08 julho 2008
Afundaram no buraco ao lado
Informamos os caros utilizadores que procuraram:
“já corri mundo bati com os tomates no fundo”
Existem pesquisas inacreditáveis, se não visse não acreditava. Mas também eu já corri Portugal e estão sempre a cair-me os colhões.
“mulher quer foder e apanhar”
Este querer é usual. Defendo a tese que um tapinha não dói. Claro que os gostos variam conforme a intensidade. Este gosto estará associado à conjugação do binómio prazer/dor e/ou pela atracção pelos jogos de submissão... Bem, deixo o tema para vossa reflexão e relato de experiências...
(Foste tu, Matahary, que pesquisaste?)
07 julho 2008
As Mãos
As mãos aproximaram-se como se tivessem vontade própria. Tocaram-se. Roçaram primeiro levemente, costas com costas. Os indicadores saíram ligeiramente da formação e encontraram-se um com o outro, como corajosos batedores ao serviço dos restantes dedos ainda expectantes. Por um instante apenas eles se tocaram, indicador contra indicador, cruzando-se, sentindo-se, tacteando o desejo do outro, a vontade do outro. Sem parar, ele e ela continuavam a andar, a falar sobre uma coisa qualquer, como se as mãos que se tocavam, os dedos que se roçavam e entrelaçavam fossem sorrisos etéreos, sem corpo, sem passado nem futuro, sem justificações nem expectativas e não lhes pertencessem nem os vinculassem. Os toques leves, o roçagar ainda acidental que se podia explicar pela lenta caminhada lado a lado, entre sorrisos, risos e conversa sem conteúdo, deu lugar, espontaneamente, a um encadeamento perfeito, como se os dedos se vissem, soubessem o que fazer, como se as mãos se conhecessem, como se a pele se atraísse, e atraía. Mais do que mãos dadas, eles sentiam-no ainda que o evitassem pensar, era um abraço, eram dois corpos unidos por duas mãos; uma estranha união, que eles, perplexos, cada um por si, cada um com as suas razões, com as suas incertezas, sentia como completa, como estranhamente correcta, certa. As mãos juntas, sem que qualquer um deles o mencionasse sequer, para não quebrar o momento, o encantamento, representavam o que as bocas queriam, o que os olhos desejavam, o que os corpos esperavam sem que os cérebros o quisessem reconhecer.
A compasso, sem uma palavra, pararam e viraram-se um para o outro, unidos só pelas mãos, depois pelos olhos, pela boca, pelos braços. Beijaram e abraçaram na fúria contida da primeira vez, na contenção furiosa do tempo que esperaram para o fazer.
Depois, um beijo rápido, lábios que quase não se chegaram a tocar, e retomaram a caminhada, sem sorrisos, sem palavras, no pavor de chegar, unidos de novo só pelas mãos como se estas tivessem vontade própria.
Aproximaram-se dos dois carros lado a lado, que haviam estacionado antes de se encontrarem para lanchar, e despediram-se com o formalismo da amizade e partiram sem mais, de mãos dadas.
– O teu carro fica ali?
– Fica – e beijou-lhe levemente as costas da mão que continuava unida à sua.
A compasso, sem uma palavra, pararam e viraram-se um para o outro, unidos só pelas mãos, depois pelos olhos, pela boca, pelos braços. Beijaram e abraçaram na fúria contida da primeira vez, na contenção furiosa do tempo que esperaram para o fazer.
Depois, um beijo rápido, lábios que quase não se chegaram a tocar, e retomaram a caminhada, sem sorrisos, sem palavras, no pavor de chegar, unidos de novo só pelas mãos como se estas tivessem vontade própria.
Aproximaram-se dos dois carros lado a lado, que haviam estacionado antes de se encontrarem para lanchar, e despediram-se com o formalismo da amizade e partiram sem mais, de mãos dadas.
– O teu carro fica ali?
– Fica – e beijou-lhe levemente as costas da mão que continuava unida à sua.
06 julho 2008
Humildade relativa do ar
Eu até sou um gajo prafrentex que compro a Visão e tudo, sobretudo quando traz filmes e até leio na última página a crónica do RAP completa. Mas tenho de pôr esta gaja a andar que me dá cabo da moleirinha.
A gaja tem opinião sobre tudo, o que vá lá, até pode ser uma coisa normal mas fá-lo com uma tal assertividade que é uma palavra cujo significado aprendi há pouco tempo com ela e não me sai agora da boca que me chego a sentir pequenino no meu metro e oitenta de altura. Não sei explicar mas não há ali uma pontinha de humildade, uma maneira de dizer em que quase se pede desculpa por o afirmar e se estende a quem ouve uma passadeira para mostrar que sabe mais sobre a matéria. Bem sei que quando erra é a primeira a puxar o assunto para o reconhecer mas até isso já me irrita porque bem que podia ser hipócrita e escondê-lo para me dar a oportunidade de ser eu a levantar a lebre e a brilhar. Sei lá o que é mas falta de modéstia é com certeza.
E depois, não é que eu queira que ela ande na rua toda tapada como as islâmicas que sou um gajo aberto mas a ousadia dos seus decotes e as saias e as calças que escolhe parecem propositadas para lhe destacar o rabo e fico a matutar que se eu vejo, todos os gajos vêem e sei lá o que vão pensar disso, capazes até de bater uma à conta dela como se ela estivesse disponível e não fosse minha. Como quem não quer a coisa já lhe fiz alguns comentários ao que usa mas ela como quem bebe um copo de água retrucou-me com um sorriso irónico que me entendia mas como não dava palpites sobre a forma como eu me me vestia aceitando as minhas escolhas ela tinha direito ao mesmo.
Mais a mais, tem ainda o péssimo costume que a princípio eu até achava graça de me apalpar o traseiro na via pública e todos os dias mostra vontade de, o que à partida é o sonho de qualquer gajo desde que não fosse sempre a primeira a fazê-lo sem me dar hipótese de saborear a sua conquista e isto tudo somado, martela-me os nervos todos os dias.
Está explicado porque é que as cartas às vezes ficam coladas!
"I have longed for your heart."
"I have longed for your spade!"
Em português poderia ser:
"O que eu ansiei pela tua copa."
"O que eu ansiei pela tua espada!"
Campanha Must Drink More Milk
"I have longed for your spade!"
Em português poderia ser:
"O que eu ansiei pela tua copa."
"O que eu ansiei pela tua espada!"
Campanha Must Drink More Milk
05 julho 2008
Goya
con la sangre de nuestra historia.
Que suplica por nuestros muertos vivientes.
Que retrata la escoria
que vive de la miseria de la gente.
Pero yo no soy Goya,
ni tú, una rica desnuda
que no quiere dar la cara.
Si quiero ser subjetivo,
tienes que mirar a la cámara
a través del objetivo
que te sale de la máscara.
CISTERNA da Gotinha
Juris Dimiters é um artista um nadinha obcecado pelo sexo. Na galeria Erotica Light até os sapatos gostam da cópula.
Public Voyeur Photo: ele estava lá e viu e fotografou. Mais perto poderia ser perigoso.
Orgasmos "Star Trek": estúpido mas divertido.
Meninas do Volley- o desporto dá saúde.
Public Voyeur Photo: ele estava lá e viu e fotografou. Mais perto poderia ser perigoso.
Orgasmos "Star Trek": estúpido mas divertido.
Meninas do Volley- o desporto dá saúde.
IdeaFixa #11 - Desire - Desejo
IdeaFixa
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