17 julho 2007
16 julho 2007
Ainda estou toda ensopadinha desde ontem...
... e não vale dizerem que estava a chover, porque estava mesmo... mas não foi por isso.
Eu conto: ontem estiveram na FNAC de Coimbra os Vozes da Rádio, para divulgarem o seu mais recente CD («Sete e Picos, Oito e Coisa, Nove e Tal»), de homenagem ao Conjunto António Mafra. Se alguém não conhece os Vozes da Rádio não sabe o que está a perder. Procurem no YouTube por «Vozes da Rádio» e poderão apreciar pérolas deles, algumas com outros artistas bem conhecidos.
Eles aceitaram o nosso convite para almoçarem comigo (estavam em pulgas - pelo menos coçavam-se, discretamente mas eu vi, que sou uma gaja muito presp... perps... ai, a porra, perspicaz - para me conhecerem) e com a Tuna Meliches, antes do espectáculo. Foi muito divertido, incluindo a versão da Tuna Meliches para a «Margarida», dos Vozes da Rádio. Podem ver os videos do ensaio antes e a sério (?!) depois, no blog da Tuna Meliches.
Mas perguntam-me vocês e o manager dos Vozes da Rádio:
- Som [é São em sotaque da Imbicta]... Sonzinha... o que é que isto tem de erótico?
Tudo! Além de serem os cinco muito bem apessoados, prestaram-me uma homenagem no palco da FNAC. Ora apreciem as fodografias e digam lá se não tenho razão para estar toda molhadinha:

Antes de uma das últimas músicas que cantaram, viraram-nos as costas, nos seus impecáveis fatos pretos da Zara...

... tiraram os seus casacos...

... e mostraram a toda a gente o que traziam vestido...

... no corpo e no coração (para ficarmos por aqui).





São Fixes! São Bons! São Formidáveis! São Extraordinários! São...
São Rosas
_______________________________
Se não encontrares o CD deles à venda, envia-lhes o pedido para este e-mail.
E para comprares estas e outras t-shirts minhas tens aqui a informação toda.
Eu conto: ontem estiveram na FNAC de Coimbra os Vozes da Rádio, para divulgarem o seu mais recente CD («Sete e Picos, Oito e Coisa, Nove e Tal»), de homenagem ao Conjunto António Mafra. Se alguém não conhece os Vozes da Rádio não sabe o que está a perder. Procurem no YouTube por «Vozes da Rádio» e poderão apreciar pérolas deles, algumas com outros artistas bem conhecidos.
Eles aceitaram o nosso convite para almoçarem comigo (estavam em pulgas - pelo menos coçavam-se, discretamente mas eu vi, que sou uma gaja muito presp... perps... ai, a porra, perspicaz - para me conhecerem) e com a Tuna Meliches, antes do espectáculo. Foi muito divertido, incluindo a versão da Tuna Meliches para a «Margarida», dos Vozes da Rádio. Podem ver os videos do ensaio antes e a sério (?!) depois, no blog da Tuna Meliches.
Mas perguntam-me vocês e o manager dos Vozes da Rádio:
- Som [é São em sotaque da Imbicta]... Sonzinha... o que é que isto tem de erótico?
Tudo! Além de serem os cinco muito bem apessoados, prestaram-me uma homenagem no palco da FNAC. Ora apreciem as fodografias e digam lá se não tenho razão para estar toda molhadinha:

Antes de uma das últimas músicas que cantaram, viraram-nos as costas, nos seus impecáveis fatos pretos da Zara...

... tiraram os seus casacos...

... e mostraram a toda a gente o que traziam vestido...

... no corpo e no coração (para ficarmos por aqui).





São Fixes! São Bons! São Formidáveis! São Extraordinários! São...
São Rosas
_______________________________
Se não encontrares o CD deles à venda, envia-lhes o pedido para este e-mail.
E para comprares estas e outras t-shirts minhas tens aqui a informação toda.
CISTERNA da Gotinha
A Simony Copter tem pinta de fogosa. Não acham, meninos?!
Três espertalhões querem ser os Playboy Mansion Pool Boys.
Animais e sexo: o que é natural é bom!
A vulva em 3D: sugestão da Fresquinha.
15 julho 2007
14 julho 2007
ao alto amar - resposta ao Orca

O Prazer do Encontro
Debaixo da chuva que molha o alcatrão de uma cidade vazia, acordava a ânsia do encontro. Um olhar furtivo na janela da rua mais feliz da cidade esperava um sinal. O cheiro da castanha assada afogava as narinas, o bater compassado das asas dos pombos ensurdecia. Eram quase dez para as nove mas o tempo não passava. O relógio parado no pulso dos meus afectos, a manhã que se abria lenta e azul, e a memória dos outros dias ..., as mãos que procuravam calar os meus silêncios, e a terra abandonada nos sapatos. Esperava-te. Era tarde.
Era tarde na vida. Eram os restos que sossobravam de vidas já moldadas por martelos e bigornas acesas, cravados no peito da alma de quem apenas viveu, entregue a destinos impostos, outros feitos, outros desfeitos. E restava a esperança de quem se bate nas frentes de muitas guerras, e a vontade de tudo refazer como se esse fosse o primeiro dia das páginas limpas.
Às vezes, sentimos falta de nós. Procuramos em vão nas vielas do encontro e partimos com a mesma falta que nos trouxe ali.
Sentamo-nos em frente a uma alma tão só, como se de nós se tratásse. E reconhecemos, ou não, aquela imagem de nada, que apenas nos traz a pausa dessa busca incessante do que perdemos de nós.
Sorrimos com a timidez de quem não se reconhece, cruzamos sentidos, trocamos os sonhos na espera de um final que não se toca, que não destrói quem participa, mas que também não edifica. Bebemos o café da conversa, procuramos a cumplicidade no que partilhamos, e sentimo-nos tão perto de sermos aquele que procuramos.
E na rua molhada e no alcatrão de duas sobras de coisas, nasce a cidade cheia, mas tão vazia como dantes.
fresquinha
Debaixo da chuva que molha o alcatrão de uma cidade vazia, acordava a ânsia do encontro. Um olhar furtivo na janela da rua mais feliz da cidade esperava um sinal. O cheiro da castanha assada afogava as narinas, o bater compassado das asas dos pombos ensurdecia. Eram quase dez para as nove mas o tempo não passava. O relógio parado no pulso dos meus afectos, a manhã que se abria lenta e azul, e a memória dos outros dias ..., as mãos que procuravam calar os meus silêncios, e a terra abandonada nos sapatos. Esperava-te. Era tarde.
Era tarde na vida. Eram os restos que sossobravam de vidas já moldadas por martelos e bigornas acesas, cravados no peito da alma de quem apenas viveu, entregue a destinos impostos, outros feitos, outros desfeitos. E restava a esperança de quem se bate nas frentes de muitas guerras, e a vontade de tudo refazer como se esse fosse o primeiro dia das páginas limpas.
Às vezes, sentimos falta de nós. Procuramos em vão nas vielas do encontro e partimos com a mesma falta que nos trouxe ali.
Sentamo-nos em frente a uma alma tão só, como se de nós se tratásse. E reconhecemos, ou não, aquela imagem de nada, que apenas nos traz a pausa dessa busca incessante do que perdemos de nós.
Sorrimos com a timidez de quem não se reconhece, cruzamos sentidos, trocamos os sonhos na espera de um final que não se toca, que não destrói quem participa, mas que também não edifica. Bebemos o café da conversa, procuramos a cumplicidade no que partilhamos, e sentimo-nos tão perto de sermos aquele que procuramos.
E na rua molhada e no alcatrão de duas sobras de coisas, nasce a cidade cheia, mas tão vazia como dantes.
fresquinha
13 julho 2007
ao alto amar
A maria-árvore é inspiradora. As suas aventuras narradas têm o condão de nos propor universos que, andando por aí, nem sempre pressentimos. Este último, mais abaixo publicado, leva-nos a algum arranha-céus, povoado de desejos (e, talvez, até de frustrações). Mas podemos sempre imaginar um enredo mais conseguido para as partes envolvidas...
o alto do edifício intuía
naquela lassidão de movimentos
um não-sei-quê talvez de nostalgia
que fluía no cabelo solto aos ventos
ele e ela no concerto da paisagem
num abraço azul de mar sobre a cidade
soçobrado ‘inda antes da viagem
como afago que se dessem sem idade
as mãos e os dedos tensos procurando
o que os corpos de horizonte se ofereciam
encontrando quase sempre o que vão dando
quase sempre ofertando o que escondiam
os olhos se mordendo mal se olhando
as bocas sufocadas se incendeiam
os corpos se descobrem sempre quando
se enlaçam no saber porque se enleiam
e vogam nesse mar sem dor nem mágoas
albatrozes que pairando lançam véu
na cidade transmutada num mar de águas
e o terraço ilha de amar aberta ao céu.
o alto do edifício intuía
naquela lassidão de movimentos
um não-sei-quê talvez de nostalgia
que fluía no cabelo solto aos ventos
ele e ela no concerto da paisagem
num abraço azul de mar sobre a cidade
soçobrado ‘inda antes da viagem
como afago que se dessem sem idade
as mãos e os dedos tensos procurando
o que os corpos de horizonte se ofereciam
encontrando quase sempre o que vão dando
quase sempre ofertando o que escondiam
os olhos se mordendo mal se olhando
as bocas sufocadas se incendeiam
os corpos se descobrem sempre quando
se enlaçam no saber porque se enleiam
e vogam nesse mar sem dor nem mágoas
albatrozes que pairando lançam véu
na cidade transmutada num mar de águas
e o terraço ilha de amar aberta ao céu.
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