09 agosto 2006
08 agosto 2006
Não há nada como estar à varanda para receber uma aragem fresca
(clica para aumentares... a varanda)
foto - Johannes Barthelmes
recordando :)
Tinha nesse tempo um apessoado namorado, razoavelmente mais velho que eu, dono de um automóvel espaçoso. Estranhamente ele mandara substituir o volante de origem, que dizia ser demasiado grande, por outro de reduzidas dimensões, sob pretexto de ter um ar mais desportivo. Limitava-me a observar sem nada entender, ingenuamente supondo que ele pretendia um maior espaço para a sua estimada barriguinha de trintão.
- Experimentamos aqui?!
- Anda, a esta hora não vem ninguém…
Confesso que o desafio também me fez um brilhozinho nos olhos. Sem necessitar repetir o convite, com acelerados preparativos, saltei para cima dele. Estávamos super entusiasmados com a experiência maluca, que para mim era estreia. Devido ao meu posicionamento sobranceiro, competia-me acelerar os movimentos. Porém, no auge do nosso entusiasmo, soltei um apavorado e valente berro acompanhado de ensurdecedora buzinadela... Assustados, refugiámo-nos em apertado e ofegante abraço… É que sem querer, o meu rabinho acertara em cheio no reduzido volante, accionando a buzina por alguns segundos…
Momentos volvidos, refeitos do susto e entre tresloucadas gargalhadas, apressámo-nos a desembaciar o pára-brisas e a abandonar o local, não fosse algum vizinho com insónia, ser despertado na sua curiosidade de voyeur.
A experiência acabou por não correr mal de todo, mas, só após este episódio é que eu realmente entendi, o verdadeiro e secreto motivo da troca de volantes…
Papoila_Rubra / Março de 2006
07 agosto 2006
Tocante
Quem faz do contador o seu corpo, vive excitado. Ansioso quando lhe tocam. Sôfrego por ser tocado.
06 agosto 2006
Dia de treino - por João Abreu
"Enquanto descasca as batatas semi-moles e cheias de grelo, Rosa pensa em como foi injustamente apelidada de puta infiel pelo marido, pela família e por toda a gente que conhece. De pé junto à pia da loiça em mármore azul impecavelmente limpa, vai limpando as lágrimas que lhe caem pela cara abaixo com as costas da mão que segura a pequena faca de cabo de madeira.
Ela não compreende como um sacrifício que fez para proporcionar bem estar e felicidade ao seu bem amado se tornou na ruína da sua reputação, na ruína da sua vida pessoal e profissional.
Tudo começou há um ano atrás.
Rosa terminou o curso de engenharia do papel juntamente com o seu mui amado noivo, um tanso que terminou a sua licenciatura em engenharia do parqueamento. Radiantes, os dois pombinhos fazem promessas de futuro e outras balelas do género.
Entretanto, surge uma oportunidade de estágio em Moçambique que Rosa não pode desperdiçar. Cinco mil euros por mês com tudo pago durante um ano era o que precisava para começar a vida com o noivinho.
Vai para Moçambique e lá começa a trabalhar. Mas há algo que a atormenta. Algo que a deixa desesperadamente ansiosa e que teme que venha a ser um handycap na sua relação futura com o parolo do noivinho: a sua fraca performance sexual por falta de treino.
Ao que parece, o totó do sujeitinho com quem ela se viria mais tarde a casar, era demasiado devoto e amigo da castidade. Mas estranhamente, existem histórias de um episódio sinistro num balneário masculino duma equipa de voley em que ele foi um dos protagonistas.
O noivo gostava de ficar durante longos minutos debaixo do chuveiro de água escaldante com os braços abertos a esfregar-se com uma esponja tunisina. O pessoal da equipa de voley já estava todo a secar-se e a vestir a roupa quando entra o Leôncio, um angolano com dois metros de altura que chegou atrasado para o banho.
(...)"
O que irá acontecer ao nosso herói no chuveiro já nós adivinhamos...
Podes ler o resto do dia de treino aqui, na versão final.
Este conto foi originalmente publicado aqui, no blog Jukinha Má-Onda.
em tempo de praia, de ondas e de mar...
Ondulações
O ritmo abrandou...
Na gruta formada por nossos rostos
com paredes feitas do meu longo cabelo
o mesmo ar partilhado
ora estava no meu peito, ora no teu…
Contemplei o teu rosto sorridente
ofegante e infantilmente tranquilo...
Onda de ternura me invadiu…
Seguiram-se mil carícias
mil beijos inacabados…
ora sonoros, ora sugados
lambidos, mordidos
engolidos, devorados…
Acho sempre graça
quando em ti me reencontro.
O meu cheiro
impregnado nas tuas barbas…
o meu sabor
misturado na tua saliva…
Beijei-te o nariz
os olhos semi-cerrados
e os desejos na tua testa aflorados…
Deixei-me ondular suavemente
em carinhosa cadência
sobre o teu corpo suado.
ondinha vai… ondinha vem…
ondinha vai... ondinha vem...
e vai… e volta….
e vai…
Começaste a mordiscar
a crista das minhas ondas…
cada vez mais… e mais….
Então
a gruta desfez-se...
o mar, agitou-se…
o vento, tornou-se VENTANIA….
A "tempestade"...
................................tinha recomeçado !!!....
Papoila_Rubra
07/02/2006
05 agosto 2006
O teu presente
Meu querido
Não sei quando receberás esta carta, o correio não chega em dias certos aqui.
Quando recebi o teu bilhete a dizer que partias comecei a chorar, a chorar, e não conseguia parar, e até a minha mãe disse para a vizinha, esta moça ainda se afoga em tantas lágrimas ou se engasga com tanta mágoa e desconsolo. E para esconder choro e razões sentava-me num canto da varanda olhando a rua por onde antes chegavas e as plantinhas que me tinhas dado, e que me disseste eram especiais porque só cresciam à noite com o brilho da lua, como o nosso amor, e secavam e definhavam se expostas ao sol e aos olhares de outros, como o nosso amor, e por isso as escondia de dia como me pedias. Mas quando partiste eu só via escuro e era sempre noite e não guardava as plantas como antes fazia, e cresceram tanto com as minhas lágrimas e a minha saudade que toda a gente dizia que a minha varanda era a mais bonita, e as vizinhas pediam, vizinha pode dar-me um pezinho das suas plantinhas? E passado um tempo todas as varandas, de todas as casas, tinham plantas verdes que reguei com lágrimas e cresciam tanto como o meu amor por ti.
E um dia à rua onde tu chegavas, e era um jardim verde dedicado a ti, chegou a polícia e levou as plantas e levou-me a mim e à minha mãe e às minhas vizinhas…
Meu querido, não sei quando receberás esta carta, o correio não chega em dias certos aqui.
Sei que não sabias o que eram as plantinhas e que eram ilegais como o nosso amor.
Faltam só dois anos para acabar de cumprir a pena.
Meu querido, esperas por mim?
Foto: Karina Barańska
CISTERNA da Gotinha
Quem é que não gosta de um bom filme de cowboys?!
Esta moçoila só pode mesmo ser do Benfiquista dos quatro costados.
Heidi Klum está semi-nua na revista Jane. [Egotastic]
Esta menina deve ser cliente aqui da Funda São pois não larga os cortinados.
Vacuum-Packed: eu até fico sem ar só de olhar para isto.