13 novembro 2006

CISTERNA da Gotinha


Que animal é: zebra ou rinoceronte?

Inesperadamente... surge o
verde.

Exposição na
China: quando chegará a Portugal?!

Um sofá diz muito da pessoa que o possui e usa, não acham?!

Lawrence of... perdão?! Como disse??!

Vai uma água tónica?

"a sombra dá tal finura ao delicado marzapo
como angulosa é a sombra dessa tal testiculária...

lá teso nos parece ele de bem preenchido papo
mas que dizer da secura do saco funambulário?

olho uma e outra vez, com cautelas, de través
nada, nada espantaria se ali houvesse um chinês

não grande, alvar e sem pêlo, tão liso e tão fininho
com cor seria amarelo, pela sombra, esticadinho...

(mas se no copo presente se faz de água o seu sustento
vão ver que aquilo não passa de algum tónico acento)

OrCa"

O sacana

por Charlie

Peguei no telefone e esperei um pouco.
Afinal, não podia mostrar excesso de emoção.
Ela não poderia suspeitar que estava louco para repetir a experiência. Sempre fora um sacana a romper o coração das mulheres. Quando as sentia conquistadas passava logo para a seguinte. Mas revia agora o teu corpo no meu sofá vermelho. Os teus lábios húmidos de desejo dos meus. E o teu corpo destilando humidades em aromas flutuando no calor tropical da sala hiper aquecida.
Olhei para o embrulho que tinha na mão. Era para a outra.
A nova.
Não me custara nada convencê-la a vir a casa. Logo que o seu marido saísse ela viria ter comigo. Mas nem ainda tinha sequer chegado e já estava farto dela. Fora tão fácil... Fechei a porta e olhei para o sofá vermelho. Cheirei-o. Tinha os aromas do corpo de ti. Nos meus olhos cresceram as imagens de meses a fio de conquista, de revezes e de reviravoltas. No fim tinha conseguido. Fora a maior satisfação da minha vida.
Um orgasmo intenso. A alma em turbilhão e um desejo enorme de repetir...
Mas eu não era assim. Tinha pouca experiência em ligações que ultrapassassem uma mera semana. Tudo se esgotava ao primeiro encontro, mas agora...
Peguei novamente no telefone.
-Está? Olá! Queres vir ter aqui a casa? Tenho uma prenda para ti. Como? Não sabes se podes vir. Queres que vá ter contigo? À tua casa? Está bem. -
Enquanto ia falando arranquei o bilhete com o nome da outra.
A campainha tocou.
Saí pelas traseiras.

«Ceia Louca» - Brigada Victor Jara

Recomendo que comprem e ouçam este disco de música tradicional portuguesa «arranjada» e cantada por várias vozes amigas da Brigada e conhecidas de todos.
Mas perguntam vocês:
- Sãozinha, que caralho! [até aqui ainda não é a pergunta] O que faz a Brigada Victor Jara no blog porcalhoto?
- Ouçam o Carlos do Carmo a cantar a música tradicional «Rosinha». O primeiro verso vai logo direito ao assunto: "Ó Rosinha, vem-te comigo"...
Cambada de tarados, Eça é que é Eça!

As vantagens da castidade


- Castidade prejudicial à saúde? Não! Castidade altamente vantajosa!
Há duas classes de homens: os que se entregam à luxúria e os que praticam a pureza.
E assim, uns: donde a alegria desertou e para sempre ficaram pálidos e tristes.
Outros: estuantes de fé e de esperança e o coração a transbordar de alegria.
Uns: vencidos da «vida»;
Outros: dominadores do instinto e vencedores da «morte».

PIRES, A. de Azevedo (1950) O Problema da Castidade: Ao microfone da Emissora Nacional
Lisboa: Oficinas Gráficas da Rádio Renascença, pág.33-34.

Ai credo, tantas coceguinhas na passarola...

A versão japonesa da almofoda:

12 novembro 2006

Frase lida na imprensa
e pensamento daí decorrente

No artigo «O caminho dos genes» da revista Visão desta semana, são apresentadas algumas ideias do biólogo da evolução Brian Charlesworth:
"Mas nem tudo são desgraças para a espécie humana. (...) Outro exemplo que parece jogar a nosso favor é a perda dos dentes do siso. «Pode estar relacionada com a necessidade de aumentar a capacidade craniana, uma vez que há um limite para a mesma imposto pelo parto vaginal», esclarece o evolucionista."
Senhor Brian Charlesworth, se houvesse essa bitola para as conas das mães (relembrando a expressão «cona da mãe» tão típica - e tão linda - da Covilhã) não haveria por aí tantos cabeçudos.
Pimba! QED!

Homem honrado


Não lhe falei dos recentes empreendimentos de Tróia, nem dos últimos modelos de familiares mas com um toque desportivo pelo que não entendo de onde tirou a ideia de que faria dele um homem honrado.

Acabadinho de resfolegar, assentou os cotovelos no colchão que estes lances implicam a tradição da liderança masculina, adoçou os olhos e com voz maviosa sobre o meu corpo protestou as suas sérias e firmes intenções de viver no sistema de casal que já tinha idade para tomar juízo e até enumerou o rol das suas posses e saldo bancário. Só faltou mesmo um daqueles novos anéis da Durex para a ocasião e como uma desgraça nunca vem só, ele revelou ter-me escolhido para a tal sociedade.

Não lhe podia responder que me ocuparia muito espaço que até era fininho e alto e essa coisada toda que permitiria a qualquer mulher catalogá-lo como escolha acertada para consumo caseiro e digno de mostrar às amigas. Também demoraria um tempão a explicar tim tim por tim tim porque não se encaixava na minha agenda há tanto afinadinha para funcionar em piloto automático. Afinal, nem sequer tínhamos a intimidade necessária para lhe expôr essas razões a nu.

É que lá por ter um delta de nascença aquela proposta apenas me merecia um markliano Oh com franqueza, pelo que me restou servir-lhe de bandeja a duradoura ligação que tinha a minha mãe e que seria incontornável que ela não vivesse connosco.

sem foto...
porque estás na minha cabeça...

Corpo de homem

Se te desnudei
acariciei
e contigo sexei em gesto de oração
é porque te adoro
é sinal que venero
esse teu corpo lindo
alvo da minha paixão

Se na tua pele sussurrei
segredos mudos, mais de mil
e com meus lábios os concretizei
é porque te adoro
é sinal que venero
esse teu corpo lindo
alvo da minha paixão

Se em ti suei, chupei ou mordi
se transbordei, molhei e lambi
é porque te adoro
é sinal que venero
esse teu corpo lindo
alvo da minha paixão

Se sobre o teu peito
ofegante repousei
e finalmente adormeci
foi porque atingimos o cume
e conquistamos a paz ambicionada.

Merece-mo-la.
Fomos recompensados.

Papoila_Rubra
30/08/2006

O OrCa, quando gosta, ode com a devida vénia e aplauso:

"que delícia estar na cabeça de alguém
que ternura
que fervor
que coisa linda
e se então essa cabeça entra em alguém
que doçura
que ardor
mais goza ainda..."

O Bartolomeu também se vem com vénia:

"do real e do imaginário
a cabeça que entra e sai
é motivo extraordinário
de quem se vem com um ai

e quem chupa morde e sua
com toda aquela paixão
quem se entrega de alma nua
é uma mulher de tesão"

crica para visitares a página John & John de d!o

11 novembro 2006

Nem tenho tempo para Diversão



Tom

"se um relógio por dar horas tira a pica
digital ou analógica envolvente
porque não pôr-lhe um de sala aonde fica
então aquele badalo triste assim pendente?

cada hora nos daria amolecido
e marcaria - tal metrónomo - ao segundo
oscilando lateral e aborrecido
o pulsar que ainda assim anima o mundo

mas descansem que mal lhe chegasse a hora
ele havia de trocar-se de tal sorte
que em vez de horas saltaria cá p'ra fora
indicando - como bússola - o pólo norte.

OrCa"

Ainda os três...


... anos d'A Funda, em que não me vim aqui como desejaria - nem sempre a carne acompanha a mente, nem sempre a mente acompanha o dia... -, mas porque me revejo nas distintíssimas palavras dessa moçoila da província que é a São, lançadas à data do evento, e também me congratulo, gratificado, por partilhar este espaço, quando para aí me estejam voltados os humores, sem peias nem espartilhos, permitam-me a minha homenagem tardia:

TRÊS

- ao terceiro aniversário d’A Funda São

três anos são quase nada neste concerto do mundo
três colcheias tão difusas
três dós de peito profundo

três tirados da gaveta de solteirona forreta
três guardados à socapa de algum triste de alta treta
três vezes tentada a trepa
três vezes arrenegada
três mil vezes constrangida outras mais amargurada
três vezes arrependida
três outras sacrificada

três vidas tantos dariam por três dias de prazer
três vezes amor fariam
três outras por assim querer
três dias se passariam
três a três e outra vez

três pecados
três orgulhos
três vaidades
três engulhos
três e três e três e três

três trazidos
três levados
três perdidos
três achados
três dos melhores partilhados
três por um e um por três

três sorrisos enlevados
três risos desconchavados
três soluços
três arquejos
três desejos feitos beijos
três pulsares descontrolados

três anos são quase nada neste concerto do mundo
três há porém que são tantos
três há que valem um mundo.

Erecção é, de facto, estar em pé!

A Jacky, condoída com todos os utentes machos que possam andar de Metro com uma erecção (nomeadamente urinária) enviou-nos esta imagem de um

aviso no Metro do Porto