.
Desta vez, trouxeram-me a novidade do milénio. E eu, como sou altruísta - forma eufemística de dizer que sou uma língua (e lábios) de trapos - morria se não vos contasse:
Aja Kona!
Perdão Divino
Fotografia de Emil Schildt
Perdão Divino
by Margarida Beijaflor
O ranger da chave na enorme fechadura produzia um eco que ressoava do interior daquele imenso espaço projectando-se pelo silêncio do largo fronteiro à igreja. Um silêncio claro, como o alvor que anunciava a chegada em breve do rei dos dias. Acto contínuo, todo o som que estava agora vivo dentro da nave somava-se em ecos sucessivos aos sons das dobradiças da pesada porta, gemendo intemporalidades que se desdobravam em repetições secas nas paredes das casas que assistiam mudas nos seus sonos.
Dona Genoveva entrou com todo o respeito, benzeu-se e fechou a porta.
À medida que a Primavera avança, a luz entra mais cedo pelos vitrais até ao ponto glorioso do pino do Verão em que todo o espaço se entrega ao prenúncio colorido das glórias celestes desde as horas mais temperãs.
Sentiu um arrepio breve, misto do êxtase religioso e do frio que emana das enormes naves, feitas para fazer sentir a pequenez do ser humano perante a grandeza do transcendente. Olhou para o altar e zelosamente limpou os pequenos vestígios de hóstia, deu uma vassourada no chão e acendeu as velas para missa das seis que daí a pouco começaria.
Depois, ajoelhou aos pés do pequeno altar lateral erguido ao santo padroeiro da sua devoção. Pedia pela filha. Perdida nas voltas da vida, dedicara-se à prostituição...
É certo que jamais se esquecera da mãe, viúva bastante cedo, e o dinheiro que mandava regularmente ajudava bastante. Pedia ao Santo que intercedesse junto a Nossa Senhora para que perdoasse a filha dos pecados, e que nunca a deixasse cair em aflições. Agradecia aos céus a bênção do dinheiro que ela enviava e com o espírito imbuído do mais genuíno impulso de caridade punha uma moeda na caixa da esmola dia sim, dia não.
Na rua já se ouviam os passos das fiéis que nunca perdiam a primeira hora do dia para o louvor do Senhor. Teria de ir abrir a porta. Na ala lateral ao altar soavam os ruídos do prior, mexendo em gavetas, fechando armários e ajeitando as vestimentas e outros preparos para a celebração. Genoveva levantou os joelhos doridos e na sua elegância seca, dos quarenta e muitos anos, dirigiu-se com um sorriso nos lábios para a sacristia.
Tinha a certeza que Deus perdoava a sua filha, já que as fodas que Genoveva dava com o padre, eram a própria essência do amor a Deus, personificado nos actos sublimes com que o seu representante terreno a distinguira.
Ali mesmo sob a bênção da casa do Senhor Todo-poderoso. - Amar a Deus sobre todas as coisas... - Repetia ela baixinho enquanto os olhos se reviravam na entrega... - E perdoai os nossos pecados e ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido... - E entre os ais e os sufocos dos orgasmos sentia a mão de Deus plena de poder a abençoá-las.
Mãe e filha! Libertas de todo o pecado, pela glorificação conseguida através do sacrifício do seu corpo em louvor à Sua grandeza...
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