09 abril 2008
08 abril 2008
A Mad em Bruxelas
"Sabes lá se arrebita! Ainda não puseste lá a mão..."
Cena de «A Caixa», filme de 1994, de Manoel de Oliveira
Via (nada Sacra) Chez 0.3 da Maria Árvore
O Joseph Pirilau Amarelo deu-se ao trabalho de registar frases desta cena: Levas direita? Arrebita? Devias ter vergonha? Comia a gaja toda... Deus te pague... Uma fedelha... Machona... Uma vergonha... Tens bom cu? Um gajo porreiro como eu! Andor... minha puta! Tipa fixe... Ena pá... Bom dia... Uma lasca... Tira a pata... Seu maroto... Cu da cama. Dou-lhe o gozo... Gamar a caixa... Esta senhora... Com um traseiro... sagrado. Meu sacana... daqui nadinha...
07 abril 2008
Violação nos antípodas
Há alguns dias atrás, um cidadão de nacionalidade neozelandesa que se encontrava na Austrália, ligou para a polícia local alegando ter sido violado por um Wombat. Ora, assim de repente, o leitor poderá pensar que um Wombat será algo semelhante a um demónio da Tasmânia mas com mais hormonas e um voraz apetite sexual. Contudo, um Wombat não é mais que um simpático herbívoro muito pachorrento que inclusive demora cerca de 2 semanas a fazer a digestão daquilo que come embora, por outro lado, seja capaz de rivalizar com o Obikwelu em termos de corrida. Não é particularmente conhecido por ter um apetite sexual relevante ficando a anos-luz da intensidade da paixão que um coelho consegue demonstrar.
Contudo, a história não termina aqui. Ainda a polícia australiana não se tinha refeito da insólita queixa quando o queixoso voltou a ligar para retirar a mesma. Alegou que o animal, ao fim e ao cabo, não o tinha maltratado e que, a única anomalia que notava, era o facto de ter ficado a falar com sotaque australiano. Notável sentido de humor deste cidadão dos Antípodas que, infelizmente, foi localizado pela polícia e teve de pagar uma choruda multa.
06 abril 2008
Dura lex let's sex
Pareceu-me que a parede precisava de ser pintada mas como senti os seus dedos a cravaram-se mais fundo na minha cintura percebi que rapidamente o seu canudo ia sacolejar convulsivamente até desfalecer e fui aliviando a pressão das minhas mãos contra o topo do sofá para depois me virar e ele pegar-me no queixo para sacar um beijo elanguescido tal e qual numa repartição se carimbam os documentos prontos para entrega.
Ele atirou-se para o sofá, recostou-se de braços abertos e expirou fundo. Acendeu um cigarro para a merecida pausa e palavra puxa palavra lá começou na conjugação do verbo dever para a 2ª pessoa do singular que por azar era eu. Azedou-lhe o monólogo as minhas constantes baforadas e a calma com que sacudia a cinza sem uma desculpa para não cumprir as suas ordens tão explícitas ou uma promessa que o consolasse. E alçou uma das manápulas e zás-trás-pás no meu rosto. Não foi tarde nem cedo para os meus dedos fininhos copiarem o gesto na sua cara. Ele pegou-me com um só braço como se comesse espinafres a todos os pequenos-almoços e com o outro punho foi distribuindo alegremente selos pelo meu corpinho nu.
Após uns pontapés mal amanhados, que era o que o ângulo permitia, lá me desembaracei daquela massa enorme, corri para o quarto a vestir-me numa pressa e rapidamente me escoei porta fora para ir fazer queixa à polícia. Já na esquadra, os agentes lá tentaram colar complacência a uns sorrisos para disfarçar os sobrolhos franzidos e aquele a quem coube a missão de me recolher o depoimento até devia ter um subsídio para creme de mãos tantas foram as vezes que as esfregou nas faces com a barba a romper. Tentou-me explicar que assim tão de repente e sem as marcas que a minha pele fez o favor de não assimilar era um suponhamos e mesmo com elas vivinhas da silva, convinha que provassem uma prática continuada e assim sim, podia-se avançar a toda a brida com a acusação e até a restrição de aproximação no estrito cumprimento da lei. Embora, como cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém seria aconselhável no decorrer do processo refugiar-me em casa de familiares de que ele não soubesse a morada ou na falta destes solicitá-lo à APAV e não aparecer muito na rua e sobretudo, no local de trabalho ou outros sítios que o agressor conhecesse porque ele ia andar por aí solto e o mais certo seria estar aborrecido e vir-me pedir explicações da acusação e até, quiçá, chegar a ponto de me agredir fisicamente e eu precisar de assistência hospitalar.
Ele atirou-se para o sofá, recostou-se de braços abertos e expirou fundo. Acendeu um cigarro para a merecida pausa e palavra puxa palavra lá começou na conjugação do verbo dever para a 2ª pessoa do singular que por azar era eu. Azedou-lhe o monólogo as minhas constantes baforadas e a calma com que sacudia a cinza sem uma desculpa para não cumprir as suas ordens tão explícitas ou uma promessa que o consolasse. E alçou uma das manápulas e zás-trás-pás no meu rosto. Não foi tarde nem cedo para os meus dedos fininhos copiarem o gesto na sua cara. Ele pegou-me com um só braço como se comesse espinafres a todos os pequenos-almoços e com o outro punho foi distribuindo alegremente selos pelo meu corpinho nu.
Após uns pontapés mal amanhados, que era o que o ângulo permitia, lá me desembaracei daquela massa enorme, corri para o quarto a vestir-me numa pressa e rapidamente me escoei porta fora para ir fazer queixa à polícia. Já na esquadra, os agentes lá tentaram colar complacência a uns sorrisos para disfarçar os sobrolhos franzidos e aquele a quem coube a missão de me recolher o depoimento até devia ter um subsídio para creme de mãos tantas foram as vezes que as esfregou nas faces com a barba a romper. Tentou-me explicar que assim tão de repente e sem as marcas que a minha pele fez o favor de não assimilar era um suponhamos e mesmo com elas vivinhas da silva, convinha que provassem uma prática continuada e assim sim, podia-se avançar a toda a brida com a acusação e até a restrição de aproximação no estrito cumprimento da lei. Embora, como cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém seria aconselhável no decorrer do processo refugiar-me em casa de familiares de que ele não soubesse a morada ou na falta destes solicitá-lo à APAV e não aparecer muito na rua e sobretudo, no local de trabalho ou outros sítios que o agressor conhecesse porque ele ia andar por aí solto e o mais certo seria estar aborrecido e vir-me pedir explicações da acusação e até, quiçá, chegar a ponto de me agredir fisicamente e eu precisar de assistência hospitalar.
05 abril 2008
desculpa
!!!
desculpa
não peças desculpa, fode-me e cala-te!
é o que estou a fazer
então, cala-te!
foda-se
o que foi agora?!
não sei se fechei o carro
desculpa?!
não sei se fechei o carro
pára! sai!
o que estás a fazer?
sai!
porquê?
porquê?!
não querias que eu te fodesse e me calasse?
calaste-te?!
calei
essa é para rir, não é?!
não. eu calei-me, só disse que não sabia se tinha fechado o carro
só?!
não sei se fechei
vai ver!
agora?
sim e podes seguir viagem!
estás a mandar-me embora?
o que é que te parece?!
mas eu não ia lá abaixo
não?!
não, ia à janela com o comando
ah! grande diferença!
o que estás a fazer?
estou à procura das cuecas!
porquê?
para as vestir!
vest… tens de falar sempre com ponto de exclamação?
o quê?!
até nas perguntas
até nas perguntas, o quê?!
tens pontos de exclamação
é melhor do que tu!
do que eu, porquê?
as tuas frases são amorfas, uns pãezinhos sem sal, nem ponto final merecem!
vai-te lixar
"vai-te lixar!"... não é “vai-te lixar” como se me estivesses a pedir por favor!
não quero ser mal-educado
isso é ser mal-educado, fica sabendo!
porquê?
tens de ser afirmativo, foda-se!, não podes ser sempre um choninhas!
o que queres que eu faça?
que me fodas!
agora?
não, amanhã!... claro que é agora!
pensava que já não querias
deixa de pensar! e diz: foda-se! não sei se fechei o carro!
isso foi o que eu disse
com pontos de exclamação?!
não
então, agora dizes com pontos de exclamação! e podes dar-me umas palmadas nas nádegas!
posso?
porra, é preciso fazer um desenho?!
quando?
o desenho?!
não, as palmadas. quando é que te dou as palmadas?
foda-se! quando exclamares, enquanto me possuis por detrás, foda-se! não sei se fechei o carro!
ah... queres?
quero!
então, espera só um minuto que eu vou à janela ver se fechei...
foda-se, vai-te lixar!!!
não peças desculpa, fode-me e cala-te!
é o que estou a fazer
então, cala-te!
foda-se
o que foi agora?!
não sei se fechei o carro
desculpa?!
não sei se fechei o carro
pára! sai!
o que estás a fazer?
sai!
porquê?
porquê?!
não querias que eu te fodesse e me calasse?
calaste-te?!
calei
essa é para rir, não é?!
não. eu calei-me, só disse que não sabia se tinha fechado o carro
só?!
não sei se fechei
vai ver!
agora?
sim e podes seguir viagem!
estás a mandar-me embora?
o que é que te parece?!
mas eu não ia lá abaixo
não?!
não, ia à janela com o comando
ah! grande diferença!
o que estás a fazer?
estou à procura das cuecas!
porquê?
para as vestir!
vest… tens de falar sempre com ponto de exclamação?
o quê?!
até nas perguntas
até nas perguntas, o quê?!
tens pontos de exclamação
é melhor do que tu!
do que eu, porquê?
as tuas frases são amorfas, uns pãezinhos sem sal, nem ponto final merecem!
vai-te lixar
"vai-te lixar!"... não é “vai-te lixar” como se me estivesses a pedir por favor!
não quero ser mal-educado
isso é ser mal-educado, fica sabendo!
porquê?
tens de ser afirmativo, foda-se!, não podes ser sempre um choninhas!
o que queres que eu faça?
que me fodas!
agora?
não, amanhã!... claro que é agora!
pensava que já não querias
deixa de pensar! e diz: foda-se! não sei se fechei o carro!
isso foi o que eu disse
com pontos de exclamação?!
não
então, agora dizes com pontos de exclamação! e podes dar-me umas palmadas nas nádegas!
posso?
porra, é preciso fazer um desenho?!
quando?
o desenho?!
não, as palmadas. quando é que te dou as palmadas?
foda-se! quando exclamares, enquanto me possuis por detrás, foda-se! não sei se fechei o carro!
ah... queres?
quero!
então, espera só um minuto que eu vou à janela ver se fechei...
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