Helicopteralho
22 maio 2006
Quem quer andar de helicóptero e no balancé?
Helicopteralho
Boa semana... São Rosas!
Matahary - "E eu a pensar que era um envelope! Mas num envelope
Fotografia de Claus Jensen
21 maio 2006
soneto à beira da cama
só meto a mão em soneto
se noto nata na estrada
sentindo toda molhada
a mão que na mata meto
e vou da quadra ao terceto
quase sem que dês por nada
nadando a mão mareada
arrimo arrumo e arremeto
abres-te em prata no verso
como porta de um tesouro
onde eu entro já converso
num arremesso de touro
logo amanso controverso
fechando o soneto em ouro.
O OrCa prova do seu próprio remédio, porque a Espectacológica ode-o:
"e quando de manhã te levantas?
ainda te lembras do ouro
porque a estatueta é de mijo
ela olha de soslaio o touro
e reza para que continue rijo
diz-lhe: anda cá meu tesouro
pisca o olho e atira um beijo
ele mija e sacode o besouro
ela húmida parece um queijo
finalmente vão a banhos
extenuados de tanta estrada
ficam limpos e sem ranhos
e ela fica sempre molhada
e ele de diversos tamanhos
sempre prontos na entrada"
O Alcaide reode-o:
"Poeta sou a brincar,
digo a sorrir uma rima;
meu verso é boca que arrima,
p´ra poesia cantar.
Esta quadra vai tocar
No terceto que a mima.
Dá-lhe força que anima
O sonho vai começar
A rima agarra-se tanto
ao amor que lhe prometo
que sorri banhada em pranto!
Toda a poesia lhe meto
(o verso sobe... eu garanto)
e gozo assim com o soneto!"
O OrCa auto-ode-se (isto é, masturba-se em verso):
"como eu gosto destes jogos
a um - a dois - a um cento
quando a um lhe falta alento
noventa e nove são fogos
desdobrados em afagos
furiosos - ternurentos
rapadinhos - penugentos
mais ricos que três reis magos
mesmo não metendo a mão
em tal pratinho de estalo
reavivo a sensação
de haver no mundo este embalo
e fica-me a sugestão
de querer experimentá-lo"
Volta (mas não se volta) o Alcaide: "E eu não gosto?...
Eu sabia que num dia,
na vida iria encontrar
poetas que a versejar
fossem grandes na poesia.
E sonhei que ainda teria
palavras p'ra recordar
mil... estou a exagerar.
Basta o Orca. Que alegria
E venham todos cantar
Ninguém tenha nostalgia
porque o sonho... é sonhar.
Dizer palavras um dia,
frases se as junto no ar,
ideias belas ou... porcaria!"
O Nelo ensina:
"E quem nam xprementa
E nam çe afoita
Nam sabe do gosto a pimenta
E no céu que alimenta
De que gostou o Alcagoita.
Ele comessou tud açim
Fasendo a tal converça groça
Agora vem já até mim
Diz : - Nelo, isto é mesmo açim
É tam bom! Minha nóça!
Éi da forma que todos ção,
Comessam por chamar paneleiro,
E dpois da comixão
Çublimar-lhes o tesão,
Já çó querem no trazeiro
E nam digam coiza reles,
desta arte; uma alegria
Squeçam lá das voças peles
Venham ver quisto nam expele
Apenas só as porcarias.
É uma coiza bem sublimi
Que os Nelos todos conhessem.
Aguentem lá o pau todo firme
Vão se vir cumo éu çê vir-me
Nunca máis duma melhér caressem..."
O Alcaide respode: "Entrou o rabeta a preceito... de qualquer jeito!
Se não estou sereninho
louco da vida que arrasa,
descanso na minha Casa
aqui no centro do Minho!
Venham daí... tenho vinho;
broa, sardinhas na brasa
caldo verde que atrasa
e um cheiro a rosmaninho!
Tudo tem certa beleza.
Nem pensar só em comer
Pois é causa de tristeza...
Vem o Nelo a correr
Vamos rir à sobremesa
vê-lo «cerejas» lamber!"
se noto nata na estrada
sentindo toda molhada
a mão que na mata meto
e vou da quadra ao terceto
quase sem que dês por nada
nadando a mão mareada
arrimo arrumo e arremeto
abres-te em prata no verso
como porta de um tesouro
onde eu entro já converso
num arremesso de touro
logo amanso controverso
fechando o soneto em ouro.
O OrCa prova do seu próprio remédio, porque a Espectacológica ode-o:
"e quando de manhã te levantas?
ainda te lembras do ouro
porque a estatueta é de mijo
ela olha de soslaio o touro
e reza para que continue rijo
diz-lhe: anda cá meu tesouro
pisca o olho e atira um beijo
ele mija e sacode o besouro
ela húmida parece um queijo
finalmente vão a banhos
extenuados de tanta estrada
ficam limpos e sem ranhos
e ela fica sempre molhada
e ele de diversos tamanhos
sempre prontos na entrada"
O Alcaide reode-o:
"Poeta sou a brincar,
digo a sorrir uma rima;
meu verso é boca que arrima,
p´ra poesia cantar.
Esta quadra vai tocar
No terceto que a mima.
Dá-lhe força que anima
O sonho vai começar
A rima agarra-se tanto
ao amor que lhe prometo
que sorri banhada em pranto!
Toda a poesia lhe meto
(o verso sobe... eu garanto)
e gozo assim com o soneto!"
O OrCa auto-ode-se (isto é, masturba-se em verso):
"como eu gosto destes jogos
a um - a dois - a um cento
quando a um lhe falta alento
noventa e nove são fogos
desdobrados em afagos
furiosos - ternurentos
rapadinhos - penugentos
mais ricos que três reis magos
mesmo não metendo a mão
em tal pratinho de estalo
reavivo a sensação
de haver no mundo este embalo
e fica-me a sugestão
de querer experimentá-lo"
Volta (mas não se volta) o Alcaide: "E eu não gosto?...
Eu sabia que num dia,
na vida iria encontrar
poetas que a versejar
fossem grandes na poesia.
E sonhei que ainda teria
palavras p'ra recordar
mil... estou a exagerar.
Basta o Orca. Que alegria
E venham todos cantar
Ninguém tenha nostalgia
porque o sonho... é sonhar.
Dizer palavras um dia,
frases se as junto no ar,
ideias belas ou... porcaria!"
O Nelo ensina:
"E quem nam xprementa
E nam çe afoita
Nam sabe do gosto a pimenta
E no céu que alimenta
De que gostou o Alcagoita.
Ele comessou tud açim
Fasendo a tal converça groça
Agora vem já até mim
Diz : - Nelo, isto é mesmo açim
É tam bom! Minha nóça!
Éi da forma que todos ção,
Comessam por chamar paneleiro,
E dpois da comixão
Çublimar-lhes o tesão,
Já çó querem no trazeiro
E nam digam coiza reles,
desta arte; uma alegria
Squeçam lá das voças peles
Venham ver quisto nam expele
Apenas só as porcarias.
É uma coiza bem sublimi
Que os Nelos todos conhessem.
Aguentem lá o pau todo firme
Vão se vir cumo éu çê vir-me
Nunca máis duma melhér caressem..."
O Alcaide respode: "Entrou o rabeta a preceito... de qualquer jeito!
Se não estou sereninho
louco da vida que arrasa,
descanso na minha Casa
aqui no centro do Minho!
Venham daí... tenho vinho;
broa, sardinhas na brasa
caldo verde que atrasa
e um cheiro a rosmaninho!
Tudo tem certa beleza.
Nem pensar só em comer
Pois é causa de tristeza...
Vem o Nelo a correr
Vamos rir à sobremesa
vê-lo «cerejas» lamber!"
Olhar... - por Charlie
in «lirismo minimalista»
foto Roberto Castiglione in imagens
Nesta noite...
Serei a estrela
de fogo
Que arde nas chamas
do teu mar.
Serei vento e areia.
Cascata e catedral
Serei tudo e serei pouco
Serei a luz que te incendeia
quando este navio que vagueia
se afundar em mãos de maré cheia
nos desejos loucos do teu olhar...
Charlie
Ode o OrCa: "Charlie, muito bem esgalhado, esse.
ó mão que me apontas o que tapas
e destapas o que a ponta me apoquenta
mas que ponta que me dás se te destapas
e arrefeces onde o meu olhar se esquenta
ó mão entre as pernas perturbantes
por tu antes percorreres fios de seda
se mergulhas nos refegos coleantes
deixa-me sorver-te o mel dessa alameda"
20 maio 2006
a educação judaico-cristã
Pôs-lhe a língua no ânus e rodou-a, introduziu e tirou; ele de cara na almofada, não sabia se havia de sorrir porque estava a gostar, se gritar, por estar a gostar; gritava um abafado pára, que só a almofada ouvia, e estremecia involuntariamente de prazer. Prazer vicioso, arrependido, culpado. A sua masculinidade estava em jogo, pensava, mas não conseguia deixar de gostar, deixar de querer. A língua dela rodava, acariciava, lambia. Lambia-o e ele enfiava a cara na almofada, pensando que foi assim que a Alemanha perdeu a guerra, que os paneleiros gostam, mas que aquele era o seu corpo e não devia nada a ninguém. Ele era ele e, se gostava, só consigo se tinha de haver. Só consigo tinha de lutar, se fosse esse o caso, o que ainda não decidira. Sentiu-a afastar-se e voltar ao normal e repetitivo broche, aos movimentos ritmados, à mão nos colhões, apertando-os, movendo-os, acariciando-os, e sentiu-se novamente em terreno seguro, em posição de macho, em respeito pela boa tradição.
A superior educação britânica!
Um casal inglês. A mulher pede ao marido:
- James, o nosso filho vai fazer 16 anos. Acho que devias falar-lhe de homem para homem e dizer-lhe o que faz a vaca com o touro, a abelha com o besouro, o cão com a cadela, etc.
- Está bem, querida.
O James foi buscar o filho e disse-lhe:
- John, senta-te e bebe um whisky. Vamos ter uma conversa de homem para homem. Lembras-te quando, no ano passado, estávamos a cavalgar junto ao rio e vimos duas raparigas nuas, banhando-se, e que acabámos por comê-las? Pois bem, a tua mãe quer que saibas que isso também fazem as vacas, os cães, as abelhas...
(enviado pelo Bruno)
- James, o nosso filho vai fazer 16 anos. Acho que devias falar-lhe de homem para homem e dizer-lhe o que faz a vaca com o touro, a abelha com o besouro, o cão com a cadela, etc.
- Está bem, querida.
O James foi buscar o filho e disse-lhe:
- John, senta-te e bebe um whisky. Vamos ter uma conversa de homem para homem. Lembras-te quando, no ano passado, estávamos a cavalgar junto ao rio e vimos duas raparigas nuas, banhando-se, e que acabámos por comê-las? Pois bem, a tua mãe quer que saibas que isso também fazem as vacas, os cães, as abelhas...
(enviado pelo Bruno)
19 maio 2006
Bom fim de semana
(crica na imagem para aumentar a planície alentejana)
Fotografia - John Alives
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