17 maio 2008

E depois, de repente, fica uma mulher sem saber em que frame se há-de concentrar para se vir mais fortemente.
Revê as mais recentes, estão ainda com cores vivas e sem imagens fugidias.
A inesperada primeira foda, apressada, melhor, ansiosa, na sala de porta aberta para quem calhasse passar? As palavras sussurradas soprando-lhe para o pescoço? A confissão de desejo adiado? As mãos dificilmente enfiadas numas calças e as outras mãos mais à vontade metidas noutras calças? A roupa e o cabelo compostos à pressa porque alguém chega?
A foda já conhecida e por isso tão inteira? Os caminhos para um orgasmo que se sabe de cor e que por isso se anseia? O corpo que se conhece e que já se molda ao nosso, sem se perder tempo com descobertas?
A outra foda, a repetida clandestinamente, casualmente, foda absoluta de animais absolutos?
Optou por fixar-se na concentração de todas, separadas por poucas horas, por poucos quilómetros, imaginando-se a caçadora que caça por onde passa, pelo prazer de caçar, não pela necessidade.
O prazer.
E veio-se, a mulher, lamentando apenas outra ainda, a que já não tinha tido tempo de caçar, a que um mar inteiro separava, provavelmente a que mais lhe tinha apetecido.

ai se a moda pega!...


O Duke, sempre atento, mostra-nos outra perspectiva da cena: "vocês estão a ver de frente. Vista por cima, a mulher deitada recebe um ja(c)to precioso dum caralhão..."*
Nem tudo o que parece deixa de o ser!


* Nota da ediSão - reparem no cuidado ortográfico com que o Duke incorpora o nosso "c" no seu "jato"

Aliás, é a altura ideal para vos mostrar o que era para ser o novo logotipo do Office of Government Commerce (OGC), no Reino Unido:

Infelizmente para a nossa diverSão, já tinham posto a nova imagem em vários suportes de marketing quando alguém se apercebeu da figurinha que aparecia quando o logotipo era posto ao alto. Um nítido e genuíno sempre-em-pé:

Valha-nos o logotipo do Ford V8, que não precisava de ser rodado!

"Alta velocidade: ninguém te vai achar grande"

Campanha do governo australiano que compara a velocidade na estrada com o tamanho do pénis.
Os anúncios de televisão mostram mulheres a dobrar o dedo mindinho quando os condutores passam em alta velocidade. Um gesto que dá a entender que quem guia tem esta atitude porque, na realidade, tem um pénis pequeno.
Fonte: «Expresso»

16 maio 2008

Bom fim de semana...


... com muitos detalhes surpreendentes...

Mariquices...

Confesso que sou daqueles que pensa que isso de um homem levar no cu é coisa de maricas!
Já sei que vou ser criticado por muita gente; a esmagadora maioria dos leitores homens deste blogue, vão ficar ofendidos comigo e dizer-me que homem que é homem dá o cu a outros homens! Boa parte dos meus amigos diz o mesmo; macho que é macho, leva no cu! Sem querer ofender ninguém, pessoalmente discordo!
Conheço os vossos argumentos; quem se sente confortável com a sua sexualidade, quem sabe que é heterossexual não tem pudor em dar o cu a um amigo necessitado! Que é giro e divertido, que machos verdadeiros juntam-se em grupo para ver futebol, filmes porno, beber umas bejecas e depois uma orgiazita de amigos!
Aliás, confesso que não sou apreciador de orgias! Ainda por estes dias, vários dos leitores masculinos deste blogue fizeram uma; resultado: em cima da hora todas as mulheres se cortaram e durante dois dias não tive comentários de homens, que alegaram não se conseguirem sentar em frente do computador!
Por falar nisso, como muitos de vocês me dizem, quando em casa fazem sexo anal com as respectivas é apenas um treino, para depois mostrarem a vossa perícia a outros homens! Essa parte até compreendo: bem vistas as coisas, sexo anal é sexo anal e a pessoa até está de costas, pelo que ser cuzinho de homem ou mulher, é pormenor insignificante! Ainda assim não fico convencido; posso estar a ser picuinhas, mas … é uma questão de pêlos! Se na sopa encontro um pêlo e não como, faz-me confusão ver tanto pêlo num rabinho e comê-lo à mesma!
Ok! Eu sei que depois da malta beber uns copos, uma daquelas noites cadelas em que nos perdemos, às páginas tantas, um cu é um cu: que atire a primeira pedra o gajo que depois de uns whiskys não deu por si a galar o cu de outro gajo! Mas… vamos ser honestos: homem que é homem usa em casa uma mini-saia com meias de ligas, mas não vai assim para a rua!
Já sei que me vão chamar paneleiro por não levar no cu! Que o verdadeiro homem aguenta a dor sem gritar, que gajo que é gajo não tem medo de ser apanhado por trás, que macho que é mesmo macho enfrenta a vida pela frente e pelas costas!
Os meus críticos, vão acusar-me de ser bicha por tolerar a linguinha, mas ter medo do “vargalho”! Ou, como alguns conhecidos, que me chamam egoísta por gostar de agitar o meu e recusar-me a agitar o deles. Conheço o argumento: amigo que é amigo, bate na do amigo! Acreditem que não é egoísmo, mas há coisas que gosto de fazer sozinho! Obviamente que é normal um grupo de amigos ficar por casa, vestir as roupas das mulheres, colocar os soutiens delas, pôr rímel e batôn, beber uns baileys, todos fazemos isso! Agora.. é mesmo necessário jogar à apanhada, cabra cega e depois quem perde leva uma canzana?
Vão chamar-me conservador, antiquado, um cota que não se moderniza: não desconheço que os homens hoje cozinham, depilam-se, usam cremes, disfarçam os peidos que dão, vão ao ginásio, bebem cerveja com sabor a pêssego, mas… para ser moderno, é mesmo obrigatório levar no dito?
E isto não é preconceito! Compreendo que no exército, nas prisões, nos seminários, em algumas Câmaras Municipais, nos cursos de Engenharia, os rabinhos dos amigos sejam a solução mais acessível! Como compreendo que a vida está difícil e na era da igualdade dos sexos seja discriminatório tolerar a ascensão profissional pela abertura das pernas e se critique o macho que se dobra e baixa a cuequinha!
Até sou muito compreensivo e tolerante; recordo sempre a história do meu melhor amigo, da primeira vez que foi às putas! Escolheu, pagou e subiu para o quarto; só na hora “h” é que percebeu que afinal era um travesti! Que fez ele? O que quase todos os homens fazem! Está pago, está pago, pelo que aproveitou, que isto da economia anda mau e não se pode jogar dinheiro à rua!
Respeito tudo e todos… mas confesso que só gosto de cuzinho sem pénis… Mariquices minhas!

Abaixo a nudez


Alexandre Affonso - nadaver.com

15 maio 2008

Tocou-se. Sentada no bidé olhando a parede forrada a azulejos, tocou-se, com raiva, com ódio,como se o que estava a fazer o pudesse magoar.
– sim gostava que entrasses agora

cuspiu nos dedos
– sim gostava que me visses
roçou-os espalmados, friccionou, acariciou

– sim gostava que me perguntasses porquê

afastou os grandes lábios
– sim gostava de ver a tua expressão de repulsa, de horror
introduziu o indicador e o médio
– sim gostava de me rir e perguntar-te e tu?

sentiu os dedos e escapou-se-lhe um sorriso deslavado
– sim e tu não te masturbas?

o sorriso fugiu-lhe e, entre espasmos, prazer e um vazio que não conseguia preencher, chorou

– e nós?

pousou a palma da mão esquerda nos azulejos frios da parede em frente

– sim e nós?

Sombras Marotas




via Bits & Pieces

prevenção... nunca é demais....

14 maio 2008

Prima


O primo era um atrevido mas como me estou a borrifar para a consanguinidade que os antigos egípcios também construiram dinastias e dinastias sob o signo do incesto de irmãos desfrutava os instantes em que com roupas ou sem elas nos embrenhávamos na comunicação dos corpos a rufar.

Ele tinha a beleza da vulgaridade quando me apalpava o rabo em sítios públicos e com mãos trepadoras pelas pernas e boca brejeira sugeria que usasse mais vezes saias. Insistia em tratar-me por Prima Maria como se isso apimentasse os momentos e com o passar do tempo lá lhe nasceu a vontade de me criar um diminutivo que sempre facilita a articulação da palavra naqueles momentos em que a energia está toda canalizada para o disparo olímpico. Escolheu pêeme.

E tive de o repreender fortemente porque nestes tempos em que os ouvidos cresceram pelas paredes como cogumelos se o nosso Primeiro sabe... cai-nos um processo em cima!


Tenho Vertigens... quem me Ajuda?...




John Peri

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