13 agosto 2007
CISTERNA da Gotinha
Oferta mamária ao Charlie e a outros interessados.
A actriz portuguesa Paula Neves na GQ.
Livro picante é reeditado 93 anos depois: «Folclore pornográfico da Figueira da Foz». A São Rosas vai entrar em despesas.
Sexo em Saldo: a crise até já se reflecte nesta indústria.
Esta mala giríssima deveria chamar-se "São Rosas". Neste Blog fazem-se peças absolutamente apaixonantes em feltro. Façam uma visita e digam que vão da minha parte porque eu vou encomendar uma mala e pode ser que a Mariela me faça um desconto simpático (... cof... cof...) com toda esta publicidade e elogios.
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O Charlie ode às ofertas mamárias:
"Oh Gotinha de Mel
que me fazes os desejos do corpo
arder em brasas de fel...
Como gosto dumas belas mamocas.
Afundar a boca, os lábios e o ser
e perder-me até já não saber
onde o Norte fica,
nem o Sul, nem as outras...
Obrigado e nunca te doam as mamas, digo as mãos..."
12 agosto 2007
Pensava que escapava...
... mas eu nunca poderia deixar piçar sem qualquer refodência esta edição tão evocadora, tão deliciosa, tão entesante (sim, sim, eu disse interessante), tão... tão... da Volta a Portugal em Bicicleta!
Nunca mais Volta a haver igual!
"Em homenagem a tão singular Volta:
volta e meia, à meia-volta
nessa torção que comove
vai-se na ganga com escolta
numa pressa, tudo a nove
pedala um dois e três
quatro e cinco e depois seis
pedalam todos à vez
em bicha, como sabeis
tanto deram ao pedal
tanto sprint ano a fio
que chegaram afinal
dando esta volta com brio
pelas estradas à solta
tudo desce e tudo sobe
e tudo deu uma volta
na Volta sessenta e nove..."
OrCa
Nunca mais Volta a haver igual!
"Em homenagem a tão singular Volta:
volta e meia, à meia-volta
nessa torção que comove
vai-se na ganga com escolta
numa pressa, tudo a nove
pedala um dois e três
quatro e cinco e depois seis
pedalam todos à vez
em bicha, como sabeis
tanto deram ao pedal
tanto sprint ano a fio
que chegaram afinal
dando esta volta com brio
pelas estradas à solta
tudo desce e tudo sobe
e tudo deu uma volta
na Volta sessenta e nove..."
OrCa
Sopa da Pedra
Posso andar para aí a saltar de cama em cama que não sou lapidada por isso. Apenas as seguradoras nos seus préstimos de saúde me exigem análises nos seus laboratórios para a minha heterossexualidade não lhes gorar os negócios.
E apesar disso há alturas em que sinto que me enfiaram uma burka na cabeça. A minha avó católica acreditava na salvação por mor de uns bentinhos de pano pendurados num nagalho bem aconchegadinhos ao peito tal e qual como o actual papa vem pregar pela igualdade entre homem e mulher dentro da família e no seu seio, é que nem ginjas que as mulheres são gente hierarquicamente de segunda como na democracia ateniense.
Isto lembra-me logo aquele gajo de bigode com quem troquei uns fluídos durante uns meses das nossas vidas, sindicalista acérrimo defensor de trabalho igual, salário igual, até perceber que quando ele entrava em casa, assim como pousava as chaves pendurava os ideais no bengaleiro e refastelava-se na distribuição de tarefa nenhuma que fazia-me o favor de me admitir igual em termos profissionais e dona da casa a nível doméstico. Como se isto não bastasse a sua crescente queda pela posição de papo para o ar e uma língua que cada dia trazia mais cansada desequilibraram ainda mais a correlação de forças e tive de lhe dizer, frente a frente, olhos nos olhos, que para montar burros preferia a ilha Graciosa.
E apesar disso há alturas em que sinto que me enfiaram uma burka na cabeça. A minha avó católica acreditava na salvação por mor de uns bentinhos de pano pendurados num nagalho bem aconchegadinhos ao peito tal e qual como o actual papa vem pregar pela igualdade entre homem e mulher dentro da família e no seu seio, é que nem ginjas que as mulheres são gente hierarquicamente de segunda como na democracia ateniense.
Isto lembra-me logo aquele gajo de bigode com quem troquei uns fluídos durante uns meses das nossas vidas, sindicalista acérrimo defensor de trabalho igual, salário igual, até perceber que quando ele entrava em casa, assim como pousava as chaves pendurava os ideais no bengaleiro e refastelava-se na distribuição de tarefa nenhuma que fazia-me o favor de me admitir igual em termos profissionais e dona da casa a nível doméstico. Como se isto não bastasse a sua crescente queda pela posição de papo para o ar e uma língua que cada dia trazia mais cansada desequilibraram ainda mais a correlação de forças e tive de lhe dizer, frente a frente, olhos nos olhos, que para montar burros preferia a ilha Graciosa.
11 agosto 2007
Conto da madrugada
A minha cama é de linho. Explico melhor. Gosto de dormir em lençóis de linho, dão-me conforto, trazem-me ao sono os sonhos que desejo. Herdados ou oferecidos, tenho-os também com monograma, gravados com letras desusadas. São meus, parece ser a mensagem que transmitem. Alguns têm já anos e corpos a mais. Naquela noite ela estava excessivamente possessiva. As suas pernas entrelaçaram-me ainda o meu torso não havia tocado a cama. Agarrou-se a mim como se fosse a sua presa, devorando-me em sofreguidão inconsciente. As suas mãos cravaram-se-me nas costas violentamente, deixando no linho marcas de sangue. Do meu e do seu corpo. Não a culpei pela decisão de me desfazer daquele tecido condenado a uma mancha eterna. Levou com ela os restos de uma noite e de um lençol e evitei que regressasse ao leito onde me havia marcado e deixado a sua marca. Há dias, ao passar numa das ruas da cidade, vejo-a a sair de um restaurante, trajando um top justo em linho e com um monograma meu conhecido.
Não vi vestígios de sangue, mas o olhar que me lançou menstruava malícia.
Alexandre Affonso - Gepeto e a Grande Baleia Branca Encalhada
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