24 julho 2007

Meter no saco... mas não a viola!

Foto de Andreas Jahn

Num dos mais recentes episódios de "Nip Tuck" — série que prima pela qualidade e por uma intensa carga erótica em quase todos os episódios, quer pela beleza dos actores e actrizes, quer por práticas sexuais explícitas ou afloradas, sempre com uma atmosfera muito azul, mas ao mesmo tempo muito quente — na sexta-feira passada, no canal Fox Life, um dos médicos protagonistas tem relações sexuais com uma ex-paciente, incitando-a usar um saco de papel na cabeça. De imediato me lembrei do artigo que tinha lido há algum tempo, aqui, sobre o que seria um novo "jogo sexual", ou fetiche: usar sacos de papel na cabeça enquanto se têm relações sexuais, o "bagging". Quando lemos o artigo ficamos com a impressão que há mesmo uma nova tendência, uma nova brincadeira, uma nova... descoberta. Mas é interessante notar que, quando pesquisamos na net, uma grande parte das referências de "bagging + sex" vai dar a esse mesmo artigo.
Bom, mas resumidamente, "bagging" ou "masking" significa que alguns casais consideram o máximo "brincar" com sacos de papel na cabeça. As justificações são, usando as palavras de uma entrevistada, "o Phil adora estar no seu mundo com a sua cabeça no saco" e "ele não pode ver a minha cara, portanto pode relaxar e concentrar-se no seu próprio prazer e necessidades". Ou, ainda "e funciona também ao contrário. Não consigo ver a cara familiar do meu marido, por isso posso fingir que estou a praticar sexo com um anónimo que só está ali para fazer o que eu lhe disser".
Eu digo sempre, aqui e em qualquer lado, que cada casal deve fazer o que mais apetecer para apimentar e variar a sua vida sexual, desde que seja consentido entre os seus membros, e entre estes e outros que sejam chamados a participar nas aventuras. Por isso, terei de continuar a afirmá-lo depois de exemplos deste género. O que me parece, aqui, é que se podem ter os benefícios que o saco de papel traz, sem este ser preciso. Um bom relacionamento sexual, com amor ou sem ele, incluirá — ou eu sou muito exigente, eventualmente... — permitirem-se fantasias. E se ao meu parceiro lhe apetecer fantasiar que eu sou, sei lá... a minha querida Julianne Moore, ou a Angelina Jolie querida dele(s), quem sou eu para não deixar? Até me eleva! O prazer dele em estar comigo passará, também, por eu lhe permitir que a mente dele viaje por onde ele quiser, é a minha opinião. Assim como se me apetecer dizer-lhe que estou a sentir um desejo enorme porque estou a imaginar-me ali com ele e com outro gajo a mexer-me nos sítios que sobrarem ser mexidos, quero sentir-me à-vontade para o fazer...
Pois, é por estas e por outras que não gosto de variar de parceiro. Porque me vou convencendo que não há muitos que correspondam à minha lista de requisitos...
Quanto aos "mascarados", desejo-lhes que desfrutem e tirem o maior partido da novidade que retiram dessa prática. Mas, já agora, sugiro é que usem algo mais interessante que um saco de papel para "ficarem nos vossos mundos". Eu colaria, por exemplo a uma meia de nylon que a minha cabeça vestisse, uma fotografia da mulher mais desejada pelo meu parceiro... entre outras ideias que, com certeza, pudesse vir a ter.

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