21 julho 2007

Censura é aqui ao lado... também


Esta revista Espanhola (já com 30 anos) foi secuestrada por orden judicial... e o motivo deve estar, possivelmente relacionado com o tema da capa.

El Jueves ha publicado decenas, cientos de dibujos sobre la familia real ( y sobre políticos, famosos, la ETA y todo lo que se mueve). ...

a propósito d'"o tesão das compras" da maria-árvore...

... entrado lá mais abaixo, aqui deixo uma pequena crónica do quotidiano, em que males vêm por bem... Um croneto, portanto:

cum camandro! gritou ele para a mulher
saltitando quarto fora alucinado
ela atónita ouve-lhe em tom gazeado:
“- Entalei os guizos no fecho éclair!”

ai-ai-ai percorre o quarto a gemer
ui-ui-ui ora em pé, ora deitado
mete a mão quer de frente quer de lado,
mas não vê forma de se descoser

na aflição cai ao chão, bate na cama,
esperneia, grita tal se o matavam
enquanto ela tanto ri que a cama abana

e por entre os vizinhos que escutavam
o alarido, o chinfrim, ganhou a fama
de ser na cama maior do que julgavam…

Piadinha

E já conhecem a piada mais recente?!

Um ladrão decide assaltar uma loja do Benfica. Quando é apanhado pela polícia defende-se, dizendo:

São Rosas, senhor, são rosas”!






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"e as papoilas saltitantes
nesse campo da vitória
desbotaram radiosas
nunca mais como eram dantes
e da relva nasce a história
talvez «orgulho das rosas»..."
Alcaide

Viagem interactiva

Com o botão esquerdo do rato pressionado, viaja pelo desenho. E vai cricando nos pedaços de desenho de outra cor, para abrires outro desenho...



ShowStudio - interactive


Sugestão da Fresquinha

golf, esse desporto de buracos


20 julho 2007

A política pode ser altamente erótica...


"Ferreira Leite «é uma terceira via muito excitante»"
(título de uma notícia do Público de hoje,
sobre o que pensa António Capucho
do Conselho Nacional de amanhã do PSD)

... mas também pode ser (e é-o sobejas vezes) pornográfica:

"IVG: Alberto João Jardim admite que a lei está em vigor, mas não vai ser aplicada na Madeira por falta de verbas"
(dos jornais)

Bom fim de semana


Foto: Igor Amelkovich

uma carta

maurizio mauri

hoje resolvi escrever-te uma carta, não te vou escrever um poema
vou falar-te dos homens na minha vida, daqueles que não são como tu
estes gostam de sexo, gostam do meu corpo, gostam do prazer que lhes dou
tu também gostavas, também me desejavas...
mas abriste mão desses momentos de paixão que sentimos
as minhas estavam fechadas, apertadas, com medo que escorresses entre os meus dedos!
mesmo assim, não te consegui segurar...
fui tua, tão tua que nem podes imaginar!
a ti me entreguei, em ti me perdi, em ti vivi de sonhos
agora já não sou assim, agora já não me entrego
dou o meu corpo em troca de sensações
recebo desejo em troca de ilusões
e eles gostam...
imaginam que me conquistam, mas a conquista é minha
são um brinquedo nas minhas noites, perdem o interesse quando passa a novidade
eles pensam que o brinquedo sou eu...
palavras que pronuncio, gestos que exibo, olhares que desafio
provoco-os, seduzo-os, uso-os...
sem sentimentos, para além do bem estar, do prazer
a eles, não digo que amo... meu amor...

Publicado aqui a 26 de Janeiro de 2005

CISTERNA da Gotinha



Um livrinho para colorir : não aconselhado a crianças.


detalhes inesquecíveis.


Bar da Rodoviária: há muito tempo que não ando de autocarro mas não me lembro que fosse assim...

corpetes vaginais


19 julho 2007

Homo Erectus Abdominis


via Lola Gallery - Fine Art posters

- São palavras, senhor... E do seu regaço brotaram rosas.

Passeando pelo jardim d’A Funda, sorvendo o que por aqui floresce, lembrou-se a maria-árvore de nos relatar um amor de alto-lá-edifício, com Tejo ao fundo e Cristo-Rei à ilharga, talvez abençoando o evento ou para esconjurar uma sexta-feira treze. E estava criada a espiral.

Eu, OrCa, fiz uma lauda Ao Alto Amar, a que a Fresquinha logo replicou com um Prazer do Encontro (Ao Alto Amar – Resposta ao Orca), sendo assim geradas outras duas entradas no dia-a-dia da São – quem estiver muito interessado em conhecer todo o enredo pode ir procurar estes textos, recentemente publicados, para ficar com a colecção completa… Pelo caminho ficaram, em jeito de comentários, algumas pérolas e algumas pedras semi-preciosas, que não interessa desperdiçar e que aqui vos deixo.

O Alcaide reinventa a história num soneto que lá foi publicado, sequenciando a sexta-feira, mas logo depois dá-lhe outro entorno:

Alice... na cidade das maravilhas

Que vida tem história já sem vida?
Era uma vez a Luz. Morreu sem Lua.
Cidade já não canta, apaga a rua
Alice... ali fenece, ‘stá escondida.

Era uma vez mais tarde. Já esquecida.
Cidade está mais triste mas é sua,
a história vai correr mas não flutua,
no sonho dessa luz que foi perdida.

Dos braços que agarraram realidade,
dos lábios que beijaram no momento
dos corpos enlaçados na verdade,
apenas vive um sonho e o lamento...

Alice... maravilha da cidade!
E sua mão afagou meu pensamento.

Eu, OrCa, achei por bem ir-lhe no encalço. Pegando então em sugestões que por aí se deixam, lembrei-me da Invenção do Amor do Daniel Filipe:

e depois do afago fez-se a noite
que de claro o luar bem mais parecia
nada neles ser mais claro do que o dia
nem do amor gesto algum que não se afoite

e depois do lamento a ousadia
de não ter pensamento que se acoite
ou pecado que fustigue como açoite
por se darem um ao outro em alegria

e então o sonho riu da realidade
enlaçados os amantes perseguidos
quando esta pressentiu essa verdade

e o prazer e o amar já tão perdidos
despertaram-se um ao outro na cidade
de por entre esses dois corpos tão unidos.

O Alcaide achou por bem pegar no testemunho e dar mais uma volta à pista:

Depois, a noite passa...

E a noite da cidade amanheceu
e o torpor que nos corpos acontece
fez certa languidez que a noite tece,
e o sonho se acordou e reviveu

Sorri de olhos fechados como eu.
Só via um seio nu que aparece,
e o calor de uma coxa que apetece
e a língua nos seus lábios, prometeu.

E o Sol fez a cidade clarear
um corpo de dois corpos que se estreitam
um dique que se abriu de tanto amar.

Então são as cabeças que se deitam
no peito de uma paz e de um olhar.
E a vida a guerra e o medo não espreitam.

A Fresquinha olhou para a Alice (que o Alcaide entretanto inventara) olhos nos olhos e…

Cuida de ti, Alice!

Se por entre as rugas do lençol, que roça na pele o sal desse amante, encontrares a verdade do afago e o respirar incessante do pêlo e da ponta da língua,

Se por entre as pernas do desejo, que toca a alma no doce desse amante, encontrares o hino de uma paixão ardida, a dor do partir e não ficar, de o querer assim sem o ter,
Cuida de ti, Alice !

São mentiras que se atiram aos girassóis das janelas,
São mentiras que separam as estradas das vielas,
São mentiras que se erguem de portas sentinelas.

Cuida de ti, Alice...