13 julho 2006
"Porque soy torero, torero, torero..."
OLIVEIRA, Cavaleiro de, 1702-1783
O galante século XVIII / Cavaleiro de Oliveira, compilou e verteu Aquilino Ribeiro. - Lisboa: Bertrand, [195-]. - Pág. 90.
*a SÃO? A nossa?
¡No lo creyó!
¡Pero que las hay, las hay!
12 julho 2006
A São Rosas entrevistou a Pecadora... hmmm...
Ela aceitou responder a umas perguntitas que lhe fiz. E digo-vos já que é muito simpática.
Este é o teu primeiro livro?
«As Fantasias de um Homem» é o meu primeiro livro.
Como surgiu a ideia de escreveres um livro erótico?
Na minha vida acontecem-me frequentemente coisas invulgares. Não sei se é pelo meu aspecto ser diferente das outras mulheres, ou se é pelo olhar. O certo é que sou atreita a coisas fora do comum. Naquele dia, a caminho do Porto, de comboio, mais uma vez. E eu sempre fui uma pessoa irreverente que gosta muito da «proximidade» da sedução com a provocação. E porque não contar uma história, que eu considero muito gira? Não haverá muitos homens e mulheres a realizarem as suas fantasias e esta pode ser uma forma de os impulsionar.
Achas que os portugueses irão receber bem (e comprar) o teu Livro?
Nos últimos anos, aquilo que sinto é que as pessoas estão fartas do mesmo tipo de livros. Quando surge um sobre um tema, saem logo vinte ou trinta iguais até esgotar o filão. Eu apenas tinha escrito uma história para mostrar aos amigos, que adoraram e me disseram - todos - que eu devia publicar, pois era uma «coisa» diferente. Relativamente ao acolhimento que o meu livro poderá ter, eu tenho recebido várias mensagens de parabéns e manifestações de que é preciso continuar e reforçar um pouco a ousadia. Portanto penso que existem leitores que se irão juntar aos que já o leram e gostaram muito!
Há algumas obras e autores de literatura erótica que te tenham servido especialmente de inspiração?
Não. Há vários anos que não lia um livro erótico, quando decidi escrever o meu. Antes disso devorava todos os que podia, de qualquer autor.
Há uma pergunta que um jornal normalmente não faria (vivam os blogs). É esta: Imaginas a quantidade de pívias que vais proporcionar, com o teu livro, a um grande número de jovens... e mesmo adolescentes?
Eu gosto de oferecer coisas giras e boas às pessoas. Pela minha natureza, não podia escrever um livro que não marcasse positivamente quem o lê.
OK... mas vai haver muitas páginas coladas. A tua ideia é escreveres mais... ou ficas-te por aqui?
A minha ideia é escrever mais livros, pois já os tenho estruturados. Na área do erotismo, sempre com intensidade crescente e com géneros diferentes.
O teu livro vai ser apresentado no Salão Erótico, não é?
Sim, no dia 13, às 21h30m, pela Dom Quixote, que também lança o livro «Como fazer amor com uma estrela porno – uma história exemplar», de Jenna Jameson e Neil Strauss.
Quem vai fazer a apresentação do teu livro? Não serás tu, pois não?
Vai ser o Nuno Miguel Guedes, o jornalista da Visão que fez a apresentação do
livro «O meu Pipi».
Ena! Ena! Isso promete.
Gentileza (à moda do Norte)* da Jacky
* repara que em lado nenhum se comete a ousadia de dizer «pito»
11 julho 2006
Qrónica do Nelo
A coiza queu descubri mejmo aqui aos fundes da minha rua!
Ai caleim-çe fofas….
Intam nam éi que aprasseu um Suingue Clubi?
Iço mejmo melhéres: Um clubi de Suingue.
Eças coizas onde os homes levam as suas gaijas pra fazer troca delas uns com os ôtros, e ondes elas fasem o mejmo com os gaijos...(ai fofas....hihihihih----)
Éu á dias que tinha ovido, no cafei da Belinha, um cazal desconhesidos a falar açim báichinho. Mazeu cando çempre de orelha espevitada (Óó, quisto de çer bisha tem que çe lhe diga), fiquei de purga atrás da vermelha, e apressebi-me dele dizer pra ela que estava na ora do suingue, e que era mesjmo aqui a dois paços.
Ora bem melhéres…ishto é açim: Um home novo. Todo eli modernasso com uma gaija vistoza, deças que tem as covas ós çaltos e açim, a falar em suingue…Eça coiza que çe toca no jazze. Querçezer: Çe eli diçesse que ia pra discoteca e açim éu nem riparava.
E pinçei cá cum os meus pitões: - Nelo melhér…Ovi lá. Suingue? Jazze?Aqui per eshtes lados? –
Ai que fiquei toda em burkas, fofas… Nada piori cuma melhér açim sheia de fernezim. Tive de çaberi e diçe:
- Deicha-me ca veri onde éi quiço fica melhér.-
E foi açim que cuando elis sairom queu fui cushcando atrás delis. Açim desfarsadamente pra nam vereim. E cual nam foi o meu spanto cuando tocaróm há campainha dum prédio cuase nu fim da rua, e intrarom.
- Ai Nelo cu ladrão de caza é o último a beber…- Pinçei logo. Fiquei cá cuma criozidade….
Nam me contivi e toquei há porta tambeim.
- Tarrrrrrim tarrrrim….-
- Boa noite - disse um sinhori açim daspecto munto çério.
- Boa nôte…ah ….Venho ao spectáculo…- Disse éu
Ficou olhande pra mim açim de alto a baicho que inté me senti mal melhéres,
- Desculpe não há nenhum espectáculo.-
- Mazeu venhu ao suingue melhér.- respondi-lhe eu.
- Ah…pois, mas tem de trazer acompanhante....Só aceitamos casais-
E fichou-me a porta na cara.
Malcriadão.- pinçei éu logo.- Mas çe penças quisto ficáçim…inganaste melhér.-
Telfonei ao Lalito pra convidá-lu e açim, e contei-le tudo e poish foi ele que me xplicou o quera o Suíngue, e asdepois nam quish vir....
Ai as figuras cuma melhér fash..Iço tudes perque nam pressebo beim strangeiro.
Mazolhem melhéres...ficôu-me uma boa ideia...
Vou faser nu meu apartamento de çolteiro na rua Castilho u meu Clube Suingue Bisha Vai çer um çusseço melhéres..
Homes deste broche: tão todos convidados....e çó aceito cazais de homes com homes...hiiihhihhhiii
Venhom venhom, cu Nelo espera-us de poxeti rechiada melhéres...
Pedro Laranjeira nos preliminares da ExpoFoda
Um longo fim de semana sem tabus
Neste artigo preliminar, o Pedro Laranjeira mostra-nos o que é tão óbvio que nem vemos e muito menos valorizamos: "Somos, na Europa (e mais ainda no mundo) - talvez nisso, apenas igualados pelos holandeses - o povo mais tolerante que faz a história humana da actualidade!
É bom que reparemos nisso, nós que temos a mania da inferioridade nacional e prestamos pouca atenção ou damos pouco valor às qualidades de excelência da nossa cultura. (...) É verdade, os portugueses são um povo tolerante e respeitador! O Salão Internacional Erótico de Lisboa vai ser mais uma forma de o demonstrar".
Por isso, o Pedro Laranjeira recomenda: "(...) Seja por curiosidade que se decida a visita, seja para procurar algo que se sabe ou suspeita poder ser interessante, seja apenas para passar um dia diferente, quem lá for sairá mais rico - em experiência e em cultura! Porque cultura é todo o conhecimento humano, portanto este também".
Lê o artigo todo, que vale bem a pena.
A partir de hoje, o link do Salão Erótico do cabeçalho (sim, sim, cabeçalho é isso mesmo em que estás a piçar) fica apontadinho para a página especial da funda São na ExpoFoda (onde já podes também saber o programa das festinhas).
Encandescente na revista «Os Meus Livros» nº 41 (Julho de 2006)
Excertos do artigo «Livros 'calientes'» na secção «Especial sexo e erotismo», por João Morales:
"Sob o pseudónimo de Encandescente, uma nova autora foi-nos recentemente revelada pelas Edições Polvo. Um [dos seus livros], de designação homónima e, mais recentemente, «Erotismo na Cidade». Textos simples, sensuais, uma linguagem acessível repleta de ritmo e fluidez. «Ai, as tuas mãos gulosas / Curiosas / Que se insinuam furiosas / Dentro da roupa / A pressa tanta / A vergonha pouca / Como me diz a tua voz rouca: / - Quero mais e mais de ti...».
(...) Aliás, as Edições Polvo têm apostado nesse mesmo registo [satírico], com obras como «As Mulheres Não Gostam de Foder - Um Ensaio Sexual de Alvarez Rabo» ou «Anal-Fabetos - Outro Ensaio Sexual de Alvarez Rabo». Estes dois últimos em formato BD, a fazerem companhia a «Na Pele do Urso», de Horácio, um devaneio sobre o desejo, o prazer e as fantasias. (...)"
Todos estes livros - e outros mais que me dão prazer - estão à venda na sexão «Livros» da lojinha da funda São.
10 julho 2006
Ultimatum
Há uma distância ínfima
Entre o teu sexo e o meu.
Há uma palavra não dita
Entre o teu sexo e o meu.
Há o contacto adiado
O desejo simulado
As carícias indistintas
E a voz que a nada soa
E do corpo não ecoa
O querer e a vontade.
Há um ténue véu tecido
Entre o teu sexo e o meu.
Há um segredo escondido
Entre o teu sexo e o meu.
Há o grito reprimido
O prazer não consumado
O intuito definido
Num secreto esconderijo
Entre as coxas que se calam.
…
Há um encontro marcado
Entre o teu sexo e o meu.
Foto: Stanmarek