21 julho 2007
20 julho 2007
A política pode ser altamente erótica...
"Ferreira Leite «é uma terceira via muito excitante»"
(título de uma notícia do Público de hoje,
sobre o que pensa António Capucho
... mas também pode ser (e é-o sobejas vezes) pornográfica:
"IVG: Alberto João Jardim admite que a lei está em vigor, mas não vai ser aplicada na Madeira por falta de verbas"
(dos jornais)
Bom fim de semana
Foto: Igor Amelkovich
uma carta
hoje resolvi escrever-te uma carta, não te vou escrever um poema
vou falar-te dos homens na minha vida, daqueles que não são como tu
estes gostam de sexo, gostam do meu corpo, gostam do prazer que lhes dou
tu também gostavas, também me desejavas...
mas abriste mão desses momentos de paixão que sentimos
as minhas estavam fechadas, apertadas, com medo que escorresses entre os meus dedos!
mesmo assim, não te consegui segurar...
fui tua, tão tua que nem podes imaginar!
a ti me entreguei, em ti me perdi, em ti vivi de sonhos
agora já não sou assim, agora já não me entrego
dou o meu corpo em troca de sensações
recebo desejo em troca de ilusões
e eles gostam...
imaginam que me conquistam, mas a conquista é minha
são um brinquedo nas minhas noites, perdem o interesse quando passa a novidade
eles pensam que o brinquedo sou eu...
palavras que pronuncio, gestos que exibo, olhares que desafio
provoco-os, seduzo-os, uso-os...
sem sentimentos, para além do bem estar, do prazer
a eles, não digo que amo... meu amor...
Publicado aqui a 26 de Janeiro de 2005
19 julho 2007
Homo Erectus Abdominis
- São palavras, senhor... E do seu regaço brotaram rosas.
Eu, OrCa, fiz uma lauda Ao Alto Amar, a que a Fresquinha logo replicou com um Prazer do Encontro (Ao Alto Amar – Resposta ao Orca), sendo assim geradas outras duas entradas no dia-a-dia da São – quem estiver muito interessado em conhecer todo o enredo pode ir procurar estes textos, recentemente publicados, para ficar com a colecção completa… Pelo caminho ficaram, em jeito de comentários, algumas pérolas e algumas pedras semi-preciosas, que não interessa desperdiçar e que aqui vos deixo.
O Alcaide reinventa a história num soneto que lá foi publicado, sequenciando a sexta-feira, mas logo depois dá-lhe outro entorno:
Alice... na cidade das maravilhas
Alice... maravilha da cidade!
Eu, OrCa, achei por bem ir-lhe no encalço. Pegando então em sugestões que por aí se deixam, lembrei-me da Invenção do Amor do Daniel Filipe:
O Alcaide achou por bem pegar no testemunho e dar mais uma volta à pista:
Depois, a noite passa...
A Fresquinha olhou para a Alice (que o Alcaide entretanto inventara) olhos nos olhos e…
Se por entre as pernas do desejo, que toca a alma no doce desse amante, encontrares o hino de uma paixão ardida, a dor do partir e não ficar, de o querer assim sem o ter,
São mentiras que se atiram aos girassóis das janelas,
São mentiras que separam as estradas das vielas,
São mentiras que se erguem de portas sentinelas.
Cuida de ti, Alice...
18 julho 2007
Tesão das compras
Pouco me ralou uns dias de barba crespa que uma boa base pela manhã disfarça as faces encarniçadas e até deu azo para insistir nuns abdominais para me sugar os seios quando abancava a minha bacia no topo das suas coxas para comprimir em andamento allegro a sua batuta esponjosa.
Mas nem o seu ar ora aflito e cansado ora irritadiço e resmungão me demoveu de uma recusa. Não ia eu calcorrear lojas de roupa masculina em busca das protectoras calças com botões porque para começo, não lhe faltavam os pezinhos e depois, nas situações de prevenção de catástrofe também não lhe exigia que me fosse comprar tampões.