14 outubro 2007

Gustavo


A inundação começou com o seu sorriso de olhos cúmplices, avolumou-se com os gostos comuns por letras e imagens e as suas histórias cheias de descobertas nas rotinas citadinas a impregnar a minha alma de mata-borrão e foi às apalpadelas na cheia que me pareceu natural como a minha sede que após diversas tentativas de localização ele me sentasse na rocha do aparador da entrada e então ao mesmo nível, fizesse canoagem nos meus rápidos vaginais que nunca fui moça de ficar quieta.

Mas adiante que além das diárias mãos dadas também recordo os primeiros raios de sol a enfeitarem o quarto como serpentinas em cada manhã que me arrebitavam para a festa de lhe beijar cada milímetro desde as ramelas ao Everest privativo. E os finais da tarde na banheira onde largávamos as canseiras do dia para emergirmos na comunicação dos corpos, no morse de tocar os pontos de cada vértebra do pescoço e coluna em escala descendente fazendo a electricidade estática que torna urgente entrar no sistema. E a moleza do final da digestão do jantar que nos aninhava no sofá numa sôfrega sobremesa de sucção mútua que me encavalitava nas suas ancas, mãos esborrachadas nas suas nádegas, num trote seguro até ao galope final emitido em onomatopeias.

Nem me incomodava a tampa da sanita sempre levantada, um pormenor de somenos perante a sua perfeição a bailar a casa de aspirador na mão e gostava que tivesse durado o resto dos dias da minha vida.

O Brinde

Ela deu uma sonora gargalhada demente e ele arrependeu-se imediatamente de ter concordado com o “joguinho”.
– E agora como te sentes? – perguntou a mulher, num tom contido, mas friamente ameaçador.
Assustado, ele lembrou-se dos legumes que ela comera em vez das batatas fritas, da conversa de ter acabado a meia-maratona, de ir ao ginásio todas as manhãs antes de ir trabalhar, de três vezes por semana praticar natação à hora de almoço e de ir todos os dias para o trabalho a pé. “Seis quilómetros”, dissera-lhe como se isso fosse uma coisa boa. Aflito, tentou sorrir, como se estivesse à vontade.
– Bem… – Teve de tossir para compor a voz. – Sinto-me bem – declarou, tentando parecer sereno. – Estou à espera…
Ela repetiu a gargalhada e acabou de se despir. Olhava-o e sorria, mas com um sorriso nada amigável. Um sorriso malévolo, aterrorizante.
Ele respondia ao sorriso, enquanto, disfarçadamente, forçava as algemas que o prendiam à cama.
– São de brincar? – perguntou, quase em pânico, quando lhe viu o corpo esculpido, as carnes secas, os abdominais perfeitos e as pernas e braços sem ponta de gordura.
Sem fechar o sorriso, ela levantou os braços e apanhou o cabelo num rabo-de-cavalo, obrigando-o a admirar a perfeição dos seios, redondos e duros.
– São para brincar – respondeu ela, reparando nos nervosos movimentos nervosos das mãos dele –, não são de brincar – concluiu, com um temível brilho no olhar.
– Estás a falar de quê? – perguntou ele, já esquecido da sua pergunta ou das algemas, magnetizado como estava pelos seios maravilhosamente esculpidos que se espetavam apetecivelmente na sua direcção.
A sobrancelha esquerda dela baixou, sinalizando a desconfiança que a pergunta dele lhe causara. Olhou para as mãos dele, agora imóveis, e fixou-lhe o olhar, que continuava cravado no seu peito. A sobrancelha direita solidarizou-se com a esquerda e, ambas, carregadas como uma tempestade tropical, quase que se uniram, obscurecendo-lhe o olhar e o rosto:
– São de brincar?! – murmurou ela, olhando os seus seios, e lançou-lhe com raiva: – O que é que estás a insinuar?!
– De quê?! – cacarejou ele. – De quê?!
Apavorado, o homem perdeu o controlo do rosto e, sincronizadamente, os seus lábios e pálpebras efectuaram movimentos semelhantes e, como numa repartição pública, os superiores afastaram-se dos inferiores, como se estes tivessem tinha. E ele deitado, nu, de mãos algemadas e olhar perdido, estabeleceu uma nova definição para o ar de parvo masculino – o que não é fácil, convenhamos. De boca e olhos escaqueirados, estáticos, expectantes, em pânico, olhava-a num silêncio sepulcral. Por sorte, o indicador direito quis juntar-se ao nariz, num habitual tique nervoso de desunhada coçagem, e, num súbito clarão, disparou:
– Eu estava a falar das algemas. Das algemas. São de brincar? As algemas, as algemas são de brincar?
– Ah – suspirou ela, friamente, como faria um contrariado carrasco na Florida com uma súbita, mas temporária, quebra de energia. – Por momentos, pensei que estavas a… – Calou-se, preferindo não verbalizar tão iníquo pensamento.
– As algemas estão a apertar-me – queixou-se ele, conseguindo emitir em tom de brincadeira para não dar parte de fraco.
– Hmmmm… – por uma vez ela fez um sorriso normal. – Faz parte do jogo, querido, faz parte do jogo – disse, encolhendo os ombros enquanto se dirigia ao fundo da cama. Parou e observou-o com atenção.
Mexeu-lhe nos pés com desdém e, com ar enjoado, inquiriu:
– Não cuidas muito bem dos teus pés, pois não?
Ele ergueu as sobrancelhas espantado, sem perceber o alcance da pergunta.
Ela fez um esgar de desprezo e desconforto.
Ele tentava, com muito esforço, disfarçar os seus verdadeiros sentimentos e mostrar-se tranquilo.
– Eras tu que dizias que os homens gostam de estar nas mãos das mulheres, não eras?
Ele mostrou os dentes, mas não conseguiu sorrir.
– E agora? – ela repetiu ao milímetro a gargalhada demente de quando acabara de fechar as algemas. – Ainda pensas o mesmo?
Ele ergueu o pescoço e acenou com a cabeça positivamente.
Ela sorriu, esperou que ele se sentisse confiante para abrir um sorriso tímido em resposta e, com estudada brusquidão, fechou o sorriso e sussurrou:
– “God, I love you”
Reconhecendo a frase e o filme, ele ficou lívido, deixou de sentir o corpo e sentiu-se diluir no colchão.
Olharam ambos para os pés dele.
Ela riu, ele não.

John Kacere

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Outras Coisas

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13 outubro 2007

prazo de validade

Candidata conservadora alemã propõe prazo de validade para casamentos

a notícia da Euronews aquiEntre os partidos políticos, a tradição já não é o que era. Gabriela Pauli candidata à liderança da CSU, o partido mais conservador da Alemanha propôs que os casamentos passem a ter um prazo de validade de sete anos.
A autarca e militante dos democratas-cristãos da Baviera, divorciada duas vezes e tida com rebelde dentro do partido, considera que pondo em prática a sua ideia se poderia poupar nos custos do divórcio. "A minha proposta é que os casamentos acabem ao fim de sete anos. No futuro, o casamento será celebrado com uma duração determinada. Depois as pessoas podem dizer activamente 'sim' se quiserem prolongá-lo", afirmou Pauli.

Acede à notícia da Euronews cricando na carinha da senhora.

Um bico deve estar fora de questão

Daqui
















Outras Coisas

Dance Pole Kit

Este é o primeiro KIT DE DANÇA completo do mundo que vem com um varão cromado, extensível e adaptável ao espaço de sua casa.
O seu design e sistemas de encaixe permitem montar e desmontar em segundos sem necessitar de fazer nenhuma adaptação em sua casa.
O mecanismo de mola na extremidade permite adaptar até alturas de 2,60 metros.
Com o seu varão poderá disfrutar de toda a aventura que sempre desejou na privacidade de sua casa.

Conteúdo:
Varão cromado em 3 peças de encaixe simples
Instruções com movimentos de dança
1 liga sexy
Notas falsas para simular pagamentos
AGORA QUE O TEM, APROVEITE-O
Entrega imediata
N.B.: retirado com a devida vénia do site de leilões MIAU.PT

Até a mim me está a doer...


11 outubro 2007

Eu é mais bolos

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E Sophie Dahl também. Era. (A cabra!)

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Esta modelo - “Plus-Size Model” - era uma das mais requisitadas. Quando emagreceu, dizem as más-línguas, os pedidos/convites também diminuiriam… Digamos que seriam proporcionais às suas curvas. Ou à ausência destas.

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É capa de Novembro na Vogue UK.

Conhece aqui outras "Plus-size_models".

Não a perdoo, é um facto! Isto não se faz à irmandade dos bolos. Mas, não faz mal… sobram mais para nós! (Não, não estou a falar dos bolos… Falo daqueles que gostam mais das cheiinhas. Por falar em falos… também gosto de chouriço. De preferência do Alentejano.)

Mais haveria para escrever sobre Sophie, mas fiquemos por aqui. Uma bola de Berlim chama por mim.