08 maio 2006

Promoção Macdonalds


«Um hambúrguer ao alcance de um clit!» - Bruno
«MaClit» - JF

Finalmente!


Descobrimos a loja da São. A especialidade da casa é charutos, obviamente.
Só não se percebe bem o que se deve entender por "artigos diversos"...
DiscriSão acima de tudo.

Aula prática

Ele era inexcedível quando se atracava a mim e subia uma mão por dentro da camisola até fazer saltar um seio do soutien para os dedos titilarem o mamilo enquanto a outra se metia desvairadamente pelo cós das calças ou da saia, na ansiedade de um bando de pássaros migradores a bicarem cada milímetro das zonas húmidas.

A gaita, São, era quando naquele período do aquecimento se empenhava em fazer do meio das minhas pernas o seu prato de leite que era uma pressa de schlep, schlep, tal e qual os gatos fazem com a língua. Eu bem sei que os filmes pornográficos são um fraco material de apoio para esta questão já que a maior parte das vezes são gajas com gajas e nenhum mânfio as vai copiar, não vá perder virilidade por isso e, quando são gajos na função, aquilo é mais estética para o plano que outra coisa qualquer.

O facto é que a minha falta de gemidos o fez repensar a questão e a solução que encontrou foi pegar no popular passar o corredor a pano e, literalmente, fazer de mim chão de esfregona. Oh Sãozinha, eu nem queria acreditar, dada a sua idade cronológica que o sexo oral fosse para ele matéria virgem mas em boa verdade, ainda me irritava mais a sua contínua falta de espírito de investigação.

E assim, fartinha do trivial que era o que a minha avozinha chamava às refeições dos dias de semana, resolvi fazer-lhe um desenho e pespeguei uma imagem de um pénis e de um clítoris nas minhas nádegas, que era o expositor que tinha ali mais à mão e, paulatinamente, pedi-lhe que observasse bem as semelhanças que permitiam que as técnicas de sucção aplicadas num pudessem ser igualmente aplicadas no outro, tal como o contorno da língua no topo da elevação e que, de igual modo, as mãos colocadas na base permitiam a aceleração do estado de erupção.

Só não lhe disse mesmo que me parecia que o pénis era uma evolução natural da espécie clitoriana para não lhe criar um crise de identidade e consequente demissão de quaisquer funções.

historietas orgânicas (réplicas...)

Aqui se declara que a responsabilidade por este post é exclusiva do fgs, que fique, desde já, bem claro. Os bons exemplos vêem de cima e o tipo é bem mais alto do que eu... Mas a verdade é que esta treta é viciante... e como por aqui perpassam uma data de vícios, viciados e viciosos, nada como partilhar emoções. Então, cá vão mais algumas, com o tal timbre porcalhoto, com a devida vénia e aplauso àquelas lá mais abaixo publicadas:

- Breve ironia entre a fístula e a hemorróida: "- Connosco não há cu que aguente!..."

- Desabafo vaginal: "- Toda a vida me disseram para me manter cândida e, agora, é esta coceira!..."

- A barriga da perna acusava muito justamente o corpo todo por ela ser assim de nascença.

- Era inevitável: todos comemoravam aniversários; apenas as nádegas faziam ânus.

- As trompas de Eustáquio, mais abertas ao mundo, bem advertem as de Falópio de que nem toda a vibração é digna de crédito.

- Aquela vagina andava cansada de transportar tanto espermatozóide ao colo do útero.

- O recto sempre considerara aquela vida uma merda.

- Era um rádio extremamente potente de cúbito.

- Depois de ajustar melhor o diafragma, as exposições vaginais passaram a estar menos tremidas.

crica para visitares a página John & John de d!o

07 maio 2006

É o Diabo...



WebPark

Mascotch - uma questão de mascotes

Por que será que este anúncio não chegou a passar na televisão, tendo sido substituído por uma versão mais... «soft»?!

William Lawson. No rules. Great Scotch!

O Príncipe encantado - conto tradicional à moda do Charlie

Naquela manhã de Outono, Luísa saía cedo, como de costume, para se dedicar a uma tarefa que ela levava a cabo com mestria e o conhecimento profundo que se exigia.
Luísa, ainda jovem, era uma exímia colectora de cogumelos selvagens.
Possuía o raro talento, intuição sublime, que lhe permitia descobrir, ainda dentro da terra, apenas por nuances no terreno, os diversos tipos, espécies e subespécies, distinguindo de imediato os comestíveis dos outros. Os indigestos, os de mau gosto e, ainda pior, os venenosos.
Nessa manhã em particular, aromas da terra húmida apelavam inconscientemente aos profundos mistérios da natureza, a seres etéreos e espíritos que só se vislumbram pelas janelas dos cheiros e pelos sons que surgem do fundo das florestas, quase surdos, quase adivinhados.
Luísa entrou por uma vereda onde não se lembrara nunca de ter procurado os apreciados - e bem vendidos - frutos do ventre da Deusa Mãe Terra, que os Homens aprenderam a adorar sob as formas exóticas nos seus mundos ocultos, algures onde as almas comunicam com os segredos confessados entre as línguas e os estômagos.
Afastou uns fetos recém despontados pelas recentes chuvas e embrenhou-se mais na mata densa onde o mundo vegetal concorre ferozmente por um lugar ao sol. Afastou alguns ramos que se lhe atravessavam no caminho e, quando estava prestes a desistir e voltar para trás, viu-se repentinamente a desembocar numa clareira, coberta de pequenas elevações no terreno. Noutros sítios, junto às raízes de velhas árvores, rebentavam já em pujança, de chapeletas orgulhosas desafiando das abrigadas meias sombras, o mundo sedento de luz das companheiras verdes que fazem depender toda a sua existência das intrincadas funções químicas e clorofilinas.
Viu de imediato, com a sua sensibilidade, tratar-se de espécies comestíveis, de bom tamanho, ali só para ela, num reduto que ninguém sabia existir.
Sentiu-se como o caçador de tesouros que de repente cai num poço cheio de dobrões de ouro. Ali havia certamente dezenas de quilos. Ficou exultante e de imediato puxou da velha colher, afastando a terra e colhendo os que estavam no ponto certo, voltando a abrigar outros para os dias seguintes.
Em menos de nada encheu o cesto que trazia, vendo-se obrigada a recorrer a mais um saco de pano que trazia com o propósito original de colher algumas ervas aromáticas.
Colheu mais e nem deu por ele, não fora o susto de ter ouvido uma breve e rouca voz:
- Aqui... por aqui...
Olhou ao seu redor assustada e, não vendo fosse quem fosse, pegou na cesta e no saco apressadamente para se retirar. Mas a voz, insistindo, em tom de súplica fê-la hesitar:
- Aqui em baixo. Ajuda-me...
Olhou melhor, sempre a guardar distância, presa entre a curiosidade e o medo.
Foi então que viu. Uma rã, junto ao pé de um arbusto!
Voltou a olhar para confirmar.
Incrédula, atreveu-se a dizer:
- És tu?! Uma rã que fala?!
Fez-se uma pausa.
- Na verdade, não sou uma rã... sou um príncipe. E uma feiticeira, uma bruxa má, encantou-me a viver o resto dos meus dias neste estado. Mas tu podes quebrar o encantamento. Por isso te pedi ajuda...
- Como posso ajudar-te? - perguntou.
- É simples, podes quebrar este feitiço, dás-me um beijo e eu fico novamente príncipe. Depois, como recompensa, casas comigo. Serás a minha princesa. Teremos muitos filhos, tratarás deles, da roupa deles, da minha roupa, da comida e das compras, limparás a casa... darás uma ajuda a reinar e à noite faremos amor. Seremos muito felizes.
Não deu resposta. Um silêncio sobreveio.
À noite, sentada à mesa, Luísa dizia para si:
- Casar contigo?! Ser a tua Princesa?! Eu?! Nem morta!
Entretanto, ia chupando umas perninhas de rã em molho de tomate, como entrada para o prato principal. Um fumegante e delicioso prato de cogumelos assados.

Charlie

Os anjos - por Maria Teresa Horta

Os anjos descobrem
a vulva
no mesmo instante

em que sabem
do pénis:

com
as pernas ligeiramente
abertas
e desviando as asas

São raríssimas as
asas
que não partem dos seios

a florir nos
ombros

Como um manso púbis
com os seus veios
de sombra

E o anjo
debaixo
ficou a acariciar o pénis
do anjo que voava
por cima

de manso procurando
o fundo
da vagina

Maria Teresa Horta
(obrigada, LolaViola, por nos relembrares mais esta delícia)

Terror no mictório!


(se não vires a língua a dar a dar, crica aqui)

06 maio 2006

historietas orgânicas


Acabei de publicar no meu blogue um conjunto de cento e algumas pequenas histórias a que dei o nome genérico de historietas orgânicas. São, como é meu apanágio, profundas reflexões filosóficas sobre a natureza humana, transpostas, neste caso, para ficcionadas relações entre órgãos do corpo. (Quase me vim a escrever isto, caralho!)
Ora, é fácil de entender que com órgãos e relações vieram-se-me logo à cabeça umas mais porcalhotas que achei por bem publicar aqui e partilhar com todos os visitantes do blogue porcalhoto por excelência.

1. A boca, cansada de dar à língua, mandou o pénis trabalhar.

4. Era inevitável que o pénis e a vagina se apaixonassem. Ambos existencialistas, partilhavam uma grande paixão pela língua.

17. Trocado pelo vibrador, o pénis mantinha-se vigorosamente em pé numa clara atitude de desafio. A verdade é que não se atrevia a virar-lhe as costas.

24. «Não há cu que me aguente», apregoava o pénis todo inchado.

27. O pénis gabava-se de conhecer centenas de bocas. «É muita garganta», comentou a mão.

30. A bexiga, farta da urina, mandou-a para o caralho.

47. Quando aquele órgão era tocado, as cordas vocais tinham trabalho garantido.

52. Velocidade excessiva e falta de aderência fizeram os testículos estatelarem-se no rabo.

54. A relação entre o pénis e a vagina anda atribulada. Alguns minutos juntos e está o caldo entornado.

57. O batom deslizava pelos lábios superiores e os inferiores roíam-se de inveja.

61. «Nem só de mamilos vive a língua», assegurou a vagina feliz.

65. Quando sentia fome, o pénis tinha cinco dedos à mão de semear.

69. Enquanto as unhas coçavam o escroto, o cu roçava-se pelas paredes.

77. A glande viu o clítoris e mijou-se de riso.

79. «O cuzinho é um descanso», confirmou a coluna vertebral.

82. Na masturbação a mão leva a palma a qualquer um.

99. A púbis mudou radicalmente de visual. Rapou-se e os chatos deixaram de a importunar.

103. Os lábios da boca da cabeça confraternizavam em ângulo recto com os lábios da boca do corpo.

106. «Adoro sexo oral», dizia o pénis à boca cheia.

anexo A. O pénis rejubilou quando descobriu que aqueles lábios não escondiam dentes...

O fetiche (2º episódio) - por Charlie

(do 1º episódio)

Enquanto esperara por ele dentro do carro, olhara para mim mesmo a tentar compreender o que estava ali a fazer. Achava-me perdido numa história que não era minha.
Como a partir dumas cervejas bebidas no meio de conversa de treta me vira de repente dentro do carro de um tipo que mal conhecera uma semana antes, à porta não-sabia-de-quem, para entrar num enredo de sexo com apontamentos de práticas desconhecidas e que me traziam um misto de curiosidade e desconforto. Pensei em sair dali. Tomar rumo a uma das estações da Linha cujo comboio soara um momento antes no chiar do ferro contra ferro da travagem, antecedido pelos saltos das ruidosas juntas de dilatação que continuam a existir nas estações. Tomar um comboio qualquer para qualquer lado longe dali...
Mas agora já era tarde.
- Anda... - dissera ele ao regressar do prédio onde minutos antes entrara, logo continuando com recomendações de silêncio e prudência - Não faças barulho... passe-se o que se passar, fica quieto até eu dar o sinal e chamar-te.
Segui atrás dele subindo um lanço de escada. Chegados ao primeiro andar, meteu a chave, abrindo sem ruído a porta do apartamento, avançou à frente fazendo sinal com o braço esticado e a palma da mão para baixo para que eu ficasse escondido.
Por entre a fresta da porta vi-a em pleno pela primeira e única vez na vida.
Ela tinha acabado de sair do duche, roupão desabotoado e o cabelo ainda molhado.
Estava no quarto e o momento em que ela, de perfil, puxava os cabelos para trás, ficou-me para sempre gravado na retina.
Mantive-me escondido, colado à parede, mal me atrevendo a espreitar por uma nesga.
Assisti ao envolvimento, os lábios e línguas, roupas voando, corpos e sons em surdina e em crescendo contínuo.
Aproximei-me muito devagar, encostando a porta do apartamento e mantendo-me na sombra, enquanto eles se envolviam na entrega completa dos preliminares. Avançando com os rostos tomados pelos Deuses dos sentidos. Anunciando o momento alto que chegava a passos largos. Depois, com o rosto ruborizado, num breve momento de relaxe, ela pôs-se na posição adequada e vi-o prendê-la aos ferros da cama. Um sorriso e, acto contínuo, pegou na gravata vendando-lhe os olhos.
Vi-a apertar as mãos em punho fechado, sinal de tensão, forma subtil de revelar um gozo não explícito de masoquismo, estremecendo ao pensar no que o parceiro lhe poderia infligir, sem que ela se pudesse defender, nem ver o que se estava a passar.
Corpo aberto, peito firme espetado no ar, puxando pelas algemas e torcendo o corpo. Denunciava o estado de expectativa por leves ondulações que lhe percorriam o corpo, estremecimentos que nasciam no fundo do imaginário povoado de fantasmas que a devoravam e espicaçavam a sua libido.
Dei por mim olhando para aquilo tudo sem perceber o meu papel. Espectador de mim mesmo num cenário sórdido.
Por um instante dei um passo atrás para retirar-me daquela loucura. Sair dali, que não me via a ficar impávido a assistir às intimidades entre terceiros. Dei mais um passo quando ele de repente se virou. Nas mãos, tinha uma pena de ponta afiada, leve alegoria literária, com que ora espetava numas zonas do corpo, arrastando de seguida linhas que ficavam vincadas na pele, ora desviava para o extremo oposto passando muito levemente os pêlos pelos pontos sensíveis, que ela denunciava em estremecimentos e morder dos lábios. Depois, picava no corpo com força, retirando de seguida. Ficava à espera e a gerir a expectativa da sua presa, ameaçando em expressões suaves que ia picá-la outra vez, mas não passando de um mero gesto que depois abortava, deixando-a num completo fervilhar dos sentidos. O seu corpo de mulher rendida à aventura maior da sua condição. Pura poesia sem palavras. Pus a mão no puxador da fechadura, muito levemente, para sair.
Nisto, olhou para mim, de olhos vermelhos excitados e fez-me um sinal com a cabeça, acenando para eu me aproximar...

(continua)

Charlie

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