23 fevereiro 2007

Lembro-me de ti ainda adolescente - por Zé



"Lembro-me de ti ainda adolescente,
de faces pálidas e a pele em tom leitoso
a sugares-me o sumo, assim de repente
resplandecendo-te a face num imenso gozo!
E quando anuíste, pela vez primeira
A que te visse, trémula e desnudada...
Recordo perfeitamente que só à terceira
ficaste mais calma, mas quase esgotada!
Pouco tempo durou, que a tua boca impura
implorou de joelhos que te desse o falo
bem duro... querias tirar da boca a secura,
passando a tarde inteira, toda, a chupá-lo!
NR - Foi bom, Diácona?..."



A diáCona tem direito de resposta (de respescada):
"Pois devo e nem hesito
Afirmar a heresia
Que nasci sem esse pito
Peça prenhe de aleivosia

Não entrou cá coisa alguma
Nem um só momento cedi
As pernas que junto numa
são tão puras como quando nasci

E por isso não me tocam
as palavras torpes e vis
Sou Diácona sem pecado
não me toca do que vos ris"

22 fevereiro 2007

Jogo de cintura


Não tive jogo de cintura. Sentei-me na sua frente, ajeitei a saia como se por artes mágicas o tecido fosse crescer naquele preciso momento e fiquei a ouvi-lo discorrer sobre as oportunidades que se abriam, o lugar vago, as regalias inerentes, enquanto os seus olhos faziam a carreira regular de elevador entre o traçar das minhas pernas e as minhas mamas e não tive dúvidas de que ele pintava o cabelo para o seu rosto mimoso não deixar transparecer o ano de nascimento impresso no bilhete de identidade.

De forma cavalheiresca estendeu-me a cigarreira e fez questão de me dar lume com o seu isqueiro Dupont prateado, enaltecendo o desafio desta oportunidade que até poderíamos discutir à mesa se isso me agradasse mais já que ele, graças ao facto da esposa ser médica tinha as análises sempre em dia e transportava-as consigo no bolso interior do casaco.

Verdade seja dita que uns amassos até fazem mais pela minha estética que várias sessões de ginásio e aquele exemplar até tinha um corpinho jeitoso para lhe fazer uma sauna mas esgravatava-me o orgulho aquela imposição de me fazer assalariada quando apenas sou promíscua com quem me dá na real gana pelo que na volta lhe retorqui que não trazia arco porque não era adepta da prática do hula-hula.

Mesa de fazer saltar o tampo













Outras Coisas

Gotinhas de Prazer




Bjorn Oldsen

Not about Love - Fotografia erótica

Clube dos Tomates Grandes


21 fevereiro 2007

A arte de Fazer o Amor, por mostrengo Adamastor



Uma animação do ternurento Bill Plympton.

A igreja e o carnaval

Padre Mário de Oliveira - imagem de www.esquerda.netPara quem, como eu, caíu num caldeirão de igreja na sua meninice, é muito difícil encontrar dentro da instituição igreja exemplos a ouvir com atenção e muito menos a seguir.
Surpreendeu-me, por isso, este texto do Padre Mário de Oliveira, feito no seu diário numa quarta-feira de Cinzas: «Deus gosta mais do Carnaval» [site www.esquerda.net]
Eis alguns excertos (mas recomendo que leiam mesmo o texto todo):
"Ontem foi o dia de Carnaval. E, hoje, é o dia de Quarta-feira de cinzas. Entre um e outro, qual será o dia que Deus prefere? Tenho para mim, que Deus gosta mais, muito mais, do dia de Carnaval, do que do dia de Quarta-feira de cinzas, apesar deste ser iniciativa da Igreja."
"(...) Mas como é que Deus poderia gostar mais do dia de hoje, Quarta-feira de cinzas, do que do dia de ontem, Carnaval? Não é Ele o Deus da Alegria e da Festa? Não é Ele o Deus da Vida e dos Vivos? Não é Ele o Deus da Plenitude e da Abundância? Não é Ele o Deus do Excesso e da Ressurreição?"
"(...) Ora, se ontem foi o dia da Folia e do Erotismo sem barreiras, hoje, por determinação da nossa Igreja católica romana, é o dia da Tristeza e do Sacrifício. Se ontem foi o dia da expansão da vida humana, hoje, é o dia da repressão da vida humana. Se ontem, as pessoas foram águias e puderam voar até à exaustão, hoje, não passam de galinhas de capoeira, condenadas a olhar para o chão, com a cabeça coberta de cinza. Se ontem os corpos humanos se mostraram nus e esbeltos, numa proclamação sem tabus da beleza erótica e da vida chamada à ressurreição, hoje são corpos sobre cujas cabeças, os clérigos - são, felizmente, cada vez menos os seres humanos que ainda se prestam a esse papel à frente das paróquias - depositam ritualmente cinza, ao mesmo tempo que dizem, "Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás-de tornar" (as mulheres, pelos vistos, não são tidas nem achadas, não são sequer nomeadas e, por isso, parece que poderiam e deveriam continuar o Carnaval sem qualquer interrupção; mas, por mais estranho que isso seja, a verdade é que são as mulheres quem, hoje, ainda mais corre a receber a cinza e a escutar estas absurdas palavras que o texto do Ritual católico se «esqueceu» de endereçar também a elas!). Ou seja, se ontem tudo nos dizia que a vida humana é bela e é para ser vivida até à exaustão, hoje, tudo nos diz que a vida humana não presta para nada e, por isso, o melhor é mesmo renunciar a crescer em idade, em estatura, em sabedoria e em graça - coisa que Jesus de Nazaré nunca fez, antes pelo contrário (cf. Lucas 2) - para apenas crescermos em derrota e em fracasso, até que a morte nos reduza a pó, a cinza, a nada."
"Está visto que, com as coisas assim, Deus só pode gostar do Carnaval e detestar o dia de hoje, Quarta-feira de cinzas, bem como a quaresma que com ela se inicia. Por sinal, a humanidade, cada vez mais liberta da nefasta influência do clero católico e da sua ideologia moralista, também gosta mais do Carnaval, do que da Quarta-feira de cinzas."
"(...) Só mesmo uma Igreja que, depois da derrocada do Império romano, se transformou em poder eclesiástico e em império religioso-católico, é que foi e é capaz de sentir sádico prazer em reprimir as pessoas que a integram e as populações em geral. E em castigá-las com cilícios. Com jejuns. Com abstinências. Com longas listas de pecados, cada qual o mais grave e o mais feio, a ter de confessar, de joelhos, aos pés de um clérigo que se deixou, ingenuamente, convencer de que Deus delegou nele o poder de perdoar pecados. Mas não só. Também com a sádica repressão dos corpos."
"(...) Mais. Se assim é, e é de facto, então, tudo isso que a Igreja católica tanto valorizou, são falsos valores, são manifestações concretas duma cultura desumanizada, repressiva, anti-humana, duma falsa cultura, duma cultura que tem tudo a ver com o culto dos deuses e das deusas do Paganismo politeísta e idolátrico, nada tem a ver com Jesus de Nazaré e com o Deus que se nos revelou definitivamente na sua prática de vida e na sua palavra, uma e outra, radicalmente libertadoras e promotoras da vida humana em plenitude e em abundância. E, igualmente, nada tem a ver com cultura verdadeiramente humana e humanizadora. (...)"

Sentir - por Ramarago


Sentir


Fodografia de Ramarago aka Trovador Alado

CISTERNA da Gotinha


Universo de Druuna: BD erótica

Faz o teu próprio vibrador vegetariano.

Vergonha elevada ao expoente máximo.

Quem quer ajudar
este menino a despir-se?...

Eva Longoria fez a capa da revista "Man".

crica para visitares a página John & John de d!o

20 fevereiro 2007

Preta Gil

O Carnaval também é uma causa pela qual vale a pena lutar

Preta Gil é brasileira, cantora e actriz, filha de Gilberto Gil. Ela própria conta no seu blog a origem do seu nome.
Este ano foi a madrinha de bateria da escola de samba da Mangueira. E o que é que isso tem de especial? Muito! É que a Preta Gil sai - e sai-se muito bem - dos pseudo-padrões de beleza a que os meios de comunicação (e, em especial, a publicidade) nos habituaram. Vejam-se algumas das estrelas do Carnaval do Rio de Janeiro: Ângela Bismarchi; Cláudia Leite e Ivete Sangalo; Adriane Galisteu; Juliana Paes; Luciana Gimenez... entre tantas beldades mediáticas por minutos... ou um pouco mais... ou menos (fotos da Globo.com).
Felizmente, há quem não tenha complexos com quilinhos a mais. Como titula esta notícia do Estadao.com.br: "Entre musas e siliconadas, os ‘sem neura com o corpo’ se divertem". Mérito do Carnaval, se outros não tivesse.
Deixei hoje uma mensagem no blog de Preta Gil, que se «queixa feliz», como qualquer ser humano que passasse por aquele desfile: "até agora parece que foi um sonho, só não parece mais por causa das bolhas no meu pé e as feridas no corpo". A minha mensagem foi esta:
"Olá, Preta Gil. Enquanto ainda está com os pés doridos, envio-lhe um abraço com muito afecto e apreço de Portugal. Já é tempo de a beleza não ser regida por padrões completamente fora do «mundo real»."

É decerto uma causa pela qual vale a pena lutar.

Apitó comboio - por Zé


"Uma vez, em Moçambique, trouxe uma daquelas mestiças de cabrita e monhé das redondezas da Beira e aquilo começou logo a pegar fogo...
O sítio mais próximo e mais encoberto (e seguro) era mesmo ali na linha de comboio que passava perto e tinha uns tufos altos de capim.
Vai daí, deita a minina ao comprido e... zás!
Mas porra, quando estávamos no melhor da festa, começa a ouvir-se o comboio a apitar, a apitar, e eu a acelerar... e ela também e o comboio a chegar e um gajo nunca mais se vinha, de tal forma que o comboio parou a uns metros, com o maquinista a rezingar «Foda-se práqui, foda-se prácolá» (a farda ajudava e as divisas) e eu não lhe consegui dizer mais do que isto:
- Ó homem, eu estava-me a vir, ela estava-se a vir, foda-se, pára quem tem travão!
E assim acabou..."


a propósito da noite de verão do George Coast em Koln nas margens ajardinadas do Reno a olhar para a Cathedral

Pirguntas du Nelo...



Mélheres?....
Isto éi um çintoma da gripa das aveins nos homes?
Ou çerá cus homes perdeim a cabessa no Carnival?...
Queim çabe a risposta?

O Nelo quer çaber...

Toma lá que o OrCa ode-te (e a gente sabe que tu gostas, melhér):

"pobre do galo careca
de garganta estrangulada
lá pelo meio da queca
fica-lhe a crista entalada

se lhe sobe o sangue às pontas
ficarão duras e tesas
e o Nelo fará de contas
que dentro dele sente frezas...

é o que se leva da vida
emoções fortes e puras
o que nela é bem vivida
ó Nelo... mas não tão duras!..."