27 julho 2007
26 julho 2007
O mundo ao contrário
Não me aconteceu uma, nem duas, nem três vezes. Já me aconteceu várias vezes dizerem-me "adoro ver-te quando estás zangada", ou "dá-me tesão ver-te fula".
Andei a pesquisar, no google mas não só, se há alguma explicação para isto. Ou não consigo escolher as palavras certas, ou simplesmente não existe qualquer explicação. Mas há um impulso qualquer, mesmo sexual, que é activado quando as pessoas (ok, vou pôr "algumas"), algumas pessoas, se zangam. Não sei se em zangas mesmo a sério, ou em relações sérias, isto se verificará... Mas nas irritações de menor importância, naquelas que depois acabam com as pessoas a rir, acontecerá muito o que sinto e vejo, que é o tirarem-me do sério ser proporcional ao aumento do pénis? Que cena!
Andei a pesquisar, no google mas não só, se há alguma explicação para isto. Ou não consigo escolher as palavras certas, ou simplesmente não existe qualquer explicação. Mas há um impulso qualquer, mesmo sexual, que é activado quando as pessoas (ok, vou pôr "algumas"), algumas pessoas, se zangam. Não sei se em zangas mesmo a sério, ou em relações sérias, isto se verificará... Mas nas irritações de menor importância, naquelas que depois acabam com as pessoas a rir, acontecerá muito o que sinto e vejo, que é o tirarem-me do sério ser proporcional ao aumento do pénis? Que cena!
Viva o conjunto António Mafra! Viva! Vivam os Vozes da Rádio! Vivam!
Já falei aqui sobre os Vozes da Rádio. Sou fã desde há alguns anos. Desde que se vieram a Coimbra, não tenho por eles uma amizade colorida mas sim uma amizade molhadita.... hmmm...
E não foi preciso procurar muito para encontrar mais um pretexto para vos recomendar o CD mais recente, «Sete e Picos Oito e Coisa Nove e Tal», de homenagem ao conjunto António Mafra. É que este grupo, que faz parte do património do Porto, é uma malandrice pegada. Apreciem o erotismo da canção «Chapéu de Palha Faz Sombra»:
"Chapéu de palha faz sombra
Faz sombra quando está sol
E eu, de cabeça ao léu
Sem ter um chapéu
Fico todo mole
Chapéu de palha faz sombra
Faz sombra e até escuro
Dá-me a sombrinha do teu
Verás como eu
Fico todo duro"
_______________________________
Se não encontrares o CD deles à venda, envia-lhes o pedido para este e-mail.
E não foi preciso procurar muito para encontrar mais um pretexto para vos recomendar o CD mais recente, «Sete e Picos Oito e Coisa Nove e Tal», de homenagem ao conjunto António Mafra. É que este grupo, que faz parte do património do Porto, é uma malandrice pegada. Apreciem o erotismo da canção «Chapéu de Palha Faz Sombra»:
"Chapéu de palha faz sombra
Faz sombra quando está sol
E eu, de cabeça ao léu
Sem ter um chapéu
Fico todo mole
Chapéu de palha faz sombra
Faz sombra e até escuro
Dá-me a sombrinha do teu
Verás como eu
Fico todo duro"
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Se não encontrares o CD deles à venda, envia-lhes o pedido para este e-mail.
25 julho 2007
Jardim pornográfico
"A Madeira «nunca, nunca, nunca» aplicará a lei da interrupção da gravidez"
Jaime Ramos, líder do grupo parlamentar do PSD da Madeira
"A «função das mulheres é a procriação»"
Rafaela Fernandes, jovem deputada do PSD da Madeira
in Público de hoje
________________
E quem melhor que o OrCa para oder isto?
"a Madeira é um Jardim
medram lá flores de estaca
sabem só dizer sim-sim
ao Alberto patriarca
se o Coito aos cravos repele
o patriarca da asneira
vestiu donzela com pele
de uma vaca parideira
e à Madeira azarada
em que um muge e outro bale
virá quando essa fézada
de haver alguém que o cale?
não por morte ou por má perda
nem por rezas ou má sina
mas porque diz tanta merda
deitando-lhe a merda em cima
não basta um Coito manguela
que ao cravo nem o cheira
vem agora a Rafaela
armada em vaca leiteira
tenho p'ra mim que o tormento
vem do orçamento afinal
porque lhes falta o fermento
armam este Carnaval
uns de bonzos - outros banzos
sabe-se lá como e onde
nós por cá com ar de tansos
por lá... abortos que abonde!..."
Jaime Ramos, líder do grupo parlamentar do PSD da Madeira
"A «função das mulheres é a procriação»"
Rafaela Fernandes, jovem deputada do PSD da Madeira
in Público de hoje
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E quem melhor que o OrCa para oder isto?
"a Madeira é um Jardim
medram lá flores de estaca
sabem só dizer sim-sim
ao Alberto patriarca
se o Coito aos cravos repele
o patriarca da asneira
vestiu donzela com pele
de uma vaca parideira
e à Madeira azarada
em que um muge e outro bale
virá quando essa fézada
de haver alguém que o cale?
não por morte ou por má perda
nem por rezas ou má sina
mas porque diz tanta merda
deitando-lhe a merda em cima
não basta um Coito manguela
que ao cravo nem o cheira
vem agora a Rafaela
armada em vaca leiteira
tenho p'ra mim que o tormento
vem do orçamento afinal
porque lhes falta o fermento
armam este Carnaval
uns de bonzos - outros banzos
sabe-se lá como e onde
nós por cá com ar de tansos
por lá... abortos que abonde!..."
Ando assim...
CISTERNA da Gotinha
Também já dá às mulheres: Burden of Inch Angst Now Shared by Both Sexes.
Vinte fotografias da jeitosa Ana Paula Oliveira.
A moça chama-se Lisa Boyle e tem um portfolio carregadinho de fotos sensuais.
24 julho 2007
Amor Hollywood
Que se lixe o amor bacoco
"I'll never forget you love of my life",
Filme, Hollywood, guião traçado
Never, forever,
De mãos dadas
Lado a lado.
Que se lixem as juras-promessas de amor verdadeiro
Puro, exclusivo e derradeiro,
Conversa da treta, destino traçado,
Romeu-Julieta,
Tragédia grega,
Sina e fado.
Que se lixe o amor exclamação,
Sem ponto final ou interrogação.
Eu mudo de linha e a tracejado,
A negro escrito bem carregado,
Declaro mentira o amor fado,
O amor garante de eternidade.
Palavras vãs,
Palavras ocas,
Palavras ditas por um momento,
Querer magia e encantamento,
Ilusões ocas,
Sonhos vazios,
No happy endings mas endings frios.
Sonhos desfeitos, desbaratados,
Corações-cacos, logo colados,
Que o novo amor mora ali ao lado
Único, puro e derradeiro.
Como foi o último
Ou como o primeiro,
"I’ll never forget you love of my life".
Novas promessas e encantamentos,
Eternidade por uns momentos.
O corpo outro,
Igual o fado,
Que o amor forever tem tempo marcado.
"I'll never forget you love of my life",
Filme, Hollywood, guião traçado
Never, forever,
De mãos dadas
Lado a lado.
Que se lixem as juras-promessas de amor verdadeiro
Puro, exclusivo e derradeiro,
Conversa da treta, destino traçado,
Romeu-Julieta,
Tragédia grega,
Sina e fado.
Que se lixe o amor exclamação,
Sem ponto final ou interrogação.
Eu mudo de linha e a tracejado,
A negro escrito bem carregado,
Declaro mentira o amor fado,
O amor garante de eternidade.
Palavras vãs,
Palavras ocas,
Palavras ditas por um momento,
Querer magia e encantamento,
Ilusões ocas,
Sonhos vazios,
No happy endings mas endings frios.
Sonhos desfeitos, desbaratados,
Corações-cacos, logo colados,
Que o novo amor mora ali ao lado
Único, puro e derradeiro.
Como foi o último
Ou como o primeiro,
"I’ll never forget you love of my life".
Novas promessas e encantamentos,
Eternidade por uns momentos.
O corpo outro,
Igual o fado,
Que o amor forever tem tempo marcado.
Foto:Agnieszka Uziębło
Meter no saco... mas não a viola!
Num dos mais recentes episódios de "Nip Tuck" — série que prima pela qualidade e por uma intensa carga erótica em quase todos os episódios, quer pela beleza dos actores e actrizes, quer por práticas sexuais explícitas ou afloradas, sempre com uma atmosfera muito azul, mas ao mesmo tempo muito quente — na sexta-feira passada, no canal Fox Life, um dos médicos protagonistas tem relações sexuais com uma ex-paciente, incitando-a usar um saco de papel na cabeça. De imediato me lembrei do artigo que tinha lido há algum tempo, aqui, sobre o que seria um novo "jogo sexual", ou fetiche: usar sacos de papel na cabeça enquanto se têm relações sexuais, o "bagging". Quando lemos o artigo ficamos com a impressão que há mesmo uma nova tendência, uma nova brincadeira, uma nova... descoberta. Mas é interessante notar que, quando pesquisamos na net, uma grande parte das referências de "bagging + sex" vai dar a esse mesmo artigo.
Bom, mas resumidamente, "bagging" ou "masking" significa que alguns casais consideram o máximo "brincar" com sacos de papel na cabeça. As justificações são, usando as palavras de uma entrevistada, "o Phil adora estar no seu mundo com a sua cabeça no saco" e "ele não pode ver a minha cara, portanto pode relaxar e concentrar-se no seu próprio prazer e necessidades". Ou, ainda "e funciona também ao contrário. Não consigo ver a cara familiar do meu marido, por isso posso fingir que estou a praticar sexo com um anónimo que só está ali para fazer o que eu lhe disser".
Eu digo sempre, aqui e em qualquer lado, que cada casal deve fazer o que mais apetecer para apimentar e variar a sua vida sexual, desde que seja consentido entre os seus membros, e entre estes e outros que sejam chamados a participar nas aventuras. Por isso, terei de continuar a afirmá-lo depois de exemplos deste género. O que me parece, aqui, é que se podem ter os benefícios que o saco de papel traz, sem este ser preciso. Um bom relacionamento sexual, com amor ou sem ele, incluirá — ou eu sou muito exigente, eventualmente... — permitirem-se fantasias. E se ao meu parceiro lhe apetecer fantasiar que eu sou, sei lá... a minha querida Julianne Moore, ou a Angelina Jolie querida dele(s), quem sou eu para não deixar? Até me eleva! O prazer dele em estar comigo passará, também, por eu lhe permitir que a mente dele viaje por onde ele quiser, é a minha opinião. Assim como se me apetecer dizer-lhe que estou a sentir um desejo enorme porque estou a imaginar-me ali com ele e com outro gajo a mexer-me nos sítios que sobrarem ser mexidos, quero sentir-me à-vontade para o fazer...
Pois, é por estas e por outras que não gosto de variar de parceiro. Porque me vou convencendo que não há muitos que correspondam à minha lista de requisitos...
Quanto aos "mascarados", desejo-lhes que desfrutem e tirem o maior partido da novidade que retiram dessa prática. Mas, já agora, sugiro é que usem algo mais interessante que um saco de papel para "ficarem nos vossos mundos". Eu colaria, por exemplo a uma meia de nylon que a minha cabeça vestisse, uma fotografia da mulher mais desejada pelo meu parceiro... entre outras ideias que, com certeza, pudesse vir a ter.
Bom, mas resumidamente, "bagging" ou "masking" significa que alguns casais consideram o máximo "brincar" com sacos de papel na cabeça. As justificações são, usando as palavras de uma entrevistada, "o Phil adora estar no seu mundo com a sua cabeça no saco" e "ele não pode ver a minha cara, portanto pode relaxar e concentrar-se no seu próprio prazer e necessidades". Ou, ainda "e funciona também ao contrário. Não consigo ver a cara familiar do meu marido, por isso posso fingir que estou a praticar sexo com um anónimo que só está ali para fazer o que eu lhe disser".
Eu digo sempre, aqui e em qualquer lado, que cada casal deve fazer o que mais apetecer para apimentar e variar a sua vida sexual, desde que seja consentido entre os seus membros, e entre estes e outros que sejam chamados a participar nas aventuras. Por isso, terei de continuar a afirmá-lo depois de exemplos deste género. O que me parece, aqui, é que se podem ter os benefícios que o saco de papel traz, sem este ser preciso. Um bom relacionamento sexual, com amor ou sem ele, incluirá — ou eu sou muito exigente, eventualmente... — permitirem-se fantasias. E se ao meu parceiro lhe apetecer fantasiar que eu sou, sei lá... a minha querida Julianne Moore, ou a Angelina Jolie querida dele(s), quem sou eu para não deixar? Até me eleva! O prazer dele em estar comigo passará, também, por eu lhe permitir que a mente dele viaje por onde ele quiser, é a minha opinião. Assim como se me apetecer dizer-lhe que estou a sentir um desejo enorme porque estou a imaginar-me ali com ele e com outro gajo a mexer-me nos sítios que sobrarem ser mexidos, quero sentir-me à-vontade para o fazer...
Pois, é por estas e por outras que não gosto de variar de parceiro. Porque me vou convencendo que não há muitos que correspondam à minha lista de requisitos...
Quanto aos "mascarados", desejo-lhes que desfrutem e tirem o maior partido da novidade que retiram dessa prática. Mas, já agora, sugiro é que usem algo mais interessante que um saco de papel para "ficarem nos vossos mundos". Eu colaria, por exemplo a uma meia de nylon que a minha cabeça vestisse, uma fotografia da mulher mais desejada pelo meu parceiro... entre outras ideias que, com certeza, pudesse vir a ter.
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