13 julho 2007

Sexta-feira treze


Do Pragal não se sobe para lado nenhum, a não ser para o céu ou para uma cadeira de rodas se vier o azar de um projéctil alojado nas costas durante uma chuva de balas na ponte.

Mas aquele herdeiro de Fernão Mendes Pinto apregoado por toda a freguesia como o supra-sumo das especiarias em assuntos de cama e que, mais a mais, ele não desmentia, fez com que até numa sexta feira treze eu deitasse as superstições para trás das costas, decidida que estava a agarrar aquela estrutura. Maravilhavam-me as suas histórias e aquele porte de modelo fotográfico, bem escanhoado e bem vestido, um metrossexual a bem dizer.

Levei-o para o meu andar de topo de prédio a pretexto de olhar o Tejo e os braços abertos do Cristo-Rei e comecei a minha investigação operacional retirando-lhe a roupa de marca e expondo a geologia do seu corpinho. À vista desarmada, os seus pilares eram bem mais flácidos e moles do que ansiava e divisei o minúsculo betão que demorou três quinze dias para armar. Em prova tão esforçada registei que a sua mecânica de fluídos funcionava uma vez e ali acabava o projecto que a resistência dos seus materiais não permitia mais dissertação nenhuma.

Fazer dele o eleito e descobrir que à imagem de muita pólvora correspondia um pequeno rastilho, imbuiu-me da resolução de estudar engenharia para doravante calcular correctamente, para além do brilho dos materiais, os métodos e a solidez com que se fazem as pontes.

Maria Árvore

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O Alcaide estica o rastilho e ode:
"Sexta! É o «pato bravo» em prédio alto...
Sonhava a escritora com implosão,
rabisca de vontade a explosão.
Ela quer estrutura e ele um salto.

Enganam-se as vontades no assalto
e o todo que se passa é frustração
neste tipo de momento, de ocasião,
buscando mais prazer em sobressalto.

E a escritora constroi mais uma peça...
pouco cimento e ferro lá em baixo.
Ele não sabe ler, mas recomeça;
tem livros de facturas, pompa e lixo.

E partem os dois cheios de pressa.
É vida que eu entendo e não encaixo"

The pop of fucking / a pop da foda

At last here are some toys that'll go with those Pucci capri pants!
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Finalmente aqui estão alguns brinquedos que combinam bem com aqueles corsários Pucci!


A fabulous collection of dildos inspired by the work of some of the great pop and minimalist painters of the 60s and 70s at Babes n horny.
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Uma colecção fabulosa de dildos inspirados no trabalho de alguns dos maiores pintores pop e minimalistas dos anos 60 e 70, em Babes n horny.


a pop art post by fluffy Lychees

via happy famous artists

Coolish thinks the music was missing: France Gall - Les Sucettes. Now the post is complete!
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A Fresquinha acha que a música faltava: France Gall - Les Sucettes. Agora o post está completo!

Anúncio classificado «solo para follar»

12 julho 2007

Sugestão interessante do Bruno para negócio

Depois do café-psicologia e do café-filosofia, barzinhos e restaurantes onde as pessoas se encontram para debater questões psicológicas e filosóficas, a última tendência na capital francesa é o café-sexo.
Já existem alguns café-sexo, lugares onde são organizados fins de tarde de conversa sobre sexo com datas fixas. Basta enviar um e-mail aos idealizadores após aceder ao site Helene Lechevalier.com e comparecer no barzinho ou no restaurante determinado.
A moda do café-sexo já chegou também à discoteca Reservoir [em Paris], que uma vez por mês realiza o chamado "ZonErotikon". O evento promove uma leitura intelectual do erotismo por meio de debates literários, científicos e filosóficos com a participação de escritores, musicistas, actores e cantores. (lido aqui)


Quem alinha neste negócio?

Porcos!...

trojan_evolve.png
Trojan Evolve

O gargalo perfeito



Para comprar e ver outras especificações

11 julho 2007

Centro do teu centro


Quando estendias a mão começava a viagem e eu, perdida a razão, esquecia pensamentos
Tão intenso o sentir, tão violento o desejo, tão nítida a consciência do corpo.
Tu puxavas-me para seres centro do meu centro
Eu ancorava-me em ti algemada às tuas pernas.
E tu crescias, e tu erguias-me,
E eu ganhava asas e subia e voava
E tocava estrelas e via o paraíso,
E era do paraíso que te diziam os meus olhos
E era no paraíso que o meu corpo queria entrar…
Mas tu seguravas-me querendo-me terra, querendo-me sólida
E prendias as minhas asas e refreavas o meu ímpeto e adiavas-me no teu centro…
Parando…
Prendendo-me…
Subjugando a minha vontade,
Retendo-me...
E eu sem ar procurando a tua boca
Respirando-te,
O corpo tremendo, o peito batendo, não querendo pausas,
Não querendo parado,
O teu centro no meu centro.
Tu oscilavas embalando-me nos braços tentando marcar o compasso e recomeçar devagar.
Mas já o meu corpo bramia
A razão perdida
A cadência lenta que eu não queria
A partida veloz que eu te exigia e tu me davas…
E o mundo invertia-se e a terra era céu e o céu era terra,
E eu rodava porque tu rodavas,
E o paraíso estava na cama
E as estrelas estavam no corpo feitas gotas de suor,
E o tempo nos meus braços,
E o teu centro no meu centro...
E era eu que te puxava e era eu que te exortava e era eu que te exigia
E tu subindo e tu seguindo-me e eu erguendo-te
Eu as tuas asas,
Para ser uma a jornada
Para ser um o caminho
Para juntos chegarmos ao destino
E ser corpo e paraíso
E ser centro do teu centro.

Encandescente

Foto: Howard Schatz

Estou indecisa entre uma salada de tomate e um arroz de grelos...

A Gotinha já tinha atribuído a este blog o prémio «Blog com Tomates»:



A Pandora veio-se atrás e atribuiu a este blog porcalhoto o prémio «Blog com grelos», pois ela sabe bem que eu tenho orgulho no meu grelo:


boa pergunta


Daqui








Daqui




É mesmo...


... uma Papoila a desaBROCHar!
ou uma Pachachoila como a apelidou a São Rosas.

10 julho 2007

Carpe Diem - por RestricteD


"Há dias num funeral reparei que uma familiar da arrefecida, menina para 40-42 anos, morena, escultural, que mesmo a chorar saíam dos poros frases como «vem-te nas minhas mamas», «morde-me»... e eu juro que o meu cérebro ouvia coisas ainda melhores quando ela se baixava para ajeitar as flores, tinha tatuado na cintura, entre o fundo das costas e o começo do rabo, esta divina expressão: «Carpe Diem».
Fantástico, divino, brutal. Não lembra a ninguém.
Imaginei a menina de quatro, eu ali... tau... coiso e... «Carpe Diem». Dá um incentivo do caraças!
Sabem o que significa «carpe diem», não sabem? Vocês sabem de certeza.
Já agora e para terminar, as letras estavam mal desenhadas e sem gosto, tortas, com dimensões diferentes... enfim, rasca.
Mas depois de meditar no assunto percebi porquê: Qual é o ser humano que perante a visão de um cagueiro fenomenal, mesmo ali à frente dos olhos, consegue manter firmeza na mão? Logo presumi que a qualidade artística é inversamente proporcional à entrega ou paixão do artista para com a modelo. É por estas e por outras que cada vez mais acredito no sexo depois da morte. Uma vida não chega.
Carpe Diem.
Dixit
RestricteD"

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É óbvio que sabemos o que quer dizer «Carpe Diem»: é quando o prato do dia é carpa!

E agora, «Carpe Diem» por Alcaide:
"Porquê... visão tão amarga e ela tão doce...
Que todas as promessas não se aliem
à vida na distância... Carpe Diem...
Não seja vida, morte... se ela fosse!

E tudo passa e corre e eu sem posse
daquilo que mais quero. Não se fiem
no que digo e jamais me desafiem,
pois sofro com o que passo! É agridoce!

Um dia estou alegre, outro estou triste,
um dia vejo o céu, outro o inferno
com esta paz em fogo que persiste.

Sempre a este querer também alterno
não querer nunca mais sonho que insiste,
conforme o amor me foge ou é eterno!"

O OrCa gosta de oder quem ode:
"Ao Carpe Diem altamente erótico do Alcaide!

se por carpa se perder em carpe diem
na prosápia de prosódia metediça
que ensandeça a sarda que se atiça
no surdo sorvedouro em que a enfiem

mas que os bardos da bruteza desconfiem
ao cuidar sem cuidados a noviça
que gritará alto aos quatro ventos "-Chiça!"
se apercebe do percebe que lhe enviem

Carpe diem - tatuar assim num rabo
é convite - é delírio - é emoção
que dirá ela então ao ver o nabo
onde ad hoc nele se lê em extensão?

Ad gloriam ele se estira ao fim e ao cabo
pois abusus non tollit usum... ora, então!

(Nota para engenheiros que não deram à língua em latim: a expressão acima, trocada por miúdos, diz-nos que o abuso não tira o uso... As outras são conhecidas, até na UI - porra que me aleijei!...)."


O Alcaide ode a segunda:

"RestricteD e o velório se findaram.
Triste. Sai de tristeza combalido.
Comoção da mulher... fui comovido,
num beijo nossas bocas soluçaram.

Que buscam suas mãos que me agarraram,
depois de nosso abraço tão perdido?
Eu nem cheguei a ser surpreendido
quando olhos espantados nos fitaram!

Ouvi «non tollit usum»... Era o poeta!
Depois, só «carpe diem»... que ele lia
a olhar aquele rabo... sua meta!

Ficamos soletrando o que escrevia,
até chegar ao fim duma punheta!
Ad eternum era foda e poesia..."


OrCa - "A São sabe que eu gosto de aplaudir a Arte, onde ela - a Arte e não a São, ainda que... - se encontre. Assim, naquele velha técnica de o fazer de costas para uma parede, que o seguro morreu de velho, cá vai mais uma vénia ao colega:

já vai funda a sonetada e então
o mais certo é já poucos cá caírem
mas ainda sendo poucos se sentirem
quanto gozo se apura na função

hão-de a nós por certo dar razão
e, os vates, 'inda mais se nos sorrirem,
de verso em verso vão até se virem
de soneto, de quadra... de escantilhão!

Há Alcaides que possuem esse dom
de a verve erguer faceira até ao céu
sem p'ra tanto terem de manchar o tom

eu cá, faço o que posso - que digo eu?
que parece que só ... odo o mau e o bom
quando o pé me descai p'rò escarcéu...

E não é que me ia passando o amável convite/sugestão do Alcaide? Claro que acho essa ideia dos copos excelente. Quem sabe, a dona São não se mete a promover esse encontro...
Lembras-te, São? Havia por aí um projecto literário e tal..."


Alcaide - "Que o vinho não fique na malga e que a ideia siga como a «Cana Verde»

Eu toco a cana verde aos sete mares,
sem grandeza que as ondas lhe levantam,
repico o cavaquinho se me encantam
palavras, poesia e bons cantares.

E soa o eco oco em meus lugares
sem espaço e sem balanços que libertam,
sem força que essas águas tanto lutam
na dança deste vira doutros ares.

E toco e mais retoco esta cantiga,
agora meu bordão é d´encanada...
Que a rusga vire e rasgue quanto siga!

Depois vem esta sede desgarrada
de beber liberdade em voz amiga,
sonhar boas palavras... qual golada!"

São Rosas no Bloganço



"São Rosas numa boa e a internete
só de collants vestida, numa estica,
a escolher do caralho que promete
Se o vermelho como onde ele se mete
Se o rosa, camisola do Benfica!"

Alcaide


Alerta do Bruno:
"ATENÇÃO!
ESTÁ UM NEGRO DEITADO NO CHÃO DA SALA!"

Eu é mais bolos ...
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O Alcaide dedica esta poesia "à Matahary que sempre gostou de bolos... dizem... e diz ela... e pela sua permanente acSão na defesa da consumisSão!

Um bolo com a vela são teus «ânus»
Ponho um cu levantado que se afaga
acendo a vela assim sem dar mais danos
E dou um grande peido... a vela apaga!"