18 outubro 2007

Larry - por made in eu

Sexo era um problema para Larry. Não por não tê-lo, mas por tê-lo.
Era-lhe quase insuportável tê-lo com a sua mulher. Sem ela, impensável.
Os gemidos, como se a magoassem, e os gritos, como se a matassem, eram uma tortura para Larry.
Os odores pareciam-lhe nauseabundos e o gosto dava-lhe vómitos.
As posições em que a mulher se punha, ou queria pôr, eram indecorosas e Larry mostrava sinais de um quase ataque de pânico durante o coito.
Porque não desistia de tal atrocidade?
Porque Larry amava, e o amor era mais forte que o ódio. Larry não tinha força, nem vontade, para desistir do fabuloso arroz de manteiga que a sua mulher cozinhava. Era um vício, uma dependência tão forte que, para não perder o cereal, perdia-se a si.
Não escondia o problema. A mulher deixava-o utilizar tudo o que precisasse para diminuir o asco; tampões no nariz, nos ouvidos, e uma venda nos olhos.
O desespero em não conseguir desistir do arroz de manteiga levou-o a prometer a Deus que, se algum dia o conseguisse, agradeceria da forma que julgava mais justa, e tornaria o sexo no seu Dia de Acção de Graças, i.e. na quarta quinta-feira de cada Novembro.

made in eu
publicado originalmente no blog Piadinhas e Torradinhas

Vibrador

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Outras Coisas

Putaria no ambiente de trabalho


Alexandre Affonso - nadaver.com

17 outubro 2007

Tendências


A infidelidade nunca saiu de moda e em vez de ficar pasmada a lamuriar-se da falta de atenções que ficaram gravadas na memória dos primeiros tempos de paixão aconselhei-a a ir dar umas voltas que sempre se levanta o ego e não se prejudica ninguém.

Existe um contingente de gajos em diversos padrões e modelos, disponíveis para nos elogiar o desempenho na cama, as mamas espetadas de desejo, a firmeza das nádegas, a nossa técnica de sucção e quiçá até a intensidade dos nossos beijos, cujo único contratempo é só se poderem usar um número limitado de vezes que para mais não dão.

Depois, como num filme, regressa-se ao lar com uma leveza nas pernas, os poros todos desentupidos a respirar e uma segurança na afinação do corpo ao contacto com outra pele que até uma melodia nos aflora os lábios como na adolescência.

E se por azarito, se começar a sentir que algo indizível nos prende como aquela camisola que vestimos tantas vezes até se romper de todo, o truque é indagar que tipo de homem era o paizinho e como é que tratava a mãe, que os filhos varões costumam copiar-lhes os exemplos e com estes relatos saem até as manchas mais difíceis.

CISTERNA da Gotinha

Olha que belo teclado... e suporte de microfone... e... Original Cast - What I am Supposed to do?

Galerie Meile -
Exposição

Celia Blanco (que não faço ideia quem seja...) beija uma e outra e outro...

Vídeo - dois anúncios da Axe:
1 e 2.

Experimentamos algo diferente...?

crica para visitares a página John & John de d!o

16 outubro 2007


Zanguei-me contigo: nem sempre uma mulher gosta de gentilezas e palavras de amor. Eu, que sou muitas mulheres, como já sabias mesmo antes de me conheceres, gosto que chegues a casa e me fodas, sem sequer me dizeres olá, sem sequer quereres saber como foi o meu dia, sem que me contes do teu.
Gosto que me arranques do que quer que esteja a fazer e me mostres nessa foda repentina toda a urgência que te gerou a minha falta, que te venhas mesmo antes de eu começar a dar por isso, que esfregues por mim toda o teu esperma quente.

Gosto-te.

rosa, pura rosa

Aquaglide

Daqui













Outras Coisas

Gotinhas de Mel



A mulher para o marido:
- Querido, tens que dizer ao nosso filho que não pode casar com aquela estúpida.
- Ora essa! A mim também ninguém me avisou!

(enviado por Padrinho para o grupo de mensagens da funda São - já te inscreveste?)

15 outubro 2007


Bom início de semana


Foto: Ulrich Grolla

A Excursão.

Por Falcão

...ainda está para vir o primeiro, filha da grande puta, que me faça o ninho atrás da orelha!...

Ena, cum trezentos e cinquenta caralhos que me fodam e refodam! Intão num é que me fizeram ir mais uma vez na excursão que o Prior da freguesia organiza todos os anos?
Eu já num andava com vontade de ir, mas a minha patroa que quase me apanhava, aqui há atrasado, a comer o pito à filha do Toino, essa cachopa que é boa cumo o milho, e que tem uma tojeira do caralho entre as pernas – só pintelho cumo um homem do Norte gosta – a minha patroa, cumo ia dizendo, abriu-me os olhos e prontes: lá me vi duas semanas depois dentro da caminheta a caminho de Fátima.
E é do caralho cumo o padre ia à frente no meio do corredor quase ao lado do condutor a pregar e pregar e pregar. E foda-se que a cunversa dele incaixava em mim cumo se fosse um gorro, cum filha da puta!
Que éramos pecadores, e o caralho, mais a cunversa de cobiçar a mulher alheia, e do casamento e assim. Dizia que muitos pecam e em vez de se arrepender, confessar-se e fazer a penitência, voltam a cada nesga de oportunidade ao mesmo, sem mostrar qualquer intenção de se redimir! E o tromba de lousana, olhava para mim, cumo se soubesse de alguma coisa, e falava do Diabo e dos fogos do inferno mais o caralho, que inté me sentia já todo a arder, foda-se!
Num sei se ele sabe de alguma coisa, cum filha da puta que a cachopa decerto num havia de ir dizer-lhe nada, ou se anda à pesca a ver se algum cai, que isto dos padres tem que se lhe diga!
Bem! mas adiante. Parámos na Mealhada, já cum uma fome do caralho, para o tradicional leitão à moda da Bairrada que é o melhor do mundo e onde me estava a vingar dos amargos de boca num pingo de tinto espumante lá do sítio e que liga muito bem com o estaladiço do bacorrinho assado, quando vejo o padre aproximar-se de mim cum um bocado de broa com carne em cima e um copo na outra mão. Sorriu, disse qualquer coisa sobre o leitão e depois no tom de voz baixo e pousado que eles sabem fazer, que é para isso que estudam tantos anos no Seminário, saiu-se cum esta:
- Falcão, meu filho.... Não tendes nada que pese na vossa alma que me quereis contar em confissão – esse sagrado sacramento da confidência -, para vosso alívio e paz , vossa salvação e garante da vida eterna na Glória do Senhor?-
Bem cum caralho, que ia gelando, foda-se, mas sem perder a calma disse que não, que era um homem de vida recatada, bebia os meus verdascos com os amigos lá na terra mas prontes, num tinha assim pecados que ao dormir me tirassem do sono... E aí ele ao aproximar-se mais de mim disse muito baixinho que uma destas tardes, quase noite, ao passar ao largo no extremo da freguesia, tinha-lhe parecido ver uma jovem a sair à pressa das traseiras da minha casa.
Caralho! Então foi isso. Foda-se que ele viu a filha do Toino sair numa das vezes e agora anda-me a fazer o ninho, foda-se, cem mil caralhos grossos cumó caralho, me fodam e refodam, cum filha da puta que agora num me larga, caralho! Caralho! Caralho! Se eu fiquei fodido!!!...
Num lhe dei resposta e só sei que emborquei umas duas garrafas a seguir quando o padre se afastou.
Já num sei cumo acabei o dia. Andei azedo o resto do tempo, quase nem me lembro de nada nem do resto da viaje, nem da procissão nem das promessas nem da virgem nem da nota que a minha patroa me pediu para a esmola, nem de outra coisa que não fosse o dormir no regresso e o acordar a pensar cumo me havia de safar desta embrulhada. Foda-se que eu sou Manuel Falcão, o rei das bouças, e ainda está para vir o primeiro, filha da grande puta, padre ou não padre, que me faça o ninho atrás da orelha!
E a ideia veio logo no dia seguinte quande, cum uma desculpa de ir ver umas coisas para a Comissão Fabriqueira (de que eu sou o presidente) disse à minha patroa que tinha de ir ao Porto.
E num queiram saber a cara de fodido e refodido que o padre fez quando uns dias depois, pelas seis da manhã, antes da primeira missa, deu cumigo e com o sacristão a olhar para ele pela porta da sacristia a tresandar a perfume de puta, enquanto ele espetava os olhos incrédulos para os paramentos cheios de marcas de batón e para as cuecas fininhas de lingerie negra, rendilhada e de atilhos, caídas no chão...

FALCÃO.