Bom fim de semana
07 dezembro 2007
O rosto do orgasmo
Há quem cerre os olhos, quem trema as pernas, quem uive e até quem cante o fado.
Diz-se, e isto não é científico, que há quem desconheça o que é um orgasmo.
Adiante.
O fotógrafo Doug Lester concentrou-se em diversos rostos femininos e tentou registar a expressividade do orgasmo.
As explicações e os resultados podem ser vistos aqui.
Também o site Beautiful Agony é dedicado à beleza do orgasmo humano, desta vez em registos filmados.
Pronto, e este é o post possível e que me ocorreu quando há pouco uma interlocutora me disse ao telefone "o prazer foi todo meu". Egoísta!
________________________
publicado originalmente no blog Praça da República
Diz-se, e isto não é científico, que há quem desconheça o que é um orgasmo.
Adiante.
O fotógrafo Doug Lester concentrou-se em diversos rostos femininos e tentou registar a expressividade do orgasmo.
As explicações e os resultados podem ser vistos aqui.
Também o site Beautiful Agony é dedicado à beleza do orgasmo humano, desta vez em registos filmados.
Pronto, e este é o post possível e que me ocorreu quando há pouco uma interlocutora me disse ao telefone "o prazer foi todo meu". Egoísta!
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publicado originalmente no blog Praça da República
Falta de vontade, incapacidade, perda de desejo ou a puta da vida.
Por via da minha actividade profissional, deparo-me diariamente com situações próprias de um profissional de saúde.
Tal como num qualquer confessionário (vá-se lá saber o que isso é) todas (as situações! as situações!) são confidenciais. Eu disse todas, capisce?
Este post vem-se a propósito da falta de desejo, da vergonha, do pudor e da puta da idade que castra tantas coisas.
No outro dia, uma senhora da minha aldeia chegou com uma receita e pediu-me que lhe identificasse o segundo medicamento que vinha no 'papel', uma vez que o primeiro era um anti-depressivo (já de rotina) para o senhor seu marido.
Falo duma idade já a roçar as bordas da CDM*.
A casa estava cheia, duma plateia ávida de saber as 'desgraças' da vida alheia.
A senhora insistia, em voz demasiado alta, desconhecendo de todo o segundo medicamento, uma vez que assim que eu revelasse o nome do prodígio, a plateia se atiraria à senhora, como leão em circo de Roma, sendo que a senhora não era gladiadora e eu não sou César.
Tentei adiar o inadiável mas ela insistiu, c'um milhão de car(v)alhos, pelo que decidi escrever algo num pedaço de papel e disse-lhe:
- Dona Maria, olhe para mim! Dona Maria, leia isto, se faz favor.
- Este é quê nã sei o quié! Este é quê nã sei o quié! - deixando-me num estado de nervos que mal consegui aguentar, c'um milhão de conas. No papel eu tinha escrito "Cialis = Viagra". A dona Maria, com os olhinhos a brilhar, riu-se para mim e disse:
- Ahhhhhhhhh... nã consigo perceber é a palavra do meio!
Eu disse-lhe, já com vontade de gritar mas com voz serena:
- A palavra do meio é IGUAL... é IGUAL!
- Ahhhhhhhhhhh, já percebi! Já percebi!
E guardou o papel no bolso da bata, vá-se lá saber porquê.
Passaram 15 dias. Voltei a vê-la hoje com uma receita igual e disse-me prontamente:
- Nã quero é o segundo medicamento!
- Então? - perguntei eu.
Tal como num qualquer confessionário (vá-se lá saber o que isso é) todas (as situações! as situações!) são confidenciais. Eu disse todas, capisce?
Este post vem-se a propósito da falta de desejo, da vergonha, do pudor e da puta da idade que castra tantas coisas.
No outro dia, uma senhora da minha aldeia chegou com uma receita e pediu-me que lhe identificasse o segundo medicamento que vinha no 'papel', uma vez que o primeiro era um anti-depressivo (já de rotina) para o senhor seu marido.
Falo duma idade já a roçar as bordas da CDM*.
A casa estava cheia, duma plateia ávida de saber as 'desgraças' da vida alheia.
A senhora insistia, em voz demasiado alta, desconhecendo de todo o segundo medicamento, uma vez que assim que eu revelasse o nome do prodígio, a plateia se atiraria à senhora, como leão em circo de Roma, sendo que a senhora não era gladiadora e eu não sou César.
Tentei adiar o inadiável mas ela insistiu, c'um milhão de car(v)alhos, pelo que decidi escrever algo num pedaço de papel e disse-lhe:
- Dona Maria, olhe para mim! Dona Maria, leia isto, se faz favor.
- Este é quê nã sei o quié! Este é quê nã sei o quié! - deixando-me num estado de nervos que mal consegui aguentar, c'um milhão de conas. No papel eu tinha escrito "Cialis = Viagra". A dona Maria, com os olhinhos a brilhar, riu-se para mim e disse:
- Ahhhhhhhhh... nã consigo perceber é a palavra do meio!
Eu disse-lhe, já com vontade de gritar mas com voz serena:
- A palavra do meio é IGUAL... é IGUAL!
- Ahhhhhhhhhhh, já percebi! Já percebi!
E guardou o papel no bolso da bata, vá-se lá saber porquê.
Passaram 15 dias. Voltei a vê-la hoje com uma receita igual e disse-me prontamente:
- Nã quero é o segundo medicamento!
- Então? - perguntei eu.
- 'Tão, a caixa ainda lá está inteira!
- Ainda não experimentaram?!
- Nãããããããã, ele anda assim, sem vontade, é daquelas coisas, aiii... (ai profundo e cheio de desalento).
Eu disse-lhe:
- Pois! É complicado...
- Pois! - retorquiu - e agora, se faz favor, pese-me.
E eu pesei-a (salvo seja).
Impotência - Uma condição que afecta pelo menos um em cada 5 homens em algum momento das suas vidas. A disfunção eréctil pode ser causada por stress mental ou problemas físicos. Existem tratamentos disponíveis para lidar com problemas de erecção. Existem em Portugal 500 mil homens que sofrem deste problema e que o assumem.
- Nãããããããã, ele anda assim, sem vontade, é daquelas coisas, aiii... (ai profundo e cheio de desalento).
Eu disse-lhe:
- Pois! É complicado...
- Pois! - retorquiu - e agora, se faz favor, pese-me.
E eu pesei-a (salvo seja).
Impotência - Uma condição que afecta pelo menos um em cada 5 homens em algum momento das suas vidas. A disfunção eréctil pode ser causada por stress mental ou problemas físicos. Existem tratamentos disponíveis para lidar com problemas de erecção. Existem em Portugal 500 mil homens que sofrem deste problema e que o assumem.
Muita informação aqui:
amardenovo.com
amardenovo.com
Disfunção Sexual Feminina - A movimentação sexual e a líbido de uma mulher podem ser muito frágeis, especialmente durante a menopausa ou quando tiver os ovários ou o útero removidos. Pode sofrer de falta de desejo sexual, que pode ferir irremediavelmente as suas emoções. Mais de metade das mulheres portuguesas têm algum tipo de disfunção sexual.
AnotaSão - Se quiserem saber o que é a CDM terão que me perguntar.
06 dezembro 2007
Mais de metade a favor de legalização de prostituição
Segundo o Barómetro DN/TSF/Marktest
"cerca de 51 por cento dos portugueses defende a legalização da prostituição em casas de passe ou bordéis".
Notícia aqui (TSF online)
"cerca de 51 por cento dos portugueses defende a legalização da prostituição em casas de passe ou bordéis".
Notícia aqui (TSF online)
CISTERNA da Gotinha
Arquitectura Sexual de Roland Topoor.
Sexo e chocolate potenciam capacidades cerebrais: é um balde de 5 litros de chocolate negro, ó fáxavor.
Um bombeiro britânico que doou esperma a um casal de lésbicas foi forçado, pela Agência de Protecção à Criança da Grã-Bretanha (CSA), a pagar pensão para duas crianças concebidas através de inseminação artificial.
Os pequenos prazeres domésticos são tão bons como quaisquer outros.
Sexo e chocolate potenciam capacidades cerebrais: é um balde de 5 litros de chocolate negro, ó fáxavor.
Um bombeiro britânico que doou esperma a um casal de lésbicas foi forçado, pela Agência de Protecção à Criança da Grã-Bretanha (CSA), a pagar pensão para duas crianças concebidas através de inseminação artificial.
Os pequenos prazeres domésticos são tão bons como quaisquer outros.
Encontros sexuais simples - por Garfanho
– Pisa-me!
– Piso-te?!
– Sim, pisa-me! Pisa-me com força!
– Piso-te?!
– Sim, pisa-me com força e chama-me bandalho!
– Bandalho?!
– Sim e pisa-me!
– Agora, bandalho?
– Sim… Sim, já!
– Onde, bandalho? Queres que te pise onde?
– Nos pés.
– Nos pés, bandalho? Só nos pés?
– Ahn…sim…
– Que mariquinhas, bandalho. Nos pés?... Só nos pés? Que merda de tara é essa?
– Porquê?!
– Isso é uma tara de merda, bandalho. Pisar-te nos pés? Pisar-te nos pés é para meninos, bandalho.
– Achas?
– Tenho a certeza!
– Mas tu tens uns saltos muito altos e pontiagudos…
– Mais me ajudas, bandalho, saltos destes, numa tara à séria, são para pisar o corpo todo.
– O… o corpo todo?
– Sim e o escroto…
– Bolas!
– Sim, as bolas! Isso é que era uma tara à séria… Agora os pés… Só os pés, bandalho?!
– Ah!... E se não me estás a pisar, escusas de me chamar bandalho.
– Eu estou a gostar, bandalho.
– Eu não.
– Acho que te fica bem.
– O quê?
– Bandalho. Bandalho assenta-te bem.
– O que é que isso quer dizer?
– Que tens cara de bandalho e atitudes de bandalho e ar de bandalho. És um verdadeiro e genuíno bandalho!
– Eu estava a brincar.
– A brincar?! Querias que eu te pisasse e chamasse bandalho a brincar?
– Não, quero dizer… Não, isso era a sério. Excita-me.
– Que te pisem os pés e te chamem bandalho?
– Sim.
– Isso é uma tara de merda. Uma tara de meninos!
– Já me tinhas dito.
– E não queres que te chame bandalho?
– Não.
– Porquê?
– Olha… Foda-se!... Porque não!
– Não te excita, bandalhozinho? Não te excita que te chamem bandalho, bandalho?
– Estás a gozar?
– Eu?! Eu não… E deixa-me que te diga que vim aqui para isso, bandalho, mas pelos vistos, não me safo. Tu és mesmo um bandalho. Um bandalhozeco com taras da treta.
– Isso não tem graça! Escusas de estar a gozar…
– Oh!... Vais amuar, bandalho?
– Vai-te lixar!
– Não chores, bandalhozinho. Eu piso-te, amor, não seja por isso.
– Pisas?
– O escroto?
– Queres-me pisar o escroto?
– E o peito e as pernas e… todo, bandalho. Quero pisar-te todo!
– Mas gostas?
– Acho que vou gostar.
– Mas não pisas mesmo, pois não?
– Não piso?! Não piso?! Faço o quê, então?! Festinhas com o salto?
– Mas se tu te pões em peso em cima de mim…
– Desculpa?!
– Os saltos são muito finos, muito pontiagudos.
– Ah! E depois? Estás a insinuar alguma coisa?
– De quê?
– Do meu peso, bandalho. Essa frase… Eu não gostei nada dessa frase, bandalho! Se me ponho em peso em cima de ti?! O que queres dizer com isso?
– Nada. Nada. O problema são os saltos. São muito pontiagudos.
– Eu não tiro os dois pés do chão ao mesmo tempo.
– Prometes?
– Se estou a dizer.
– E o escroto?
– O que é que tem?
– Não me pisas.
– Que “ganda” menino, bandalho…
– Ias-me pisar?!
– Nããã…
– Ias!
– Não ia nada.
– Ias!
– Não ia… Talvez não fosse.
– Diz a verdade!
– Ouve lá, mas que merda de tarado és tu?! Piso-te os pés e chamo-te bandalho?! Mas que…
– Ias-me pisar!
– Claro que ia!
– E chamar-me bandalho?
– Com gosto! Bandalho!
– Não tiras os dois pés do chão?
– Não!
– Se eu gritar para parares, páras?
– Claro.
– E consegues não me pisar o escroto?
– Consigo.
– Deito-me?
– Claro, queres sentir o meu salto fino, frio e pontiagudo, como, bandalho?
– hummm…
– Na cama não!
– Não?
– No chão. Na cama não me consigo equilibrar!
– Ah… E não me pisas o…
– Não, bolas! És medricas, bandalho. Deita-te, homem.
– …
– Não tenhas medo!... Não me conheces, bandalho?
– Não…
– Assim mesmo… Ficas bem, aí deitado… Bandalho!
– Podias despir-te… Podias ir-te despindo…
– Ainda não, meu bandalho. Concentra-te só no salto… está frio… faz-te doer… sentes? Sentes, bandalho? É bom, não é?
– Sinto… sim…
– É melhor do que só nos pés, bandalho, é ou não é?... Podia magoar-te… Posso fazer mais pressão… sentes, bandalho?... excita-te, não é?
– Sim… sim…
– Não fujas. Não te vires. Gostas?... Gostas?
– UUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAh! FODA-SE!
Garfanho
– Piso-te?!
– Sim, pisa-me! Pisa-me com força!
– Piso-te?!
– Sim, pisa-me com força e chama-me bandalho!
– Bandalho?!
– Sim e pisa-me!
– Agora, bandalho?
– Sim… Sim, já!
– Onde, bandalho? Queres que te pise onde?
– Nos pés.
– Nos pés, bandalho? Só nos pés?
– Ahn…sim…
– Que mariquinhas, bandalho. Nos pés?... Só nos pés? Que merda de tara é essa?
– Porquê?!
– Isso é uma tara de merda, bandalho. Pisar-te nos pés? Pisar-te nos pés é para meninos, bandalho.
– Achas?
– Tenho a certeza!
– Mas tu tens uns saltos muito altos e pontiagudos…
– Mais me ajudas, bandalho, saltos destes, numa tara à séria, são para pisar o corpo todo.
– O… o corpo todo?
– Sim e o escroto…
– Bolas!
– Sim, as bolas! Isso é que era uma tara à séria… Agora os pés… Só os pés, bandalho?!
– Ah!... E se não me estás a pisar, escusas de me chamar bandalho.
– Eu estou a gostar, bandalho.
– Eu não.
– Acho que te fica bem.
– O quê?
– Bandalho. Bandalho assenta-te bem.
– O que é que isso quer dizer?
– Que tens cara de bandalho e atitudes de bandalho e ar de bandalho. És um verdadeiro e genuíno bandalho!
– Eu estava a brincar.
– A brincar?! Querias que eu te pisasse e chamasse bandalho a brincar?
– Não, quero dizer… Não, isso era a sério. Excita-me.
– Que te pisem os pés e te chamem bandalho?
– Sim.
– Isso é uma tara de merda. Uma tara de meninos!
– Já me tinhas dito.
– E não queres que te chame bandalho?
– Não.
– Porquê?
– Olha… Foda-se!... Porque não!
– Não te excita, bandalhozinho? Não te excita que te chamem bandalho, bandalho?
– Estás a gozar?
– Eu?! Eu não… E deixa-me que te diga que vim aqui para isso, bandalho, mas pelos vistos, não me safo. Tu és mesmo um bandalho. Um bandalhozeco com taras da treta.
– Isso não tem graça! Escusas de estar a gozar…
– Oh!... Vais amuar, bandalho?
– Vai-te lixar!
– Não chores, bandalhozinho. Eu piso-te, amor, não seja por isso.
– Pisas?
– O escroto?
– Queres-me pisar o escroto?
– E o peito e as pernas e… todo, bandalho. Quero pisar-te todo!
– Mas gostas?
– Acho que vou gostar.
– Mas não pisas mesmo, pois não?
– Não piso?! Não piso?! Faço o quê, então?! Festinhas com o salto?
– Mas se tu te pões em peso em cima de mim…
– Desculpa?!
– Os saltos são muito finos, muito pontiagudos.
– Ah! E depois? Estás a insinuar alguma coisa?
– De quê?
– Do meu peso, bandalho. Essa frase… Eu não gostei nada dessa frase, bandalho! Se me ponho em peso em cima de ti?! O que queres dizer com isso?
– Nada. Nada. O problema são os saltos. São muito pontiagudos.
– Eu não tiro os dois pés do chão ao mesmo tempo.
– Prometes?
– Se estou a dizer.
– E o escroto?
– O que é que tem?
– Não me pisas.
– Que “ganda” menino, bandalho…
– Ias-me pisar?!
– Nããã…
– Ias!
– Não ia nada.
– Ias!
– Não ia… Talvez não fosse.
– Diz a verdade!
– Ouve lá, mas que merda de tarado és tu?! Piso-te os pés e chamo-te bandalho?! Mas que…
– Ias-me pisar!
– Claro que ia!
– E chamar-me bandalho?
– Com gosto! Bandalho!
– Não tiras os dois pés do chão?
– Não!
– Se eu gritar para parares, páras?
– Claro.
– E consegues não me pisar o escroto?
– Consigo.
– Deito-me?
– Claro, queres sentir o meu salto fino, frio e pontiagudo, como, bandalho?
– hummm…
– Na cama não!
– Não?
– No chão. Na cama não me consigo equilibrar!
– Ah… E não me pisas o…
– Não, bolas! És medricas, bandalho. Deita-te, homem.
– …
– Não tenhas medo!... Não me conheces, bandalho?
– Não…
– Assim mesmo… Ficas bem, aí deitado… Bandalho!
– Podias despir-te… Podias ir-te despindo…
– Ainda não, meu bandalho. Concentra-te só no salto… está frio… faz-te doer… sentes? Sentes, bandalho? É bom, não é?
– Sinto… sim…
– É melhor do que só nos pés, bandalho, é ou não é?... Podia magoar-te… Posso fazer mais pressão… sentes, bandalho?... excita-te, não é?
– Sim… sim…
– Não fujas. Não te vires. Gostas?... Gostas?
– UUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAh! FODA-SE!
Garfanho
05 dezembro 2007
Pixelada
Comecei com gestos tímidos próprios de quem ainda está a descobrir os caminhos do outro. Quase pedia licença a um dedo para mexer o outro. Ficava abesbílica a olhá-lo na incerteza de ser sonho ou realidade e com medo de não dar o passo certo ou pelo menos, o desejado.
Contudo, quanto mais lhe tocava e mais descobria os seus contornos mais fácil era percorrê-lo como se o conhecesse desde sempre. E nascia em mim uma vontade imperiosa de lhe jorrar palavras com os gestos apropriados e assim acariciá-lo nos momentos de construção mútua dessas imagens e sons.
A crescente cumplicidade fazia-me atirar a ele de toda a forma e feitio, desnudando todas as partes de mim entre líquidos e cigarros e mesmo quando num gesto menos comedido lhe dava um piparote numa zona mais sensível corrigia o disparate sem hesitações com um sorriso nos lábios.
O prazer físico que me percorria cada vértebra medrava quando lhe tocava no publish e em segundos ele disparava os milhentos pixels do post.
Contudo, quanto mais lhe tocava e mais descobria os seus contornos mais fácil era percorrê-lo como se o conhecesse desde sempre. E nascia em mim uma vontade imperiosa de lhe jorrar palavras com os gestos apropriados e assim acariciá-lo nos momentos de construção mútua dessas imagens e sons.
A crescente cumplicidade fazia-me atirar a ele de toda a forma e feitio, desnudando todas as partes de mim entre líquidos e cigarros e mesmo quando num gesto menos comedido lhe dava um piparote numa zona mais sensível corrigia o disparate sem hesitações com um sorriso nos lábios.
O prazer físico que me percorria cada vértebra medrava quando lhe tocava no publish e em segundos ele disparava os milhentos pixels do post.
Eunucos em Roma
Pouco crentes nos anticoncepcionais, algumas mulheres ricas e luxuriosas adquiriam escravos eunucos do tipo «spadones» (do grego σπάω), aos quais haviam sido amputados os testículos já depois de atingida a puberdade e instalada em toda a sua pujança a actividade sexual, tendo-lhes sido cuidadosamente mantida a integridade peniana. É que estes indivíduos assim preparados conservavam intacta a erecção continuando os pénis com as proporções próprias, não tendo portanto perdido a passibilidade de cópula, ficando-lhes apenas perpetuamente abolida por completo a potência geradora. Com eles pois podiam essas damas executarem os actos sexuais sem perigo de engravidarem. Eram assaz ciumentas deles por isso. Para os trazerem sempre debaixo de vista, evitando que outras damas lhos roubassem, cobiçosas muitas vezes da infecunda exuberância sexual de tais escravos, faziam-se acompanhar por eles nos banhos públicos e com eles se banhavam frequentemente.
Havia em Roma eunucos de três tipos, porem apenas os «spadones» eram próprios para o fim que essas damas lúbricas pretendiam, pois que os dos tipos «castrati» e «thlibiae» eram destituídos de «potentia coeundi» *. Os primeiros, os «castrati» (do grego χέστες) eram indivíduos a quem por meio duma lamina cortante se haviam seccionado cerces testículos e pénis, tornando-os impotentes para a geração e para a cópula simultaneamente. Os segundos, os «thlibiae» (do grego θλιξω) eram indivíduos a quem haviam sido esmagados e comprimidos os testículos.
in AGUIAR, Asdrúbal de (1935) Estudos sobre Roma nos tempos antigos
Lisboa: Imprensa Nacional, pág. 20-21.
* Potência sexual.
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