16 setembro 2007

Na banheira


Como era um leitor compulsivo comprei-lhe um porta-revistas a condizer com a cor dos azulejos da casa de banho para manter a harmonia estética e lhe garantir horas de prazer sem precisar de se erguer. Só que como descobri que a máquina de secar desconjunta os livros vou ter de repensar este adereço.

A história conta-se em meia dúzia de linhas. Depois de introduzir o porta-revistas junto à sanita, chego a casa e dou com ele imerso num banho de espuma só com a cabecinha de fora e as pupilas compenetradas num livro aberto nas mãozinhas feitas estante. Enquanto aliviava a bexiga começámos a falar sobre o enredo do livro e quando já devia ter passado uma meia hora pareceu-me mais relaxante continuar a conversa dentro da mornidão daquela água de modo que atirei com a roupa e ala moça que se faz tarde. A culpa foi dos meus pés que enquanto falávamos não paravam quietos em insistentes festinhas no animal de estimação, o que levou os meus mamilos a sobressaírem da água, o que conjugado com o afluxo de sangue ao bichano o fez precipitar-se sobre mim e num ai foi livro de lombada mole ao fundo, espalmado entre as pernas de ambos.

O livro foi borda fora mas não íamos desperdiçar aquele banho de cultura e de incentivo à leitura partilhada a ponto de o instituirmos desde então como aperitivo antes do jantar. Só que ainda me constrange peregrinarmos por lojas de bebé a remexer nas prateleiras dos livros plásticos de banho e a deixar atónitas as atenciosas empregadas sempre por perto na nossa discussão se já lemos aquele ou não.

Os Seminovos


Vídeo infame e meio pornô, "sacanagem em alta velocidade" por Maurício Ricardo Quirino, criador da página brasileira de humor Charges.com.br. Nem tudo o que parece é...

Outras Coisas
bicos de mama

crica para visitares a página John & John de d!o

15 setembro 2007

"Lembro-me de Mil Fontes..."

A propósito de Vila Real de Santo António e de outros nomes de terras ideais para tatuar no caralho:
"Mil fontes e mil trancas como um braço,
acenam... se mil vezes não te vejo,
mais mil que não aceno mas desejo,
das mil que tanto sonho como abraço.

Espadas, mais de mil, voam no espaço,
como andorinhas mil... E se as revejo,
de espada à cinta vou, ter o ensejo,
doutras mil flores rasgarem teu regaço.

E serão sempre mil as tuas dores,
e as noites, mil e uma, e tantas quais,
se vaselina mil, não tira ardores...

E muitos... quantos mil como pardais,
teus beijos nesta tranca com ardores...
mas nunca serão mil... são sempre mais!
Alcaide"
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Pergunta da EdiSão - Ó Alcaide, que tal se começasses a publicar aqui o que pões nos comentários? Engoliste o convite que te mandei com um verdasco tinto, foi?...
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Como Sobral de Monte Agraço também não está nada mal para o efeito pretendido - mais ainda se for "Sobral de Monte Agraço já tem parque infantil!" - o Bartolomeu ode em sua homenagem:
"De Sobral de Montagraço e suas bandas
Me chegam aos grupinhos putas mil
Todas elas são presentes que me mandas
porque sabes que só penso no seu gomil

E vêm todas em alegres risalhadas
Qual bando d'aves feliz e brincalhão
Todas elas, d'olho nas caralhadas
Com que lhes vou encher bem o conão

Trazem o cabelo de flores ornamentado
as mamas semelhantes ao bom marmelo
E eu, já de caralho teso e bem armado
Saberei daqueles cus e conas tirar farelo

Duas mil roliças trancas as sustentam
quais pilares de templos romanos
Mil conaças aos brados por mim chamam
Rogando-me linguados bem profanos

E eu não lhos nego, pois está claro
E as fuças enterro logo entre-bordas
Até me dizem que melhora o faro
Para encontrar melhor a febra gorda

De Sobral de Montagraço e suas bandas
Me chegam aos grupinhos putas mil
Eu sei, São, és tu que mas mandas
Para alegrar minha existência e o meu covil"


E o Nelo não pode ouvir falar em caralhos e enterras (escreve-se "em terras" mas ele não lê, prefere ouvir):
"Ai Alcagoita e Bartolodeli
Que puetas vos revelais
Falam em putas e covas mil
E us caralhos? Estarão a mais?

Ele éi çempre o mejmo fado,
Vila Nova, eça das fontes
Já não é de hoje nem de ónte
Que nós, Nelos, o sabemos achado

Vêim agora o Tal que é Dele
Mais o que rima cum ervilhana
Descubrir coizas que eles
Çó conhessem de garganta

Venhóm lá paçar cumigo
Uma çemana deças tais
Numa tenda em areais,
Costas minhas em vóço umbigo

E verão cumo éi castigo
por faltar há verdade
Saber que neça sidade
não á çó covas, eu vos digo!

Éi pra lá onde çôam as furnas
Mais o forte rugir do mar
que os homes no meiu das brumas
Louvam o mastru de pau Real.

E çe iço açim fizereim
puderão mais tarde neste broshe
Puetar coizas que conhessem
e não dum çaber que lhes foge

Façóm iço, eu vus convido
Venhóm todos em procissóm
Tenho tenda, um cu amigo
Mãos e beiços, que ção um dom!"




Mais vale oder tarde que nunca, OrCa:
"Simpática esta ideia de homenagear as terrinhas do coração através de tatuagens semi-escondidas

tão gentil a ideia de tatuar
terra-mãe na epiderme peniana
coisa assim que de murcha nos engana
mas crescendo tudo volta ao seu lugar

ver nascido em Vila Pouca da Aguiar
começar só por guiar uma magana
mas chegado à hora de cantar hosana
ter a Vila Pouca muita p'ra lhe dar

coisa assim é tremenda e mete dó
como aquele tão pequeno qu'inda cora
que coitado se engelha triste e só
esperando que lhe chegue a luz da aurora

quando enfim tal sucede é em solidó
que ele põe Vila Praia de Âncora cá de fora!

E tantas outras...

Não vás ao mar Tónio
ela gemia agarrada ao nome vil
que apertado era já de cor anil
do nascido em Vila Real de Santo António

e a gulosa que se lh'agarrava ao orto
ansiosa por quanto lhe tinha ouvido
esperando um São Martinho do Porto
sai-lhe apenas um só no Porto nascido...

outro engano porfiou outra donzela
que ao ver no pénis escrito o termo boa
ao cuidar estar ali cobra daquela
viu tão só que ele nascera por Lisboa

mas por fim que de enganos todos vão
outro havia em terra de bonifrates
que por ser longa a terra e a pila não
tatuou o nome inteiro nos tomates..."


Nota da EdiSão - os alfacinhas são espertos que nem alhos. Como a territa tem um nome pequeno, vai daí no brasão põem "mui nobre e sempre leal cidade de Lisboa". Resta saber se têm caralho para tanto.

Chessmen, an attempt to play the game



Chessmen, an attempt to play the game a series of 32 photographs by Erwin Olaf
__________
Peças de xadrez, uma tentativa de jogar, uma série de 30 fodografias por Erwin Olaf

a post from fluffy Lychees

CISTERNA da Gotinha

Sloggi Shares the Lingerie Love - Lets You Choose Ass. Vamos lá a personalizar o cartaz.

Hollyoaks -
Calendário 2008

Um estudo conduzido por urologistas austríacos e publicado no 'Journal of Sexual Medicine': Mulheres têm capacidade para ejacular no orgasmo. Já imagino a São Rosas a pensar: "E foram precisos tantos anos para descobrir isso! E agora... como é que eu descubro como se faz?" Há alguém que explique?!

Exposição de Sorayama .

O canguru precisa imediatamente de uma cangurua. Aquilo deve pesar...

entretendo a criançada

história bizarra


Alexandre Affonso - nadaver.com

14 setembro 2007

Queer Lisboa

Entre hoje e 22 de Setembro decorre o Queer Lisboa - 11ª edição do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa.
Na página oficial tens o programa de debates e as festas deste evento.
No blog Queer Lisboa podes ficar a par de todas as novidades.
Tens todos os detalhes no site Portugal Gay, onde encontras o programa completo, sinopses de todos os filmes e um calendário gráfico.
O programa do Queer Lisboa 11 faz uma revelação curiosa: o cinema gay português dos anos 70. O debate sobre esse tema será no dia 18 de Setembro, na Sala 2 do Cinema São Jorge, às 19h30. Do programa: "O conhecimento da existência de uma cinematografia gay portuguesa dos anos setenta desvaneceu-se ao ponto de constituir uma quase completa surpresa para quem a redescobre. Mas que a houve, houve. O Queer Lisboa 11 apresenta quatro curtas-metragens dessa época, realizadas por Óscar Alves: Aventuras e Desventuras de Julieta Pipi ou o processo intrínseco global kafkiano de uma vedeta não analisada por Freud (1978), O Charme Indiscreto de Epifânea Sacadura (1975), Good-bye Chicago (1978) e Solidão Povoada (1976)."
Que pena eu ser uma miúda da província e não poder ir lá. Quem pode ir e depois contar-nos tudinho?

Bom fim de semana


Foto: Filip Pizlo