27 abril 2006

És tu a Jogar!

Ifun

As filosofodas do ZB

Sempre que o ZB dá uma filosofoda, a malta adora. Defode ele, a propósito de amor e fodas bem dadas:
"Às vezes o homens também fazem amor! Não é só foder, foder, foder, tá?
O que eu quero dizer é que qualquer mulher deve e tem o direito a saber o que é uma foda a sério e bem dada, pois também gostam disso, e não só de fazer amor.
Acho que os homens deveriam saber quando - principalmente com as caras metades, com as quais têm uma relação afectiva, pois com outras é mesmo foder - devem dar uma foda «selvagem» ou fazer amor. Depende muito do estado emocional, disposição, carência afectiva e/ou sexual da parceira. Se perceberem isso (o que a mulher naquele momento precisa), o seu sucesso será maior. Nem sempre isso é conseguido, seja por falta de percepção ou por preguiça mas, na minha experiência, um homem não deve apenas preocupar-se em vazar os colhões (a menos que esteja a pagar, mas isso é outra conversa).
Agora, as mulheres também devem «ajudar» a essa percepção, sem complexos nem medos de serem tomadas como levianas, caso contrário terão dificuldades em serem felizes.

ZB"


Vazar os colhões é lindo (e sempre é melhor que vazar um olho, que o diga o Nelo, que adora encher o olho)!

Sangue

Ele abraçou-a suavemente, afastou a cara para a olhar nos olhos, olhou-a, sorriu embevecido e sussurrou apaixonado:
– Amo-te muito – e tornou a abraçá-la, enleando-a carinhosamente. – És um anjo – murmurou-lhe ao ouvido e beijou-lhe o pescoço amorosamente. – És o meu anjo.
Ela fez um esgar de tédio e, sem levantar os braços que mantinha estendidos junto ao corpo, perguntou:
– É por isso que não me fodes?
Ele fez que não ouviu.
Ela soltou-se do abraço e deu-lhe um murro na boca do estômago, fazendo-o curvar-se à sua frente.
– É por isso que não me fodes?! – Agarrou-lhe nos cabelos, obrigando-o a endireitar-se e a olhá-la nos olhos. – Não ouviste, caralho?!
– Ouvi – disse ele, ainda agarrado à barriga, – mas sabes que não gosto que fales assim.
Ela soltou-lhe o cabelo e, acto contínuo, deu-lhe uma forte estalada com as costas da mão direita na bochecha direita.
– É por isso que não me fodes?!
– Nós fazemos amor... – justificou ele, sem convicção.
– Amor?! – Desdenhou ela, transformando o esgar de tédio e pura náusea. – Mas quem é que se interessa por amor, caralho!? Eu quero é sexo. SEXO! Quero que tu me fodas, não quero fazer amor.
– Mas, quando fazemos amor...
– Lá 'tás tu, foda-se! – Ela rilhava os dentes, cerrava os punhos e abanava a cabeça, contendo-se, com dificuldade. Suspirou e disse – Fazemos amor?! Fazemos amor?! Tu fazes amor e eu vejo-te, encima de mim, com cara de parvo, ofegando como um galgo em fim de corrida, a revirares esses olhos remelgosos e a repetires, a repetires ad nauseam, amo-te muito, amo-te muito... Vai-te foder, mais o teu amor!
– Mas...
Ela interrompeu-o, agarrando-lhe na nuca e beijando violentamente. Ele respondia como podia. Ela largou-o, depois de lhe morder o lábio inferior, e, sorrindo ao ver uma gota de sangue despontar, disse autoritária:
– Assim, estás a ver? – Passou o indicador direito no lábio dele que sangrava – Com dor! – E lambeu a ponta do dedo, saboreando-lhe o sangue.
Ele passou o polegar pelo lábio para estancar o sangue, olhou-a, mas não disse nada. Ela chupava o dedo, languidamente.
– É bom – disse ela, olhando-o gulosa.
Ele tentou fazer um sorriso, o que não conseguiu, deu um passo atrás, hesitou e acabou por perguntar:
– Gostas?
Ela levantou as sobrancelhas, surpreendida, e acenou que gostava.
– E do teu?
Os olhos dela brilharam. Sorriu.
Ele tirou um porta-chaves que tinha no bolso, com duas chaves e uma pequena navalha. Mostrou-lha. Abriu-a. Deu um passo em frente e agarrou-lhe na mão. Ela manteve-se calada, olhando-o, colaborante.
– Não quero gritos! – Exclamou ele, autoritário.
Ela sorriu, desdenhosa, sentiu a picada do bico da navalha e a curta viagem na palma da sua mão. Sempre sorrindo e olhando-o.
– Prova!
Ela encostou a palma da mão à boca e sorveu, fazendo um ruído plástico.
Ele olhava-a, magnetizado. Excitado, puxou-a para si e beijou-a furiosamente. Agarrou-lhe na mão e lambeu o sangue que fluía.
Ela estremeceu de prazer.
Ele veio-se, sem querer.

de Garfiar, só me apetece
(sim, sim, o início soa familiar... estranhamente familiar)

Kinsey Institute Juried Erotic Art Show

O Instituto Kinsey, da Universidade de Indiana (USA), fundado em 1947 por Alfred C. Kinsey, é (re)conhecido pelo seu trabalho de investigação no âmbito da sexualidade humana.
O Instituto Kinsey possui uma vasta colecção dedicada ao erotismo e à sexualidade, na sua maioria resultante de doações* recebidas ao longo da sua existência. Até 30 de Junho decorre o primeiro «Kinsey Institute Juried Erotic Art Show».

*a minha colecção também recebe doações... cóf... cóf...
E se alguém doar um espaço para a expor... cóf... cóf... cóf... cóf...

Publicidade que caminha (e olha, que coisa mais linda...)

Na senda de outros sacos criativos, a Blush criou este:

(visto na Adrants)

26 abril 2006

CISTERNA da Gotinha


Quem gosta de
vodka?!


Morena Susana.


Companhia aérea obriga passageira a esconder
tatuagem erótica.


Bolos com imaginação.


Isto é que é negócio:
Foda-se Card.


Tecnologias
à Sócrates... será o PC dele?!

A importância dos sapatos

Julgo que ele confundiu as minhas fardas de trabalho, as calças a três quartos da moda, justas a recortarem as nádegas em pêra e a abertura generosa das túnicas sob as bandas do casaco a exporem o colo, com o estilo daqueles e daquelas que se empolgam a ostentar na roupa a marca do seu sucesso, a fazer pendant com o modelo do relógio e do carro.

Nem sei, Sãozinha, porque se incomodava a convidar-me para debicar dietéticas saladas e me fazer engolir palestras sobre o óptimo ginásio com sauna que frequentava, onde também ia sicrano e beltrano, repisando o mote do perfeito estado dos seus músculos. Quase me apetecia pedir-lhe as análises de sangue para ver a garantia da máquina, mas não seria elegante hostilizar assim o colega e até me divertia o seu olhar concupiscente apontado às nesgas de carne que eu exibia fora das camisolas. Depois, ele engrenava na análise minuciosa do rol de etiquetas desportivas de roupas e acessórios enquanto eu, com um olhar fixo, ruminava os vegetais e deste silêncio ele não concluía do meu desinteresse pela matéria.

Assim sendo, quando sugeriu uns momentos mais íntimos, com os olhitos que nem luzes vermelhas de impressora sem papel, servi-lhe o fracasso daquele chavão bonzinho de que ele não era o meu tipo porque, São, eu nunca gostei mesmo de homens que usam sapatos sem atacadores, como se andassem de pantufas pela vida fora resguardados das intempéries da vida.

As vantagens da castidade...


- Castidade prejudicial à saúde? Não! Castidade altamente vantajosa!
Há duas classes de homens: os que se entregam à luxúria e os que praticam a pureza.
E assim, uns: donde a alegria desertou e para sempre ficaram pálidos e tristes.
Outros: estuantes
(1) de fé e de esperança e o coração a transbordar de alegria.
Uns: vencidos da «vida»;
Outros: dominadores do instinto e vencedores da «morte».


PIRES, António de Azevedo (1950) O problema da castidade /Ao microfone da emissora nacional
[S.l.: s.n.], (Lisboa: Tip. Rádio Renascença). Pág. 33-34

(1) estuantes: ardente; fervente; agitado.


Alcaide dixit

António Azevedo Pires
Advogas só castidade
Ficas entoante se vires
Alguém foder de verdade!

Pena antes de nasceres
Nove meses bem contados
Teus Pais entuantes de prazeres
Não terem uma "nega"... coitados!!

Mestres da BD erótica - por Serge



(crica em cada uma das imagens para a ampliares)

Hoje o Serge, do blog «Dessinées», apresenta-nos trabalhos do encenador e desenhador Eric Maltaite, nascido em 1958 na Bélgica.
É autor de séries como "Les 1001 nuits de Schéhérazade", "Carmen Lamour", "Mono Jim", "Robinsonne", "Ténérife" e "Zambada".

Gathering Party 9


aqui falámos sobre isto.
Agora a malta que organiza a Gathering Party enviou-nos o programa.
Procura-se quem lá vá e que nos conte o que se passou.

crica para visitares a página John & John de d!o

25 abril 2006

Dia da Liberdade


Ifun

Como amei a Liberdade... - por Charlie

Este texto foi escrito o ano passado a propósito do 25 de Abril, dia da liberdade.
A minha singela homenagem à Liberdade e ao que fizemos dela.


A Liberdade.
imagem do SirHaiva para o 25 de Abril de 2005, em que este dia calhou à segunda-feira e poupou-se assim a construção de mais uma ponteConheci a Liberdade pela altura do 25 de Abril de 1974.
Era na época militar por dever e, durante algum tempo, passei a sê-lo com gosto.
Olhámo-nos nos olhos, sem nada dizer, e de imediato despertou em nós a ponte que liga os corações apaixonados.
Ia no Metro para encontrar-me com amigos algures na zona de Entrecampos, mas saí logo junto com ela nas Picoas. Era uma rapariga mais jovem que eu, toda ela promessa de mulher.
Não lhe disse nada nem ela me perguntou o que fosse. Entregámo-nos logo um ao outro e amámo-nos sem peias ou amarras, sem limites ou planos de futuro, com a sensação de termos atingido o momento definitivo das nossas existências.
Não estabelecemos compromissos nem alianças. Não fizemos planos para o futuro. Não lhe pedi juras de amor eterno nem lhe ofereci nada, nem ela me deu mais em troca do que era uma dádiva mútua generosa e única. Bastava-me tão só tê-la, a Liberdade.
Passeámos muitas vezes pelas ruas e toda a gente olhava para nós.
Sentia que todos amavam a Liberdade e que amavam o nosso amor.
O tempo passou.
O que era eterno e imutável passou a ser só um episódio das nossas vidas.
Deixei de vê-la.
Troquei a Liberdade por outras paixões que me vieram cruzar o caminho.
As paixões foram sempre inimigas da Liberdade...
Há tempos atrás voltei a vê-la. Estava mais velha que eu.
Chorei ao reencontrar-me com ela. Beijei-a e disse-lhe tudo o que me ia na alma.
Mas ela secou-me as lágrimas e disse-me que fora sempre assim através dos tempos.
A Liberdade será sempre a jovem generosa que trocamos por outros valores em maior ou menor grau. Contou-me as peripécias destes últimos anos. Do amor que dera a todos.
Dos que quiseram apropriar-se dela. Dos que a maltrataram, dos que a quiseram acima de tudo e que por ela haviam dado a vida.
Olhei os seus olhos cansados e revi-me no reflexo do seu brilho apagado.
Olhámos um no outro durante uma eternidade, enquanto ela afagava as minhas rugas.
Falámos um longo período, revendo rostos, revivendo tempos...
Por fim disse-me que se ia embora.
Ia talvez sair do País. Ia procurar um sítio onde estivessem ansiosos por ela.
Lá, talvez voltasse a encontrar numa paragem de autocarro ou num metro um jovem que a amasse eternamente.
Despedi-me dela com um longo beijo.
Foi a última vez que vi a Liberdade....

Charlie
imagem preparada pela São Rosas por ocasião do 25 de Abril de 2005
(o Nikonman chama a esta imagem
«o caralho encravado»)