28 maio 2008
27 maio 2008
Peças únicas da minha colecção
Há alguns anos, quando visitava a Feira do Artesanato de Coimbra, um dos stands chamou-me a atenção pela qualidade fora do vulgar dos trabalhos em barro vermelho.
Uma das peças era de uma espécie de diabo... mas estava estranhamente virado de costas, como se estivesse de castigo. A minha bisbilhotice levou-me a rodá-lo... e deparei-me com uma bela erecção de um «diabo do vinho». A dona do stand é que não gostou nada que eu tivesse mexido naquilo. Expliquei-lhe que faço colecção de arte erótica e comprei a peça. Foi a primeira de muitas que ao longo dos anos tenho comprado à Milena Miguel, do Atelier S. Miguel, das Caldas da Rainha. Nem precisamos de combinar nada: ela faz em cada ano uma ou duas peças totalmente ao gosto dela... e consegue sempre surpreender-me. Parece fácil, Noé? Mas só é possível porque além de grandes Artistas, ela e o marido, Fernando Miguel, são pessoas extremamente simpáticas com quem criei uma ligação que ultrapassa... o barro.
Uma das peças era de uma espécie de diabo... mas estava estranhamente virado de costas, como se estivesse de castigo. A minha bisbilhotice levou-me a rodá-lo... e deparei-me com uma bela erecção de um «diabo do vinho». A dona do stand é que não gostou nada que eu tivesse mexido naquilo. Expliquei-lhe que faço colecção de arte erótica e comprei a peça. Foi a primeira de muitas que ao longo dos anos tenho comprado à Milena Miguel, do Atelier S. Miguel, das Caldas da Rainha. Nem precisamos de combinar nada: ela faz em cada ano uma ou duas peças totalmente ao gosto dela... e consegue sempre surpreender-me. Parece fácil, Noé? Mas só é possível porque além de grandes Artistas, ela e o marido, Fernando Miguel, são pessoas extremamente simpáticas com quem criei uma ligação que ultrapassa... o barro.
Afundaram no buraco ao lado
Informamos os caros utilizadores que procuraram:
- “Bicicleta "tendinite na virilha"”
Neste aspecto, se a tendinite foi feita numa fucking bike machine, poderá expor o seu caso, que tentaremos ajudar. Se pelo contrário é um grande desportista e opta por gastar as energias a andar de bicicleta... procure um médico.
- “rubber de várias pontas, fitness”
Estavas à procura de um dildo com várias cabeças?
A nossa loja ainda não tem dildos, vai aparecendo, talvez venhamo-nos (foda-se, palavra linda) a vender.
- “expressões em francês mouche”
E o primeiro resultado da pesquisa foi o nosso Diciordinário de Línguas. Foda-se, esta pesquisa acertou mesmo na mouche ou, se preferir, «mesmo no buraquinho».
- “Bicicleta "tendinite na virilha"”
Neste aspecto, se a tendinite foi feita numa fucking bike machine, poderá expor o seu caso, que tentaremos ajudar. Se pelo contrário é um grande desportista e opta por gastar as energias a andar de bicicleta... procure um médico.
- “rubber de várias pontas, fitness”
Estavas à procura de um dildo com várias cabeças?
A nossa loja ainda não tem dildos, vai aparecendo, talvez venhamo-nos (foda-se, palavra linda) a vender.
- “expressões em francês mouche”
E o primeiro resultado da pesquisa foi o nosso Diciordinário de Línguas. Foda-se, esta pesquisa acertou mesmo na mouche ou, se preferir, «mesmo no buraquinho».
26 maio 2008
Anos e anos, quantos? Mais de uma dezena. Jogos, confissões, confidências, cigarros, risos.
Depois, de repente, como foi que aí chegámos?, um beijo. A tua língua sôfrega na minha. A minha língua na tua macia, os meus lábios na tua barba cuidada, de quantos dias?Os meus braços envolvendo-te o pescoço (és mais alto do que me tinha parecido), os teus braços enlaçando-me a cintura. As mãos tornadas exploradoras de um território que não sabíamos por explorar.
Sinto-te respirar no meu pescoço e gosto. Ouço-te a voz, falas baixinho, e parece-me que nunca te tinha ouvido antes. Sinto-te a carne firme, o ventre liso, os braços de músculos retesados que me cingem a ti. Abro os olhos e vejo-te enquanto me beijas, de olhos fechados. Estás ali. Estás naquele beijo. Estás ali, indiferente ao que nos rodeia. Estás todo ali, sem artifícios, sem mais jogos, sem outra fantasia que não a de estarmos os dois enlaçados, envolvidos.
Sinto-te o desejo na massa dura que agarro sobre as tuas calças. Estou a descobrir-te. Como tu a mim quando me desapertas o cinto, depois o botão, depois corres o fecho das calças e finalmente fazes entrar a tua mão em mim e então és tu que sentes o meu desejo.
Quero-te a ti, que estás ali, nesse momento a ninguém mais, nesse momento és tu, e tu já não és o amigo de anos, mais de uma dezena, o amigo dos jogos, das confissões, das confidências, dos cigarros. Mas és o dos risos, afastamos as bocas para nos rirmos, alegres como crianças que descobriram um pequeno tesouro no quintal, sem culpas, sem recriminações, sem razão que nos atrapalhe.
Olho-te de soslaio no vidro do quadro que nos reflecte. Fodes-me de olhos fechados, primeiro. Depois abriste-os, olhaste-me como quem vê de fora, sem saberes que te via reflectido, que te olhava também eu, que me parecias outro, transfigurado pelo desejo, tu, cujo sabor fiquei a conhecer, depois de te ter conhecido a ti.
Anos e anos, mais de uma dezena, e de repente somos outros e não chegamos a pensar que andámos a perder tempo, porque não andámos; é por causa desse tempo que não perdemos que agora usufruimos deste, que ganhamos, que ganhámos.
25 maio 2008
Paleolítica
À excepção da prescrição médica como passe de entrada e as almofadas por todos os cantos, os centros de fisioterapia são muito semelhantes aos ginásios. Um ror de pernas ao léu, de braços descobertos para não impedir os movimentos e muitos trajes reduzidos à vista de quem lá vai gastar o seu tempinho nuns exercícios.
Por mor de umas dores na coluna recebi para lá um salvo conduto e empenhei-me em cumprir o estipulado para rapidamente mandar aquilo às malvas. Quando fazia roldanas reparei que o fulano com um terço do couro cabeludo a descoberto, aquele que passava o tempo num colchão elevado a movimentar as pernas alternadamente como se estivesse a aprender a nadar, me fixava os movimentos elevatórios dos seios. Como se não bastasse, quando fazia bicicleta, infelizmente também colocada no seu campo de visão, ele acompanhava o rodado dos meus glúteos e caso os meus olhos tocassem os dele empunhava um sorriso digno de qualquer anúncio de pasta dentrífica com o queixo afundado na almofada a que estava abraçado.
Como habitualmente, também no meu último dia ele saiu primeiro embora em vez de se despedir alto e bom som para toda a plateia não esquecendo o ali imprescindível chavão das melhoras tenha avançado direito a mim. Entregou-me um cartãozinho e a confissão de ser pastor mais o desejo de apascentar a minha presença nas sessões de terapia do amor aos sábados na sua igreja. Colei nas faces um daqueles sorrisos dos anúncios de detergentes em que as mulheres cheiram deliciadas a roupa lavada e mencionei que ainda não estava na fase neolítica do redil e apreciava muito o meu estado paleolítico de cabra aos pinotes por esses penhascos fora.
Por mor de umas dores na coluna recebi para lá um salvo conduto e empenhei-me em cumprir o estipulado para rapidamente mandar aquilo às malvas. Quando fazia roldanas reparei que o fulano com um terço do couro cabeludo a descoberto, aquele que passava o tempo num colchão elevado a movimentar as pernas alternadamente como se estivesse a aprender a nadar, me fixava os movimentos elevatórios dos seios. Como se não bastasse, quando fazia bicicleta, infelizmente também colocada no seu campo de visão, ele acompanhava o rodado dos meus glúteos e caso os meus olhos tocassem os dele empunhava um sorriso digno de qualquer anúncio de pasta dentrífica com o queixo afundado na almofada a que estava abraçado.
Como habitualmente, também no meu último dia ele saiu primeiro embora em vez de se despedir alto e bom som para toda a plateia não esquecendo o ali imprescindível chavão das melhoras tenha avançado direito a mim. Entregou-me um cartãozinho e a confissão de ser pastor mais o desejo de apascentar a minha presença nas sessões de terapia do amor aos sábados na sua igreja. Colei nas faces um daqueles sorrisos dos anúncios de detergentes em que as mulheres cheiram deliciadas a roupa lavada e mencionei que ainda não estava na fase neolítica do redil e apreciava muito o meu estado paleolítico de cabra aos pinotes por esses penhascos fora.
24 maio 2008
«Le monsieur d'à côté joue avec sa pine» - desenho de Camille M M
Desenho original a lápis compradinho de fresco para a minha colecção.
Colori a imagem em computador, só para combinar melhor com as cores dos cortinados do blog.
"O senhor aqui do lado está a brincar com a pilinha dele"
Colori a imagem em computador, só para combinar melhor com as cores dos cortinados do blog.
"O senhor aqui do lado está a brincar com a pilinha dele"
Empresária Izabela Berg mostra brinquedos eróticos no programa do Jô Soares
Enviado por Lamatadora para o grupo de mensagens da funda São
... e o Jô Soares testa uma cuequinha com comando remoto no Bira:
Mais fotos de sexo selvagem
"Todos sabem que a principal utilidade da internet (a grande rede mundial de computadores) é fornecer fotos de sacanagem o mais pornográfica possível. Talvez por isso, o post que mais nos manda visitas do Google é um chamado “Fotos de Sexo Selvagem”. Poderíamos criar um texto genial ou ficar um dia inteiro desenhando um quadrinho maravilhoso. Porém, em busca do sucesso fácil e efêmero, resolvemos apelar fazendo a continuação de um post fraco e apelativo.
Alexandre Affonso"
Alexandre Affonso - nadaver.com
Alexandre Affonso"
Alexandre Affonso - nadaver.com
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