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Outras Coisas
27 junho 2007
VII Encontra-a-Funda, danados e danações
A diva desta res pubica (coisa púbica, como é sabido) desencaminhou-me no sentido de partilhar, também aqui neste espaço, o comentário que fiz na minha casa sobre o evento. De bom grado o faço, esperançoso até de que a arte de bem conviver frutifique.
Digam o que quiserem. Perturbem-se e estrebuchem os que para isso lhes dê. Escarranchem-se no lombo de mula velha, da cooperativa ou outra, se puderem... Mas que uma boa colecção de gargalhadas já ninguém nos tira do bucho, essa é que é essa!
Paisagens do melhor, vinho do melhor, insana loucura do melhor, comida do melhor, companheirismo do melhor... Ora, tenham lá santa paciência, mas metam as beatices e alguns pudores carunchosos na arca da velha avó - coitada, que no tempo dela, sabe-se lá, até parece que nem se faziam meninos e tal... - e roam-se as unhas até ao sabugo, espreitando algumas fotografias que dão apenas uma ténue imagem do que por lá se passou.
Um abraço enorme a todos, mas com muito especial destaque à Tuna Meliches e respectivas bailarinas que levaram à cena, com garbo e atropelo, por entre a maior humidade nocturna, o Auto das Danações, numa versão tão próxima do Inferno que dir-se-ia estarmos todos no Céu!
Também ao Pedro Laranjeira que, uma vez mais, comigo partilhou esses ínvios caminhos da poesia.
Uma palavra de justo reconhecimento à mentora do projecto, a inefável São Rosas, pela impecável organização do evento, sem mácula, nem atritos - coisa tão rara, que é comovedora (ou cu-movedora, como por cá se dirá, com mais propriedade).
Também ao David Caetano, da Arqueobeira, que sustentou com denodo a sua argumentação erudita em defesa do Centum Cellas e do símbolo fálico da vila do Ferro contra 'algumas vozes' de maldicência e outras insolências; ao João Carvalho, da Quinta dos Termos, no Carvalhal Formoso, e o seu excelente vinho; ao Pielas Bar, do Pedro Daniel, em Caria, com uma jeropiga só suplantada pela simpatia... e por uma aguardente de figo de fazer chorar os mais empedernidos; ao casal dos Pimpões, na Quinta do Panasco, em Caria, afáveis, amáveis, simpáticos e inexcedíveis anfitriões, a quem tiro o meu chapéu pela paciência e altruísmo; ao Hotel Belsol, em Belmonte, com excelentes alojamentos e uma óptima vista panorâmica; ao Restaurante D. Sancho I, em Sortelha, com belíssima decoração e que nos "arrumou" a todos com um prato de javali e outro de veado, ambos acompanhados com castanhas e regados a vinho da Quinta dos Termos... que nem vos conto!
Por aqui se descobre um sentido para a vida!
26 junho 2007
no VII Encontro d'A Funda - encerramento e despedidas
Ainda a tempo, que o afecto não tem tempo, aqui fica o meu abraço e agradecimento pela excelente companhia a todos quantos participaram no VII Encontra-A-Funda, já esperando pelo próximo:
a VII dada a preceito
de cada uma bem dada
colhamos nós o proveito
desta - diferente daquelas -
houve pedra caralhal
Panascos e até Pielas…
vimos bordel ancestral
soubemos de lagartixos
amantes de sol e pedra
que nem serão nenhuns bichos
só por eles a terra medra
de Coimbra até Caria
foi um pulo sem desgosto
mas já lá vem outro dia
encontro morto – outro posto
a vós ergo a minha taça
abraço dado por gosto
feito de um dia que passa
mostrando da vida o rosto
porque a vida são três dias
um que já foi e outro não
mas contra dores e azias
viva-se este, que é bem bom…
o Panasco, Centum Cellas,
o Ferro até de cernelha
passámos pelo Pielas
concluindo por Sortelha…
na Funda nos afundámos
fomos à Funda tu e eu
quem nunca afundou na Funda
nem sabe quanto perdeu!
«Auto das Danações» - de Jorge Castro
Alternadeira e Gil Vicentezão
Depois admiram-se...
"A maior parte das pessoas faz uso dos medicamentos e quase nem lê o folheto das indicações! Têm dúvidas? Então o que me dizem da vaselina? É indicada para uso externo e, no entanto, fazemos uso dela lá dentro..."
Cambralenta
(recebido pelo grupo de mensagens da funda São no Yahoo)
Cambralenta
(recebido pelo grupo de mensagens da funda São no Yahoo)
Também quero!
JYL - Air Hostess
No avião, o alentejano pede um tinto de Borba.
A hospedeira pergunta à testemunha de Jeová se quer beber alguma coisa.
Responde a testemunha de Jeová com ar ofendido:
- Prefiro ser raptado e violado selvaticamente por uma dezena de putas da Babilónia antes que uma gota de álcool toque os meus lábios!
O alentejano devolve o copo de tinto à hospedeira e diz:
- Eu também. Não sabia que se podia escolher.
(enviado por MN)
25 junho 2007
Então, o que acharam do 7º Encontra-a-Funda?
do tanto que não abunda
vem-se um gajo num instante
em cada Encontro da Funda!"
OrCa
Enchidos
O seu paleio de encher chouriços não seria das coisa mais saborosas. Que não era. Mas afiambrar-lhe a farinheira até sentir o odor dos fumados sempre era uma petisqueira que a vida também se atesta com estes pequenos nadas.
Só estranhava que nas nossas matanças do porco apenas no final ele soltasse um grunhido abafado como se o gato lhe tivesse comido a língua e sugeri uma receita mais apimentada de uma dúzia de vocábulos de calão para estas ocasiões. Ele tentar articular palavras, tentou. Enunciou florinha, gatinha e outras alegorias terminadas em inha que só diminuíam a minha vontadinha. Cheguei a pensar que era tamanho o afluxo sanguíneo àquela parte do corpo que mais se assemelha a um enchido que isso o impedia de movimentar as cordas vocais ou lhe falhava a energia para fazer a ligação à região demarcada da fala no cérebro.
Até que um dia ele conseguiu pronunciar putinha e fê-lo de uma forma tão mimosamente infantil que me arrepiei julgando-me parte de um acto de pedofilia. Que não era suposto. Do meu rosto deve ter transparecido o calafrio e ele avançou um pujante minha vaquinha que é daquelas coisas que se eu tivesse três estômagos regurgitava logo ali.
De maneira que o convidei para uma pausa, um lanchinho de leite quente com bolachinhas, para lhe afirmar que se tinha características de menina mimada, que tinha, equilibrava a travessa sendo perversa na cama.
Só estranhava que nas nossas matanças do porco apenas no final ele soltasse um grunhido abafado como se o gato lhe tivesse comido a língua e sugeri uma receita mais apimentada de uma dúzia de vocábulos de calão para estas ocasiões. Ele tentar articular palavras, tentou. Enunciou florinha, gatinha e outras alegorias terminadas em inha que só diminuíam a minha vontadinha. Cheguei a pensar que era tamanho o afluxo sanguíneo àquela parte do corpo que mais se assemelha a um enchido que isso o impedia de movimentar as cordas vocais ou lhe falhava a energia para fazer a ligação à região demarcada da fala no cérebro.
Até que um dia ele conseguiu pronunciar putinha e fê-lo de uma forma tão mimosamente infantil que me arrepiei julgando-me parte de um acto de pedofilia. Que não era suposto. Do meu rosto deve ter transparecido o calafrio e ele avançou um pujante minha vaquinha que é daquelas coisas que se eu tivesse três estômagos regurgitava logo ali.
De maneira que o convidei para uma pausa, um lanchinho de leite quente com bolachinhas, para lhe afirmar que se tinha características de menina mimada, que tinha, equilibrava a travessa sendo perversa na cama.
24 junho 2007
O 7º Encontra-a-Funda deixou-me toda molhadinha...
... principalmente à noite, no Sãorau na quinta do Panasco. Como aquilo foi ao ar livre, as pessoas até pensaram que estava um orvalho do... (não me lembro de nada que rime). Mas não. Era mesmo eu, ensopadinha de prazer com tantos mimos e coisas boas que por lá houve.
Eu resumiria o fim de semana da seguinte forma: foi um Encontro do caralho. Vou passar a fundamentar porque é que eu a tenho tese:
Eu já ganhei balanço antes quando descobri uma utilidade complementar ao depósito da água de Caria. Não se admirem se nos próximos dias a água sair das torneiras um pouco viscosa. É que foi um dinheirão ali espalhado em KY Gel, pois como sabem eu sou funda mas não sou larga.
Relembrámos o Penis Migratoris, anjo claramente português (vê-se logo porque tem pêlos debaixo das asas).
O monumento fálico do Ferro proporcionou uma ilusão momentânea de imponência (não confundir com impotência) aos membros que, comparando, ali não passaram de membrinhos...
... e às membranas uma vontade louca de levarem aquilo para suas casas (até porque nem gasta pilhas). Tantos beijinhos e afagos que lhe deram. E este monumento é uma imagem que não perdeu em nada a sua actualidade, pois continua a representar o português: sempre teso!
Na quinta dos Pimpões (que só não sobem mais pontos na minha consideração porque há anos que está no topo) encontramos este belo conjunto escultórico de um homem e de uma mulher...
... sendo que a mulher tinha a rachinha tombada (decerto em combate).
No Restaurante D. Sancho I, em Sortelha (terra que tem um castelo com torre de ménage), onde tivemos um belo almoço de caça e o George Coast (agora rebaptizado de Jorge Gostas de Costas) fez uma demonstração de «entrada triunfal em skate feito com um tapete de Arraiolos», vejam como termina o corrimão das escadas. E depois eu é que sou uma tarada...
Espero que tenham tido todos um bom regresso a casa (inclusivamente o pessoal de Caria, já que ao pé da quinta do Panasco há uma curva manhosa e bebeu-se muito espumante bruto, cerveja e vinho tinto). Bem hajam pela vossa presença e boa disposição. A todos em especial. E vamos começar a pensar no 8º Encontra-a-Funda.
Eu resumiria o fim de semana da seguinte forma: foi um Encontro do caralho. Vou passar a fundamentar porque é que eu a tenho tese:
Eu já ganhei balanço antes quando descobri uma utilidade complementar ao depósito da água de Caria. Não se admirem se nos próximos dias a água sair das torneiras um pouco viscosa. É que foi um dinheirão ali espalhado em KY Gel, pois como sabem eu sou funda mas não sou larga.
Relembrámos o Penis Migratoris, anjo claramente português (vê-se logo porque tem pêlos debaixo das asas).
O monumento fálico do Ferro proporcionou uma ilusão momentânea de imponência (não confundir com impotência) aos membros que, comparando, ali não passaram de membrinhos...
... e às membranas uma vontade louca de levarem aquilo para suas casas (até porque nem gasta pilhas). Tantos beijinhos e afagos que lhe deram. E este monumento é uma imagem que não perdeu em nada a sua actualidade, pois continua a representar o português: sempre teso!
Na quinta dos Pimpões (que só não sobem mais pontos na minha consideração porque há anos que está no topo) encontramos este belo conjunto escultórico de um homem e de uma mulher...
... sendo que a mulher tinha a rachinha tombada (decerto em combate).
No Restaurante D. Sancho I, em Sortelha (terra que tem um castelo com torre de ménage), onde tivemos um belo almoço de caça e o George Coast (agora rebaptizado de Jorge Gostas de Costas) fez uma demonstração de «entrada triunfal em skate feito com um tapete de Arraiolos», vejam como termina o corrimão das escadas. E depois eu é que sou uma tarada...
Espero que tenham tido todos um bom regresso a casa (inclusivamente o pessoal de Caria, já que ao pé da quinta do Panasco há uma curva manhosa e bebeu-se muito espumante bruto, cerveja e vinho tinto). Bem hajam pela vossa presença e boa disposição. A todos em especial. E vamos começar a pensar no 8º Encontra-a-Funda.
23 junho 2007
Ad Perpetuam Migratoris Memoriam
É hoje que os membros e membranas da funda São se encontram pela sétima vez (o número ideal de céu).
Para mim, esta vai ser também uma romagem de saudade ao «Penis Migratoris», que esteve durante vários anos (pintado sabe-se lá por quem...) numa janela mesmo em frente à igreja de Caria.
Até já.
Adivinhem a autora e a que livro pertence este poema
sinto o corpo desamparado
no desejo de ti
as minhas mãos roçam os seios
tensos e cheios
gulosos das tuas
na boca, um alvoroço
a lígua, irrequieta
sôfrega da tua
entre as minhas pernas
o espaço das tuas
que quero invadido
o tronco
tremendo da locura
de repousar no teu peito
nos teus olhos me perco
num abraço profundo
de corpos e almas.
________
Já compraste o livro? Vai estar à venda no 7º Encontra-a-Funda.
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