06 maio 2006

historietas orgânicas


Acabei de publicar no meu blogue um conjunto de cento e algumas pequenas histórias a que dei o nome genérico de historietas orgânicas. São, como é meu apanágio, profundas reflexões filosóficas sobre a natureza humana, transpostas, neste caso, para ficcionadas relações entre órgãos do corpo. (Quase me vim a escrever isto, caralho!)
Ora, é fácil de entender que com órgãos e relações vieram-se-me logo à cabeça umas mais porcalhotas que achei por bem publicar aqui e partilhar com todos os visitantes do blogue porcalhoto por excelência.

1. A boca, cansada de dar à língua, mandou o pénis trabalhar.

4. Era inevitável que o pénis e a vagina se apaixonassem. Ambos existencialistas, partilhavam uma grande paixão pela língua.

17. Trocado pelo vibrador, o pénis mantinha-se vigorosamente em pé numa clara atitude de desafio. A verdade é que não se atrevia a virar-lhe as costas.

24. «Não há cu que me aguente», apregoava o pénis todo inchado.

27. O pénis gabava-se de conhecer centenas de bocas. «É muita garganta», comentou a mão.

30. A bexiga, farta da urina, mandou-a para o caralho.

47. Quando aquele órgão era tocado, as cordas vocais tinham trabalho garantido.

52. Velocidade excessiva e falta de aderência fizeram os testículos estatelarem-se no rabo.

54. A relação entre o pénis e a vagina anda atribulada. Alguns minutos juntos e está o caldo entornado.

57. O batom deslizava pelos lábios superiores e os inferiores roíam-se de inveja.

61. «Nem só de mamilos vive a língua», assegurou a vagina feliz.

65. Quando sentia fome, o pénis tinha cinco dedos à mão de semear.

69. Enquanto as unhas coçavam o escroto, o cu roçava-se pelas paredes.

77. A glande viu o clítoris e mijou-se de riso.

79. «O cuzinho é um descanso», confirmou a coluna vertebral.

82. Na masturbação a mão leva a palma a qualquer um.

99. A púbis mudou radicalmente de visual. Rapou-se e os chatos deixaram de a importunar.

103. Os lábios da boca da cabeça confraternizavam em ângulo recto com os lábios da boca do corpo.

106. «Adoro sexo oral», dizia o pénis à boca cheia.

anexo A. O pénis rejubilou quando descobriu que aqueles lábios não escondiam dentes...

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