17 setembro 2007

Bom início de semana!


Pôr do Sol em Marte


Foto: Sumsel

Tatua a tua...

De uma entrada lá mais para baixo, acerca da tatuagem peniana da terra de nascimento de cada um, cá vamos, à descoberta de Portugal...


nesta arte, São, de tatuar na pila
a terrinha que o coração nos guarda
da cidade à aldeia até à vila
toponímia fica bem em qualquer sarda

melhor ‘inda se engelhada lá se esconde
entre as pregas de um Manel adormecido
só ler "onde" mas ir a Vila do Conde
quando engrossa e se mostra mais comprido

nem p’ra todos servirá o adereço
porque em tudo sobra aldrabice daninha
como crer que é de Nisa aquele moço
se nele cabe Vila Nova da Barquinha?

ao contrário – salvo seja! – também vale
ver de algum esta coisa tão mesquinha
quando em cima mostrar Caldas só por mal
mas por baixo concluir com da Rainha

belo aquele com antebraço de Angola
e no bícipe com orgulho “amor de mãe”
saca” escrito do pintelho até à gola
que crescido nos mostra ser Saca…vém

que dizer então daquele brincalhão
que nos tomates tatua o termo “odres”
e que após pleno estado de erecção
se descobre ser de Fornos de Algodres?

longa vai esta lista sem ter fim
na usança de pincel sem trazer boina
mas bonito de se ver seria enfim
quem no pénis tatuasse a sua Coina.

OrCa
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Como aqui quem ode também é odido:

"Gaitada do Minho

Saí hoje de casa e foi bem cedo,
cheguei, abri na São e leio piças...
tatuadas bem picadas e sem medo
nem lembram que Domingo é só p´ra missas.

Aqui de fronte vive um capelão,
diz "fumar" as beatas no repasto,
gravou no seu caralho com tesão,
"vais engolir Celorico de Basto"

Dizem que um caçador com vários cães,
bacamarte e espingarda em arraial,
escreveu na dos tiros Guimarães,
na outra..."Aqui nasceu Portugal".

Muito bom e afamado jogador,
na gaita era bem forte e popular,
tatuagem escreveu com todo o amor,
"o galo de Barcelos vai cantar".

Existem tatuagens de brejeiros,
de arqueologia antiga e mais vetusta,
correram desta terra os paneleiros
gravam "terra de fé... Bracara Augusta"

Adenda

fugiu Carolina ao Pinto da Costa
(que até os benfiquistas querem morto)
dos tomates tatuados como gosta...
"E viva o Futebol Clube do Porto"


Alcaide

apanhadas

Amêijoa Rechonchuda

Pata de Camelo, como lhe chamam os americanos, bem delineada. Mais detalhes aqui











Outras Coisas

16 setembro 2007

Na banheira


Como era um leitor compulsivo comprei-lhe um porta-revistas a condizer com a cor dos azulejos da casa de banho para manter a harmonia estética e lhe garantir horas de prazer sem precisar de se erguer. Só que como descobri que a máquina de secar desconjunta os livros vou ter de repensar este adereço.

A história conta-se em meia dúzia de linhas. Depois de introduzir o porta-revistas junto à sanita, chego a casa e dou com ele imerso num banho de espuma só com a cabecinha de fora e as pupilas compenetradas num livro aberto nas mãozinhas feitas estante. Enquanto aliviava a bexiga começámos a falar sobre o enredo do livro e quando já devia ter passado uma meia hora pareceu-me mais relaxante continuar a conversa dentro da mornidão daquela água de modo que atirei com a roupa e ala moça que se faz tarde. A culpa foi dos meus pés que enquanto falávamos não paravam quietos em insistentes festinhas no animal de estimação, o que levou os meus mamilos a sobressaírem da água, o que conjugado com o afluxo de sangue ao bichano o fez precipitar-se sobre mim e num ai foi livro de lombada mole ao fundo, espalmado entre as pernas de ambos.

O livro foi borda fora mas não íamos desperdiçar aquele banho de cultura e de incentivo à leitura partilhada a ponto de o instituirmos desde então como aperitivo antes do jantar. Só que ainda me constrange peregrinarmos por lojas de bebé a remexer nas prateleiras dos livros plásticos de banho e a deixar atónitas as atenciosas empregadas sempre por perto na nossa discussão se já lemos aquele ou não.

Os Seminovos


Vídeo infame e meio pornô, "sacanagem em alta velocidade" por Maurício Ricardo Quirino, criador da página brasileira de humor Charges.com.br. Nem tudo o que parece é...

Outras Coisas
bicos de mama

crica para visitares a página John & John de d!o

15 setembro 2007

"Lembro-me de Mil Fontes..."

A propósito de Vila Real de Santo António e de outros nomes de terras ideais para tatuar no caralho:
"Mil fontes e mil trancas como um braço,
acenam... se mil vezes não te vejo,
mais mil que não aceno mas desejo,
das mil que tanto sonho como abraço.

Espadas, mais de mil, voam no espaço,
como andorinhas mil... E se as revejo,
de espada à cinta vou, ter o ensejo,
doutras mil flores rasgarem teu regaço.

E serão sempre mil as tuas dores,
e as noites, mil e uma, e tantas quais,
se vaselina mil, não tira ardores...

E muitos... quantos mil como pardais,
teus beijos nesta tranca com ardores...
mas nunca serão mil... são sempre mais!
Alcaide"
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Pergunta da EdiSão - Ó Alcaide, que tal se começasses a publicar aqui o que pões nos comentários? Engoliste o convite que te mandei com um verdasco tinto, foi?...
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Como Sobral de Monte Agraço também não está nada mal para o efeito pretendido - mais ainda se for "Sobral de Monte Agraço já tem parque infantil!" - o Bartolomeu ode em sua homenagem:
"De Sobral de Montagraço e suas bandas
Me chegam aos grupinhos putas mil
Todas elas são presentes que me mandas
porque sabes que só penso no seu gomil

E vêm todas em alegres risalhadas
Qual bando d'aves feliz e brincalhão
Todas elas, d'olho nas caralhadas
Com que lhes vou encher bem o conão

Trazem o cabelo de flores ornamentado
as mamas semelhantes ao bom marmelo
E eu, já de caralho teso e bem armado
Saberei daqueles cus e conas tirar farelo

Duas mil roliças trancas as sustentam
quais pilares de templos romanos
Mil conaças aos brados por mim chamam
Rogando-me linguados bem profanos

E eu não lhos nego, pois está claro
E as fuças enterro logo entre-bordas
Até me dizem que melhora o faro
Para encontrar melhor a febra gorda

De Sobral de Montagraço e suas bandas
Me chegam aos grupinhos putas mil
Eu sei, São, és tu que mas mandas
Para alegrar minha existência e o meu covil"


E o Nelo não pode ouvir falar em caralhos e enterras (escreve-se "em terras" mas ele não lê, prefere ouvir):
"Ai Alcagoita e Bartolodeli
Que puetas vos revelais
Falam em putas e covas mil
E us caralhos? Estarão a mais?

Ele éi çempre o mejmo fado,
Vila Nova, eça das fontes
Já não é de hoje nem de ónte
Que nós, Nelos, o sabemos achado

Vêim agora o Tal que é Dele
Mais o que rima cum ervilhana
Descubrir coizas que eles
Çó conhessem de garganta

Venhóm lá paçar cumigo
Uma çemana deças tais
Numa tenda em areais,
Costas minhas em vóço umbigo

E verão cumo éi castigo
por faltar há verdade
Saber que neça sidade
não á çó covas, eu vos digo!

Éi pra lá onde çôam as furnas
Mais o forte rugir do mar
que os homes no meiu das brumas
Louvam o mastru de pau Real.

E çe iço açim fizereim
puderão mais tarde neste broshe
Puetar coizas que conhessem
e não dum çaber que lhes foge

Façóm iço, eu vus convido
Venhóm todos em procissóm
Tenho tenda, um cu amigo
Mãos e beiços, que ção um dom!"




Mais vale oder tarde que nunca, OrCa:
"Simpática esta ideia de homenagear as terrinhas do coração através de tatuagens semi-escondidas

tão gentil a ideia de tatuar
terra-mãe na epiderme peniana
coisa assim que de murcha nos engana
mas crescendo tudo volta ao seu lugar

ver nascido em Vila Pouca da Aguiar
começar só por guiar uma magana
mas chegado à hora de cantar hosana
ter a Vila Pouca muita p'ra lhe dar

coisa assim é tremenda e mete dó
como aquele tão pequeno qu'inda cora
que coitado se engelha triste e só
esperando que lhe chegue a luz da aurora

quando enfim tal sucede é em solidó
que ele põe Vila Praia de Âncora cá de fora!

E tantas outras...

Não vás ao mar Tónio
ela gemia agarrada ao nome vil
que apertado era já de cor anil
do nascido em Vila Real de Santo António

e a gulosa que se lh'agarrava ao orto
ansiosa por quanto lhe tinha ouvido
esperando um São Martinho do Porto
sai-lhe apenas um só no Porto nascido...

outro engano porfiou outra donzela
que ao ver no pénis escrito o termo boa
ao cuidar estar ali cobra daquela
viu tão só que ele nascera por Lisboa

mas por fim que de enganos todos vão
outro havia em terra de bonifrates
que por ser longa a terra e a pila não
tatuou o nome inteiro nos tomates..."


Nota da EdiSão - os alfacinhas são espertos que nem alhos. Como a territa tem um nome pequeno, vai daí no brasão põem "mui nobre e sempre leal cidade de Lisboa". Resta saber se têm caralho para tanto.

Chessmen, an attempt to play the game



Chessmen, an attempt to play the game a series of 32 photographs by Erwin Olaf
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Peças de xadrez, uma tentativa de jogar, uma série de 30 fodografias por Erwin Olaf

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